Não basta abrir a porta escrita por LWoolf


Capítulo 3
Retrocessos e fofocas


Notas iniciais do capítulo

Eu avisei que não era disciplinada... Mas ao menos começo a encaminhar a história para onde quero... Espero não atropelar o Gabriel fazendo isso...



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No quarto do Gabriel

G: Manu... Linda... acho que se eu te deixar dormir mais você vai ficar brava comigo.

M: Hummmm... Que horas tem?

G: 8:00, até estranhei que você ainda estava apagada!

M: Nossa.. dormi muito mesmo, vou pular no banho e correr para o buffet.

Ela fala dando um beijo rápido na bochecha do namorado e correndo para o banheiro da espaçosa suíte.

G: Sério? Mas hoje é sábado... Há mais de um mês não conseguimos curtir um fim de semana... Desde quando fomos para Caxias.

Fala soltando um longo suspiro e olhando torto para Manuela que já estava com a escova de dentes na mão.

M: Eu sei que ando ocupada, mas o buffet finalmente está cheio de encomendas e não quero deixar as coisas estagnarem.. Sem contar que já é a segunda noite seguida que durmo aqui.

G: Dormir é a palavra..

M: Gabriel o que você tem? Eu estava cansada nessas últimas noites, vai dizer que está me cobrando alguma coisa?

G: Não, claro que não... Eu sei que você está cansada, mas estou te achando tão distante.. Te ter nos meus braços sempre foi meu jeito de ter certeza que você está comigo.

Manu enxuga o rosto e beija o namorado

M: Eu estou com você e prometo que amanhã eu compenso essas últimas noites.

Gabriel aceita o beijo para em seguida murchar o sorriso

G: Amanhã? Não vamos nos ver hoje a noite?

M: Então, eu vou encontrar com a Ana e o Rodrigo. A Julia tirou umas notas baixas na escola e anda desobedecendo o Rodrigo. Achamos que ela está testando nossos limites e vamos ver uma melhor forma de abordar a situação.

G: Ahhhh... Então vai jantar com teu ex marido..

M: E a minha irmã? Algum problema?

G: Nenhum. Só vão estar vocês? O Lucio vai com a Ana?

M: Não sei, não perguntei da Ana, mas é uma possibilidade.

G: E você não acha que se ele fosse eu não poderia também te acompanhar.

M: Gabriel, não é um jantar social, vamos conversar sobre o comportamento da nossa filha.

G: Sim, mas você disse que existe a possibilidade do Lucio ir.

M: Mas é outra circunstancia. Ele e a Ana acabaram de retomar o noivado e a Julia vê ele como um pai.

G: É verdade, ele tem esse tipo de relacionamento com ela..

M: Não sei o que você tem ultimamente, nunca foi de ficar de insinuações. O que você quer dizer?

G: É verdade, sempre fui muito claro, mas acho que ando cansado de falar as coisas para nada mudar. Antes que pergunte, eu falo isso porque mesmo depois de várias conversas eu não consigo entrar na tua vida Manuela, pelo contrário, só fico mais longe.

M: Gabriel, eu sei que você não é um homem inseguro, então você realmente acredita que estou longe de você e a verdade é que eu não sei o que fazer!

Estamos juntos há meses depois que voltamos e eu pensei que estava dando o máximo de mim pra que a gente dê certo, mas ainda assim não é o suficiente.. Não sei mesmo como te provar que eu estou investindo na gente.

G: Manu senta aqui na cama comigo Ela senta Eu sei que você está se esforçando e eu acho que é isso que me incomoda, o fato de ser um esforço.

Sem contar que eu não estava me sentindo assim! Quando você me procurou, quando nos amamos depois da nossa reconciliação eu tenho certeza que estava num relacionamento diferente, com alguém sem reservas. Mas alguma coisa mudou e eu não sei o que é. Até na cama você está diferente comigo, ou pior, nem está na cama comigo.

M: Eu acho que deveria me ofender que você está reclamando do jeito que estou com você quando fazemos amor Ela olha para baixo meio constrangida.

G: Você sabe que eu não estou reclamando. É sempre ótimo, mas não sei, parece que eu não consigo mais te deixar solta como antes, tenho medo de estar fazendo algo errado e não quero que você fique comigo por ficar, e eu não estou falando somente de sexo.

Manu coloca a mão no rosto dele

M: Eu não vou me fazer de desentendida, reconheço que as coisas esfriaram de um modo geral... Não sei dizer porque, mas acho que tem a ver com nosso conforto não é, não é normal as coisas ficarem mais calmas?

G: É, quando estamos vivendo um fogo de palha, mas amor Manu, esse nunca para de queimar, ou vai dizer que você não lembra disso?

Manu recolhe a mão e levanta irritada.

M: Gabriel, nem vamos para esse assunto porque não vai resolver nada. Se toda vez que temos alguma trava você direciona os nossos problemas ao Rodrigo, isso nunca vai dar certo.

G: Nem falei no nome dele, mas é verdade, acho que nunca consigo esquecer os olhares entre vocês, acho que só reconheci esse mesmo olhar para mim um punhado de vezes, quando eu te fazia rir e corar, quando o seu rosto ficava marcado pela minha barba e quando você se aconchegava em mim na hora de dormir.

M: Se eu estou fazendo você se sentir assim, não tem sentido eu continuar aqui.. Vou trabalhar que estou atrasada.

G: Então é isso? Acabou?

M: Claro que não foi isso que eu disse, mas não posso mais continuar com essa discussão agora, nem quero. Por que tudo tem que ser assim com você, porque acabar é a primeira coisa que te ocorre?

Por que você nunca quer lutar por mim?

G: Isso é verdade Ele levanta em direção à porta Acabar é a primeira coisa que me ocorre, mas por lutar por você que eu não tenho coragem de dar fim à nossa história.

Eu vou dormir na fazenda hoje. Se quiser, me liga amanhã.

Ele beija a testa de Manuela e vai embora.

Manu pensa: Acho que me antecipei, um relacionamento tão frágil como o nosso não deve ser amor...

Algumas horas depois, Nanda liga para Manu

N: Minha cunhada favorita, você some do mapa, vai almoçar na rua?

M: Oi Nanda, já vi que não desistiu de me chamar de cunhada.

N: Eu não quero perder o hábito, vai que você dá uma chance de novo pra besta do meu irmão...

M: Sempre doidinha... Enfim... Eu ia beliscar alguma coisa aqui no buffet, está atrás de convite?

N: Claro!!! Essa história de escola integral com o Francisco acabou com minha vontade de almoçar em casa. Quem vou perturbar enquanto como? Sem contar que ele serve pra lavar a louça

M: Até parece, você não engana ninguém com essa conversa! Sei que está morrendo de saudades de ver o Francisco durante o dia.

N: Tá bom. Vou admitir só pra você! O chato de galochas faz falta, mas me contento com você e sua comida!

M: Que honra! Então aparece por aqui depois de meio dia. Te espero pra almoçar e aproveitamos para colocar o papo em dia!

N: Que bom! Estou muito curiosa para ouvir suas novidades!

M: Nanda... Do que você está falando?

N: Euuuu??? Nadinha... Só uns rumores que um certo ex-marido de uma certa ex-irmã está cercando ela de todos os lados.

M: Eu devia saber... Bom, até que demorou para me ligar! Na hora do almoço te conto tudo que você quer saber.

N: Ótimo, nem precisarei de rodeios!! Beijos Manu, até mais tarde!

M: Beijos Nanda Manu desliga e não consegue conter o sorriso..

Manu pensa: Essa Nanda continua doida... Mas pelo menos posso perguntar dela o que se passa com o Rodrigo e aproveito pra desabafar um pouco... Bom... melhor trabalhar pra distrair até lá....


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Notas finais do capítulo

Para mim valeu voltar a escrever só para ter a Nanda na história!!!! Personagem que mais me identifiquei! Se o banana do Rodrigo tivesse dado mais atenção à ela evitava a palhaçada que fez!!!

Fiquem a vontade para dar sugestões!!! Adorei meus poucos e preciosos comentários!!!!

Mais uma vez, me perdoem pelo português não revisado!