O Legado de Lily Potter escrita por O Coração Negro, Lana


Capítulo 9
Capítulo 8 – O Diretor Neville


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Desculpem a demora, foi uma semana conturbada.
Espero que gostem do capítulo, e digam o que acharam tá?!

Boa leitura ^.^



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Capítulo 8 – O Diretor Neville

– Lily Luna Potter! – rugiu ele, embora seu rosto parecesse estranhamente feliz.

– Professor eu... – comecei a dizer.

– Sem desculpas! – disse Córmaco sem conter o sorriso – quer dizer que a garotinha do Sr. Potter resolveu duelar sem orientação do professor e ainda agredir um aluno?

– Professor, por favor, se me deixar explicar, a Lily não... – começou a dizer Tabitha.

– Silêncio, sei muito bem o que aconteceu aqui – disse o professor. – A Srta. Potter deliberadamente tomou a varinha de um estudante e achou divertido azará-lo, apenas para mostrar que podia...

– Não foi isso, eu o azarei sim e é verdade que estávamos duelando, mas ele estava tentando me matar... Usou as Artes das Trevas e tudo... – comecei a dizer, mas fui cortada.

– Não minta para mim Srta. Potter, acha que irei acreditar que você venceu um duelo contra um aluno do sétimo ano que usava Artes das Trevas para te matar? – disse Córmaco. – Você desobedeceu minhas ordens contra a prática de magias e ainda agrediu um colega estudante, não estou certo?

Por um momento achei que ele perguntava para mim, mas Joriel se levantou finalmente recuperado da minha azaração, ele balançou a cabeça afirmativamente ainda incapaz de falar, mas quando ele abriu a boca tentando falar deu para ver sua língua vermelha como se tivesse comido um jarro de pimenta de uma vez.

– Viu! A vítima concorda. Agora, Srta. Potter devolva a varinha do Sr. Joriel e venha comigo para a sala do diretor – disse Córmaco, então ele acrescentou ainda mais feliz -, a partir de agora considere-se expulsa!

Então o chão desapareceu, minha cabeça girou. Isso não podia realmente estar acontecendo, não existia nenhum bruxo que não sonhava em ir para Hogwarts e agora quando eu finalmente entrei iriam me mandar embora. Apertei ambas as varinhas em minhas mãos antes de voltar à realidade: eu tinha a varinha dele, era uma prova, com ela poderia provar que o aluno tentou me matar?

Uma mão se fechou na varinha de Joriel, olhei e notei que era o próprio dono que a tomava de mim, resisti, mas ele era mais forte e conseguiu recuperar a varinha sorrindo. Percebi o tumulto que acontecia a minha volta, Hugo, Tabitha e alguns alunos gritavam com o professor contando o que havia acontecido, mas ele não parecia dar atenção, a maioria decidiu não tomar partido. Obviamente não deveria ser todos que notaram as tentativas de assassinato. Revirei os olhos.

– Professor... A varinha de Joriel... Ela prova, por favor... – comecei a dizer em meio ao caos de vozes que se misturavam, mas Córmaco ergueu a própria varinha e disse “SILÊNCIO”, as vozes desapareceram.

– Lily Potter se a decisão coubesse a mim você seria expulsa, mas tenho que te levar até o diretor para essa parte burocrática – disse Córmaco parecendo levemente deprimindo -, porém não tenha duvidas que farei tudo o que estiver ao meu alcance para que receba o que merece. Vamos.

Segui Córmaco passando por Hugo e Tabitha, eles me olharam como cachorros sem dono. Tentei dizer “Vigiem Joriel para não deixa-lo trocar de varinha”, mas minha voz não saiu ainda vítima do feitiço silêncio, contudo, seu efeito não demoraria a passar. Tentei gesticular com a cabeça, foi o melhor para avisá-los, mas não tive certeza se deu certo, andei de cabeça baixa depositando minhas esperanças no diretor, então uma pequena luz pareceu surgir no fim do túnel: o diretor Neville era um amigo da família, ele poderia me livrar dessa e acreditaria em mim. Claro que Córmaco ainda poderia arruinar tudo, mas eu tinha mais esperança.

Andei de cabeça baixa, quando chegamos em frente a gárgula de pedra que eu finalmente notei que ainda estava com a minha varinha em mãos e a guardei.

– Preparada para seu julgamento Potter? – perguntou Córmaco incapaz de conter a felicidade. Eu tinha uma certa confiança de que não seria expulsa pelo amigo de meu pai Neville Longbottom, mas algo no jeito que Córmaco me dizia o contrario e me deixava nervosa – gota de limão.

O grifo de pedra se moveu para revelar a escada circular, ao entrarmos no escritório do diretor me senti como se tivesse entrado em uma floresta, cada canto da sala era ocupado por exóticos tipos de plantas em vasos de diversos tipos e tamanho, todos rotulados, uma planta chamada Mimbulus Mimbletonia estava ao lado do diretor, tão grande que poderia ter dezenas de anos e se mexia como se fosse um grande pulmão verde cheio de espinhos, soltava até grunhidos.

O diretor ergueu os olhos de uma pilha de papéis sem parecer surpreso.

– Sim? – disse o diretor Neville Longbottom nos olhando com cara de bobo.

– Sr. Diretor, venho aqui para pedir a expulsão da Srta. Potter – disse Córmaco McLággen parecendo encantado com a situação. O diretor nos olhou nada surpreso, seria impressão minha ou ele já esperava isso?

– Com que base? – perguntou Neville educadamente, embora ele parecesse nervoso e ansioso.

– A Srta. Potter achou divertido tomar a varinha de um aluno e azarar o pobre coitado... – começou Córmaco.

– Não é verdade! – disse com firmeza me intrometendo.

– Silêncio! Então você nega ter azarado o aluno Joriel? – perguntou Córmaco friamente.

– Não, mas... – comecei a dizer, mas foi interrompida.

– Viu!? Ela admite! Um ato de tamanha violência não pode ficar sem punição! A Srta. Potter desobedeceu minhas ordens e duelou com a vítima, um ato de agressividade que não deve ser tolerado na escola! – disse Córmaco.

– Eu duelei, mas... – comecei a dizer, as coisas não pareciam estar indo bem, Neville parecia ser que pudesse ceder simplesmente pela pressão, ele estava suando frio e suas mãos tremiam.

– Sabemos que você duelou Srta. Potter, porém contra minhas ordens e ainda agrediu ao aluno! – disse Córmaco.

A discussão durou exatos cinco minutos, com o professor expondo como sou indisciplinada, péssima aluna e violenta. Neville ouvia, escutava, gaguejava às vezes e no fim tremia, ele poderia ceder! Eu ficava desesperada. Quando finalmente Córmaco parou de falar um silêncio se abateu sobre nós, o diretor ficou me olhando alguns minutos até respirar fundo e achar as palavras.

– Onde está o outro garoto? – perguntou Neville ligeiramente gago.

– Como? – respondeu Córmaco confuso.

– A Srta. Potter admite ter duelado com um aluno e você pede uma expulsão para ela, fico imaginando porque o outro aluno não foi trazido à minha presença... – disse Neville Longbottom, o diretor. Córmaco precisou de alguns minutos para escolher as palavras.

– A Srta. Potter deliberadamente roubou a varinha de um aluno porque achou divertido azar o aluno do sexto ano, além do mais contra minhas regras do uso da magia, uma clara demonstração de violência e desobediência. – disse Córmaco com os olhos faiscando e encarando o diretor. Neville Longbottom sempre foi uma pessoa confiável, mas sempre lhe faltou confiança, naquele momento achei que ele pudesse ceder, mas ele simplesmente continuou com outra pergunta.

– A Srta. Potter duelou contra o aluno ou o agrediu? Poderia se decidir quanto às acusações professor Córmaco? – perguntou o diretor, Córmaco ficou cor púrpura, eu estava adorando, mas aquele diretor não era o Neville que eu conhecia, ele estava diferente, geralmente para discursos ou coisas do gênero ele tinha que se preparar com antecedência, mas ali estava ele conduzindo o caso da maneira como eu imaginaria o grande Alvo Dumbledore fazendo.

– Eles duelaram, porém a Srta. Potter usou de violência excessiva e deixou o aluno sufocando no chão, usando feitiços avançados que eu proibi o uso contra um estudante mais velho – disse Córmaco finalmente. – Além de tudo em um duelo ilegal.

– Devíamos dar parabéns a ela! No meu tempo os alunos não eram separados por séries e alunos do primeiro ano duelavam contra os do sexto e se vencerem eram recompensados por isso! – disse o quadro de Fineus Black, eu sorri, finalmente tendo alguns momentos para saborear minha vitória.

– Um duelo ilegal continua sendo um duelo ilegal! – rugiu Córmaco, começando a perder a estribeiras. – Devemos expulsar a Srta. Potter imediatamente! Amanhã mesmo já podemos comunicar minha boa amiga Rita para revelar o tipo de índole que possui a filha de Harry Potter.

– Não haverá matéria e muito menos expulsão Córmaco, ou talvez a matéria que tenhamos amanhã na primeira pagina é “Filha de Harry Potter é expulsa por Córmaco McLággen de Hogwarts por se defender ao ser agredida por aluno mais velho”. – disse Neville, eu fiquei satisfeita, finalmente senti que o perigo passou, porém Córmaco não iria desistir tão fácil.

– Você vai deixar ela sair impune sem nem averiguar o caso?! – perguntou Córmaco se deliciando com o momento, senti um calafrio. – Talvez a matéria de amanhã deva ser “Diretor faz vista grossa depois de aluno ser atacado, agressora fica em liberdade para fazer mais vítimas”.

– Sem averiguar? Eu não disse isso – respondeu o diretor parecendo tranquilo, porém não pude deixar de notar que sua mão apertava sempre firmemente a mesa e que suor escorria pelo lado do seu rosto. – Srta. Potter tenha a bondade de nos contar o que aconteceu.

– Diretor, isso não é necessário, eu já lhe disse tudo o que... – começou Córmaco.

– Como posso descobrir o que aconteceu sem ouvir as partes envolvidas? Professor Córmaco o senhor seria mais útil procurando o outro aluno para ele me relatar o ocorrido, mas sugiro que seja bom ouvir de antemão a versão da Srta. Potter, porém se não puder ouvir de boca fechada sugiro que se retire e busque o outro aluno. – disse o diretor e eu sorri.

Contei tudo, mas mudei a parte em que havia duelos clandestinos antes do horário do clube de duelos, disse que Joriel haviam me desafiado sobre o pretexto de me dar umas dicas, mas o resto contei linha por linha, até na parte em que Córmaco havia chego e tentado me expulsar sem nem me ouvir.

– Certamente o Sr. não acredita nisso! – disse Córmaco.

– Confesso que estou inclinado a acreditar – disse Neville -, porém para que possamos encerrar esse assunto, Professor Snape, poderia chamar o aluno Joriel aqui?

Um quadro estava colocado em um cavalete de armar, era um homem de nariz adunco, cabelo oleoso e pele branca como cera, seu quadro era grande e estava armado em um cavalete perto da porta, de maneira a dificultar que ele seja visto. Aquele era o quadro do diretor Severo Snape, segundo meu pai, o diretor Snape havia abandonado a escola para não ter que duelar contra seus aliados, naquele tempo todos acreditavam que ele era um traidor e ele queria continuar desempenhando este papel. Fugiu e por causa disso, após sua morte seu retrato não se juntou ao dos outros diretores, depois de saber a história do homem meu pai havia feito uma petição em que revelou o plano de Dumbledore com Snape e usou a memória da penseira como prova, no fim o quadro foi colocado no escritório em um lugar de pouca honra, mas era impossível subjugar a magia da escola para obrigar o quadro a ficar na parede, afinal os feitiços que estavam sobre o lugar não poderiam ser quebrados ou alterados, aquele era o único diretor que o quadro não estava devidamente fixado na parede.

O quadro de Snape ficou momentaneamente preto, enquanto seu ocupante desaparecia para cumprir as ordens do atual diretor, esperamos alguns minutos até que seu ocupante retornou.

– Feito, Filch está trazendo o garoto... – disse Snape sem conseguir conter um pouco de irônica acrescentou – diretor.

– Ótimo – respondeu o diretor.

Quando Joriel finalmente entrou na sala ele parecia visivelmente nervoso, suava como um porco em uma sauna, eu me sentia mais tranquila a cada momento, mas não iria relaxar totalmente até que tudo tivesse passado.

– Sr. Joriel, tenha a bondade de nos contar o que aconteceu entre você e a Srta. Potter – disse Neville.

– Sim... Sr... Diretor, quero dizer – disse ele e começou seu relato, que envolvia ele pegando leve comigo durante o duelo e com uma derrota, mas ele fez parecer como se eu tivesse destruído a sala propositalmente e que nunca havia usado artes das trevas, o que era uma mentira, eu não podia deixar de notar que ele gaguejava muito como se tivesse dificuldades de recitar um discurso decorado.

– Duas versões contrarias! – disse Córmaco tentando parecer convincente – a Srta. Potter claramente mentiu...

– Será? Joriel, a varinha por favor – disse o diretor, Joriel se adiantou e apresentou a varinha. Sem perder tempo Neville tocou a varinha com a própria e disse “Priori Incantatem”, mas nada do que apareceu na sombra da varinha poderia sugerir artes das trevas, eu engoli em seco, isso não poderia ser boa coisa, me fazia parecer mentirosa, ele sem duvida havia trocado de varinhas com alguém antes do duelo e agora apresentava a própria varinha.

– Como vê diretor, sem artes das trevas... – disse Córmaco, mas foi cortado pela fala do diretor.

– Sr. Joriel está é a sua varinha? – perguntou Neville, eu sorri novamente sentindo meu alivio, isso estava indo muito bem. O garoto assentiu e eu quase disse “mentiroso, está não é a varinha que você usou no duelo”, mas me contive as coisas estavam indo bem e eu não iria querer estragar tudo me metendo na conversa.

– Sim, vinte e oito centímetros, corda de coração de dragão e sabugueiro – disse Joriel na defensiva – Pode procurar olivaras para perguntar.

– Não é necessário, porém eu gostaria de saber como foi capaz de duelar com alguém sem usar um único feitiço ofensivo? Nem um único feitiço de desarmar? Estuporante? Nada?

– O que o Sr. quer dizer diretor? – perguntou Córmaco.

– Que nenhum dos feitiços que a varinha regurgitou serviria em um duelo e o Sr. Joriel admiti ter duelado, como duelar usando um feitiço para concertar xícaras? Ou um pra limpar a sujeira do móvel? – perguntou Neville educadamente.

– Eu disse que peguei leve – disse Joriel ficando apavorado – Não queria machucar a garota.

– Entendo... Então amanhã ambos irão procurar os diretores de suas respectivas casas e irão cumprir detenções, sugiro que não haja mais duelos sem supervisão entre vocês – concluiu o diretor.

– Mas Neville! A garota... – disse Córmaco.

– estava duelando contra um aluno mais velho sem supervisão e por isso irá cumprir uma detenção, ou em algum momento você encontrou algum indicio de que algo mais grave do que isso aconteceu? – perguntou Neville, Córmaco se calou e eu fiquei feliz, o meu sorriso ficou preso em meu rosto, não desapareceu nem com o olhar venenoso que recebi do professor de defesa contra as artes das trevas.

– Muito bem, estão dispensados – disse Neville, eu já ia me retirar quando alguém chamou.

– Um momento, eu gostaria de ter uma palavrinha com a Srta. Potter – disse um dos quadros, eu me virei e percebi que havia sido o grande quadro de Alvo Dumbledore que havia falado – Diretor Neville o senhor se importaria de me ceder seu escritório alguns minutos?

– Claro diretor – disse Neville, então eu estava sozinha com o quadro de um dos maiores diretores que Hogwarts já teve.

– Não se preocupe Srta. Potter, em alguns minutos você estará livre para falar com seus amigos sobre o que aconteceu aqui hoje, apenas queria te prevenir para tomar mais cuidado daqui para frente, obviamente o professor Córmaco estava realmente ansioso para se ver livre de você e teria conseguido, se eu não tivesse tido alguns minutos para conversar com o diretor sobre isso.

– Foi o senhor! – disse, e o quadro do professor sorriu – O senhor ajudou o diretor a falar com o Córmaco! Mas como vocês souberam o que havia acontecido?

– O professor Snape em vida fez varias caricaturas quase imperceptíveis dele espalhadas em vários quadros de Hogwarts, então o quadro dele pode ver e ouvir pelas maioria das pinturas, depois do que aconteceu ele foi avisado por dois amigos seus, então eu analisei a situação e apontei alguns pontos que ele poderia deixar passar durante a conversa. Não me entenda mal Srta. Potter, o diretor Neville é um homem confiável e inteligente, de outra forma ele não teria se tornado diretor, mas sua grande fraqueza sempre foi sua falta de confiança, se o professor Córmaco o tivesse pressionado daquela forma em um momento que ele não estivesse prevenido temo que você teria sido expulsa.

– Não entendo como o professor Córmaco pode ser tão mal! Ele estudou com a Umbridge, devia saber que não nos deixar praticar magia é algo ruim! – disse – E ficar me perseguindo apenas por um desentendimento com meu pai é absurdo.

– Tenho certeza de que o professor Córmaco adorou as aulas da professora Umbridge, lembro de suas notas terem subido muito – disse o quadro do professor Dumbledore, eu olhei para ele incrédula -, algumas pessoas aprendem melhor com métodos diferentes. O professor Córmaco adorou aquele método e achou que todos os alunos poderiam se beneficiar daquele método inovador, ele não é mal, apenas um pouco míope. Talvez ele seja um pouco ressentido, mas não é uma pessoa maligna.

– Um pouco ressentido?! Ele queira me expulsar – disse para o diretor. – E ataca meu pai nas entrevistas!

– Entenda Srta. Potter, quando jovem Córmaco gostou muito da sua tia Hermione e foi um dos favoritos do professor Slugorn junto com seu pai – falou Dumbledore. - Não sei se ele amava sua tia, mas depois de perder ela para alguém que ele julgava inferior... Acho que ele deve ter ficado furioso, então depois de velho tentou se tornar auror e falhou, tentou de novo quando seu pai assumiu e falhou de novo, acredito que ele esperava um tratamento especial por serem ambos favoritos... Mas não obteve, com o tempo ele deve ter se convencido que isso se devia ao relacionamento de amizade do seu pai para com o rival e antiga paixão, era mais fácil para ele culpar os outros pelas suas falhas dos que as corrigir, algumas pessoas são assim. Depois de entrar para os bruxos errantes ele tentou mostrar ao mundo que poderia ser melhor que seu pai, mas só causou problemas... Então, há alguns meses seu pai descobriu como ele havia posto um grampo na seção dos aurores para descobrir seus planos e agir antes.

– Ele andava espiando! Isso é crime, ele devia estar preso - deixei escapar.

– Devia, mas não podia, ele se tornou uma figura muito pública e seu pai sabe a influência que a mídia podia ter, se Córmaco fosse preso no outro dia uma matéria seria publicada dizendo como Harry Potter havia prendido o rival para não ter mais competição. A solução para o problema foi forçar Córmaco a se aposentar da profissão e aceitar um cargo de professor, ele não teve escolha além de aceitar, se negasse poderia ser preso e ser professor não seria mal. Seu pai deve ter achado, e com razão, que Córmaco jamais se aposentaria para não fazer nada, ser professor foi a isca para ele sair sem causar mais problemas. Mas estou me desviando do assunto principal, embora o diretor não acredite totalmente e a maioria também não, eu acredito, Srta. Potter, que hoje Joriel tentou te matar.

– Mas porque alguém tentaria me matar? – perguntei – Eu não fiz nada para ele nem para ninguém!

– Bem, posso imaginar algumas razões, mas preste atenção, essa tentativa foi muito bem elaborada, seria fácil parecer um acidente durante um duelo e trocando as varinhas o Sr. Joriel poderia escapar sem uma expulsão, mas pense nisso, por que se arriscar tanto? O que ele ganha com isso? – perguntou o quadro de Alvo Dumbledore. – São os detalhes que nos revelam o mistério por trás de tudo.

– Ele não ganha nada, eu nem o conheço - disse sem entender onde o diretor queria chegar.

– Exatamente, você não o conhece, então ele não ganha nada com isso, mas alguém deve ganhar, logo ele trabalha para alguém. Vamos partir do princípio que ele não agiu sozinho, alguém emprestou a varinha para o duelo e realmente você não fez nada para ele. Seu pai também era uma criança inocente quando pôs os pés em Hogwarts, mas havia pessoas que o queriam morto – disse Dumbledore – e você sabe o por quê?

– Porque ele era o menino que sobreviveu – respondi, ainda sem entender onde o diretor queria chegar.

– Precisamente, Voldemort temia o bruxo que seu pai se tornaria e por isso decidiu matá-lo quando ele ainda era uma criança, felizmente ele falhou e no fim foi derrotado – argumentou Dumbledore. - Você agora se encontra em uma situação semelhante, você é filha do seu pai e depois do seu nome ter aparecido no livro dos heróis os olhos de muitos se voltaram para você, além de tudo tem demonstrado talento e coragem acima do normal, salvou uma colega da morte ainda na primeira semana de aula, com certeza decidiram que é um risco deixar você crescer para se opor a eles.

– A eles quem? – perguntei visivelmente assustada.

– Isso não sei, sou apenas um quadro e tudo o que te digo são suposições, mas eu teria o cuidado de as levar a serio, todos concordam que minhas suposições na maioria das vezes se encaixam bem na realidade – pontuou o lendário professor -, resolvi te prevenir, pois é sempre bom estar a par de toda situação. Mas não fique assustada, assim como seu pai você tem bons amigos que estão aqui para te ajudar, lembre-se que se não tivessem avisado a uma das caricaturas do professor Snape agora você estaria expulsa.

– Sim eu tenho bons amigos – disse sorrindo ao mesmo que o medo me abandonava e eu pensava em Tabitha e Hugo, graças a eles eu não havia sido expulsa.


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