O Legado de Lily Potter escrita por O Coração Negro, Lana


Capítulo 6
Capítulo 5 - O livro da Vidente.


Notas iniciais do capítulo

Olá
Sem muito o que dizer, apenas Apreciem o capítulo!
Boa noite =)



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Capítulo 5 – O Livro da Vidente

Tive pesadelos aquela noite. O dia havia começado péssimo: acabei brigando com Beatriz, conheci dois caras que me fizeram de boba, passei pela sabatina e a musica alarmante do chapéu seletor e por fim descobri que teria aula de defesa contra artes das trevas com um idiota arrogante chamado Córmaco McLaggen. Mal ouvi quando o diretor liberou os alunos para irem para suas respectivas casas, tive que ser chamada por Hugo, e então segui Arika, a monitora da Grifinória que havia conhecido no trem até a torre da até o retrato da mulher gorda senha era “coragem de cavaleiro”.

Por fim dividi o quarto com a garota que vi retocando o rosto com pó de arroz à espera pela seleção, ela era morena de cabelos ligeiramente encaracolados, bonita sim, mas parecia metida; e duas garotas que deviam ser gêmeas de cabelos pretos e orelhas de abano que já pareciam conhecer a primeira.

– Essa cama é minha! – disse a garota do pó de arroz e se adiantando e escolhendo a que achou melhor, as duas gêmeas tiveram uma luta silenciosa para pegar a cama mais próxima da garota.

– Vocês viram a tal Victoire que será a professora de Transfiguração e nossa diretora? – a garota do pó de arroz perguntou para ninguém em particular e continuou sem ouvir resposta – Bonita, mas podia escolher uns modelos mais na moda! Nada elegante, desse jeito as pessoas vão se cansar de olhar para ela rapidamente.

– Com certeza – disse a gêmea número um.

– Totalmente – acrescentou à gêmea número dois.

Senti uma pequena onda de fúria, a conversa parecia típica de garotas enciumadas e Victoire era minha prima! Porém me controlei, já me sentia irritada o bastante e queria terminar de arrumar minhas coisas para ir dormir.

– Prima Victoire usa apenas roupas elegantes, você não entenderia – deixei escapar.

A garota terminou de se admirar no espelho e se virou para mim, as suas amiguinhas fizeram o mesmo, ela parecia ligeiramente curiosa.

– Por falar em roupas, acho que posso te ajudar a escolher alguns modelos melhores. – disse a garota pegando sem permissão uma das minhas saias e jogando para o lado como se fosse lixo – Quem é você mesmo? a propósito meu nome é Petra Dobembolt e estas são Ester e Elia.

– Ela é a garota Potter – disse uma das gêmeas e acrescentou - filhinha de Harry Potter.

– Mesmo? – perguntou Petra ela sorriu interessada, achei que talvez estivesse tentando se lembrar de alguma revista ou artigo de fofoca em que aparecia meu nome ou foto, o que de fato acontecia e não com freqüência – Bem, agora que você vai andar com a gente, acho que posso te ajudar com o vestuário.

– Quem disse que eu quero andar com vocês? – perguntei fria sem me virar, me sentindo ainda mais irritada, Petra ficou ligeiramente ofendida, mas forçou um sorriso.

– Achei que você pudesse querer andar com pessoas legais para variar. – disse Petra voltando a fitar o espelho.

– E é exatamente o motivo de eu não querer andar com vocês, agora se me dão licença. – disse me largando nos lençóis e indo dormir.

Se Petra respondeu eu não ouvi, ou apenas não me dei ao trabalho de ouvir, apenas digo que dormi mal, levei muitos minutos para pegar no sono, enquanto as minhas três companheiras de quarto perderam um precioso tempo conversando sobre coisas fúteis e dando gritinhos, seu assunto favorito era garotos.

Quando acordei Petra e suas amigas pareciam esperar que eu me juntasse a elas para o café da manhã, mas as decepcionei, peguei algumas torradas e fui para a mesa da Corvinal, me sentei ao lado de Tabitha onde comemos e conversamos alegremente, depois Hugo se juntou a nós e como felizmente todas as nossas aulas eram junto com os alunos da Corvinal não teríamos problemas em nos encontrar.

A primeira aula foi Transfiguração, Victoire Weasley usava os cabelos presos para lecionar, mas mesmo assim ainda conseguia roubar regularmente as atenções dos alunos. A aula foi boa, ela me deu um carão por conversar durante a aula que mostrou que eu não teria tratamento especial, no fim consegui transformar um fósforo em agulha que era o que devíamos fazer, embora a agulha tenha ficado sem ponta.

Na aula de feitiços não fizemos muito além de praticar gestos e no fim o velho Prof. Flitwick nos deixou tentar o feitiço de levitação, mas apenas Tabitha conseguiu fazer a pena flutuar como devia. Depois nos dirigíamos para o grande salão onde paramos para olhar o quadro de aviso com as listas dos clubes.

– Qual desses acham que devemos tentar? – perguntou Tabitha interessada e excitada – Segundo nossos horários tempos tempo para dois!

– Dois? – Hugo deixou escapar, eu concordei mentalmente, fazer parte de dois clubes iria com certeza prejudicar meu tempo livre, e não iríamos querer isso certo? Mas realmente eu tinha interesse em me tornar membro de um clube, e já havíamos decidido que entraríamos para o mesmo. Haviam tantas opções, clube de poções, feitiços, bexigas e etc, obviamente o mais popular era o clube de duelos.

– Que tal duelos? – perguntei, sem duvida era o mais legal, e tinha também o teste para o time de quadribol que eu certamente faria.

– Duelos? – Hugo gemeu, ele obviamente não gostava da idéia de enfrentar outro bruxo usando uma varinha.

– Parece bom. – disse Tabitha, não é sem motivo que ela é minha amiga, é corajosa, é das minhas.

Por fim Hugo tentou discutir e sugerir outros, mas foi realmente o clube de duelos que entramos e ainda aproveitei para tentar me inscrever para o time de quadribol, mas James ainda não havia começado as inscrições para o teste.

Aproveitamos o que sobrou do tempo livre para relaxar a sombra de uma árvore no jardim da propriedade, Hugo explicava para Tabitha as maravilhas do Quadribol e a garota parecia beber cada palavra, eu já havia ouvido suas historias tantas vezes que eram entediantes, apenas me recostei na madeira e olhei em volta aproveitando o sol e o ar fresco. Muitos estudantes andavam pela propriedade seguindo nosso exemplo e aproveitando o tempo, um deles mostrava para o amigo a sua recém comprada vassoura que usaria no teste do Quadribol, olhei para o castelo em nenhuma direção em particular, porém eventualmente algo chamou minha atenção.

Na janela da torre sul, bem no sétimo andar algo incomum acontecia, havia luzes e raios que podiam ser vistos pela janela o que sugeria um duelo. Á toda a volta da propriedade pessoas apontavam para a mesma janela, gritos eram ouvidos, um líquido espirrou da torre, porém não soube o que era devido a distância.

– O que está acontecendo? – perguntou Tabitha apontando.

– Alguém chame os professores! – gritou uma aluna qualquer próxima a nós.

Então uma garota foi jogada janela a fora, mas não antes de se pendurar na beirada, uma mão aparecendo segurou a garota... Não... parecia querer jogar ela de lá! Gritos encheram meus ouvidos no mesmo que a multidão que havia parado para ver berrava, a garota lutava com a força da mão que a prendia sugerindo que alguém queria jogar ela lá em baixo e pedia socorro descontrolada.

Eu nem mesmo pensei, avancei no garoto que mostrava a vassoura para o amigo e a tomei dizendo – Devolvo depois – coloquei o cabo entre as pernas e dei impulso, não sabia que modelo era aquele, mas era uma boa vassoura, leve e fácil de manusear, me dirigi como uma bala até onde a menina estava pendurada lutando contra a mão que tentava jogá-la para a morte.

Adoraria contar que consegui pegá-la em pleno ar e ainda dar uma boa olhada no culpado, mas não, a garota se soltou e caiu, eu virei para a baixo tentando interceptar a garota no ar, mas ela colidiu com a beirada de outra janela antes que ela caísse, consegui sim evitar algo mais grave, mas ela havia se machucado. A vassoura tombou ligeiramente sob o nosso peso somado, mas a mantive firme e coloquei em posição, deslizei majestosamente antes de aterrissar no gramado com a garota machucada firmemente segura.

– Alguém chame os professores! – gritei, ao mesmo que os alunos se aglomeravam. udo em seguida aconteceu tão rápido que quando dei por minha estava em frente a prima Victoire e ao diretor Neville na ala hospitalar contando tudo o que aconteceu.

– Então você não viu quem tentou jogar a garota da torre? – perguntou a professora pálida, o diretor Neville permanecia em silêncio e extremamente sem jeito.

– Não, eu só tinha tempo de pegar a garota, nem pensei em ir até lá ver o que tinha acontecido. – disse honestamente.

– O que fez bem – disse o diretor parecendo estar finalmente na conversa, seu rosto redondo cheio de preocupação – o agressor podia muito bem ter te azarado na vassoura para encobrir o crime, e teria sido fatal.

Olhei para a garota ainda inconsciente, a mesma permanecia adormecida e com metade do corpo cheio de furúnculos, segundo madame Pomfrey a garota se chamava Kate e era aluna do quarto ano. Havia trabalhado com as bubotúberas na aula de Herbologia e havia pego um frasco, o liquido se espalhou pelo corpo da moça durante o incidente causando as marcas, mas não seria permanente.

– Acho que ela estava duelando com alguém. – disse com firmeza, Victoire e o Diretor me olharam e acrescentei – Havia luzes de feitiços na janela que podiam ser vistos do jardim e havia alguém com ela, acho que ela brigou com alguém e se tornou um duelo que terminou nisso...

Todos olharam para Kate, segundo madame Pomfrey ela havia tido traumatismo craniano, mas ficaria bem, era algo fácil de se resolver com magia, a garota acordaria em algumas horas nova em folha agora que os ossos foram curados, mas os furúnculos permaneceriam por mais tempo.

– Se importaria? – disse Neville o diretor, Victoire pegou a varinha da Kate dentro das vestes e tocou a ponta com a sua própria dizendo “Priori Incantatem”. As varinhas se ligaram por uma linha de fumaça cinza e a sombra flutuante de uma xícara apareceu na varinha sombra antes de desaparecer.

– O feitiço de levitação – disse Prima Victoire – bem, isso prova que não foi um duelo, agora Potter suponho que você ainda consiga pegar a ultima aula de defesa contra as artes das trevas e acho que não preciso dizer que tudo que foi discutido aqui foi hipotético, o que aconteceu com a Srta. Kate Chase não passou de um acidente e não precisamos que teorias espalhem pânico certo?

Eu assenti e sai da ala hospitalar para dar de cara com uma Tabitha de rosto pálido e um Hugo histérico.

– Lily você está bem? Está todo mundo falando sobre o que aconteceu! Quando vi você voando para lá fiquei pasmo! Pensamento rápido! – disse Hugo se acalmando.

– Sim estou... – respondi me dirigindo com eles para a última aula do dia, Defesa contra as artes das trevas.

Ainda na porta da enfermaria passamos próximos a Alexander e Escórpio que por algum motivo iam à direção oposta, o garoto olhou para mim de lado e quando passou em frente à enfermaria deu uma longa olhada lá para dentro como se esperasse ver algo, parecia desconfortável e pálido, reparei que ele usava uma luva preta.

– Tem certeza de que está bem? – perguntou Tabitha. – Você parece um pouco pálida.

– Estou – respondi honestamente, porém um desconforto passou por mim, senti como se tivesse algo na ponta da língua para dizer, mas a palavra não vinha à cabeça.

Enquanto caminhávamos para o ultimo período de aula do dia a música do Chapéu Seletor vinha a minha cabeça, como se tivesse algum perigo para ser enfrentado dentro de Hogwarts.

Quando entramos na sala o professor Adelfo já estava lá, porém chegamos cedo, assim que o sinal tocou ele fez uma chamada e começou a aula.

– Guardem as varinhas – foi sua primeira ordem – Não vamos precisar delas. – os alunos sussurraram chateados, era do entendimento geral de que nenhuma aula em que o professor mandasse guardar a varia seria excitante. – Vamos fazer uma visita de campo, sigam-me.

Seguimos o professor porta afora, mas não passamos pela porta em direção à qualquer lugar, subimos por uma escada até o terceiro andar e paramos em frente a uma porta que devia ser o banheiro feminino.

– Todos sabem o que tem aqui? – Perguntou o professor, a mão de alguns se levantou, a minha inclusive, mas o professor apontou para Tabitha.

– A Câmara Secreta! – disse tabitha, todos começaram a murmurar, havia tantas biografias de Harry Potter, algumas feitas com o depoimento do próprio, que todos sabiam sobre seus feitos, embora muitos detalhes tenham sido cuidadosamente cortados. Rita Skeeter em particular teve a idéia de criar uma biografia que colocava meu pai não como um herói corajoso, mas como um garoto com muita sorte que sobreviveu graças aos outros, porém sua versão não foi tão bem aceita.

– Muito bem, 10 pontos para a Corvinal! – disse o professor sorrindo e alisando a careca – Antes era um banheiro feminino, mas o lugar foi preservado como um patrimônio histórico e a entrada da câmara foi destruída e remodelada como uma espécie de memorial e hoje vamos nos aventurar em seu interior para termos uma idéia mais prática de como pode acontecer a defesa contra as artes das trevas.

Seguimos o professor porta adentro e paramos em frente a pia que devia ser a entrada da câmara, porém ela estava aberta e tinham instalado uma escada em espiral feita de latão, ouvi gemidos vindo de um dos boxers que sugeriu que a murta que geme ainda estava ali, porém não dei atenção, sob orientação do professor fizemos fila e descemos a escada.

O interior da câmara havia sido iluminado por archotes que se acendiam sempre que nos aproximávamos, e o professor discursava à medida que avançávamos.

– Todo o conteúdo da câmara foi preservado obviamente, reparem nos esqueletos de animais que vemos do lado – disse o professor ao prosseguirmos pelo túnel e alguns se afastavam dos cantos – sabem o que isso implica? Não...? Ninguém...? Bem ao lerem com atenção o livro notarão que os ninhos de muitas criaturas perigosas são singulares, ou seja, pelo seu hábito alimentar e forma de organizar sua toca, seria possível saber que perigo se encontra em nossa frente. Conhecimento é poder meus caros! Se um bruxo entrasse aqui sem saber o que encontraria pela frente, sem dar atenção aos sinais, ele daria de cara com um basilisco vivo e perigoso, e acreditem em mim quando digo, seria seu fim!

O professor seguiu a viagem falando de como Salazar Slyterin teria protegido para impedir que o tempo desabasse os túneis e nos feitiços que ele havia usado na entrada e na porta da sala do basilisco de maneira a fazer com que abrisse apenas frente a língua de cobra. Quando passamos pela entrada demoramos alguns minutos na porta onde o professor mostrou detalhes na porta (que havia sido arrancada e posta de lado, pois era impossível ter um oflidiogota para abrir a câmara sempre que precisassem), então entramos na câmara.

Altas colunasde pedra entrelaçadas com cobras em relevo sustentavam um teto que se perdiana escuridão, projetando longas sombras negras na luz estranha e esverdeada que iluminavao lugar. Havia um grande esqueleto de cobra desdentado em um canto.

– Muito bem meus caros, aqui será o último lugar de nossa excursão – disse o professor – aqui segundo as historias foi onde o Riddle do diário foi derrotado por Harry Potter, ali é onde o diário estava quando foi perfurado com uma das presas do basilisco, dizem que queriam fazer estatuas vivas de cera para representar o que tinha acontecido, mas o próprio Potter se negou, dizendo que seria constrangedor demais, o que é uma pena, seria ótimos mostrar para vocês uma sena de batalha real de vida ou morte.

Senti vários olhares sobre mim ao mesmo que o professor seguia discutindo pontos a ser observado, como o fato de o basilisco matar com o olhar, sobre o veneno que era tão poderoso que ainda estava impregnado no esqueleto, alguns alunos perguntaram o que havia acontecido com as presas do basilisco (eu sabia, mas nem o professor sabia, segundo ele algumas informações tiveram que ser mantidas em sigilo para não revelar segredos das artes das trevas para jovens que leriam as biografias, fato este que ele aprovava), ao fim da aula todos concordavam que o professor Adelfo era um grande professor, e defesa contra as artes das trevas já era a matéria favorita de todos.

Fomos para a sala comunal da Grifinória, onde abri o retrato e deixei Tabitha entrar. Não havia nenhuma regra que impedia um aluno de outra casa entrar como convidado em outro dormitório. Fui uma heroína na sala comunal da Grifinória aquela noite, os alunos se aglomeravam para me parabenizar por ter salvando Kate, alguns dizia “o esperado da filha de Harry Potter”, porém a discussão e conversa não durou muito, me sentei com James em uma mesa com Tabitha e Hugo para terminarmos nosso dever.

A sala ficou pouco movimentada depois de toda a gente que queria detalhes se afastar, olhei em volta para ver Arika ralhando com alunos que estavam fazendo bagunça, James anormalmente quieto debruçado sobre uma folha de pergaminho, que tive a impressão que não se tratava de seus deveres, Petra e suas amigas conversavam olhando os garotos aos risinhos. Meu olhar vagava sem rumo pela sala a se demorar por Escórpio sentado em frente a lareira, conversando com alguém que eu supunha ser Alexander, mas dava apenas para ver o topo da cabeça do segundo, o loiro cochichou e o segundo se virou e ambos olharam para mim, trocaram olhares preocupados e desviei o olhar.

A semana passou voando, a segunda aula de defesa contra as artes das trevas foi tão boa quanto a primeira, nos dividimos em duplas e praticamos pequenos feitiços uns nos outros como o de cócegas ou perna presa, se conseguíssemos azarar o adversário devíamos tentar por um fim no encantamento usando o Finite Incantatem.

O clube de duelos também era monitorado pelo professor Adelfo, obviamente, e nos duelos ele explicava como até mesmo pequenos feitiços podiam fazer a diferença, como o de cócegas que se atingido na garganta ou mão da varinha podia por o adversário em dificuldade de duelar. No geral praticávamos duelos com alunos da mesma série e às vezes sobre orientação do professor com alunos mais velhos de maneira a nos preparar para situações desvantajosas. Eu geralmente fazia dupla com Tabitha ou Hugo, notei que Petra e as gêmeas do mal geralmente praticavam juntas, mas seus duelos acabavam em crises de riso histérica, Escórpio e Alexander faziam par um com o outro sempre e ninguém mais queria duelar com eles.

No decorrer da semana me encontrei de novo com Kirche que cismava de me falar sempre sobre seu maldito FOOP e eu sempre tinha que me afastar com desculpas, com o passar do tempo comecei a tentar evitar a garota, embora isso parecesse difícil, Kirche tinha muitos membros no seu clube que pareciam aparecer sempre onde eu estava e avisar a líder.

Kate veio me agradecer depois de sair da ala hospitalar.

As aulas de defesa contras as artes das trevas ficaram cada dia melhores e participativas, mesmo quando tínhamos que estudar um capítulo sempre tinha demonstrações práticas que nos ajudavam a entender como funcionavam os feitiços, quando finalmente chegou o ultimo dia de aula todos estavam tristes, porém a aula foi simplesmente ótima, praticamos deflexão de feitiços e como sobrou tempo o professor tirou um livro da bolsa e mostrou para a classe.

– Alguém sabe o que é isso? – perguntou ele animado – Não? Bem, suponho que não seja tão bem conhecido, alguém sabe que é Cassandra Trelawney? Famosa vidente, e este livro é uma de suas relíquias deixadas, dizem que consegue ver o futuro.

– O futuro? – alguém deixou escapar com a voz embargada em uma gargalhada.

– Podem rir se quiserem, mas reparem, esse livro esta metade em branco e repleto de nomes de bruxos que fizeram grandes feitos, e com o tempo recebeu o nome de livro dos heróis– disse o professor. - Dizem que quando o bruxo está destinado a algo grande seu nome aparece aqui, vão encontrar o nome de bruxos famosos como Harry Potter, Alvo Dumbledore, Agripa, Merlin e etc. Cada nome escrito em letra diferente, escrito a fogo segundo contam, mas se é verdade eu não sei, é apenas algo muito valioso que com sorte veio parar em minhas mãos.

O professor deixou o livro passar de mão em mão, era agradável ao toque com capa de couro adornado com pedras e prata, as paginas eram brancas e não parecia ser o caso de ter sido escrito a mão, embora eu não acreditasse que o livro realmente mostrasse o futuro. Era como o professor havia dito, cada nome escrito em cor diferente em letras diferentes, com nomes de todos os bruxos famosos.

– Quem sabe um dia o nome de algum de vocês não esteja aqui hein? – perguntou o professor brincando, com o livro próximo a metade onde o último nome havia sido escrito “Harry Tiago Potter”, a classe riu, porém o riso se perdeu, a linha seguinte começou a brilhar dourado como fogo e um nome estava escrito ali em uma letra diferente e familiar, Lily Luna Potter.

Meu nome, escrito com a minha letra.


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