O Legado de Lily Potter escrita por O Coração Negro, Lana


Capítulo 2
Capítulo 1 - Uma Varinha no Gregorovitch’s


Notas iniciais do capítulo

Olá
Antes de mais nada, sejam bem-vindos! =D
Sabemos que o Prólogo foi pouco esclarecedor, mas necessário para o desenrolar da trama, contudo, a história começa realmente aqui, como o primeiro capítulo da nossa protagonista.

Espero que gostem (e, obviamente, deixem comentários, afinal, precisamos saber da opinião de quem leu.)

Próximo capítulo muitíssimo em breve, fiquem ligados.



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Capítulo 1 - Uma Varinha no Gregorovitch’s.

Para mim aquele era um dia especial, eu iria comprar minha primeira varinha e dali a uma semana eu finalmente seria aluna da escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Sim, eu sou uma bruxa, e meu nome é Lily Luna Potter.

Eu havia recebido a carta fazia apenas um mês, porém todo o meu material havia sido comprado na primeira semana por meus pais, a razão era simples: eu frequentava uma escola de trouxas. Desde que minha tia Hermione se tornou chefe de execução das leis da magia, várias condutas haviam sido recomendadas a fim de aprofundar nossa relação com os trouxas, uma delas era que crianças eram recomendadas a estudar com trouxas até que completassem a idade de ir para Hogwarts. Não era exatamente uma lei, mais um tipo de bom senso. Meu pai, sendo chefe da seção dos aurores, devia dar o exemplo então eu e meus irmãos estudamos com trouxas até os onze.

- Lilian coloque o cinto e ajeite essa camisa! – disse Gina ajeitando minha roupa à força. Minha mãe era anormalmente rígida quando se tratava das normas de vestuário de trouxas, talvez fosse alguma influencia de meu avô.

- O Duda conseguiu defender o título! – disse Harry guardando um jornal trouxa e se levantando da poltrona para finalmente se preparar para a partida. Eu não pude deixar de sorrir. O primo Duda e meu pai haviam sido criados juntos. Segundo as histórias que ouvi, eles não se davam bem, até que meu pai salvou a vida de Duda. Hoje o primo era campeão de luta livre e eles ainda se comunicavam por cartões postais, e toda a família sempre visitava o primo uma vez por ano. Eu e meus irmãos éramos proibidos de usar magia na residência dos Dursley e ficávamos brincando com seus priminhos. Aparentemente, o primo Duda tinha uma incomum aversão pela magia, mas ele não recusava os deliciosos doces que levávamos para ele a cada visita.

Demorou trinta minutos desconfortáveis, em que meu irmão James atrapalhava a preparação e escondeu os pertences de Alvo. Até hoje eu não entendia o que havia acontecido entre meus irmãos. Desde que Alvo foi colocado na Sonserina, ano passado, uma rixa surgiu por parte de James. Ele tornou Alvo como foco prioritário de travessuras... Porém no fim eles conseguiram usar o pó de flu indo para o beco diagonal.

Eu fui a primeira a viajar pela rede de lareiras. Odiava esse tipo de viagem, sinceramente estava louca para fazer dezessete anos e então aparatar, embora diziam ser muito perigoso. Afastei-me e fui até o balcão para esperar os outros.

Parei para ouvir enquanto dois homens discutiam as notícias do Profeta Diário, algo sobre um funcionário aposentado desaparecido, no entanto nada que pudesse gerar preocupações, e a noticia mais falada da semana: o afastamento de Córmaco McLággen, que iria se ausentar da luta contra as artes das trevas para se dedicar a projetos pessoais, aparentemente o tão falado bruxo errante iria se dedicar permanecia em mistério.

Logos meus pais me alcançaram e fomos fazer compras. Alvo se parecia muito com o tio Percy, foi logo se juntar a seus amigos da escola que encontrou e visitar as livrarias. James, por sua vez, não perdeu tempo e foi para as Gemialidades Weasley para renovar o estoque, embora tenha contado uma boa mentira dizendo que iria apenas comprar um livro que queria ler. Eu simplesmente não entendi como meus pais acreditaram em tamanha mentira. Eu, meu pai e minha mãe primeiro foram comprar meu uniforme e depois aquilo que eu tanto queria: a varinha. Quando nós entramos na Olivaras, o dono veio cumprimentar meu pai.

- Vinte e oito centímetros, boa e flexível – disse o Sr. Olivaras, filho daquele que encontrara a varinha de meu pai e muito parecido com a descrição que eu tinha conhcimento, por sinal. Apertando a mão de Harry, ele fez menção de completar – e...

-Plumagem de fênix – completou meu pai sorrindo – uma boa memória como sempre, como a de seu pai. Estamos aqui para comprar a primeira varinha de minha filha.

- Naturalmente, tenho me esforçado para seguir a mesma qualidade de meu pai, e esperava uma visita da mais jovem Potter – disse o Sr. Olivaras – estenda a mão pequena.

Eu obedeci. O Sr. Olivaras tirou uma fita métrica e a mesma começou a tomar minhas medidas enquanto o gentil vendedor de varinhas me fitando com seus olhos claros.

- Tente esta – disse o Sr. Olivaras, me entregando uma – Vinte e cinco centímetros, rígida e pesada, excelente para duelos e o núcleo é pelo de unicórnio.

Eu a recebi e levantei acima da cabeça, me sentindo desconfortável. Devo ter ficado horas experimentando varinhas, porém por incrível que pareça nenhuma serviu, até que finalmente...

- Acho que não poderei ajudá-lo hoje Sr. Potter. – disse o Sr. Olivaras descontente.

- O que quer dizer? – perguntei me intrometendo pela primeira vez.

- A Srta. Potter, veja bem – ele se voltou para me fitar - você literalmente conseguiu experimentar todas as varinhas da loja e não foi escolhida por nenhuma – disse o Sr. Olivaras coçando a cabeça – é algo raro, mas acontece... A varinha escolhe o bruxo sabe? Temo que talvez eu ainda não tenha feito a varinha adequada para a Srta. Sr. Potter, se importaria de me visitar na semana que vem? Farei novas varinhas e tenho certeza de encontrar uma apropriada.

Meu ânimo decaiu completamente, não ser escolhida por uma varinha era algo que eu nunca teria imaginado. Meu pai havia me contato que com ele o Sr. Olivaras demorou horas tentando encontrar a varinha certa, eu mesmo já havia imaginado que também demoraria um longo tempo, mas não encontrar uma varinha era algo que ia além da minha imaginação.

- Se anime Lily, meu tio Alberto demorou um mês para encontrar a varinha, minha mãe me contou que tiveram até que visitar fabricantes no estrangeiro – disse tio Jorge.

- Não foi aquele que morreu 24 horas depois de ver o sinistro? – perguntou Harry.

- Bem, o tio Alberto fez muitas coisas. – Disse tio Jorge sorrindo, mas não se prolongou no assunto. Confesso que a visita pelo beco diagonal me animou um pouco, depois das Gemialidades Weasley fomos à Floreiros e Borrões, onde ganhei de presente o livro “Azarandos e Azarados” de Mirela Cravatel. Meu irmão mais velho me deu uma piscadela, não esperava que ele fosse tentar me consolar com algo que eu definitivamente iria usar contra ele no futuro. Pensar nunca havia sido a especialidade de James.

Por último visitamos o Empório de Corujas, era uma tradição que meu pai havia iniciado: sempre que um filho entrava para Hogwarts ele recebia um animal de presente, meu irmão James tinha uma coruja macho das torres chamada Seta. Alvo havia preferido um gato branco com uma marca preta nas costas que lembrava uma ferradura, não preciso nem dizer que o nome do animal era Sortudo, certo? Eu já preferia uma coruja, além de achar as aves realmente lindas, achava ótimo a ideia de ter um correio particular.

Compramos uma coruja das neves que tinha as penas ligeiramente prateadas e olhos vermelhos, segundo o vendedor aquilo era um tipo raríssimo para as corujas das neves, porém eu achei a plumagem linda e a ave era particularmente carinhosa, então eu a escolhi.

Quando finalmente, voltamos para casa eu já havia me acostumado com a ideia de que talvez pudesse demorar um pouco para eu ter uma varinha em mãos.

***

No dia seguinte me levantei estranhamente mais animada. Era domingo e eu estava oficialmente livre de estudar com os trouxas, não que eu não gostasse deles, mas apenas era uma vida muito falsa para uma bruxa, e se tem algo que eu não consigo ser, é falsa.

Eu tinha apenas uma amiga trouxa, Beatriz, que só pude convidar pra passar a noite na minha casa uma vez, e tive muito medo. Afinal, como convidar a melhor amiga para visitar minha casa quando a garota podia dar de cara com o Monstro, o velho elfo domestico da família? Ou com seu irmão James que adorava paquerar as minhas amigas para me irritar ou pudesse chegar e mostrar os mais recentes produtos comprados na loja do meu tio Jorge?

“O que seu pai faz?” Era uma das primeiras mentiras eu aprendi a contar. Inicialmente, adotava a mentira de que meu pai trabalha com a lei ou era um funcionário do governo, porém sempre havia alguém em que o pai que trabalhava para o governo trouxa ou que o pai era policial, o que fazia a mentira cair por terra e fazia ser taxada como mentirosa. Eu já havia perdido a conta de quantas amigas havia perdido devido a essas mentiras, em minha atual escola a maioria me taxava como a esquisita, mentirosa e metida, eu me surpreendia de ainda ter conseguido fazer uma boa amiga como Beatriz.

- Bom dia querida – cumprimentou minha mãe servindo lhe passando algumas torradas – seu pai tem uma surpresa para você. - Olhei para meu pai que estava distraído lendo o Profeta

Diário, sabia que seria grosseria interromper, então apenas aguardei.

- Vamos visitar outros fabricantes de varinhas hoje. – anunciou meu pai finalmente descansando o jornal – Eu e sua mãe conversamos ontem à noite, e bem, não tem sentido esperar o novo lote de Olivaras com tantos fabricantes por aí, certo? Afinal você parecia tão aflita ontem, que acho que você vai se sentir melhor se encontrarmos logo uma varinha.

Eu não pude deixar de abraçar meus pais, não que eu fosse o tipo de filha carinhosa e grudenta, mas eu entendi que eu provavelmente devia ter deixado transparecer meu estado de espírito e meus pais queriam me animar, e esse sentimento me fez sentir melhor.

Saímos logo depois do café, porém a busca por uma varinha prometia ser mais difícil do que aparentava. Por volta do meio dia meu pai já havia me levado a todos fabricantes de varinhas da Inglaterra, não era exagero, acreditem quando digo que não existem tantos e que nem todos possuem tantas varinhas quanto a Olivaras.

- Não se preocupe Lily, vamos encontrar uma varinha. – Meu pai não cansava de dizer, a cada varinha e a cada loja que eu visitava, mais deprimida eu ficava e mais meu pai repetia a mesma frase.

Então depois de almoçar em uma pizzaria trouxa, fomos à Bulgária, onde havia um fabricante de varinhas tão famosos quanto o Olivaras. Aparatamos em frente à loja que ficava em uma rua semelhante ao beco diagonal, porém os bruxos ali não falavam o inglês, porém eu pude ler o letreiro. “Gregorovitch’s, fabricante de varinhas de qualidade desde 500 a.c”.

- Gregorovitch? – perguntei – Tipo aquele das historias que tio Rony adora me contar?

- O neto – disse meu pai – é o melhor da Bulgária, e bem, quando não conseguimos nada com Olivaras comecei a pensar que podia tentar um conhecido... Embora esse lugar não traga boas recordações.

Engoli em seco, entramos na loja e tocamos um sino, ouvimos uma voz dizer “um momento” e esperamos alguns minutos antes de sermos atendidos por um jovem que devia ter vinte e oito anos, era ligeiramente gorducho com olhos miúdos que lembravam os do primo Duda, e uma barba muito comprida e de aparência lisa.

- Bom dia – cumprimentou o dono – uma varinha para a jovem...? Pelas calças de Merlin! É Harry Potter!

Eu já estava acostumada aquilo, meu pai simplesmente era muito famoso, Gregorovitch simplesmente levou alguns minutos saudando meu pai antes de me dar atenção.

- Podemos resolver logo o lance da varinha? – eu interrompi, não que eu fosse grosseira, mas não havia sido um bom dia e me sentia ansiosa.

- Naturalmente – disse Gregorovitch desconcertado – eu achei que como todo britânico a Srta. iria preferir uma das varinha do velho Olivaras, sem duvida minha fama finalmente se estendeu a outros países!

Eu e meu pai apenas sorrimos, o homem parecia animado com a possibilidade da melhoria dos negócios que poderia estar tendo fornecendo não apenas no seu país, mas também em outros. Resolvi não cortar sua felicidade dizendo que só estávamos ali por falta de opção e meu pai pareceu compartilhar de meus sentimentos. Assim como o Sr. Olivaras, o homem tirou minhas medidas e me deu o que me pareceu ser zilhões de varinhas para provar; diferente do Sr. Olivaras ele não ficava feliz quando uma varinha não me escolhia, parecia cada vez mais deprimido e eu sabia como ele se sentia.

- Isso raramente acontece. – Disse o homem coçando a cabeça, uma preocupação passou por mim e algo deve ter transparecido, pois Gregorovitch acrescentou – Não se desespere, ainda tenho alguns antigos trabalhos.

Então o homem me ofereceu mais três varinhas antes de chegar uma última varinha de cedro, vinte e cinco centímetros, maleável e forte, feita com pena de fênix. Ao receber a varinha eu notei algumas coisas, depois de experimentar literalmente todas as varinhas do Sr. Olivaras e também Gregorovitch (fora alguns fabricantes menores), eu vi diferenças físicas nas maneiras de confecções dos dois. As do segundo não possuíam uma diferença demarcada de onde se devia segurar a varinha, notando-se apenas a diferença na grossura da ponta para o cabo, além de serem mais detalhadas; agora essa ultima varinha que experimentei parecia ligeiramente mais com as Olivaras, era vermelho escura, os adornos não eram exagerados, o cabo bem demarcado e delimitado, e na ponta do cabo havia o desenho de um pássaro entalhado na madeira que devia ser uma fênix.

Eu sabia que aquela era minha varinha, ao tocar nela eu senti uma onda de calor e saiu fagulha da ponta como diziam que devia acontecer. Eu finalmente havia conseguido minha primeira varinha.

- Viva! – exclamou Gregorovitch animado como nunca havia demonstrado, então ele deixou escapar– achei que nunca ia vender essa relíquia!

- Relíquia? – repeti ligeiramente incomodada, aquela era minha varinha, a única que havia me escolhido, podia haver algo de errado com ela?

- Oh! Não me entenda mal Srta. – disse Gregorovitch – essa foi uma das últimas feitas por meu avô, antes de se aposentar. Veja bem, a maioria dos trabalhos dele eram muito à frente do seu tempo! Um fabricante de varinhas excepcional se me permite a pouca modéstia, então as varinhas que ele fez voaram das prateleiras, por fim me restaram exatamente quatro, você viu as duas primeiras... Então quando meu pai se aposentou e eu assumi os negócios da família,quinze anos atrás, eu me dispus a tentar o máximo a vender as varinhas, afinal eram um importante legado de família. Sempre que um cliente chegava eu logo mostrava primeiro aquelas quatro, porém ninguém era escolhido! Eu fiquei desconsolado, e com o passar dos anos comecei a pensar que talvez não houvesse bruxo para aquelas varinhas... que é algo que segundo a teoria, pode acontecer.

- Então três anos atrás eu já havia desistido, quando um garoto entrou na loja – disse Gregorovitch feliz enquanto embrulhava a varinha -, o garoto estava inconsolável, pobrezinho, ele estava acompanhado de um dos professores de Hogwarts, um nascido trouxa. – eu notei que Gregorovitch fez uma leve careta, o preconceito com nascidos trouxas sempre havia sido maior na Bulgária que na Inglaterra, mesmo que hoje ainda não se falasse mais nisso, nesse país ainda havia vestígios – Bem, como um bom profissional eu mostrei todas as varinhas que eu tinha a ele, quando finalmente terminei o garoto caiu aos prantos!

- Não entendi de imediato a razão do choro – disse Gregorovitch – isso acontece às vezes sabe? Embora seja raro, pode acontecer de eu simplesmente não tenha feito a varinha para algum bruxo, então o professor me contou que aquele garoto havia visitado todos os fabricantes da Inglaterra e nada! Quais as chances? Fique com pena e então eu meio que pensei, por que não?

- Fui até meu quarto, no andar de cima, e peguei as quatro varinhas que haviam sido feitas por meu avô, eu já havia pensado em desmontar as pequenas e reaproveitar o material, mas resolvi arriscar, deixei que o garoto provasse as quatro – contou Gregorovitch – foi na primeira tentativa, vinte e outro centímetros feita de cacunda, bem maleável e veja só a coincidência, a varinha em questão é a irmã da que acabo de lhe vender, década de sorte não?

- Núcleos gêmeos? – perguntou meu pai incomodado.

- O senhor está familiarizado com varinhas Sr. Potter? – disse Gregorovitch – Sim, núcleos gêmeos. Bem, espero não demorar mais cinqüenta anos para vender aquelas duas, uma é unicórnio e a outra cabelo de veela.

Eu estava simplesmente vibrando quando finalmente deixamos a Gregorovitch’s, até mesmo me senti boba por achar que talvez não houvesse uma varinha para mim. Para comemorar meu pai me levou para passear pela cidade trouxa, o lugar era frio e úmido, e em algum momento da visita começou a chover.

Eu esperei meu pai em frente a uma livraria enquanto ele visitava a loja ao lado para comprar um presente para minha mãe, então notei que meu cadarço estava desamarrado, me abaixei para amarrar e escutei o barulho de derrapagem, e me virei ainda abaixada.

Dois faróis enormes vinham em minha direção. Não havia nem tempo de correr, meus pés deslizaram na neve, e então eu seria atingida em cheio, quando sinto alguém me abraçado. Ouvi um crack e senti um puxão no umbigo, eu havia aparatado como havia feito antes com meu pai, senti meu corpo sendo puxado pelo espaço e eu estava lá, atrás do caminhão. Ilesa.

Olhei para o rosto do meu salvador esperando encontrar meu pai, porém encontrei o rosto de um estranho, era um garoto provavelmente da idade de meu irmão mais velho, o que era um choque. Ele não devia saber aparatar! Tinha cabelos pretos e olhos negros frios e um rosto de aspecto frágil, estranhamente fofo.

- Meu Herói – disse para quebrar o silencio que havia se instaurado e tirar sarro, então ele me soltou e cai de bunda na neve, eu me levantei e teria ido atrás do garoto para agradecer e brigar, mas senti o abraço de meu pai.

- Lily graças a Deus! Por um momento eu achei que você... – meu pai pareceu tremer, mas não por causa do frio, olhei por cima do ombro para ver onde o garoto havia ido. Ele se juntou a um garoto de cabelos loiros lisos e rosto pontudo, o novo estranho usava óculos com armação que parecia tartaruga e lente preta sem “pezinhos”. O garoto loiro segurou no braço do garoto de cabelos pretos e ambos desaparataram ali, me deixando cheia de duvidas.

Quando cheguei em casa contei tudo que havia acontecido para Hugo - meu primo - por carta. Ele era meu melhor amigo e começaria Hogwarts esse ano também. Me surpreendi de ter recebido a resposta tão rápido, aparentemente minha nova coruja Ártemis era muito competente.

Lily você tem que ter mais cuidado!? Amarrar os sapatos no meio da rua? Francamente! Não me admira que você seja uma criança! Quanto á esse cara, o que você achou dele? Isso foi meio estranho, se ele tiver usado magia fora da escola ele terá problemas com o Ministério, mas bem que seu pai pode dar uma mão depois de ele te salvar e tudo, certo? Bem, se quiser saber mais apenas falarei com a mamãe quando ela chegar. Como ela é chefe do departamento de execução das leis da magia, ela pode ter ouvido falar de algum uso de magia por menores, mas se ele for búlgaro talvez não o vejamos de novo.

Bem, espero que nos vejamos logo em Hogwarts,

Att. Hugo Weasley.

Senti-me extremamente irritada com a bronca e o jeito super protetor de Hugo, afinal ele era o desastrado! Ano passado havia pego a varinha do tio Rony e acidentalmente transformou as próprias mãos em patas de macaco! E já havia se perdido no beco diagonal diversas vezes, em algumas ocasiões eu mesma tive que encontrá-lo. Tive que me controlar para não mandar uma resposta grosseira, respirei fundo e me acalmei.

Coloquei minha varinha nova na mesa de cabeceira e comecei a tentar aprender algumas da azarações do meu livre novo, peguei no sono enquanto lia, se foi influência do dia que eu tive não sei dizer, mas tive um lindo sonho envolvendo princesas e dragões.


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