New York City 2 escrita por Raiane C Soares


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Hey! Momento mãe e filha. =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/428680/chapter/33

POV Santana

Terminei de montar a árvore com Quinn e Jude, me sentei no sofá e elas foram até a cozinha. Faltavam algumas horas para a chegada do natal, eu estava feliz, mas ao mesmo tempo preocupada com essa viajem. Sarah sentou ao meu lado e sorriu.

– Mais um natal. – ela disse.

– Sim, mais um.

– O que comprou para mim?

– Isso você só vai descobrir amanhã.

– Me fala, vai!

– Não.

Me levantei e vi Quinn e Jade se aproximando.

– Mamãe, precisamos falar com você.

– Comece.

– Hum... Jude pode ir nessa viajem conosco?

– Quinn.

– Por favor, mamãe! Se ela não for, terei que ficar sozinha.

– Você não vai estar sozinha.

– Ah, não? Você vai ficar com a mamãe, Sarah com Ash, tia Britt com tia Nick, Sid com Joe, Maggie com Susan e as crianças, e eu? Fico dentro do hotel assistindo televisão.

– Você pode ficar com Megan, Susan e...

– Não, mamãe! Não tem graça ficar com a Maggie, Susan nem é minha amiga e eu não gosto de ficar com crianças.

– Ela tem razão, Santana. – Sarah disse. – Quinn já é adolescente, precisa conviver com pessoas da idade dela. Jude é a única que consegue aturar essa família.

Olhei para Jude, que permanecia calada, olhei para Quinn, ela estava com aquele olhar que conseguia tudo, suspirei e me aproximei.

– Avise aos seus pais, Jude. Você vai passar o final de semana aqui, e irá viajar conosco.

Quinn sorriu, em seguida me abraçando.

– Obrigada, mamãe.

– Só não faça eu me arrepender, entendeu?

– Sim.

– Isso vale para as duas.

***

A casa já estava completamente cheia, não faltava ninguém, eu achava que tinha gente demais. Rachel estava sentada no sofá com Megan e Emily, Sarah estava na cozinha com Britt e Sidney, Susan e Joseph estavam brincando com Jennypher e Down, e Quinn e Jude estavam sentadas à mesa conversando. Fui para o quarto, coloquei um suéter vermelho que Rachel havia comprado para todos, um igual ao outro, me sentei na cama e senti meu corpo ficar cansado.

– Você está bem? – ouvi Quinn perguntar da porta.

– Estou sim, é apenas a velhice. Não tenho mais a energia de antes.

– Acho que só a mamãe tem. – ela disse rindo.

Entrou no quarto, sentou ao meu lado e olhou para o chão.

– Mamãe, podemos conversar? – ela perguntou séria.

Quinn não ficava séria daquele jeito, apenas quando fazia algo errado na escola e queria logo se desculpar.

– Claro que podemos. Sobre o que?

– Quinn.

– Como?

– Minha avó, Lucy Quinn Fabray.

Eu fiquei surpresa, porque Quinn nunca havia perguntado sobre ela antes, nem quando Joe disse que ela estava ficando bem parecida com a falecida.

– Sobre o que você quer saber? – perguntei com naturalidade.

– Como ela era? E por favor, me conte a verdade.

– Por que eu não diria a verdade?

– Porque talvez ela tenha feito algo de tão ruim, que todos evitam falar dela.

– Todos?

– Sim. Perguntei para a mamãe, mas ela apenas disse o que Joe, tia Britt, tia Nick e Sarah disseram, que eu estou parecida com ela. Maggie diz apenas que não sabe, pois nunca a viu.

– Bem, Megan realmente nunca a viu, mas quanto aos outros, eu pedi para que não dissessem.

– Por quê? – ela olhou para mim.

– Você quer mesmo saber quem era Lucy Quinn Fabray?

– Sim, eu quero.

Me ajeitei na cama, ela fez o mesmo, segurei suas mãos e respirei fundo.

– Conheci Quinn quando tinha a sua idade, estudávamos juntas, junto com Rachel, Britt e Kurt.

– Tia Britt já disse isso. Você e tia Britt eram melhores amigas, mas depois se tornaram namoradas, mas vocês, ou pelo menos você, não gostava da mamãe, e a maltratava sempre.

– Exatamente, e Quinn era nossa amiga também. Éramos líderes de torcida e eu não gostava muito dela, por ter sido capitã.

– Agora que vem a parte ruim?

– Sim. Quando fui para a faculdade, reencontrei Rachel e...

– Vocês se apaixonaram perdidamente uma pela outra, ela teve câncer e você a ajudou, depois viveram felizes para sempre, até Joe nascer.

– Como...

– Tia Nick contou, mas não passou do nascimento do Joe. Nem sei como ele nasceu.

– Eu vou lhe explicar. Quando eu estava grávida do Joseph, Quinn foi atrás da Rachel, porque ela era, digamos assim, louca pela sua mãe. Em um final de semana, depois de levar Sarah para casa, fui até a Broadway para ver Rachel, mas eu a vi conversando com Quinn, e antes de eu dizer algo, Quinn a beijou. Eu fiquei com raiva, indignada com as duas, então entrei no carro e no caminho, sofri um acidente, o que me fez perder a memória. – parei para suspirar, Quinn ainda me olhava atenta. – Na primeira semana que voltei para casa, Rachel me ajudou com Joseph, mas novamente, em outro dia, vi Quinn e ela na sala se beijando, o que me deixou com raiva, mesmo eu não lembrando exatamente de quem era ela. Peguei minhas coisas, Joseph e fui para Paris.

– Por isso que, quando eu tinha 12 anos, quando eu tinha quebrado o laptop do Joe sem querer, ele começou a dizer coisas em francês?

– Sim. Ele cresceu durante oitos anos lá, apenas ele e eu, mas depois eu voltei.

– Então, é só isso?

– Não. Quatro anos depois de Megan ter nascido, Quinn voltou, o que me fez conhecer Sidney. Ela não me respondia quando eu falava com ela, e você sabe como eu odeio isso. – ela afirmou com a cabeça. – Na noite seguinte de eu conhecer ela, Joseph e ela sumiram, em seguida recebi um recado da Quinn, querendo Rachel em troca de Joseph. Eu não ia fazer isso, iria pensar em algo para resolver isso, mas Rachel foi ao encontro dela, ficou no lugar do Joseph e Quinn a levou, junto com Sidney.

– Ela se trocou por Joe? Mas...

– Isso foi para salvar Joseph, para que ele, Megan e eu ficássemos bem, mas eu não ficaria bem sem ela, então fui atrás delas com meu carro. Quinn percebeu que eu a seguia, não queria ficar sem Rachel, então jogou o carro de uma ponte.

– Ela morreu naquele acidente?

– Não, eu... – tentei dizer, mas as palavras não saíam.

– Ela a matou, Quinn. – ouvimos Rachel dizer da porta.

– Mamãe, você...

– Eu fiz isso para salvar Rachel, para salvar minha família, para que ela nunca mais nos incomodasse.

– Você foi presa?

– Sim, fiquei presa por duas semanas, até meu julgamento, depois fui inocentada.

Quinn tinha uma expressão indecifrável no rosto, olhei para Rachel que se aproximou, voltei a olhar para Quinn, que agora tinha lágrimas nos olhos.

– Quinn...

– V-você matou ela e... por que me adotou?

– Você sabe que Beth pediu para que eu lhe adotasse, pois confiava em mim, mas não era apenas isso. Um mês antes, minha abuela havia morrido, eu entrei em depressão, fiquei sem comer, sem beber nada, não levantava da cama, então me levaram para o hospital.

– Puck a levou. – Rachel disse.

– Quando eu estava meia morta, meia viva, não tenho certeza, Quinn apareceu e tentou me levar.

– Então você quase morreu?

– Sim, por culpa da Quinn. Mas ela não fez isso. Disse que tinha inveja de mim por ter Rachel, que sua vida nunca foi boa e, pediu para que eu cuidasse dela. Eu não entendi no início, até ver você naquela maternidade.

– Está dizendo que sou reencarnação dela?

– Acho que sim.

– Isso não existe.

– Eu também achava que não, até você nascer.

Ela soltou minhas mãos e se levantou, ficou de costas para mim e para Rachel, caminhou até a escrivaninha e voltou a se virar para mim.

– Ma... Santana. Eu sou feliz, então você fez um bom trabalho.

– Quinn...

Me levantei, Rachel segurou minha mão e começou a tremer.

– Você não é minha mãe, Beth também não é minha mãe, eu sou mãe dela.

– Não fale isso, Quinn. – Rachel disse.

– Isso é verdade. Eu sou a outra Quinn, certo?

– Errado. – respondi. – A outra Quinn era má, não gostava de ninguém, à não ser ela mesma e Rachel. Você é diferente. Ama sua família, cresceu grudada com Joseph, sempre pedia para Megan lhe ensinar à dançar...

– Então, eu só tive outra chance para ser feliz?

– Isso. Você é essa Quinn, meiga, adorável, alegre, que adora fazer brownies com a Britt, que sempre discute com Nick para mudar de canal quando vai à casa dela, que briga com Megan quando ela te chama de criança, que espera uma ligação do Joseph todo final de semana para contar tudo o que aconteceu, que toma café da manhã com Sarah todos os dias na frente da televisão...

– Eu... eu sou feliz, mamãe.

– Sim, você é feliz Quinn.

Ela correu e nos abraçou, ouvi seus soluços, afaguei suas costas e ela se afastou.

– Tia Santana, Sid disse que a ceia está na mesa. – Jude disse, chamando nossa atenção.

Quinn olhou para mim, sequei suas lágrimas e sorri.

– Agora vamos descer, passar mais um natal com nossa família e sermos felizes como sempre somos.

Ela afirmou com a cabeça, nos abraçou novamente e soltou uma pequena risada.

– Eu amo vocês.

– Nós também te amamos, amor. – Rachel disse.

Quinn correu para fora, logo sumindo com Jude, olhei para Rachel, que tinha lágrimas nos olhos.

– Estou me sentindo mais leve. – eu disse.

– Eu também.

Eu a beijei, segurei sua mão e a puxei para fora do quarto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Juro que eu chorei..
PS.: Vocês viram como tá o filho da HeMo? Coisa mais fofa! *--*
PS2.: Vocês já ouviram isso? http://letras.mus.br/glee/the-fox-what-does-the-fox-say/ kkkk O clipe normal me faz morrer de rir, imagine a performance, como vai ficar..



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "New York City 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.