New York City 2 escrita por Raiane C Soares
Notas iniciais do capítulo
"Você não pode mudar seu passado, mas pode esquecer e começar seu futuro." - Hoje estou filósofa (sendo que a frase nem é minha..) e muito preguiçosa... Sorry pelo meio curto cap.
Ela se assustou ao ouvir minha voz, apagou o cigarro e o jogou pela janela rapidamente.
- O-o que você está fazendo aqui, Santana?
- Por que você está fumando, Brittany? Desde quando você faz isso?
- Eu só fumo quando estou nervosa. – ela respondeu saindo do quarto.
- E des...
- Isso tem pouco tempo.
Britt desceu as escadas e entrou na cozinha, eu a segui e a vi pegando duas canecas, logo enchendo-as de café.
- Você quer? – ela perguntou, mudando de assunto.
- Pouco tempo quanto?
- Quer que eu coloque marshmallow?
- Quero sim, obrigada.
- Um ou dois?
- Dois... Brittany! Não mude de assunto, mocinha!
- Não estou. – respondeu dando de ombros.
Ela me entregou uma das canecas, bebi um pouco, seu café era gostoso, um dos melhores que eu já tinha bebido.
- Me responda, desde quando? – perguntei me sentando à mesa.
- Já disse, pouco tempo. – ela respondeu saindo da cozinha, eu fui atrás dela.
- Mas, pouco tempo quanto?
- Pouco tempo, está bem? – ela gritou, parando em minha frente e olhando para mim.
- Britt... – sussurrei.
Sua expressão mudou, estava cabisbaixa, se sentou no sofá e eu me sentei ao seu lado.
- Desde quando? – perguntei novamente, mas agora calma.
- Quatro anos. – ela sussurrou, para que eu não ouvisse.
- O que? – gritei. – Brittany!
- Eu tenho explicação para isso.
- Então comece.
- Não posso, não agora. Mas depois você vai entender.
- Brittany.
- Pare com isso! Não me chame assim!
- Mas você...
- Eu sei que isso faz mal, que ataca os pulmões e blá, blá, blá... Mas eu não consigo parar!
- Ao menos já tentou?
- Sim. Quando Maggie começou a andar, eu tentei parar, não queria que ela me visse fumando, mas...
- E como você começou?
- Não sei. Foi depois que Maggie nasceu, Joe começou a ligar para cá no meio da noite, eu o amo demais, mas comecei a ficar nervosa, saí de casa para respirar e encontrei com um homem perto daqui. Ele disse que eu era linda demais para estar nervosa, e me ofereceu um cigarro, dizendo que acalmava.
- Você devia ter recusado, Britt.
- Eu sei, mas sou idiota demais para acreditar nas pessoas.
- Você não é idiota.
- Sou sim! – ela começou a chorar. – Acreditei em Papai Noel até os 16 anos...
- Britt...
Coloquei as canecas no chão e a abracei, afaguei suas costas e senti minha camiseta ser molhada.
- A Nick sabe?
- Sim. Ela... está me... odiando por isso...
- Nick não te odeia, Britt.
- Odeia sim! Todas as noites ela grita comigo, diz que o que eu faço é errado.
- Nick se preocupa com você, assim como eu me preocupo.
Ela se afastou e olhou em meus olhos.
- Eu não quero que mandem em minha vida. Já sou adulta, sei o que é melhor para mim.
- Mas isso não é, Britt.
- Vai fazer que nem ela? Gritar comigo?
- Não, eu não vou gritar.
Britt se levantou, pegou um cigarro em cima da mesinha de centro e pegou um isqueiro, me levantei e puxei o cigarro de sua mão.
- Brittany!
- Pare de controlar minha vida! Desde que nos conhecemos você faz isso! – ela gritou, puxando o cigarro de volta. – Me deixa sozinha, Santana.
- Britt.
- Saia, por favor.
Eu a vi acendendo o cigarro, aquilo fez meu coração se apertar, peguei minha bolsa, a vi subindo as escadas correndo e sai.
***
- Como assim, a Britt fuma? – Rachel perguntou, sentada em nossa cama.
- Fumando, Rachel. Isso está me preocupando, ela nunca gostou de estar perto de pessoas que fumavam, sempre disse que é feio, mas agora ela está fumando.
- Tem certeza que é da Britt, aquela garotinha alta que acreditava em Papai Noel aos 16 anos, e que acreditava que Rory era um leprechaun, que você está falando?
- Essa mesma. – me sentei ao seu lado. – Ela não quer me ouvir, não atende minhas ligações, e disse que eu mandava em sua vida. Acha que eu mandava na vida dela?
- Não sei, Santana. Eu não era sua amiga, lembra?
Abaixei minha cabeça, lágrimas vieram em meus olhos.
- Britt está diferente, gritou comigo... ela nunca gritou comigo, Rachel.
- Dê um tempo à ela, Santana.
- Estou com medo de ela não conseguir parar de fumar, sabe?
- Tente conversar com ela, mas sem ter que gritar, acusar, ou ignorá-la.
- Se ela ao menos atendesse meus telefonemas.
- Vá até lá.
Olhei para Rachel, sorri e a beijei.
- Eu te amo, estrelinha. Obrigada por me ajudar com isso.
- Eu também te amo, e farei qualquer coisa por você.
- Sabe de uma coisa?
- Não. O que?
- Susan estava certa, quando disse que Britt assusta quando grita.
- Britt, gritando?
- Sim. É bem assustador, acho que até mais que eu gritando.
Ela soltou uma pequena risada e me beijou.
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Ficou chato, né? Prometo tentar fazer o melhor no próx.