New York City 2 escrita por Raiane C Soares


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

"Você não pode mudar seu passado, mas pode esquecer e começar seu futuro." - Hoje estou filósofa (sendo que a frase nem é minha..) e muito preguiçosa... Sorry pelo meio curto cap.



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Ela se assustou ao ouvir minha voz, apagou o cigarro e o jogou pela janela rapidamente.

- O-o que você está fazendo aqui, Santana?

- Por que você está fumando, Brittany? Desde quando você faz isso?

- Eu só fumo quando estou nervosa. – ela respondeu saindo do quarto.

- E des...

- Isso tem pouco tempo.

Britt desceu as escadas e entrou na cozinha, eu a segui e a vi pegando duas canecas, logo enchendo-as de café.

- Você quer? – ela perguntou, mudando de assunto.

- Pouco tempo quanto?

- Quer que eu coloque marshmallow?

- Quero sim, obrigada.

- Um ou dois?

- Dois... Brittany! Não mude de assunto, mocinha!

- Não estou. – respondeu dando de ombros.

Ela me entregou uma das canecas, bebi um pouco, seu café era gostoso, um dos melhores que eu já tinha bebido.

- Me responda, desde quando? – perguntei me sentando à mesa.

- Já disse, pouco tempo. – ela respondeu saindo da cozinha, eu fui atrás dela.

- Mas, pouco tempo quanto?

- Pouco tempo, está bem? – ela gritou, parando em minha frente e olhando para mim.

- Britt... – sussurrei.

Sua expressão mudou, estava cabisbaixa, se sentou no sofá e eu me sentei ao seu lado.

- Desde quando? – perguntei novamente, mas agora calma.

- Quatro anos. – ela sussurrou, para que eu não ouvisse.

- O que? – gritei. – Brittany!

- Eu tenho explicação para isso.

- Então comece.

- Não posso, não agora. Mas depois você vai entender.

- Brittany.

- Pare com isso! Não me chame assim!

- Mas você...

- Eu sei que isso faz mal, que ataca os pulmões e blá, blá, blá... Mas eu não consigo parar!

- Ao menos já tentou?

- Sim. Quando Maggie começou a andar, eu tentei parar, não queria que ela me visse fumando, mas...

- E como você começou?

- Não sei. Foi depois que Maggie nasceu, Joe começou a ligar para cá no meio da noite, eu o amo demais, mas comecei a ficar nervosa, saí de casa para respirar e encontrei com um homem perto daqui. Ele disse que eu era linda demais para estar nervosa, e me ofereceu um cigarro, dizendo que acalmava.

- Você devia ter recusado, Britt.

- Eu sei, mas sou idiota demais para acreditar nas pessoas.

- Você não é idiota.

- Sou sim! – ela começou a chorar. – Acreditei em Papai Noel até os 16 anos...

- Britt...

Coloquei as canecas no chão e a abracei, afaguei suas costas e senti minha camiseta ser molhada.

- A Nick sabe?

- Sim. Ela... está me... odiando por isso...

- Nick não te odeia, Britt.

- Odeia sim! Todas as noites ela grita comigo, diz que o que eu faço é errado.

- Nick se preocupa com você, assim como eu me preocupo.

Ela se afastou e olhou em meus olhos.

- Eu não quero que mandem em minha vida. Já sou adulta, sei o que é melhor para mim.

- Mas isso não é, Britt.

- Vai fazer que nem ela? Gritar comigo?

- Não, eu não vou gritar.

Britt se levantou, pegou um cigarro em cima da mesinha de centro e pegou um isqueiro, me levantei e puxei o cigarro de sua mão.

- Brittany!

- Pare de controlar minha vida! Desde que nos conhecemos você faz isso! – ela gritou, puxando o cigarro de volta. – Me deixa sozinha, Santana.

- Britt.

- Saia, por favor.

Eu a vi acendendo o cigarro, aquilo fez meu coração se apertar, peguei minha bolsa, a vi subindo as escadas correndo e sai.

***

- Como assim, a Britt fuma? – Rachel perguntou, sentada em nossa cama.

- Fumando, Rachel. Isso está me preocupando, ela nunca gostou de estar perto de pessoas que fumavam, sempre disse que é feio, mas agora ela está fumando.

- Tem certeza que é da Britt, aquela garotinha alta que acreditava em Papai Noel aos 16 anos, e que acreditava que Rory era um leprechaun, que você está falando?

- Essa mesma. – me sentei ao seu lado. – Ela não quer me ouvir, não atende minhas ligações, e disse que eu mandava em sua vida. Acha que eu mandava na vida dela?

- Não sei, Santana. Eu não era sua amiga, lembra?

Abaixei minha cabeça, lágrimas vieram em meus olhos.

- Britt está diferente, gritou comigo... ela nunca gritou comigo, Rachel.

- Dê um tempo à ela, Santana.

- Estou com medo de ela não conseguir parar de fumar, sabe?

- Tente conversar com ela, mas sem ter que gritar, acusar, ou ignorá-la.

- Se ela ao menos atendesse meus telefonemas.

- Vá até lá.

Olhei para Rachel, sorri e a beijei.

- Eu te amo, estrelinha. Obrigada por me ajudar com isso.

- Eu também te amo, e farei qualquer coisa por você.

- Sabe de uma coisa?

- Não. O que?

- Susan estava certa, quando disse que Britt assusta quando grita.

- Britt, gritando?

- Sim. É bem assustador, acho que até mais que eu gritando.

Ela soltou uma pequena risada e me beijou.


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Notas finais do capítulo

Ficou chato, né? Prometo tentar fazer o melhor no próx.



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