Vampires' Lover escrita por Mavi


Capítulo 4
Suspeitos


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii!Demorei...eu sei....DESCULPEM!!!
Eu amo vocês,viu?!
O próximo capítulo sai antes do fim da semana, ok?



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O relógio de madeira abandonado no canto da sala marcava um pouco mais de uma e meia.

Abri a porta e dei-me frente ao jardim, rodeado pelos portões de ferro.

O vento gelado batia diretamente em meu rosto trazendo consigo algumas folhas secas. Cerrando os olhos, limitei o meu campo de visão, o qual já era importunado pela escuridão inevitável da noite.

Liguei imediatamente a lanterna enquanto tateava as paredes, tentando encontrar um caminho seguro dentre as trevas.

Ainda que nervosa, pude ouvir as leves risadas de um dos garotos.

Iluminei ao meu redor para encontrar quem me importunava com os sussurros e um lugar para apoiar a bengala bamba devido à mão trêmula que a segurava.

Havia três espécies de corredores: um levava à saída pelo portão principal, até este ,um labirinto de arbustos me conduziria na condição de que deveria arriscar um percurso o qual teria ou não uma saída; o segundo, faria um percurso completo ao redor da casa, passando pelos postes cujas luzes falhavam de repente e pelas estátuas de mármore fúnebres no jardim; e por fim, o terceiro, uma ida sem volta, porém pouco mais segura, seu único defeito era o pior entre todos: uma vez perdida, dificilmente conseguiria voltar.

Refleti por alguns instantes, que se tornavam tortuosos diante do medo o qual percorria minhas veias e se espalhava pelo corpo impiedosamente. Por um breve momento, ocorreu-me um pensamento de desistência, mesmo sabendo das consequências, queria fugir, abandonar o jogo. Nem a imagem do meu sangue escorrendo pelas presas daqueles seres deu-me coragem.

–Se quiser acabar com isso agora, aceitamos... você é mesmo fraca...né?

–Cale-se! Eu não o farei! Estou acharei todos vocês antes que possam se desculpar!

–Quanta determinação... primeiro chegue ao bosque, depois conversaremos novamente...

–Idiota...-murmurava- Ok. O mais importante é manter a cabeça fria...-suspirava- bem...por onde começar...

Peguei a rota mais rápida, querendo acabar logo com aquela brincadeira sadomasoquista.

Desci os degraus ainda hesitando e, á medida que me afastava da entrada, as vozes se manifestavam.

–Boa sorte, Yui.

–Encontra-me, Yui-chan.

–Yui...

–Você vai me achar...?

–Não abusem da minha paciência, seus...

–Yui...hahaha, eu posso ouvir seus batimentos...está com medo?

–O seu sangue corre desesperadamente, certo? Soube que quando isto acontece, ele fica mais doce...

–Vai sonhando!

–Tão arrogante...não resista ao medo...mergulhe nele...

–Somente ele pode te salvar...ou ao menos...te impedir de sofrer...

–Como vocês são irritantes!

“Eu não quero continuar...mas...”.

Apontava a luz da lanterna para o chão e mirava as roseiras, para que evitasse assustar-me com a aparição súbita e típica dos rapazes.

Em certo trecho, senti alguns dedos gélidos tatearem meu corpo.

Os incontroláveis arrepios, tão tortuosos, em pouco tempo, passaram de raridade para banais.

O eco dos meus passos foi o único ruído que restou diante do silêncio que predominava o local.

De longe, pude enxergar a silhueta de um homem aparentemente distraído que se dirigia à direção oposta; “desta vez você não me escapa!”, silenciosamente, pé anti pé, o segui segurando a euforia. Planejava assustar o rapaz antes que pudesse perceber minha presença.

Ele andava calmamente até os fundos.

Finalmente, alcancei-o nas muralhas enferrujadas de trás e passei para o lado de fora.

Quando pus a penetrar entre as árvores, as quais o jovem se refugiara, a luz falhou e apagou definidamente.

“Que safados! Isto não vale! Enfim... assim não é justo! Este jogo estúpido acaba aqui!”.

–Ei! Eu sei que um de vocês está aqui e pode me ouvir! A bateria está esgotada! Não posso fazer nada sem a luz! Está muito escuro! Sendo assim...eu ganhei! Ok?!

–Yui...-uma voz estranha surgia mais profundamente- você não está no jogo...desde que me seguiu.

–Aff! É inútil mudar o tom, eu sei que é um de vocês!

–Se tem certeza, venha até mim, Yui.

–Eu...

–Yui...Yui...Não tema, eu não mordo...

–Jura que não tentará nada? Estou sem luz...

–Eu juro, venha...

Determinada, segui mata à dentro.

–----

Perto ao portão da frente, os garotos cochichavam.

–Ela é lenta...

–Muito.

–É mesmo.

–Idiota...

–O que fazem aqui?- se aproximava Otoya.

–Esperando a Yui.

–Yui?- estranhava o mais velho- Ela fugiu novamente?

–Não. Estamos brincando de esconde-esconte com ela.

–E?

–Yui estava pegou o labirinto e até agora não encontro a saída.

–Até agora...?

–Faz cerca de duas horas...

–Não é possível...- -dizia Otoya- Ninguém demora tanto...Yui?- gritava – Yui! Sou o Otoya, não te farei mal! Só me responda: ainda está aí?

–...

–Yui! – todos exclamaram.

–----

Enquanto percorria o limitado espaço entre as árvores indaguei.

–Ao menos, responda! Quem é você?!

–Não se lembra...?

–Esta voz...

–Jovem senhorita...não tema...vim salvá-la deste pesadelo...esta terrível cena....marcada por sangue...

–Esta música...!É...é você!

–Yui tem uma boa memória.

–Deixe-me em paz!

–Paz?- sentia suas mãos em meu rosto, ele estava à minha frente, mas não podia vê-lo.

–Pare!- o empurrei e corri sem direção.

Ouvia seus passos acelerados atrás de mim, podia sentir suas garras tocado meu cabelo.

Por pouquíssimo tempo, consegui distância e me escondi dentro da toca de uma árvore.

–Yui...eu vou te achar...

Segurava fortemente a respiração ofegante e as lágrimas.

–Você está por aqui...,não está...eu...

“Não...”

–Te achei!

–Ahhhh!Não!Por favor!-chorava- Me deixe em paz! Me deixe em paz!

–Yui! Sou eu,Ren!

–Ren..o...Ren?!

–Você está em prantos?! Lhe fizeram algo de ruim?!

–Ren!- abraçava-o.

–Calma, estou aqui, ninguém vai te machucar...

–Ren! Era ele! Eu o vi!

–Ele quem?!

–...

–Quem?!

–...

–Yui!

–Por favor, não me pergunte...

–Desculpas, vou levar você em meus braços, aguente firme.

–Ren...o jogo acabou, certo? Acabou?

–Não chore, acabou.

Fechei os olhos nervosa e ao abri-los, estava na mansão.

–Yui!- surpreendeu-se Otoya.

–Yui...-abismou-se Ryu-

–O que aconteceu?!

–Estou com medo...

–Depois vos conto tudo, mas primeiro... colocá-la-ei na cama.

Ren me levou até meu cômodo e após me cobrir, sentou ao lado e perguntou seriamente:

–Yui, o que você viu?

–Nada demais...foi só um susto.

–Quem era ele?

–Ele...devia ser algum pervertido...acho...

–Ele te tocou?

–Não...eu fugi...e...

–Está mentindo...vi como estava...o que ele realmente era?

–Estava escuro...

–E a lanterna?

–Falhou.

–Como?Era uma nova...

–Não sei...

–Por que você pegou outro caminho?

–Eu vi um dos garotos indo para os fundos e....

–Um de nós?

“Falei demais!”.

–Acho que sim...não reconheci direito...

–Ainda está assustada?

–Não! Já passou! Hahaha.

–Por via das dúvidas, ficarei aqui esta noite.

–Não!

–Não foi um pedido.

–Ren!

–Yui...-aproximava-se – por favor, conte-me tudo que viu. Quero protegê-la... –afastava meu cabelo.

–...-corava.

–Portanto fique quieta ou colabore! Voltarei logo.

“O que deu nele?!”.

–-----

Ren:

“Esta foi por pouco...tenho que me conter...”, pensava ao descer a escadaria.

–E então?- interrogou-me Otoya.

–Segundo ela, foi perseguida por um tarado.

–E segundo você...?

–Foi algo horrível...nunca vi em toda minha vida uma expressão de medo como a dela.

–O que aconteceu realmente?-perguntava ryu.

–Está preocupado...-estranhava Yukki.

–Não viu o rosto dela?! – retrucava Ryu.

–Eu cuidarei disso mais tarde.- comandava Otoya.

–Como queira.- completei- Com licença.

–Onde vai?- duvidou Otoya.

–Yui está com medo.

–Pobre Yui...- comentava Fuuto.

–Boa noite.

Assim que voltei para seu quarto, observei-a por um breve momento e prevenido de que ninguém mais estava presente.

–Está dormindo...?Claro que sim...Yui...me desculpa...devia tê-los impedido de realizar aquele jogo...Aceite este perdão...

–-----

Yui:

“Este calor se manifesta em todo meu corpo...de onde vem...?”.

Abria os olhos vagarosamente.

–Ren...?-falava sonada.

Seus braços apoiaram-se na cama, podia ouvir claramente sua respiração abafada à proporção que ele abeirava-se de mim.

A fresta de luz permitiu-me enxergar os traços dos rostos dele.

Sua mão deslizava pela minha perna enquanto sua língua invadia minha boca.

Senti que aquele intenso momento cálido não estava sob meu controle. Dveria reagir...?

–Bom sonhos, Yui...

–-----

Otoya:

“Yui, você esconde algo de nós...?”.

Olhava pela janela do escritório, quando um homem de capa se destaca ente a paisagem noturna.

–Poderia ser...?


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Notas finais do capítulo

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