Vampires' Lover escrita por Mavi


Capítulo 2
Socorro!


Notas iniciais do capítulo

Oi amores da minha vida!Aqui está a fic despois de três mil anos de atraso!Sinto muito, mas fiquei meio enrrolada...lembrem-se: a titia Mavi ama vocês! (por isso me perdoem,por favor)



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As palavras abafadas de Otoya ainda ecoavam no quarto.

Depois delas,somente o silêncio.

Meus olhos estavam arregalados.Senti as minhas pernas tremerem de medo.E por um breve momento,um arrepio súbito percorreu minha espinha.

A atmosfera silenciosa foi quebrada assim que um suspiro desesperado escapou de meus lábios.

–Isto não é possível...vampiros...não existem...

–Entendo que isso seja muito repentino para você...é melhor descansar um pouco e prometo que lhe explico tudo assim que acordar...por hora, boa noite.- sorriu Otoya que num piscar de olhos desapareceu com seu irmão.

Estava prestes a sair pela casa gritando, mas o infeliz do Ryu me assustara demais para reagir de alguma forma.

Fiquei meio tonta ao perceber que o sangue ainda escorria do meu pescoço avermelhado, por um minuto tudo ficou escuro e eu caí em um profundo sono.

Uma fresta de luz vinda da janela invadiu o quarto e bateu diretamente em meus olhos, fazendo-me acordar rapidamente.

A primeira coisa que pensei fora em ligar para o meu pai vir me buscar, depois sentei-me e suspirei tentando me convencer de que tudo foi apenas um pesadelo estranho. Hesitando, andei até o banheiro e afastei levemente o cabelo para ver se haviam marcas de presas, para a minha certeza, lá estavam...e agora?

Voltei para o cômodo ,deitei-me um pouco mais e fitei o teto, tentando decidir se saia dali às presas e escalava o muro para fugir antes que virasse uma bela refeição ou fingia que nada acontecera e ficava por ali trancada na esperança de que me esquecessem.

Desviei o olhar para o criado mudo onde estava o relógio, inesperadamente, deparei-me com um bilhete ao lado. Estiquei o braço para pegá-lo e enfim o li: “Bom dia Yui, sinto pelos problemas causados por parte de Ryu. Tenho que avisá-la que a partir da semana que vem, você frequentará a escola no período da noite na região. O seu uniforme está sob a poltrona perto à lareira, vá para as aulas normalmente hoje. –Otoya”.

–Ah... acho melhor ir agora... vai que encontro alguém no caminho e peço ajuda... não sei se vai dar certo, mas pelo menos tentarei...-comentava.

–Nem pense nisso...- uma voz se manifestou no quarto.

–Quem...é..?!

–Ora... já me esqueceu...?Que maldade...

–Você...é...

–Kirigaya Fuuto.

–O que faz aqui?!

–Só queria ver como estava... –disse saindo da sombra ao lado da cortina.

–Estou bem...

–Não parece...

–Ah!Eu tenho que ir!A aula...!

–Não posso deixá-la ir antes de me brincar um pouco também com a Yui-chan!- sorriu segurando fortemente meu pulso.

–Do que...está falando...?

–Acredio que já sabe...

–Eu...- soltei-me e corri em direção a minha bolsa, sacando um terço- tenho isso!

–Hahahaha!Serio?!

–O que foi?!

–Yui-chan é ilária!Vai ser muito divertido tê-la por perto!

Ele deu um riso bobo e sumiu em questões de segundos.

Agora que havia alguém sabendo do meu plano, senti que o melhor a se fazer seria pensar em outro, mas até lá, seria mais prudente agir com indeferença.

Vesti-me e desci a escadaria nervosa, temendo deparar-me com algum dos garotos. Ao chegar no salão, encontrei Otoya, sentado em uma poltrona fitando-me, como se já estivesse me esperando.

–Bom dia, Yui! Dormiu bem?

–Sim...-respondi cabisbaixa.

–Ah... não fique assim, o dia está bonito demais para tal humor...

–É verdade!- tentava disfarçar.

–Sente-se conosco à mesa, estávamos aguardando-a para tomar o café.

–Desculpe por demorar, então...

–Não é culpa sua! Estava cansada, né?

–...

–Venha.

Eu o segui até a copa, onde todos estavam sentados quietos.

–Bom dia...

–Bom dia.-retrucaram.

–Aqui tem uma cadeira sem ninguém, Yui.- fazia sinal, Fuuto.

–...-sentei-me.

–Então... falou para ela?- disse Ren.

–Hum... Yui?- chamou-me Otoya.

–Sim?

–Leu o bilhete?

–Li.

–Entendeu?

–Entendi.

–Hahaha! Que conversa facinante!

–Aff! Vocês não podem ficar calados?!- estressou-se Yukki.

–Novamente com estes fones?- reclamou Otoya.

–Não se meta!

“Uma briga logo agora?! Não são nem seis horas!”, pensava.

–Deixemos isto... agora vamos comer? Do que gosta Yui? Café ou chá?

–Tanto faz...

–Ora! Não seja tímida!Tome, acredito que cafeina deve deixá-la mais acordada,depois do longo dia de ontem...

–Obrigada...

–É... afinal, Yuizinha vai precisar de muita energia para tentar fugir...- murmurava Fuuto.

“Maldito!”.

–Yui..? Fugir...?- refletia Otoya.

–Acho que não...- zombava Ryu.

–Hã?!

–Mesmo que tente, dá para sentir o seu sangue de longe!

–Eu...- lembrei-me do que ocorrera na noite passada.

–Ele é mesmo muito doce...

–Não provoque-a, Ryu!- gritou Otoya.

–Além disso...Yui é muito fraca e...

–Pare...

–Como?!

–Pare!- ordenei erguendo-me.

–Por quê? O que vai fazer?

–...

–Já imaginava isto...- pausou levantando-se – não tente me confrontar Yui...- prosseguiu passando por mim- Ah! Acho que o Otoya não te contou a regra mais importante... se tentar fugir...- aproximou-se e cochichou em meu ouvido- te matamos... e eu farei questão de ser impiedoso...

–...- uma lágrima escorreu no meu rosto.

–Ei! O que falou para a Yui?!- defendia-me Otoya.

–Nada o que ela não deveria saber.

–Yui...

–Não ligue para este bastardo...- apoiou-me Ren.

–Eu... acho melhor ir... ou vou chegar atrasada...

–Entendo...neste caso... a acompanhe, Ren.

–Sim, Otoya...vamos, Yui?

–Sim...

Peguei minha mala e fui para a garagem, na qual o carro nos aguardava.

Durante o trajeto, ficamos sem trocar sequer uma palavra. Uns cinco minutos antes de chegarmos ele me deu um suco e pediu para que o bebesse para não ficar com muita fome.

–Gostou?

–Muito! Do que é?

–Sangue.

–O quê?!

–Hahaha, na verdade é de framboesa! Bem que Fuuto disse que você é engraçada!

–Isto não tem graça!

–Desculpe-me, porém não resisti...

–Tudo bem.Obrigada pela bebida!

–Não precisa agradecer... até porque... eu não dei-a de graça...

–Quanto é? Eu tenho algumas notas na minha ma...

Ele interrompeu-me puxando o meu braço para seu lado e beijou minha bochecha.

–...- corava.

–Considere isso “boas-vindas”.

Nervosa, abri a porta e saltei do veículo, já estacionado.

–Tenha um bom dia, Yui!

O veículo de meia-volta e se foi.

O sinal tocara indicando que eram sete em ponto.

Passei as três primeiras aulas olhando a paisagem pela janela e pensando em como fujir daquela mansão horrível: “mesmo que peça ajuda para um de meus amigos... não dará certo...no mínimo achará que sou maluca ou que é só uma brincadeira de mal gosto...poderia ligar para a polícia, entretanto parece mais um trote do que qualquer outra coisa...ah!Já sei!Ligarei para o meu pai no intervalo dando uma desculpa qualquer...tomara que dê certo...senão...só me restará uma opção...”.

–-

Ren:

Voltava para casa pensando naquela garota meio sonsa de cabelos escuros quando recebi a ligação de Otoya perguntando sobre o comportamento dela:

–E aí?

–Nada de estranho...ela só estava meio nervosa...deu para ouvir seu coração acelerar o tempo todo. Por quê?

–Estava por fora calma?

–Sim.

–Estranho...

–Hum?

–Qualquer humano estaria gritando ou tentando pular do carro para pedir socorro...mesmo que não tenha feito isso na hora, não se pode afirmar que não fará depois...

–Isto significa que...

–Fiquemos de olho nela... seria um grande problema se ela fugisse...

–Esta menina...é...o quê exatamente?Não creio que haja motivos para você se preocupar com uma mortal...

–Entendo suas suspeitas...só posso revelar que é importante deixá-la conosco por hora.

–Importante para você?

–De certa forma, sim.Bem... até.

–Esp...!

A linha caíra.

–-

Otoya:

–Desculpe-me não poder lhe informar este segredo...Ren. Yui...o que planeja fazer...? Se ao menos você soubesse que...

–-

Yui:

Quando finalmente deu o horário do recreio, abri a mala desesperada atrás do meu celular que, para meu azar, sumira. Isto me levou a procurar um orelhão, assim que o encontrei realizei a chamada, infelizmente o número estava fora de área...

Um arrepio percorreu meu corpo que congelou-se no momento no qual lembrei da outra ideia.

Corri para a diretoria e aleguei que estava passando mal.

–Isto é terrível...!

–É...uma dor de cabeça muito forte...estou meio tonta...por favor...posso ir para casa...?

–Cla...claro!Além disso é seu último dia na escola... não precisa ficar até tarde...só assine a chamada no final da próxima matéria...ok?

–Ok.Obrigada....

Aguardei ansiosa pela professora de ciências que chamar-me.

Juntei meu material e andei em passos largos até a saída.

–Três e meia...dá tempo de encontrar a cidade vizinha mais perto...o que eu farei depois disso?Não!Agora o mais crucial é se distanciar daquele lugar!

Receosa que qualquer um daqueles vampiros estivesse prestes a me encontrar na estrada por qualquer motivo, resolvi entrar em uma floresta mais ao leste.

Foi a pior ação a ser feita.

As árvores tinham copas grandes que bloqueavam a claridade, todas eram muito parecidas, o que me levou a andar em círculos mais de vinte vezes! Marcava o tronco com um risco, mas de nada adiantava.

Ao enfim sentir que saí daquele ciclo vicioso, me perdi completamente. E não importa para onde ía...só tinham árvores e mais árvores...

Parei por um minuto e olhei para cima, entre os galhos enroscados, os pingos de chuva começaram a cair. Ainda que nublado estava demasiada escuridão.

Uma breve olhada nos ponteiros...sete horas da noite!

Faminta e desesperada, cansada não encontrar uma saída, procurei por um local para descansar, para minha sorte, encontrei uma macieira cujo fruto colhi ainda maduro para comer. Após me saciar acabei por dormir.

Abri os olhos rapidamente ao ouvir um trovão.

–Ah!!!!!!!

A chuva, agora mais forte, ensopou-me, felizmente estava razoavelmente protegida,caso contrário minha pele estaria enrugada por completa.

Isto porque... era meia noite!

–Como é posível?!!Para mim já basta, vou sair daqui agora!Deve ter algum...-pausei ao ver de longe uma luz- Uma saída!Uma saída!

Antes que pudesse dar um passo, um rosno ecoou. Virei-me curiosa e...naquela escuridão pude enxergar um par de olhos vermelhos...

Aquilo não podia ser normal...

Afastei-me do animal que se aproximava mantendo o olhar tenebroso, aos poucos, consegui uma distância maior. Com medo, corri em direção a faísca amarelada ao norte e... aquela besta me seguiu. Sentia ela quase ao meu lado quando tropecei em um galho.

Tentei levantar, porém já era tarde...aquilo estava em cima de mim, mostrando os dentes afiados e tortos repletos de sangue.

Não sabia o que era...mas iria me matar...


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Notas finais do capítulo

Ha!Isto é que dá ser sortuda Yui!E então...o que acham que é? Como ela se safa?(se ela se safa , hasuahasuahashua)Ainda não escrevi a continuação, então aceito ideias!



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