Suddenly escrita por zoluve


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Eu realmente não sei como descrever um banco, então ficou essa coisa mesmo. hehe



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/428557/chapter/1

O rapaz empurrou a leve porta de vidro e adentrou o local com ar autoritário. Herman Maes era um homem amante do dinheiro, e estava naquele banco justamente para ter em mãos um pouco de seu amado. Ele caminhava lentamente pelo tapete vermelho estendido pelo chão, agindo como se fosse uma celebridade — e, na verdade, o homem achava que realmente era uma.

Passou a mão pelos seus cabelos loiros banhados em gel, arrumou minimamente sua gravata e dirigiu-se ao balcão, pigarreando para chamar a atenção do homem que estava em sua frente.

O atendente era Aksel Larsen, um dinamarquês um tanto mandão, porém muito legal e divertido. Tinha cabelos loiros, que nem os de Herman, e trajava roupas simples, uma calça jeans e camisa social branca. Seus olhos azuis, antes focados em seu relógio, encararam diretamente o homem em sua frente.

— O que o senhor deseja?

— Gostaria de retirar 200 reais* de minha conta, por favor. — o rapaz mostrou-se surpreso.

— Ora, isso é uma novidade. Por que não utiliza as máquinas, muito mais práticas e rápidas?

— Simplesmente prefiro os métodos antigos — deu de ombros. — A conta está em nome de Herman Maes.

— Só um momento, senhor. — digitou algo em seu computador antigo e chamou por uma moça, que apareceu no mesmo instante.

Cochichou algo em seu ouvido, e ela logo desapareceu pela porta que havia usado para chegar até ali. Enquanto aguardavam, o dinamarquês resolveu puxar assunto.

— Então, o senhor é compromissado? — o holandês assustou-se com a pergunta.

— Ora, por que deseja saber isso? Não é uma pergunta um tanto pessoal?

— Não estou perguntando como funcionário do banco, meu caro. Pergunto apenas como um amigo, embora eu tenha-o conhecido há apenas alguns minutos.

— Bem, na verdade, não gosto muito de romances. Tomam muito de meu tempo, que gosto de dedicar à empresa em que trabalho. E o senhor?

— Também não. O problema é que não encontro ninguém que faça o meu tipo... — lançou um olhar insinuativo a seu novo amigo — Entende?

— Hã, acho que sim. — olhou-o pelo canto dos olhos. — Qual seria o seu tipo?

— Acho que alguém com cabelos loiros, talvez. 

Nesse exato momento, a mesma moça de antes apareceu, com um envelope em mãos. Identidades foram mostradas e envelopes foram entregues. Quando Herman virou-se para ir embora, o dinamarquês o chamou.

— Você gostaria de sair comigo algum dia desses? — o outro virou-se e sorriu, pela primeira vez desde que entrara no banco.

— Por que não? Acho que eu estou trabalhando demais, mesmo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*eu coloquei reais porque não sabia qual moeda usar. :p