Suddenly escrita por zoluve
Notas iniciais do capítulo
Eu realmente não sei como descrever um banco, então ficou essa coisa mesmo. hehe
O rapaz empurrou a leve porta de vidro e adentrou o local com ar autoritário. Herman Maes era um homem amante do dinheiro, e estava naquele banco justamente para ter em mãos um pouco de seu amado. Ele caminhava lentamente pelo tapete vermelho estendido pelo chão, agindo como se fosse uma celebridade — e, na verdade, o homem achava que realmente era uma.
Passou a mão pelos seus cabelos loiros banhados em gel, arrumou minimamente sua gravata e dirigiu-se ao balcão, pigarreando para chamar a atenção do homem que estava em sua frente.
O atendente era Aksel Larsen, um dinamarquês um tanto mandão, porém muito legal e divertido. Tinha cabelos loiros, que nem os de Herman, e trajava roupas simples, uma calça jeans e camisa social branca. Seus olhos azuis, antes focados em seu relógio, encararam diretamente o homem em sua frente.
— O que o senhor deseja?
— Gostaria de retirar 200 reais* de minha conta, por favor. — o rapaz mostrou-se surpreso.
— Ora, isso é uma novidade. Por que não utiliza as máquinas, muito mais práticas e rápidas?
— Simplesmente prefiro os métodos antigos — deu de ombros. — A conta está em nome de Herman Maes.
— Só um momento, senhor. — digitou algo em seu computador antigo e chamou por uma moça, que apareceu no mesmo instante.
Cochichou algo em seu ouvido, e ela logo desapareceu pela porta que havia usado para chegar até ali. Enquanto aguardavam, o dinamarquês resolveu puxar assunto.
— Então, o senhor é compromissado? — o holandês assustou-se com a pergunta.
— Ora, por que deseja saber isso? Não é uma pergunta um tanto pessoal?
— Não estou perguntando como funcionário do banco, meu caro. Pergunto apenas como um amigo, embora eu tenha-o conhecido há apenas alguns minutos.
— Bem, na verdade, não gosto muito de romances. Tomam muito de meu tempo, que gosto de dedicar à empresa em que trabalho. E o senhor?
— Também não. O problema é que não encontro ninguém que faça o meu tipo... — lançou um olhar insinuativo a seu novo amigo — Entende?
— Hã, acho que sim. — olhou-o pelo canto dos olhos. — Qual seria o seu tipo?
— Acho que alguém com cabelos loiros, talvez.
Nesse exato momento, a mesma moça de antes apareceu, com um envelope em mãos. Identidades foram mostradas e envelopes foram entregues. Quando Herman virou-se para ir embora, o dinamarquês o chamou.
— Você gostaria de sair comigo algum dia desses? — o outro virou-se e sorriu, pela primeira vez desde que entrara no banco.
— Por que não? Acho que eu estou trabalhando demais, mesmo.
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*eu coloquei reais porque não sabia qual moeda usar. :p