Como Se Livrar De Uma Vampira Apaixonada escrita por Rafa


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gente.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/428447/chapter/19

Cheguei perto do coreto do parque por volta das 10 horas, como o bilhete havia pedido, e o vampiro que estava esperando acenou, segurando o casaco em volta do pescoço com a outra mão. Fazia um frio de rachar e havia previsão de neve.

– Fiquei com receio que não viesse – disse ele, sorrindo.

Apesar do sorriso, me aproximei com cautela.

– Quinn disse que vocês todos iam pra casa.

– É verdade – confirmou ele. – Os outros já retornaram à Romênia. Fiquei para trás na esperança de ajudar na situação.

Relaxei um pouco, feliz por saber que a maioria dos tios de Quinn havia partido. Quanto mais longe, melhor.

– Meu nome é Dorin – acrescentou ele, estendendo a mão enluvada. Ele deve ter me visto olhar para a lã colorida. Listras amarelas e laranjas. – Chique, não acha? – disse ele, balançando as mãos. – Comprei no shopping.

Apertei a mão dele.

– Comprou no shopping?

– Ah, sim. Cultura americana. Tudo aqui tem a ver com diversão. Fiquei com inveja quando Quinn foi despachada para ficar vários meses aqui. É claro que foi bom manda-la para longe do velho Basile durante um tempo. – Ele sugou as bochechas, tornando-as cadavéricas, numa imitação. – Pareceu uma jogada inteligente.

Examinei o rosto de Dorin. Suas bochechas estavam rosadas no frio e os olhos eram pretos, como eu esperava, mas tinham um franzido alegre nos cantos.

– Sente-se, sente-se – disse ele, indicando um banco e espanando um pouco de neve.

Mesmo assim o banco não pareceu muito convidativo.

– Será que a gente poderia ir a uma cafeteria ou algo assim? – sugeri, soprando as mãos. Lancei um olhar de desejo para suas luvas.

Dorin ponderou, com a cabeça balançando para frente e para trás.

– Claro. Por que não? Acho que fiquei num clima meio capa e espada com esse parque vazio. Sou fã de romances de espionagem, sabe?

– Eu também – respondi, sorrindo.

– Bom, não fico surpreso – disse ele, me levando para fora do coreto. – Como somos parentes e coisa e tal, provavelmente temos uma porção de coisas em comum.

– Somos parentes?

– Sim, sim. Eu deveria ter posto isso no bilhete. Talvez fosse menos assustador pra você.

– Parentes, como?

– Sou seu tio. Irmão de sua mãe.

Parei e o encarei, procurando algum traço familiar no seu rosto. Qualquer semelhança com minha mãe biológica ou comigo.

– Você não se parece muito com ela nem comigo.

As bochechas rosadas de Dorin ficaram um pouco brancas.

– Bom, na verdade sou meio-irmão. Seu avô andou tendo umas aventuras fora do casamento. – Ele sorriu sem graça. – Sou produto disso.

– Mas você conheceu meus pais biológicos?

– Claro, claro. Mas, primeiro, vamos a um lugar fechado. Você está tremendo.

É, estava. De frio e ansiedade. O vampiro ao meu lado era meu tio. Tinha conhecido meus pais biológicos. Enfim, depois de quase 18 anos, eu ficaria sabendo quem eles eram de verdade. Finalmente estava pronta.

Dorin me ofereceu o braço e o aceitei.

– Então venha, Anastácia. Temos muito o que conversar.

Juntos caminhamos pelo parque na direção do Pouca Fé, a cafeteria mais próxima. Dorin parou antes de entrar, lendo a placa. Um sorriso estampou seu rosto.

– Entendi. Entendi mesmo. Que engraçado. Vocês e seus trocadilhos. Em Bucareste seria chamado simplesmente de “Cafeteria”. Os comunistas estragaram tudo.

Fizemos os pedidos – descafeinado para mim e um café com leite duplo com chantilly e chocolate para Dorin – e nos sentamos em uma mesa no canto. Dorin sugou o creme como se fosse o sangue de um bife.

– Antes de entrarmos nas histórias de família – começou ele -, aquilo ontem à noite foi feio, hein? – Ele limpou o bigode de espuma com um guardanapo. – Mas Basile é assim. Adora um drama, mais do que um aldeão comum. Tudo vira teatro.

Meus sentimentos calorosos iniciais para com o meu tio receberam um banho de água fria.

– Então o que aconteceu com Quinn foi só uma espécie de efeito teatral? Por que os ossos quebrados dela pareceram bem verdadeiros.

Dorin parou ao meio do gole, baixando a xícara.

– Não! Verdade?

– Verdade.

– Nossa. Achei que eles já haviam superado esse tipo de coisa. Não é bom. Não é nem um pouco bom. Nunca pensei que iriam encostar a mão nela de novo. Nunca pensei que teriam coragem de lutar com ela. Eu mesmo não me arriscaria.

– Eram quatro contra uma – lembrei.

– Mesmo assim. – Dorin parecia estar avaliando as chances. – Eu não me arriscaria. Como está a garota? Como ela se saiu?

Como eu poderia colocar em palavras?

– Tão mal assim, é? – Dorin pareceu aflito. – Basile nunca teve interesse por crianças. Mas Quinn se saiu bem, apesar de tudo, não é? É uma ótima garota. Uma vampira notável. Todo o clã Fabray tem um orgulho justificado. Não é de surpreender que Quinn se rebele, depois da rédea curta com que Basile a manteve enquanto ela crescia.

Passei o dedo na borda da minha xícara.

– O que vai acontecer com Quinn?

– Bem, a carta surpreendeu todos os Anciões. Achávamos que você é que seria difícil de atrair. Os americanos não são chegados a um pouco de sangue. É mais uma coisa europeia. Tentei chamar a atenção pra isso, mas ninguém me ouve. Eles tinham quase certeza de que você cederia.

– Que eu “cederia”?

– Ah, é só olhar para Quinn. Nós presumimos que ela faria qualquer adolescente desmaiar. Ela é muito popular em Bucareste, entre certas debutantes que apreciam o lado sombrio...

Eu não queria ouvir sobre as antigas conquistas de Quinn.

– Então vocês acharam que eu ficaria caidinha por ela e que Quinn aceitaria o que recebesse.

Dorin inclinou a cabeça, pensativo.

– É. Acho que foi mais ou menos isso. E você ficou caidinha, não foi? Você a ama, estou certo?

Fiquei vermelha.

– Quanto a amor, não sei...

– Todos vimos como você olhou para Quinn. E, Basile, apesar de todos os defeitos, é muito hábil em ler os pensamentos dos outros vampiros. Melhor do que a maioria. Ele é velho demais. Que habilidade não aperfeiçoou?

– Ainda não sou vampira – corrigi.

– Mas sente sede, não é? – perguntou Dorin, esperançoso. – Nesse ponto, você já deve...

Olhei ao redor, certificando-me de que a cafeteria estivesse vazia.

– Já – confessei, sussurrando para que o barista atrás do balcão não ouvisse. – Às vezes.

Dorin assentiu, aprovando.

– Você tem muita coisa pela frente, Anastácia. A primeira vez que provar um Vermelho Siberiano, sobretudo o tipo O, safra 1972... – Seu olhar ficou distante e ele estalou os lábios. – Ah, é algo extraordinário.

– Não se eu nunca me tornar vampira por completo. Não se nunca for mordida.

Dorin voltou à realidade.

– Ah, sim. O pacto. E a nossa garota rebelde Quinn. Nós, ou melhor, você, é quem deve persuadi-la e garantir que o pacto seja cumprido.

– Como posso fazer isso?

– Você a ama. Pode fazer com que ela recupere o juízo. Na verdade é bem simples.

– Não é nem um pouco simples. Quinn não quer mais saber do pacto. E ela tem uma namorada.

– Quinn está se rebelando. Está sendo adolescente. Ela vai voltar. Vai voltar pra você.

Terminei de tomar meu café.

– Você está muito errado.

Dorin não tinha visto como Quinn agia comigo agora. No café da manhã ela havia se mostrado totalmente distante. Desliada. Algo aconteceu quando lhe deram a surra. O riso, o sarcasmo, a leveza, tudo isso tinha sumido. Agora Quinn estava diferente. Intensa. Assustadora.

– Precisamos tentar – disse Dorin.

Fiquei imaginando se ele seria capaz de ler minha mente, como Basile.

– Você consegue. É filha de Mihaela Dragomir. E, ora, aquela mulher era capaz de fazer qualquer coisa que quisesse.

Do outro lado da mesa, meu tio estreitou os olhos, reparando em mim.

– O que foi?

– De certos ângulos, você fica igualzinha a ela. É a imagem cuspida e escarrada, para usar uma expressão nojenta da sua língua. – Ele balançou a cabeça, suspirando. – Uma mulher linda, linda. Tremendo desperdício.

– Dorin, por que você não pode assumir o papel de líder do nosso clã? – sugeri. – Você é um Ancião. Não pode consertar essa confusão? Mudar o pacto, de algum modo?

– Eu já lhe disse. Meu sangue não é puro. Você é a última Dragomir pura, herdeira do trono. Precisa ser você. Todos contamos com você. Contamos com o sangue que corre nas suas veias. Sua mãe Mihaela era uma grande líder. Assim como o seu pai. Ele era muito nobre. Você descende da melhor linhagem.

– Se o pacto não for cumprido haverá mesmo uma guerra?

– Os Dragomir e os Fabray já estão impacientes. Há rumores de desconfianças dos dois lados. Seu casamento oferecerá estabilidade, garantirá que o poder seja compartilhado igualmente entre clãs que guerrearam durante gerações, lutando pela supremacia. Mas, à medida que começam a se espalhar os boatos de que o pacto pode não ser cumprido, a velha instabilidade retorna mais forte do que nunca. A situação já está volátil.

– Os vampiros podem morrer?

– Os vampiros não morrem – observou Dorin. – Mas podem ser destruídos, e isso é muito pior do que a morte. Mas para responder a sua pergunta, sim. Vampiros seriam destruídos. A velha guerra que cessou com seu noivado com Quinn, seria retomada.

Uma guerra de verdade. Por minha causa.

– Seus pais obtiveram a primeira paz – continuou Dorin. – Você vai alcançar a paz duradoura.

– Me fale sobre eles – insisti. – Quero saber de tudo.

Ele deu um sorriso largo, caloroso, e sinalizou para o barista no balcão.

– Acho que vamos precisar de um bule inteiro. – E se virou para mim. – Há tanta coisa para contar, minha futura princesa.

***

– O que você está fazendo aqui? – perguntou Brody, parecendo infeliz ao me ver ao lado do seu armário.

Saí do caminho pra que ele pudesse abri-lo. Parecia fazer séculos que eu o vira lutar com a tranca no primeiro dia de aula. Muita coisa tinha acontecido desde então.

– Eu queria ver você – respondi. – falar do que aconteceu no baile.

– Você me fez bancar o idiota.

Brody abriu a porta com força, fazendo-a bater nos outros armários.

– Fui eu que fiquei parecendo uma pessoa horrível. Fui eu que...

– Não precisa descrever – rebateu Brody, enfiando os livros no armário. – Vi você com a Quinn. Eu estava lá, caso tenha se esquecido do que fez aquela noite.

– Eu mereço isso – admiti. – E só quero dizer que sinto muito.

– Por que quis sair comigo? Eu era um prêmio de consolação, depois que a Quinn convidou a Kitty? Porque a garota pode ter dado em cima de você no baile, mas parece que ela tem uma namorada.

Brody estava com vontade de me magoar, e conseguiu. Afinal de contas, ele tinha sido magoado por mim.

– Brody, você não é prêmio de consolação de ninguém – garanti. – É um dos caras mais legais que eu conheço e eu gostaria de não ter tratado você daquele jeito.

– É, eu também – disse ele, batendo a porta do armário. – Mas não sinta pena de mim, Rach. Sou eu que sinto pena de você, porque a garota pode ser uma figurona da Europa, mas nunca vai tratar você de um jeito tão legal quanto eu trataria.

E o pior era que eu sabia que Brody estava certo. “Legal” não fazia parte do vocabulário de Quinn Fabray. Intensa. Cavalheiresca. Divertida. Arrogante. Perigosa. Honrada. Passional. Essas eram as palavras pelas quais Quinn vivia. Mas legal? Nunca.

– Eu vejo como olha pra ela – acrescentou Brody. – Droga, eu soube que a gente ia terminar naquele dia que você foi ao treino de luta. Você ficou olhando pra ela o tempo todo.

Eu não tinha nada a dizer. Não havia como me defender.

– Ela vai partir seu coração, Rachel. Aquela garota vai destruir você.

E, com isso, meu primeiro namorado se virou e saiu da minha vida – com uma dignidade muito pouco camponesa.

Fiquei ali, parada, observando Brody se afastar enquanto pensava em como era curioso ele ter usado aquela palavra típica dos vampiros para o que Quinn faria comigo.

Destruir.

Como era estranho que, de todas as expressões que Brody poderia ter escolhido – sacanear, magoar, destroçar, ferrar –, ele optasse por aquela palavra específica. Isso me abalou um pouco, quase como se fosse uma premonição.

Mas por quê?

Você sabe, Rach... No fundo sabe que tem bons motivos para temer a Quinn...

Eu era a herdeira puro-sangue da liderança de um clã que havia guerreado com o de Quinn durante gerações. Deveria herdar o poder que a família dela sempre quis tomar. Se eu tivesse fora do caminho... Então me lembrei da declaração estranha de Quinn logo depois do baile de Natal.

“Por favor acredite que eu não iria nem poderia fazer mal a você. Talvez houvesse um tempo, antes de eu conhece-la, em que, se você tivesse ficado no meu caminho para o poder...mas agora, não. Meu Deus eu espero que não...”

Não. Quinn nunca me faria mal, nem mesmo pelo desejo de ascender ao poder. Eu me prendi à primeira parte. “Eu não iria nem poderia fazer mal a você”.

Então pensei na Quinn mudada. Naquela jovem distante, raivosa, ferida, que nem queria me olhar nos olhos. Será que ela poderia me fazer mal?

Eu não acreditava nisso. Se havia uma certeza à qual eu precisava me agarrar com força na minha nova vida, agora de pernas para o ar, era a promessa feita por Quinn de me proteger, mesmo à custa de sua própria existência.

Ainda assim eu não conseguia deixar de me sentir inquieta com o alerta pouco característico – e bastante sinistro – de Brody.

***

– Quinn, eu trouxe um pouco de chocolate quente. – Enfiei a cabeça em seu quarto novo, levando uma bandeja. – É do tipo vegano, mas não é tão ruim.

Ela estava deitada de costas em sua cama improvisada – um colchão de ar -, de olhos fechados, ouvindo música com fones de ouvido. A luminária da mesa era a única fonte de luz no cômodo, lançando sombras ao redor dela. Demorei um segundo examinando-a antes que ela percebesse que eu estava ali e se virasse, como ela sempre fazia agora. Seus ferimentos haviam melhorado um pouco e o inchaço em volta dos olhos tinha sumido. Pousei a bandeja e dei um tapinha no seu ombro.

Ela levou um susto, tirou os fones de ouvido e sentou-se bruscamente.

– Não me assuste desse jeito. Não sabe que é perigoso? Já devia saber.

– Foi mal. – Dei um passo para trás, vendo como seus olhos estavam duros. – Fiz um pouco de chocolate quente e pensei...

– Não gosto de chocolate.

– Você acabou de esvaziar outro pote de sorvete de alfarroba e tofu do papai. Então não precisa fingir que não gosta de chocolate. Toma um golinho.

Quinn empurrou minha mão, derramando um pouco no chão.

– Rachel, é tarde. Vá dormir.

Ignorei sua ordem e me sentei de pernas cruzadas ao seu lado, tomando a bebida rejeitada.

– O que você está ouvido?

– Metal alemão. Richthofen.

Pousando a caneca, fiz sinal para ela me passar os fones.

– Posso ouvir?

Ela trincou os dentes, mas concordou.

– Como quiser.

Quando pus os fones no ouvido, meu coração se encolheu. Parecia música de elevador para almas atormentadas a caminho do inferno. Palavras guturais em alemão, sintetizadores rosnando, sem melodia. Apenas uivos e gemidos. De dar medo.

– O que aconteceu com o Black Eyed Peas? – perguntei, fazendo um esforço para brincar enquanto tirava os fones.

– Acho que isso está combinando mais com meu estado de espírito.

– Quinn...

– Rach, vá embora.

– Para de ficar me empurrando para longe.

– Pare de ficar me puxando para perto!

Abracei os joelhos junto ao peito.

– Estou preocupada com você.

– O tempo de preocupação já passou.

– Não, não é verdade. Ainda podemos consertar as coisas.

– Rachel, em poucas semanas vou retornar à Romênia para enfrentar o castigo pela minha insubordinação. Só me deixe em paz pelo tempo que me resta. É tudo que eu peço.

– Mas, Quinn, eu quero ajudar.

Ela riu, um riso curto e amargo.

– Você? Você quer me ajudar?

– Não é engraçado. Eu posso ajudar. Talvez seja a única pessoa capaz de fazer isso.

– Como?

– Posso me casar com você.

Seus olhos suavizaram apenas por um segundo e então ela esfregou as palmas das mãos, passando-as sobre os ferimentos, como se estivesse se castigando.

– Rachel...

Eu me inclinei para frente, segurando a mão dela.

– A gente poderia fazer isso. Eu quero fazer.

Quinn puxou a mão.

– Você nem sabe o que está oferecendo, Rachel. Só sabe que sente pena de mim. Não vou me casar por pena, para ser salva como uma vira-lata doente que está prestes a ser sacrificada e é adotada no canil por alguma boa alma. Prefiro ser destruída com dignidade.

– Não sinto pena de você.

– Não?

– Não. – As lágrimas queimavam meus olhos. – Eu te amo Quinn.

Não pude acreditar nas palavras que tinham escapulido da minha boca. Sempre pensei que, quando as dissesse pela primeira vez, o momento seria perfeito. E não desesperado e doentio desse jeito.

Houve um longo silêncio e os olhos de Quinn endureceram de novo.

– Que pena, Rach – respondeu ela. Depois se deitou e virou de lado, como se quisesse dormir.

Saí correndo do quarto e trombei com minha mãe, chocando-me nos braços dela. Ela me levou para o seu quarto e fechou a porta.

– O que você estava fazendo com Quinn? – perguntou ela, ao mesmo tempo que tirava alguns lenços de papel de uma caixa e os entregava para mim.

– Só conversando.

Enxuguei os olhos, mas as lágrimas não paravam.

– E o que ela disse? Por que você está chorando?

– Eu disse a Quinn que a amava – admiti, apertando os lenços de papel molhados. – Que queria me casar com ela.

Os olhos da minha mãe se arregalaram. Sua postura, geralmente calma, desabou.

– E o que ela disse.

Sua voz estava baixa. Ela tentava se controlar, mas dava pra sentir que estava apavorada.

– Ela disse não. Que preferiria ser destruída a suportar que eu me case com ela pelo que julga ser pena.

Minha mãe soltou um grande suspiro. Em seguida, fechou os olhos, juntou as mãos levando as pontas dos dedos aos lábios e eu a ouvi sussurrar.

– Você é uma boa garota, Quinn.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Alguém aí mora em Fortaleza - Ce?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Como Se Livrar De Uma Vampira Apaixonada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.