Alison guardou o celular e sentou-se na maca

–Remédio? Para que? Eu estou ótima! –Garantiu Alison

–A senhorita tem que tomar esse remédio de 5 em 5 horas. São ordens médicas. –Disse Paloma tranquilamente

–Ordens médicas? Você não é médica?

–Sou assistente. –Disse Paloma colocando o comprimido ao lado de um copo cheio d’agua

–Ah.

Alison pegou o comprimido e engoliu em fração de segundos. Depois, bebeu a água em apenas um gole.

–Já está acostumada? –Perguntou Paloma enquanto limpava a mesa ao lado da maca

–Como?

–Acostumada a tomar comprimido. Foi tão rápida... Muitos pacientes fazem escândalo para tomar.

–Frescura deles. –Alison se deitou e fechou os olhos.

Na escola de Rosewood...

–TRIIIIIM - Bateu o sinal

Spencer estava no banheiro a espera do sinal de saída. Assim que tocou, a morena se arrumou e saiu tentando parecer calma.

–O que foi aquilo? –Disse Riley

–Han? –Spencer disse confusa

–Aquela briga! Você é sempre a certinha. Uau, adorei a Spencer 2.0. Quer sentar comigo e com as meninas no almoço?

–Não, obrigada. Eu gosto de ficar com as meninas.

Spencer saiu ao encontro das meninas e deixou Riley falando sozinha.

–Spencer! –Elas falaram em coro

–Meninas, vamos! Não vou aguentar ficar até a hora do almoço.

–Vamos matar aula? –Perguntou Hanna

–Eh... Não... Sim... Ah... Sei lá ! –Gritou Spencer

–Vamos meninas, a Spencer precisa da nossa ajuda. –Disse Emily

As quatro foram correndo para o banheiro.

–Lava o rosto. –Sugeriu Emily

–Vocês estão encarando isso como um crime. Credo gente! –Disse Aria

– Ah se você estivesse no meu lugar, saberia muito bem o que eu estou passado. –Disse Spencer entre uma jogada de água e outra

–Em fim. Nós vamos sair ou não? –Indagou Aria.

–Vamos sair por essa janela pequena? –Perguntou Hanna

–Vamos. Algum problema? –Perguntou Aria

–Eu não passo por ela! –Disse Hanna

–Eita... –Disse Emily

–Vamos fazer o seguinte, eu vou sair daqui e vocês ficam. Preciso de um momento só eu e Alison. Acho que peguei duro demais com ela. –Disse Spencer

–Alison pra lá, Alison pra cá! Não aguento mais ouvir o nome dessa daí! Caramba Spencer. Parece que você esqueceu das suas amigas e só quer essa loira azeda. Seria melhor se ela estivesse morta! –Disse Aria

–Uuuuh –Fizeram Emily e Hanna

–Aria, você reclama tanto dessa loira azeda, mas se não fosse por ela, não teria metade das coisas que tem hoje! Para de ser babaca! –Disse Spencer

–Pra mim já deu. Fala comigo quando voltar a ser a Spencer normal. –Disse Aria batendo a porta do banheiro

–Nossa... Que cena. –Comentou Hanna

–Meninas! –Chamou Spencer

–O que foi? –Responderam em coro

–Gente, vai lá acalmar a Aria que eu dou um jeito de sair daqui.

–Mas... –Disse Emily

–Sem mas! Por favor, meninas. Quero ficar sozinha!

As duas saíram resmungando. Spencer subiu na pia do banheiro e tacou sua mochila pela janela. Havia um arbusto no qual a mochila caiu em cima.

–Vamos lá. –Disse Spencer.

A morena pulou pela janela, pegou sua mochila e finalmente, saiu correndo para o mais longe possível daquela escola. Ao passar pela rua da casa da Emily, Spencer viu um hospital. Lá havia um cartaz de uma campanha para ajudar as pessoas que estavam nele. Spencer se interessou e entrou para saber mais sobre isso.

–Boa tarde. –Disse a atendente.

–Boa tarde. Eu gostaria de saber mais sobre essa campanha.

–Ah claro. Nós vamos te direcionar a sala que explica sobre ela. Primeiro, assine aqui na lista de visitantes.

Spencer pegou a caneta e deu uma breve olhada na lista de pessoas. Seu estomago deu um nó quando ela leu Jason DiLaurentis - 231 na lista. O que será que tinha acontecido?

–Moça!

–Sim.

–Tem algum DiLaurentis aqui no hospital?

–Tem... É uma menina. –Disse a atendente foleando o livro de pacientes.

“Uma menina... Alison?” Spencer pensou. “Será que é isso que ela quer me contar?”

–Alison? –Perguntou Spencer

–Essa mesma. –Disse a atendente

–Posso visita-la?

–Não. O horário de visitas acabou faz uma hora.

–Obrigada. –Spencer terminou de assinar a lista de visita e foi para o corredor a procura da sala da campanha. Logo, viu um quarto com o número 231. Sem pensar duas vezes, Spencer abriu a porta do quarto e deparou com uma menina loira deitava da maca cheia de sangue escorrendo pelo seu corpo.

–Ai meu Deus! –Gritou Spencer