Heaven Base ~ ONE PIECE escrita por Dr Chopper


Capítulo 23
Start #23 - Pernas e antebraços.




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—Muito estranho—rosnou Zoro—, não havia nenhum piloto no gigante de ferro.

—Pois é.—Sanji concordou com Zoro.

Estavam no peito do gigante que de maneira perigosa se pendurava pelas correntes e cabos de aço que o mantinham no alto. Os cabos pareciam estar suportando o grande peso do gigante, o que dava um ar de marionete ao gigante. Um grande corpo pendurado por cordas.

—Bem—opinou Sanji, jogando o cigarro para longe fazendo-o cair para baixo, no mar—, Não vamos ficar aqui parados olhando enquanto o Luffy se diverte no castelo detendo seja lá quem esteja controlando este gigante.

Zoro o olhou, respirou ajeitando suas espadas.

—Será mesmo que este gigante é controlado remotamente como você disse?

—Bom, acho que é.—concluiu Sanji. Apontou para a cabine do gigante e continuou: —Não havia ninguém lá, e eu vi claramente o gigante destruir a porta da caixa com um soco. E logo em seguida não vi ninguém sair da caixa.

—Então se esse for esse o caso não devia ter algo que recebesse os comandos? Por exemplo uma antena.

Sanji pensou e Zoro havia mesmo razão. Se ele estivesse sendo controlado devia haver alguma antena ou algo do tipo.

—Vamos procurar!

***

O gigante não havia continuado o ataque, na verdade, nem havia começado. Ele apenas havia socado a porta frontal. Após Zoro e Sanji descobrirem que na verdade o gigante não era tripulado, naquele momento. Com certeza alguém estava controlando o gigante de outro lugar. E o sujeito que consegue controlar leva muitas suspeitas, Seiza pode muito bem controlar, ele cria “universos” e controla tudo dentro. Ou Ashi contém algum poder extra, por isso o sarcasmo na hora de matar Akakurai jogando-o de Heaven Base. Talvez seja Dabera, essa apenas atirava, quem sabe estava por trás do controle do gigante. Bem não se chegava em conclusão alguma.

Seiza havia sido derrotado por Sanji mais cedo, não era possível ser ele; além de machucado o sujeito só podia usar seus poderes perto do gigante, seu “universo” não é tão grande assim, e mesmo perto não cobriria com precisão todo o gigante. Dabera havia dito que estava do lado de quem ela acreditava dar algo melhor à ela, então não pode ser ela; provável que nem esteja mais na ilha. Ashi, só podia ser Ashi.

Minutos atrás Haw estava atrás da porta escutando a conversa que vinha de uma sala. Espreitava o mais silenciosamente possível. Até que após conversa de planos, Haw não tinha dúvidas, quem estava atrás da porta era...

—Levantem suas mãos. AGORA!—gritou Haw, dando um chute na porta e apontando a palma da mão para os dois que no instante se silenciaram.

—Haw, traidor—gritou o sujeito com tom rancoroso mas tranquilo.

—Ashi e Shiro—rosnou—, eu disse: Levantem as suas malditas mãos!

Ashi hesitava dar respostas, nem pensava em responder.

Era transparente como agua. Ashi e Shiro eram os culpados pela desordem. Mais cedo os homens de terno, os androides, não estavam seguindo as ordens dadas, estavam atacando todos sem pensar. Shiro tem controle sobre as coisas inanimadas, assim como Tobias havia explicado, no Buster Call que a ilha que Haw estava sofreu, quem controlava os navios (que estavam sem tripulantes) era Shiro. Totalmente certeza que ele era o controlador do gigante. Ashi e Shiro haviam mesmo traído Akakurai.

Haw analisou a situação. Shiro tinha uma excelente akuma no mi, da qual tinha total controle no uso; porém a única coisa de batalha que ele tem é uma armadura feita totalmente de ouro, o que é inútil já que ouro é facilmente maleável e fácil de quebrar; não havia nenhuma experiência com lutas. Já Ashi era o contrário, não tinha uma armadura de ouro mas seu corpo fluía batalha; Ele era destemido por todos de Heaven Base, estava ai o motivo pelo qual era o braço direito de Akakurai.

Haw utilizava a mesma arte de batalha que Ashi. Nesse estilo utilizasse muito os antebraços e a canela para acertar o inimigo. Então colocou seus espinhos de cactos no ante braço e em sua canela. Fizera isso muito discretamente, o que fora um sucesso já que ele percebeu que nenhum dos dois notara.

Os dois ficaram olhando para Haw esperando algo dele.

—Haw—silabou Ashi—, sabe qual o maior ponto fraco do meu estilo de luta?

Ficou paralisado, arregalou os olhos, e contorceu de raiva discretamente. Ashi soube esconder que sabia sobre a carta na manga de Haw. Ele estava ciente dos espinhos em Haw.

—Você pode muito bem usar os espinhos. —disse, tirou a manga e mostrou um bracelete de um metal extremamente resistente que cobria todo o antebraço, continha cravas em toda a extensão do bracelete liso. —Eu também tenho uma carta na manga.—ironizou, rindo.

Nesse momento um estrondo pode ser ouvido. O gigante sofreu um ataque. Não sabia de quem era, mas era Luffy.

—Ashi, o gigante está...—murmurou Shiro.

—De um jeito! —respondeu vociferando.

Haw correu na direção dos dois e saltou. Ashi estendeu o antebraço e posição de defesa. Então com um impacto abafado e com som de metais, Haw viu seus espinhos do antebraço racharem ao bater no metal. Girou como um tigre para a direita e o golpeou com o antebraço direito, o mesmo foi parado por Ashi, que girou em sequência e golpeou Haw na batata da perna, que espirrou sangue —as cravas fincaram em sua carne.

Aquela luta era como uma valsa, eles giravam e batiam os antebraços um nos outros. E com a sequência de golpes tudo começou a ficar mais rápido, e com a velocidade vinham os golpes sangrentos. —Tchin! Zip! Tchun! Crack! Catchah!

Os golpes ficavam velozes e os sons deixavam de ser de pernas e braços se batendo para se tornar num som semelhante de uma metralhadora disparando. Entrado neste estado a luta se transformava numa resistência.

Eles com seus chutes e com o golpear dos antebraços foram percorrendo toda a sala, destruindo a mesa e as cadeiras, os armários. Shiro foi forçado a sair da sala, a ficar o mais longe possível.

Com o dar de golpes, Haw começou a ficar encurralado no canto da parede, Shiro aplicava ainda mais força em seus golpes e batia com toda força as cravas nos antebraços de Haw, que sangravam. Haw alterou o ritmo, desviou uma vez, desviou outra e quando no terceiro golpe ia ser atingido, com proeza bateu com a palma da mão no dorso do antebraço de Ashi que perdeu o equilíbrio. Haw aproveitou e deu-lhe um soco com toda a força no rosto de Ashi que foi jogado em cima de um dos armários.

—Você—grunhiu Haw, cuspindo sangue no chão.—, pode até lutar bem esse estilo de luta, mas não sabe o que é ter que lutar com piratas que tentam saquear seu navio no meio da madrugada.

O estilo dele mudou completamente, começou a saltar sobre a ponta dos pés.

Ashi estava caído sobre o armário, de bruços. Com os olhos iguais ao de um demônio levantou o rosto. Estava raivoso.

—Maldito!!

Rosnou. Colocou a mão dentro de uma gaveta que estava aberta ao seu lado. Tirou um revolver e apontou para a cabeça de Haw que parou quieto e levantou as mãos.

—Você vai fazer o que eu mandar! —disse Ashi, de modo arrastado com sujeira no sotaque. Puxou o martilho da arma.

—Tudo bem. —sussurrou Haw com verdade no tom de falar.

—E o que eu mando é—fez uma pausa— MORRA!!!

Um estrondo ensurdecedor. Haw viu sua visão turvar e tudo girar até parar no chão. Escutou passos. Viu os pés de Ashi caminharem. TUDO ESCURECEU.


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