Heaven Base ~ ONE PIECE escrita por Dr Chopper


Capítulo 10
ESPECIAL #10 - "Pegue o cartão e venha comigo"


Notas iniciais do capítulo

Este é um especial, não somente porque é o decimo capitulo, mas também para presentear vocês com algo diferente neste final de ano. Esperto que gostem.
Até mais e boas festas.



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Tempos atrás...

Montanhas enormes que sumiam em meio as nuvens de tão altas, nos picos apresentavam uma sedosa cobertura de neve branca e delicada. Montanhas que cercavam um enorme lago que entregava a incrível sensação de não haver fim, algo com apenas um lado. Era de uma enorme calmaria, com o vento aconchegante que cortava do oeste ao leste do país antigo de Tortuga... No meio, um bote que parecia flutuar sobre a agua transparente, que escancarava a enorme diversidade da vida aquática naquele lugar.

Uma garotinha pequena de, talvez, cinco ciclos de vida, cantava uma música suave quefalava sobre todo aquele pais com triunfo de ser o mais bonito (coisa que tudo em sua volta não mentia). Falava sobre as montanhas, sobre as planícies, a monocultura rica e bonita de todo o país. Num instante a solene música da garota se tornou numa terrível história de piratas amaldiçoados que faziam todo tipo de maldade, desde os pequenos saques aos extermínios completos.

—Quem é o mocinho dessa sua música?

—Eu não sei quais são os mocinhos—respondeu a garota, erguendo a cabeça para o homem ali remando com um chapéu e um manto sobre a cabeça que aparentava ser um cansativo velho.—Qual é o seu favorito?

O homem lançou para ela um pequeno sorriso debochado.

—Os "mocinhos", são os que têm mais liberdade.

—Os com mais liberdade?!

—Sim, garota, você não acha algo legal ser livre neste país inteiro?

Ela colocou a cabeça sobre a mão, e lançou um som de certa desconfiança.

—Quem vive neste país não é totalmente livre.—ela respondeu.

—Garota esperta—Ele remou com força e o bote tocou no caís próximo.—É uma questão de escolha, ser livre e dentro da lei num país, ou fora da lei e livre no mundo.

—Eu quero ser livre, mas não quero ser fora da lei como você, Haw.

Ele tirou a mascara enganando o que era de se pensar antes, era muito mais novo e tinha a coragem estampada no rosto.

—Este país é bonito e livre para todos... Menos para mim.

Ela correu pelo caís, dando saltos alegres. Ele caminhava logo atrás, apenas fitando os movimentos da garotinha que continuava sua música, na parte em que falava sobre a marinha.

—Maria, você vai cair, sai dai.

Ela parou arregalando os olhos, vendo os supostos (futuros) movimentos que iria reproduzir e espantou-se dando a razão para o grito de Haw. Ela deu alguns passos para trás evitando a extremidade do cais.

—Eu quase morri—Maria respirava fundo—Eu quase cai na água, eu não posso tocar na água.

—Maria, você sabe muito bem o que acontece se você tocar a água.

Ele pegou em seus braços e a abraçou.

—Desculpa, irmão Haw.—Ela começou a tremer um pouco e seus olhos se encheram.

Todos os que estavam no caís ficaram olhando para os dois, sem entender, já que a água ali na beira do lago era rasa e sem perigo.Vários sussurros e cada um com opinião diferente.

Uma silhueta saiu de dentro de uma das lojas do caís e foi em direção da garota e do rapaz, que o cumprimentou com as mãos suadas. Estava usando um traje que ocultava sua identidade, entretanto Haw descobriu logo de cara quem era o estranho.

—T-temosq-que sair da-d-daqui...—Ele sussurrou gaguejando muito baixo.

—Do que esta falando? —respondeu Haw, aos sussurros.

O estranho olhou para todos os lados, colocou a mão no ombro de Haw e disse mais baixo ainda.

—Ma–marinha, ataque, Tortuga...

Quando a ultima silaba saiu de sua boca uma enorme explosão tomou conta da atenção de todos do caís. Aconteceu a algumas centenas de metros do cais. Com efeito, todos ali se desesperaram.

Ao escutar isso, Haw, pegou na mão da garota e a olhou nos olhos.

—Eu quero que me escute... Você vai com ele, e ele te tirara daqui.

Ela ficou agitada porém apenas seus olhos se movimentavam, e seus lábios faziam pequenos movimentos.

—E v-você?—gaguejou Maria.

—Te amo!

Deixou Maria com seu amigo e correu. Com intensidade, pisava na madeira que estremecia e fazia um intenso zig-zag por entre todos os que estavam ali. Faltando cerca de três metros para o fim do caís ele tocou próximo dos joelhos com as mãos, e com os joelhos dobrados deslizou a sola do pé até chegar na ponta do caís, onde deu um enorme salto que enganou ao ser impulsionado por uma pressão que saiu de suas botas de couro. Abriu os braços puxando cordinhas que prendiam em sua roupa que abriu asas com detalhes ornamentais. Planou por cima do extenso lago;as asas tremulavam sem parar com o passar do vento.

Os cabos que pareciam ser de espadas que ficavam pendurados em sua cintura, também enganava, que apesar da aparência, quando se apertava em um "botão" da ponta do cabo da suposta espada fazia brotar ar comprimido que era vazado da outra ponta. Era um transporte para fazer flutuar o usuário. Quando a força do salto se perdeu, Haw pensionou o botão para que planasse sobre a água. Olhou para a bola de canhão, que estava no fundo do lago transparente (queria saber da onde elas viam), os defeitos causados pelo impacto diziam que a esfera havia caído do sul.

—Mexam-se, mexam-se!...—Os gritos vinham do caís.

Haw voou ainda mais rápido para ir de encontro com a origem do ataque. Não precisou voar muito para chegar até a praia, e dela se surpreendeu ao olhar o horizonte.

—Tobias! O que está acontecendo aqui?—gritou ele para o dendenmoshi que carregava consigo.—Qual o porquê do ataque?

Ele não ouvia nenhuma resposta, o apetrecho chiava constantemente. Ele olhou novamente para o horizonte e ainda não acreditava.

—Uma frota... Uma frota de mais de vinte navios na orla da praia... Me responda Tobias.—gritou.—O que a marinha quer fazer?

Os navios começaram a se organizar e ficar um ao lado do outro, criando um cinturão de navios para ataque. Haw olhou a sua volta e teve que tomar uma atitude.

Voltou para o caís e ao chegar notou que todos já haviam sido levados. Voou direto sem excitar para dentro da floresta voando baixo, com alta velocidade e desviando com extrema agilidade das arvores. Se distraiu com um vulto que passou em sua direita, e com as arvores que se organizavam randomicamente em seu caminho, teve que pisar em uma delas e girar com maestria para que não se chocasse em outra que se pusera em sua frente.

Porém seu gás falhou e na primeira arvore que tentou pousar seu pé deslizou de forma uniforme em uma mancha de lodo. Começou a cair e sentia o toque do ar em seu rosto; seu corpo girava intensamente causando náuseas; sentiu um enorme golpe no ombro, era um galho; um enorme baque na cabeça e tudo ficou preto... Não sentia mais nada, não via nada e nem ouvia mais nada... A única coisa que o deixava confortável no vasto nada de sua mente, era a música sobre piratas que sua irmã, Maria, cantava.

Maldita seja a marinha.

Seus olhos foram se abrindo aos poucos, seus sentidos estavam retornando... Sentia o balançar das águas em seu corpo.

Onde estou?

Levantou-se e olhou para Tortuga e a única coisa que vira foi fogo no meio do mar, que estava cercado de navios da marinha. Explosões soavam por cima de suas orelhas.

Tortuga agora queimava como fogo do inferno.

—Onde vocês estão, responda, Tobias?—disse enfraquecido para o dendenmushi.

Haw estava dentro de um bote, estava a muitos metros da ilha. Não sabia se era falta de sinal, ou se...

—Morreram—uma voz seca e grossa, bateu em suas costas.

Virou-se para ver quem estava remando o bote de madeira quase podre. Um velho alto de cabelo branco, que estava parado em pé sobre o bote oferecendo pão para que Haw comesse.

Seu mundo desabou, era como se uma onda levassem todas as coisas mais importante para ele... Sua irmã e seu melhor amigo.

—NÃO! Eles não morreram.—gritou, e partiu para socar o homem ali parado.

—Eu tentei salvá-los, mas infelizmente...—respondeu lamentando.

Haw abaixou as mãos, seu corpo pesou, sentou-se no chão do bote e colocou a mão na cabeça em dor.

—Eu não posso acreditar. É impossível!

O homem sentindo a dor do jovem, se abaixou e tocou-lhe no ombro.

—Eu sei, é difícil eu já perdi pessoas importantes na minha vida também.

Haw não dava nem sinais de estar ouvindo o velho. Lembrava-se com tristeza de todos os momentos que passaram com sua irmã... Uma garota alegre, inteligente e que poderia chegar a ser uma grande mulher...

—Perdi pessoas para o monstro da marinha... Pelo BusterCall.—O velho resmungou.

—BusterCall?—Haw ficou com a palavra na cabeça como se aquilo o lembra-se de algo.

—Mas posso te oferecer uma nova vida—Pegou um cartão do bolso— O grande pirata Haw, pode ter sua segunda chance e redimir-se de teus pecados.

—Eu não preciso de uma nova vida.—Empurrou o cartão com a mão, recusando.—Já não basta a que estraguei.

O velho lançou um riso sem sentido entregando-lhe uma faca.

—Então se mate!

—Não, eu perdi os sentidos na minha vida, não inteiramente dizendo. Quero reconstruir sozinho, não preciso de ajuda.

—Então comece, tome uma decisão, pegue o cartão e venha comigo.

Ele olhou para o velho e sentiu firmeza no que ouvira, em resposta pegou o cartão das mãos enrugadas do velho e abriu. A carta havia várias propostas de ataque contra a marinha, e lendo aquilo via todos os teus sentimentos abraçados pela vingança, e aceitou com total raiva nas palavras. A partir daquele dia iria jurar que botaria a marinha e o governo mundial ao chão, e construir uma nova ordem mundial. Seja ele o líder, ou sendo apenas um ajudante da desordem. Iria demorar para que a morte de sua irmã e de seu amigo saíssem de sua cabeça, mas só de ter este ideal novo em sua mente tudo era transformado em fogo para a lareira que era sua raiva pela marinha aumentasse. O que aconteceu naquele dia, agora, seria seu novo motivo de vida.

Destruir a marinha.

—Mas, espera, posso saber qual o teu nome?—Haw perguntou olhando nos olhos do velho.

Ele tocou a mão do homem que o fez levantar.

—Meu nome, caro companheiro... Meu nome é Akakurai, seu novo mestre.


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Notas finais do capítulo

Mais detalhes de como tudo aconteceu, neste capitulo.
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Mais uma vez, tenho que dizer: OBRIGADO AOS QUE ACOMPANHAM A HISTÓRIA.

Aos que acompanham com perfil e sem o perfil. Eu não teria conseguido continuar se não fosse a atenção de vocês.

Espero que tenham gostado, abraço e tchau! ^^



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