Deathbed escrita por Grani008


Capítulo 9
Leo Valdez - Is not Real


Notas iniciais do capítulo

AHAHAHAH, genteeeeeeee volteeeeei dos mortos! desculpa a demora (foi mal), mas, meio que, fim de ano, provas e eu passeeeeeeeeeeeei! yeeeeeeep! obrigada por lerem e por esperar >< não é um capítulo tão bom, pq to meio depressiva aki, mas daí pra frente são só revelações... pq o LEO é GOSTOSO PRA DEDÉU. HEHE ps.: participação especial de Calypso >



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Cap. Leo

Levar uma surra daquele pirralho do Di Angelo, tudo bem, afinal, eu o tinha provocado. Mas levar uma surra de Percy, isso sim foi um soco no estômago, literalmente.

Annabeth tentou abafar o caso a qualquer custo, mas, obviamente, não tinha dado certo. Eu recusei a ajuda dela e tentei me apressar para ir pra casa, mas o diretor me barrou no fim do corredor e me arrastou pela diretoria. Fiquei sentado em uma cadeira meio rasgada por uma hora, matando mentalmente o Di Angelo, e querendo enfiar uma faca no maldito relógio de parede que fazia barulho. De repente, eu tive uma ideia...

Verifiquei se o diretor estava mesmo na sala dele, e ele parecia bem ocupado com o telefone, provavelmente eu tinha alguns minutos. Quando dei por mim, já estava com meu sorriso “Leo Valdez” no rosto e só de meias em cima da mesa da secretária. Meu plano era simples, comparado aos outros. Consegui tirar o relógio da parede, me esticando na ponta dos pés. Maldita altura.

Mexi em alguns fios, tirei a bateria, reajustei os ponteiros um pouco, depois desci da mesa e procurei uma tomada, quando finalmente encontrei uma, e estava a ponto de conectar com um fio que encontrei no fundo do relógio, eu senti uma respiração no meu pescoço. Decidi nem olhar pra trás, mas ele puxou o relógio pra longe das minhas mãos. Fixei-me nos seus olhos azuis.

– Poxa Jason – Fiz biquinho – cansou de interpretar o Superman e lembrou que eu existo?

– Nunca esqueci que você existe – como sempre, ele levou a sério – mas você poderia maneirar nas brigas.

Ele me deu um soco no ombro e me puxou para fora da sala. Fomos para o estacionamento enquanto eu vasculhava o lugar. Eram bons carros, fáceis de se roubar. Jason pareceu ler meus pensamentos.

– Nem pense nisso.

Ele ergueu as chaves de um carro, elas reluziram com o toque do sol.

– Nós precisamos conversar.

Entramos no carro, que eu não tinha a mínima ideia de onde ele tinha conseguido. Ele saiu do saiu do estacionamento e guiou o carro por uma bagunça de avenidas. Se aquele lugar fosse apenas uma réplica de Manhatan, nós conseguiríamos não nos perder tão fácil, mas aquelas ruas, as casas, tudo se misturava a algo que me lembrava da Itália.

Fechei os olhos e fiquei imaginando uma fogueira, o fogo queimando lentamente, isso me acalmava.

– Eu o encontrei – Jason disse – foi mais fácil do que eu pensava.

– Ele está com o Di Angelo. O que você esperava?

– Ele está vivo, já é um bom começo...

– Ninguém aqui está vivo, é questão de tempo.

– O que você está fazendo aqui então? – Ele tirou os olhos da rua e me encarou.

– Diversão. Mas estou pensando em voltar, as coisas estão indo de mal a pior...

– O que aconteceu?

– Eu segui Percy, beijei o Di Angelo, dormi com a irmã dele, e levei uma surra – as palavras pularam da minha boca.

Jason pisou no freio bruscamente e o carro girou para fora da estrada, onde, agora, a paisagem era limpa e cheia de campos infinitos. Ele abaixou a cabeça no volante e desligou o carro.

– Você oque? – Ele falou tão baixo que mal ouvi.

Eu me abaixei no banco do carro.

– Me mate se quiser, não vai fazer diferença mesmo.

Ele me agarrou pelo colarinho da blusa, como se fosse iniciar uma briga e gritou:

– Você não devia ter feito isso! Por Zeus!

– No final eles vão ficar juntos mesmo, eu só me diverti com isso – eu ri forçado.

– Eu preferia quando você sorria de verdade.

Eu fiquei mudo e ele me largou.

– Você tem que deixar o que aconteceu pra trás – ele ainda insistia nessa ideia, mas o que eu vivi o que eu senti... Não era algo para deixar pra trás.

– O mesmo pra você.

– Comigo é diferente, eu quero ele a salvo, você está afogando suas mágoas em brincadeiras...

– Eu sempre fiz isso – as palavras saíram altas.

– Sempre fez, sim, mas você não atingia ninguém.

– Vamos pra casa Jason? – Eu sentia as lágrimas chegarem – E se... Se ela estiver lá quando eu voltar? É uma possibilidade não é?

Ele não respondeu, mas eu também não queria ouvir a resposta. Eu virei o rosto para olhar pela janela e não falei mais nada. Ele guiou o carro até uma casa da fazenda velha, no meio do nada.

– Eu estou aqui temporariamente – ele comentou – é melhor você deixar tudo se resolver por um tempo, vou arrumar um jeito de tirar a gente dessa.

– Só dá pra sair com a permissão dele, ou com a ajuda de um deus. E, que eu saiba, Afrodite parou de nos ajudar a um tempo.

– A esperança é a última que morre lembra?

– A minha morreu junto com ela.

Saí do carro e entrei na casa. Era enorme, mas não tão ruim como aparentava por fora, era organizada e limpa.

– Nada mal – comentei.

– Tem comida na geladeira, e os quartos do segundo andar estão vagos, pegue o que quiser, mas, por favor, não suma.

– Okay, vou pensar sobre isso.

Subi as escadas apressado e me joguei no primeiro quarto que encontrei. Deitei em uma cama de lençóis brancos e fechei os olhos, me forcei a dormir.

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Era campos brancos no horizonte, o céu azul claro puro, a água da praia batia nos meus pés. Respirei fundo, forçando-me a aceitar que aquela era a realidade, era onde eu queria estar.

Corri pela praia procurando, corri quilômetros até meus pés me traírem e me forçarem a cair. “É real, é real” eu repetia na minha mente...

– É real. – Algo sussurrou no meu ouvido.

Quando me virei, forcei meus pés a darem um paço e uma brisa fresca me atingiu, o cheiro de canela com madeira me consumiu, e eu agarrei o ar em volta de mim, até tê-la em meus braços de novo, sim, ela estava ali. Eu agarrei sua cintura e a abracei, não, não iria deixá-la nunca mais.

– Eu te amo – falamos em uníssono.

Eu a afastei só o suficiente para poder olhar bem fundo nos seus olhos.

– Eu senti tanto a sua fal-

Ela colocou o dedo indicador sobre os próprios lábios, (o que a deixava bem sexy), um sinal claro pra eu calar a boca. Ela se aproximou de mim e encostou a testa na minha, mexendo o rosto bem devagarzinho.

– Só me beija, repair boy.

Eu não podia recusar essa oferta, nunca recusei. Beijei-a e senti o doce sabor de canela invadir a minha boca, eu a beijei como se fosse a última vez, o que de fato era.

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Acordei ofegando e corri para a cozinha para pegar água, mas não para me acalmar, as pontas dos meus cabelos estavam em chamas.

Encontrei Jason falando baixinho perto da porta, quando estava saindo da cozinha. Do outro lado da porta eu ouvi Percy gritar:

– Voltem pra casa! Isso é assunto meu!

Depois Jason saiu correndo para pegar o casaco que estava no braço do sofá e bateu a porta.

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Quando dei por mim, já estava de volta à cidade, encharcado por uma chuva que eu não tinha ideia de onde tinha surgido. Era quase dia, eu acho. Não me lembro de tudo muito bem.

Fui até o prédio cinza e subi pelas escadas, quando dei por mim já estava batendo na porta deles. Bianca atendeu assustada e disse que não era uma boa hora, mas eu continuei, afirmando que era rápido.

Ele estava dormindo no quarto, debaixo dos cobertores quentinhos. Ele podia ter tudo o que queria, isso, seu egoísmo machucava vários, e ele só pensava em si mesmo.

– Acorda Nico! – Bati o travesseiro na cabeça dele e ele levantou com um susto, esfregando os olhos – Está mais que na hora de você saber a verdade!

– Leo o que você está fazendo? – Bianca gritou da porta.

Eu olhei para ela, era um bom jeito de começar, um ótimo jeito de começar.

Nico saiu da cama e olhou furioso pra mim, mas eu o interrompi antes mesmo de ele começar.

– Está na hora de você acordar Rei dos Fantasmas – atrás de mim Bianca arregalou os olhos e sussurrou um ‘não’ sem som.

– Saia daqui Valdez!

– Que engraçado, estou exatamente onde eu deveria estar. Abra seus olhos Nico!

– O que você quem dizer? Você é louco!

– Eu sou o menos louco aqui.

Puxei Bianca para dentro do quarto.

– Leo, por favor, não, não precisa ser assim...

– Foi uma pena eu não ter te conhecido quando estava viva, sinto muito Bianca.

Nico continuava atordoado à minha frente.

– O que você quer dizer?

– Bianca morreu quando você era pequeno Nico.

– Você está louco! Ela está bem na sua frente! Diga a ele que é mentira Bianca!

Ela virou o rosto e encarou o chão, no olhar de Nico, algo dentro dele estava reconhecendo tudo.

– Aposto que você já sonhou que ela tinha morrido. Sonhos tão reais, não é Nico? Bom, deixa eu te dizer uma coisinha, ela n-ã-o-é-r-e-a-l.

Ele tocou a mão da irmã, como se para confirmar o que eu estava dizendo, a mão dela reluziu e desapareceu ao seu toque, reaparecendo quando ele se afastou.

– Por Hades, como? – Ele tapou a boca, sem saber de onde essa expressão tinha vindo.

– Velhos hábitos nunca mudam. – Olhei para Bianca com pena – Ela não é real. Nada real.


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Notas finais do capítulo

comentem seus preguiçosos >< amo vcs (alguém aí viu Em Chamas?) [ps.: desculpa os erros]