Deathbed escrita por Grani008


Capítulo 15
Be a Gentleman, A sexy Gentleman


Notas iniciais do capítulo

OII GENTE! Duas pessoas comentaram da ultima vez, :( obrigada vcs!
Alguém já viu ACEDE? É PFT!
Gente, o próx é o esperado lemon! Quem acha ruim fale agora ou cale-se para sempre ;) bybye
desculpem a demora!
~nolitaamv



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Cap15 *** Be a Gentleman, a sexy Gentleman

– Só, tente ser gentil okay? – eu pedi e tentei ficar calmo.

O puxei pelo terno e ele se virou para mim, as pequenas linhas de expressão em volta de seus olhos estavam pior, agora que ele franzia a testa.

– Não finja que não me entendeu – continuei arrumando detalhes que já estavam impecáveis em seu terno – repita comigo, eu vou ser gentil no jantar hoje à noite.

– Eu vou ser gentil no jantar de hoje à noite – ele repetiu, resmungando – não me trate como criança.

– Mas você está agindo como uma – eu arrumei sua gravata – apenas... Se esforce.

– Ela é garota que te beijou – ele continuava com a cara de emburrado – como eu posso ser gentil?

Eu tirei as mãos do seu terno e desviei o olhar para a garrafa de vinho em cima da mesa.

– Você fez coisa pior – rebati.

Deixei-o sozinho na cozinha e fui para a sala, olhando meu reflexo na cristaleira de vidro, que ficava por lá, tentando achar algum erro para arrumar no meu terno.

Era assim que o Valdez fazia para se manter controlado. Ele ocupava as mãos. Ele aceitava todos os trabalhos. Mantinha um foco.

Eu só agora percebi isso. Ele era o mais fortes de todos nós.

Minhas memórias ainda estão confusas, com todas as vidas que vivi, mas espero um dia poder separar o que era realidade, e o que não é.

Você não vive na realidade.

Esse pensamento em atinge com tudo, Eu não sou real.

Olhei mais uma vez para o meu reflexo, eu continuava baixinho, vestido de preto, agora sem olheiras e talvez com um ar um pouco mais maduro. Talvez eu fosse real. Essa dúvida sempre me seguiria, para toda a minha vida, ou morte... O que garantia que eu não estava morto?

– Nico... – ele estava na porta da cozinha e eu o fitei pelo reflexo – Eu já pedi desculpas.

Não respondi, até que ele veio até mim e segurou a minha mão.

Eu olhei para as nossas mãos juntas.

Por quanto tempo mais elas poderiam ficara assim? Um dia isso teria de acabar não teria? Um dia iríamos acordar, ou morrer...

E só então eu percebi que eu... Eu... Eu o matei. O condenei à morte.

E nem ao menos consigo perdoá-lo por uma simples traição, eu continuo tentando, mas algo dentro de mim ainda não se curou de ouvir aquilo, de imaginar tudo o que imaginou. Talvez nunca fosse para de se curar.

Eu puxei a minha mão e ele fez aquela expressão de confusão, com os olhos de ‘cachorrinho que caiu da mudança’, que eu odeio, por que me fazem em sentir culpado.

– Olha Percy – eu encarei os olhos verdes para mostrar que eu falava sério – eu não vou ser como uma ‘esposa perfeita’. Aliás, eu não sou uma garota. Eu demoro a aceitar as coisas, ainda mais a perdoá-las.

Só se algum milagre me acontecesse mudaria de ideia tão rápido e se passara apenas um dia desde que eu soube.

Voltei-me para o meu ‘espelho’, ignorando a sua presença. Eu olhei seu reflexo pelo canto do olho, e ele parecia a ponto de explodir, com aquela sua expressão de que não entendeu nada e por isso estava com raiva.

Mas ele simplesmente suspirou, passou a mão nos cabelos e falou:

– Quer saber? Eu não vou brigar com você.

Ele passou as mãos devagar pela minha cintura e foi como se eu estivesse sem o terno, sentindo cada faísca quando as mãos dele me tocavam. Ele praticamente me puxou, mas eu não saí do lugar, então ele se aproximou até que estivéssemos encostando um no outro.

Ele me abraçou e ficamos assim por um tempo, as mãos deles nas minhas costas, meu rosto no seu peito, e eu finalmente abracei sua cintura depois de um tempo, como se tivesse percebido, depois de um longo momento, que se deve retribuir abraços.

Ele passava as mãos pelas minhas costas e eu deixei que fizesse aquilo, percebendo que eu sentia falta daquele ato simples. Quantos mil atos simples como esse eu deixei de apreciar?

Ele beijou a curva do meu pescoço demoradamente, depois o meu rosto e deixou seus lábios pairarem bem próximos dos meus, mas os afastou e sussurrou no meu ouvido:

– Que tal? – Ele sussurrou com a voz rouca provocante, eu estava estático, apenas seguindo seus movimentos cautelosamente – Por que você não deixa esse jantar bobo de lado, e a gente faz outra coisa mais... Hummm...

Eu fechei os olhos e me deixei levar por aquela sensação das suas mãos na minha cintura, o seu nariz encostando-se ao meu rosto...

– Hummm? – Eu perguntei em um suspiro, convidando-o a terminar a frase.

– Algo mais...

– Mais?

Ele passou a mão sob a minha camisa, arranhando as minhas costas, de cima a baixo, me deixando excitado. A sensação dentro de mim era que eu estava queimando, minha pele queimava a cada pedacinho que suas mãos tocavam.

– Mais... Interessante.

Eu me afastei um pouco dele, apenas o necessário pra olhar nos fundo dos teus olhos.

– Muito – ele continuou – muito mais interessantes...

– Bom...

Eu fiz parecer que ia mudar de ideia, aproximei meus lábios bem perto dos dele, e percebi quando ele prendeu a respiração, esperando pela minha resposta, certo de que ouviria o que queria. Aquilo me fez pensar o quão vulnerável sou; o quão influenciável posso ser se alguém souber me tratar bem.

– Eu acho que – eu fiz uma pequena pausa e confirmei o seu olhar ansioso – você devia ter pensado nisso antes, docinho.

Afastei-me dele e dei mais uma rápida olhada em tudo para ver se estava tudo bem e me encaminhei para a porta olhando para ele uma última vez, que tinha um sorriso torto nos lábios.

– Você não vem? – Eu usei meu melhor tom de impaciência.

Coloquei os pés para fora de casa e me lembrei de algo, voltei e ele nem tinha se movido.

– Mudou de ideia?

– Não – eu arqueei as sobrancelhas – só vim te lembrar de pegar o vinho.

Ele emitiu um ‘ah’ decepcionado e eu voltei a andar em direção ao carro, morrendo de vontade de rir disso.

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Eu toquei a campainha uma vez e olhei para trás, Percy tinha tirado a gravata e desfeito o penteado e eu o olhei com um pouco de raiva, que ele retribuiu dando de ombros de sorrindo travessamente.

A porta se abriu e eu paralisei. Não sabia o que dizer a Ally, não sabia como reagir. Naquela noite eu atendi ao telefone e expliquei o que acontecera que tinha contado tudo a ele e ela devia fazer o mesmo. E fiquei surpreso quando ela disse que já tinha contado. Ela pediu desculpas mil vezes, mas eu mal sabia se havia algo pelo que ela era culpada, e acabei me sentindo mal por ela se sentir tão culpa. Na verdade fiquei em silêncio boa parte da conversa, enquanto ela falava desesperadamente e até chorou um pouco.

No final das contas eu respondi pela milésima vez que estava tudo bem e concordamos que não deveria se repetir.

Senti-me como se tivesse voltado ao colegial e tivesse feito alguma traquinagem e fosse pego tendo que me redimir para o diretor. Ela, por fim, falou que tinha ligado, por causa desse jantar.

Ela estava de jeans e camiseta, um chapéu fofo na cabeça e um avental. Os cabelos ruivos presos em um coque mal feito na cabeça.

– Oi – ele disse estendendo a mão para ela, será percebera minha falta de reação? – Prazer em conhecê-la.

Ela retribuiu o aperto e dava pra ver que algo se passava entre eles. Percy não estava no clima para conhecê-la, mas estava sendo no mínimo amigável. Mas Ally não é cega, na verdade ela sempre enxerga tudo, talvez até demais.

– Oi – foi tudo que consegui balbuciar, e ainda fiquei parecendo um tolo, tinha certeza de que estava ficando vermelho.

– Oi – ela sorriu. Aquele sorriso que não era de mais ninguém, do que de uma amiga. Minha amiga. Antes de tudo, ela era minha amiga, e eu em esqueci disso tudo – Vamos entrar?

– Okay – Percy disse, abrindo um sorriso.

– Okay – ela repetiu, retribuindo o sorriso.

– Pare de flertar comigo! – Percy falou e os dois caíram na gargalhada.

Eu fiquei sem entender, mas entrei assim mesmo. Ela nos deixou na sala de estar, dizendo que o jantar estava quase pronto, que ela ia terminar bem rápido e já voltava.

Ela saiu da sala, apressada, e eu afundei o rosto no terno dele, que em abraçou, surpreso.

– Tudo bem? – Ele perguntou em um sussurro.

– Tudo eu só... Estou com tanta vergonha.

– Awn – ele riu de mim, e eu afundei mais ainda o rosto no seu terno – ela parece bem legal, não precisa ter vergonha.

– Ter vergonha de quem? – Uma voz rouca e feminina perguntou do corredor.

Percy ficou estático. E eu, confuso.

– O que foi?– perguntei, passando a mão no seu rosto.

Ele nem ao menos se moveu, e foi ficando vermelho como um pimentão.

Eu ouvi um barulho de passos, e alguém saiu do corredor.

Desvencilhei-me do abraço de Percy, e dei um passo para trás quase tropeçando em algo colorido que parecia ser um ursinho.

Era Elliot, era ela. Eu tinha certeza. Ela estava com a maior cara de sono e o cabelo todo bagunçado, e os olhos piscavam freneticamente, reação do seu pequeno cérebro de lesma ao captar aquela cena.

Ela usava um short dos ursinhos carinhosos, e uma blusa que caia no braço e agora estava desajeitada, mostrando boa parte do sutiã. Descalça e com a maquiagem borrada, parecia ter chorado.

– Droga – foi tudo que ela disse, quebrando o gelo.

– O que aconteceu? – Ally chegou da cozinha e fitou Elliot – Ell! Que coisa! Vá tomar um banho e vestir algo! Temos visitas!

– E-Ela é a sua namorada?! – Consegui balbuciar, já que Percy estava sem fala.

– Sim, desculpe o jeito dela – ela deu uma risada forçada – essa é Elliot. Elliot esse é Nico, meu amigo, lembra?

– Aham – ela olhava nervosamente dela pra Percy e de vez em quando para mim.

– Ally – senti uma onda de raiva surgindo dentro de mim – esse é Percy, o cara com quem a sua namorada te traiu.

Eu deixei a sala e fui para a cozinha, pisando forte, sem ficar para ver a reação dela. Eu me sentei em uma cadeira que tinha perto dos armários e fiquei imóvel até ouvir passos e já ia dizer pra que ele fosse embora quando Ally apareceu desligando as chamas do fogão e puxando uma cadeira pra perto da minha.

– Eu contei pra ela ontem, pensei que ela ia surtar – ela riu forçado – mas ela disse o que tinha acontecido, e eu que fiquei brava. Ela pedia desculpas, mas eu, eu não sabia como perdoar.

– É meio difícil aceitar – concordei e continuei – ele fez a mesma coisa.

– E aí ela me beijou...

– E foi como se não tivesse acontecido nada – completei.

Ela olhou para mim e sorriu.

– No final nós vimos ‘Marley e Eu’ comendo bolo com sorvete e ela chorou muito. Eu juro que não sabia que era ela, Nico, você sabe que se eu soubesse teria pensado mais nesse jantar e...

– Nós assistimos ‘Nemo’ duas vezes – eu ri, interrompendo-a – e acabamos com uma garrafa de vinho, até que as imagens ficarem distorcidas. Ele começou cantar ‘continue a nadar, continue a nadar’ – eu disse imitando a musiquinha - e depois começou a chorar e pediu desculpas, ele não se lembra dessa parte, é claro – eu ri em lembrando da cena – mas, eu só quero dizer que... Está tudo bem.

Ela se levantou e eu a segui, e, do nada, ela me abraçou, bem forte e eu retribui.

– Eu senti sua falta – sussurrou.

– Eu também, mas, temos um jantar pra fazer!

– Claro – ela se afastou meio sem graça.

Nós fomos até a sala e Percy parecia falar com uma Afrodite mais calma.

– O jantar já está pronto - eu falei – vamos.

Eles olharam para mim e eu sorri.

E aquela noite não foi tão desagradável assim. Foi até divertida. No final, nos reunimos no tapete da sala e acabamos com a garrafa de vinho. Quer dizer, eu e Percy não tomamos quase nada, e elas esvaziaram a garrafa.

Ally acabou dizendo que elas iam adotar um garotinho, o que me pegou de surpresa.

Eliot ficou brava e fez birra porque disse que era uma surpresa.

Parecia que nos conhecíamos desde sempre.

Eu e Percy caímos na gargalhada e começamos a ficar cansados. Eu perguntei se ele já queria ir embora e ele começou a rir e eu segui o seu olhar. Elliot tinha caído em cima de uma almofada e dormido e Ally estava dormindo em seu colo.

Colocamos alguns cobertores sobre elas e saímos, deixando um recado avisando de algumas coisas.

Pedimos um táxi que não demorou a chegar e fomos pra casa.

Eu tirei os sapatos e me sentei no sofá, apreciando uma boa taça de vinho branco. Percy envolveu suas mãos nos meus olhos e brincou:

– Toc, toc!

– Quem é? – Perguntei em tom zombeteiro.

– Não importa, eu quero lhe fazer um convite!

– Mas, quem é?!

– Apenas pergunte o que eu quero poxa!

– O que você quer? – Eu ri do tom emburrado dele.

– Vamos pra cama?

Eu me virei e lhe dei um selinho rápido.

– Talvez depois eu vá...

– Ouch... Okay...

– Okay... – Repeti e ele deu uma risada fraca, já subindo as escadas.

Eu me deitei no sofá.

Acho que talvez eu não iria.

Fiquei pensando em quantos ‘talvez’ eu já falei hoje.

Talvez hoje seja o último dia.

Talvez eu não acorde do lado dele amanhã.

Talvez eu morra amanhã.

Talvez um dia eu me arrependa de viver uma vida que era repleta de ‘talvezes’.

Eu deixei a taça na mesinha e subi as escadas silenciosamente. A porta do quarto estava entreaberta e ele estava em pé no meio do quarto tentando tirar a gravata, sem sucesso, e completamente concentrado nisso.

Talvez eu devesse beijá-lo.

Eu cheguei por trás e tapei seus olhos com as mãos.

– Toc, Toc?!

– Hummm... Vamos pular essa parte? – Ele pediu.

Eu ri e ele tirou minhas mãos do seu rosto e eu o beijei. E eu não queria mais parar.

Decidi que deveria parar de viver minha vida com tantos ‘talvez’.


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Notas finais do capítulo

oiiiiiiiii vcs viarm minha outra fic? http://fanfiction.com.br/historia/497365/Should_You_Trust_Me/
taki!
beijos e COMENTEM, SE NÃO EU CHAMO O HOMEM ARANHA PRA MATAR VCS!
Peter Park