Tot: The Four Winds Alchemist escrita por KiitaT, Nobumaru


Capítulo 34
26. Caballa Relics


Notas iniciais do capítulo

Aeaeae, resolvi postar dois capítulos no mesmo dia. Sim, estou me sentindo inspirada hoje. DD q



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O grupo saiu de Megalópolis no dia seguinte. Sam, Vicky e Kurt resolveram não contar a profecia para os outros por ser uma coisa bem perturbadora, além de difícil de entender. O caminho para Caballa Relics era consideravelmente longo, o que os deixava mais silenciosos, submersos em seus pensamentos.

- Nossa, que calor... – reclamou Amy, numa tentativa de puxar conversa.

- Eu estou cansada. – comentou Katy. – Já estamos chegando?

- De acordo com o mapa, sim... – disse Ashlee. Porém, não havia nada além de árvores na frente deles.

- Ei, Sam. Você está bem? Parece meio pensativo. – Amy disse, aproximando-se dele.

- Ah, sim. – Sam forçou um sorriso. Na verdade, ele estava muito preocupado com a profecia de Stella. – É apenas aquele machucado que está me incomodando.

- Quer que eu troque as ataduras pra você? – Amy perguntou, esforçando-se para não corar ao se lembrar da imagem de Sam sem camisa toda vez que ia trocar os curativos.

- Não, obrigado. Acho que ainda... AHH! – sem mais nem menos, Sam caiu em um buraco no chão. Logo em seguida aconteceu a mesma coisa com Kurt, mais à frente. Katy foi ajudá-lo, mas pisou numa armadilha e acabou sendo pendurada de cabeça para baixo em uma árvore.

- Gente, o que tá acontecendo? – perguntou New, com medo de se mover.

E então uma pessoa saiu de entre as árvores. – Peguei vocês, seus ladrões de tesouros! – exclamou ela, triunfante.

Ela estava coberta de terra da cabeça aos pés, usava seus cabelos loiros presos com uma trança e cobertos por um gorro e tinha um band-aid no nariz. Ela exibia um sorriso vitorioso, que rapidamente desapareceu quando se deu conta de quem havia caído em suas armadilhas.

- Oh Céus! Desculpem-me! – a garota ajudou Sam, Kurt e Katy a saírem das armadilhas. – Eu armei isso tudo especialmente para um bando de Thiefmons que andam roubando tesouros antigos antes que eu... Digo, achando.

- Olha só o que você fez! – disseram Vicky e Amy juntas, que agora socorriam Kurt e Sam, respectivamente.

- Nossa, eu já pedi desculpas. Juro que nunca vou entender esses casais... – lamentou-se ela.

Amy, que estava ajudando Sam a se levantar, o soltou e ele caiu no chão. – Nós não somos namorados! – exclamaram os dois juntos.

- Ah, sei. – ela não pareceu acreditar. – Em todo o caso, meu nome é Reina. É um prazer conhecê-los.

- Reina? – perguntou New, confuso. – Que nome estranho para um cara.

- Talvez porque eu seja uma mulher. – disse Reina, irritada por possuir traços tão masculinos.

- Ops, foi mal. – New desculpou-se, muito envergonhado.

- Tudo bem. – disse ela pegando sua mochila, mas ainda parecia irritada. – Eu estava indo até Azteca, a capital de Caballa Relics. Vocês parecem perdidos, então talvez eu possa guiá-los, para compensar pelas armadilhas.

- Oh, muito obrigado! – disse Sam.

 

E assim, Reina os guiou através da floresta. Amy conversava bastante com ela, já que as duas eram apaixonadas por aventuras e tesouros perdidos.

- E foi assim que eu encontrei a tumba do faraó Tutankhamen, mas lá eu senti uma presença maligna muito forte. Então eu saí de lá com apenas alguns tesouros jogados pelo caminho. – contou Reina.

- Ah, eu queria tanto ser uma exploradora! – disse Amy. – Não ter preocupações, apenas viajar e se aventurar. Isso que é vida!

- Você me lembra a mim mesma quando comecei minhas aventuras. – Reina sorriu. – É legal no começo, mas depois de alguns anos tudo vira rotina... Quer dizer, eu ainda gosto. Mas parece que está faltando algo, se é que dá pra entender. Como uma relação mais profunda...

New então se intrometeu na conversa. – Reina, você disse que estava atrás de um bando de Thiefmons...

- Nem me fale daquelas pestinhas! – Reina logo se irritou. – Eles já estão roubando meus tesouros há semanas! Não sei como eles saíram da praia de coral depois do Mestre Louie ter invocado aquele guardião na caverna, mas...

- Tá falando do Mestre Mong? Nós acabamos com ele! – disse New, muito orgulhoso de si mesmo.

Por um instante Reina ficou surpresa. – Sério? Caramba. – e então ela se tocou e ficou extremamente irritada. – Vocês o quê?! Têm idéia do que fizeram?

- Ah, desculpa... A gente não sabia.

- Blábláblá, a gente não sabia. – Reina imitou o Lion com uma voz infantil. – Sei.

- Nos desculpe, Reina. – disse Amy. – Não fizemos por mal. O que podemos fazer pra nos redimir?

Reina ficou em silêncio por um tempo, parecendo encabulada. – OK, me desculpem. Eu não precisava ser tão rude. Está tudo bem. Aliás, chegamos a Azteca.

 

Azteca era uma cidade bem diferente de Megalópolis. Não havia prédios de concreto e nem multidões por todos os lados. Só havia pequenas casas rudimentares e até mesmo algumas tendas. Não havia tantas pessoas, mas a maioria delas se encontrava no mercado, uma área cheia de tendas com comerciantes anunciando seus produtos. Porém, o que mais chamava a atenção em Azteca era uma espécie de pirâmide que ficava no centro da cidade. Havia outra menor ao seu lado, que no topo possuía um poço que de vez em quando soltava uma misteriosa luz azul. Ao longo da cidade haviam muitos muros de pedras, dividindo-a em áreas.

- Que lugar lindo! – Ashlee ficou encantada com a arquitetura de Azteca, muito parecida com a arquitetura de civilizações antigas que ela havia lido a respeito.

- É aqui que eu deixo vocês. – disse Reina. – Eu vou vender uns itens que roubei... Digo, achei. Até mais!

- Até mais! – disseram todos, acenando animadamente para ela.

 

- E agora, o que vamos fazer? – perguntou Katy. Eles estavam em um pequeno bar, tomando seu merecido refresco.

- Eu voto por descansar um pouco. Estou todo queimado de sol. – reclamou Kurt.

- Meu Deus, que pesadelo. – disse Amy com sarcasmo.

- Olha gente, tudo que o Don Giuvanni bêbado disse foi “A resposta está em Caballa Relics, na mais profunda caverna, na caixa.” – disse Vicky, enquanto acariciava os cabelos de Kurt.

- Onde será que fica essa caverna? – perguntou Katy, já exausta. – Por que será que nada é fácil pra gente?

- Porque se fosse fácil, não teria graça. – Sam se espreguiçou. – Eu vou me deitar um pouco. Lee-chan, tem algum livro que possa me emprestar? Lee-chan? – só então eles perceberam que Ashlee não estava lá. Nem Bill.

- Ashlee? Bill? – perguntou Sam, confuso.

- Aonde eles foram? – perguntou New.

 

Bill tinha chamado Ashlee para uma caminhada. Ela ficou corada, mas concordou. Já fora do bar, Bill se certificou de quem não tinha ninguém em volta e entregou um embrulho para a Sheep.

- B-Bill-san... – Ashlee corou ao ver o presente.

- Ashlee, eu... Bem, o Sam me disse que você tocava lira, e eu vi uma no mercado. Achei que seria um bom presente pra você.

- Uma lira? – Ashlee abriu o pacote rapidamente, e tirou de dentro uma linda lira pintada de azul-bebê e com detalhes em rosa. – É... Perfeita! Muito obrigada, Bill-san! – Ashlee estava muito corada, mas criou coragem para dar um abraço no Buffalo.

Bill retribui seu abraço. – Que bom que gostou, Lee-chan.

Ele começou a se abaixar, com a intenção de aproximar mais seu rosto do dela. Assim que Ashlee percebeu o que ele ia fazer, seu coração disparou e tudo o que ela fez foi fechar os olhos. Eles estavam tão próximos que podiam sentir a respiração um do outro.

Então um barulho surdo foi ouvido e os chifres afiados e potencialmente letais de Bill se enroscaram com os chifres curvos e delicados de Ashlee.

- Droga! – resmungou Bill.

- O que vocês estão fazendo? – perguntou Vicky, que se aproximava.

- Er... Nada. – mentiu Bill, encabulado.

- Nada? Então você resolveu enroscar seus chifres nos dela porque você acha isso divertido?

- Só tire a gente daqui, OK?

- Você vai ter que me contar o que aconteceu.

- Não.

- Então tá, boa sorte pra sair daí sozinho. – disse a Cat, já virando as costas.

- Espera! – Bill exclamou. Ele suspirou e então se rendeu. – Tá, eu conto.

Vicky exibiu um sorriso vitorioso antes de se virar e desenroscar os dois. O que foi relativamente fácil, por sinal.

- Valeu. – Bill agradeceu antes de sair em disparada.

- HEY, SEU MENTIROSO! Volta aqui! – Vicky gritou por ele em vão. – Argh, ainda mato aquele Buffalo idiota. – resmungou ela, mas então ela se virou para a Sheep, com uma expressão totalmente diferente. – Ashleeeee...

- O-o que?

- O que aconteceu?

- N-nada. – respondeu ela, extremamente vermelha.

- Você quer que eu descubra à força? – perguntou a Cat de um jeito meio ameaçador, já passando seu braço em torno da Sheep.

- Ele me beijou! Quer dizer, ia me beijar. – respondeu ela, como se não suportasse mentir.

- O QUÊ?! Jura? Mas isso é ótimo, Lee-chan! – Vicky praticamente pulou de alegria e a abraçou. – Mas da próxima vez, peça pra ele tomar cuidado com os chifres.

- T-tá... – Ashlee estava bem encabulada, mas estava meio feliz também.

Porém, o sorriso da Cat desapareceu. Ela estava olhando em um ponto fixo da cidade, e logo sua face tomou uma expressão zangada. Ashlee olhou para saber o que era, e viu ali uma garota se aproximando. Mas não uma garota comum, era Rosemary. Ela estava deslumbrante, como sempre. Seus cabelos rosa esvoaçavam com o vento, assim como seu casaco branco.

- Olha só quem está aqui! – disse ela, com toda a sua pose. – Victoria, a Cat de beco.

- Quem diria que iríamos nos encontrar... Sua vaca. – falou Vicky, com muita ênfase na última palavra.

- Vaca não, Girafa. Sua burra.

- Não interessa. Onde estão suas seguidoras, hein? Elas já se cansaram de você? – perguntou Vicky, fingindo compaixão.

Por um instante, o olhar de Rosemary adquiriu um ar de tristeza. Mas logo foi substituído por raiva. – Hmph, aquelas tontas? Elas só sabiam reclamar e reclamar. Elas estavam me atrasando, então eu as deixei pra trás.

Vicky riu. – Você é mesmo muito ridícula! Não sabe que a melhor maneira de vencer esse jogo é com uma equipe? Eu tenho um ótimo time e até consegui um namorado. Nós vamos ganhar esse jogo e você não vai ter nada.

Rosemary também riu. – Você que é ridícula, querida. Eu já tenho uma boa idéia da localização da estátua. E sem um grupo pra me atrapalhar, chegarei lá em menos de uma semana.

Ashlee estava bastante assustada com esse “combate de titãs” e, sobretudo, com a atitude mesquinha que Vicky havia adotado. Mas ela se assustou ainda mais quando dois Thiefmons surgiram do nada e roubaram as bolsas de Vicky e Rosemary.

- HEY! – as duas exclamaram.

Os Thiefmons saltaram por cima de um telhado e sumiram de vista. As duas puseram-se a correr atrás deles e Ashlee voltou para o bar a fim de pedir ajuda.

 

Enquanto isso...

Nadia estava escondida entre as árvores, observando a multidão. Ela desviou seu olhar para o seu medalhão que brilhava como um arco-íris.

- O colar de Nefertiti está aqui... Eu posso sentir...


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Notas finais do capítulo

Yaaay, momentinho romântico win. *---* q



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