Tot: The Four Winds Alchemist escrita por KiitaT, Nobumaru


Capítulo 29
21. Pappuri, Pupporu, Poppuri


Notas iniciais do capítulo

AEAEAE, finalmente eu venho postar esse capítulo, né?

Não me matem. :x -q



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Todos concordaram em permanecer em Paradise por mais três dias. Kristoffer, o amigo de Amy, lhe deu um mapa novo e informações preciosas a respeito de Caballa Relics. Eles teriam partido imediatamente, mas não tinham dinheiro suficiente para prosseguir a viagem.

 

- Katy-chan, aquele cara tentou se aproveitar de você? – perguntou Vicky.

- Não! Ele até que era um cara legal... – respondeu ela, meio encabulada. – É só que... Eu não gosto dele do mesmo jeito. E além do mais, acabei de conhecê-lo, fala sério.

- Isso ai Katy, você tem que se manter pura pra sempre. – comentou Bill, brincalhão.

- E você tem que calar essa boca. – respondeu ela, em tom emburrado.

 

Durante a estadia em Paradise, eles fizeram os trabalhos mais estranhos: procurar produtos de higiene perdidos na areia da praia pra um marujo fedido; ajudar um hippie a fazer colares de flores – Kurt tentou fazê-los com magia, mas acabou se explodindo; ajudar o dono da casa de banhos a encher as banheiras, etc.

No terceiro dia, todos já tinham dinheiro suficiente. Finalmente puderam arrumar suas coisas e deixar Paradise para trás. Claro, não antes de uma última passada na praia.

 

Depois de horas de caminhada, a paisagem finalmente mudou. Conforme os quilômetros passavam, o solo arenoso se transformou em solo fofo e coberto de grama. Logo apareceram árvores e o grupo se viu dentro de uma grande floresta.

- Achei a maior injustiça. – disse Vicky de repente. – Aquele senhor não nos deixou ficar com o quadro que ele pintou.

- Ah, mas ficou muito legal. – disse New. – Só não sei por que ele pintou o Kurt de vestido.

- Porque será? – zombou Katy, olhando para Kurt de canto de olho.

Kurt não disse nada, mas “misteriosamente” um pequeno galho de uma árvore se partiu e caiu bem em cima de Katy. Ele realmente não gostou de ser retratado como mulher, mas já que Vicky disse que o quadro tinha captado a beleza suave dele, Kurt parou de reclamar.

A noite ia caindo no momento em que eles encontraram uma clareira na floresta. Já que era muito conveniente, o grupo decidiu passar a noite ali.

- Não, você tá fazendo tudo errado! Não é assim que se monta uma barraca. – disse Amy.

- Eu fui escoteiro, por isso sei muito bem como se arma uma barraca! – protestou Sam.

- Ah é? Pois eu também fui escoteira, e digo que não é assim que se faz! – Amy levantou o tom de voz e os dois começaram a brigar. Quando os argumentos finalmente acabaram, a barraca estava em condições nada favoráveis.

- Olha o que você fez! – acusou Amy, apontando o dedo para o Raccoon.

- O que eu fiz? A culpa foi sua, Miss Escoteira! – rebateu Sam.

Ignorando a briga, Vicky trançava os cabelos de Kurt – que não estava nada feliz com isso; Bill tirava um cochilo; Katy e New jogavam jogo-da-velha com gravetos no chão e Ashlee estava quieta num canto, com uma aparência triste. Vicky percebeu isso e se aproximou dela.

- Lee-chan, você está bem? – perguntou a Cat. – Você parece... Triste. Reparei que você está assim já faz um tempo.

Ashlee enxugou seus olhos lacrimejados. New já havia tentado conversar com ela, mas Ashlee estava encabulada demais pra falar sobre isso. Ela ainda não tinha certeza se queria conversar, mas Vicky era uma garota e talvez pudesse entendê-la.

- Victoria-san... É que... Lá em Paradise, eu... Eu...

- Nossa. Você está super vermelha, Lee-chan. – comentou Vicky. – O que aconteceu, afinal?

- Eu vi... Sam-sensei e Amy-san... Juntos, numa moita.

- Não brinca! Sério? – exclamou Victoria, chocada. Ashlee confirmou com um aceno de cabeça. – Aquele tarado! Eu já esperava isso dele, mas com a Amy? E no matinho?

Victoria então percebeu que esse era o motivo da tristeza de Ashlee. – Então... Você gosta do Salmão? É por isso que você ficou tão triste?

- Não sei. – Ashlee corou mais ainda. – Sam-sensei significa muito pra mim. E quando eu o vi com a Amy, fiquei muito triste... E com raiva. Nunca pensei que eu seria capaz de bater no Sensei...

- Ah, com o tempo você se acostuma. – Vicky brincou, mas logo voltou à sua expressão preocupada. – Mas não se preocupe com o idiota do Salmão. Você é bonita e inteligente. Aposto que tem um monte de garotos babando por você. – Victoria esboçou um sorriso. – Me diz ai, quantos namorados você já teve?

- B-bem, eu nunca... Tive namorados... – Ashlee estava tão nervosa que passou a juntar as pontas dos dedos. – Eu não sei... Sabe, beijar...

- Você nunca beijou alguém? - perguntou Vicky, indignada.

- Não... Quer dizer, já pediram para me beijar uma vez, mas eu recusei. Eu tenho medo de fazer algo errado... - respondeu Ashlee sem jeito.

- Ah, bobagem. Beijar é bem fácil. Quer ver? - sem nem ao menos esperar por uma resposta, Victoria encostou seus lábios nos de Ashlee. O beijo não tinha paixão, nem invasões de língua. Foi bem parecido com um beijo técnico, na verdade. Mas esse beijo técnico foi o suficiente para deixar Ashlee corada da cabeça aos pés.

- Que foi? Por que está tão vermelha? – perguntou Vicky.

Mas Ashlee não respondeu. Com cara de quem estava prestes a chorar, ela se virou e saiu correndo.

- Será que foi algo que eu disse? – Vicky indagou-se.

- O que houve com a Ashlee? – Perguntou Sam. Ashlee havia atraído a atenção do grupo, que se aproximava.

- Eu a ensinei como beijar. - respondeu Vicky.

- Você... O QUÊ?! - gritou Sam, com sangue escorrendo do nariz. Depois ele desmaiou.

 

Ashlee só voltou na hora do jantar, ainda muito constrangida.

- Lee-chan! – exclamou Sam ao vê-la. – Onde você esteve? Nós estávamos muito preocupados. – Sam deu espaço para Ashlee sentar-se ao redor da fogueira.

- Pois é, não sei por que você saiu correndo daquele jeito. – disse Vicky.

- Como assim não sabe? Você traumatizou a menina, é claro que ela ia sair correndo! – ralhou Sam, abraçando Ashlee. Mas isso fez com que ela se lembrasse da cena constrangedora que presenciou. Então ela se desvencilhou dos braços dele e se afastou do grupo.

- Vocês todos são uns tarados! – Ashlee gritou e depois saiu correndo novamente.

- Ashlee! – Bill gritou, mas logo se virou para a Cat, com uma expressão irritada. – Mas o que você tem na cabeça, loira? Beijar uma garota? Você por acaso é lésbica?

- Algo contra? – perguntou Vicky, desafiadora.

- Vicky... É... Lésbica? – Kurt perguntou mais para si mesmo, com certo pesar. Mas algo em sua expressão dizia que, como homem, ele até gostava disso.

- Não, eu não sou lésbica. Eu só quis ajudar uma amiga, só isso.

- Beijando ela? – foi a vez de Amy perguntar, em tom de deboche.

- Ah, qual é? A sociedade mudou, sabia? Não sei como era na época em que você era jovem, mas agora amigas podem se beijar, sim. E além do mais, eu sou uma atriz em ascensão. Estou acostumada com essas coisas.

- Como assim, na época em que eu era jovem? Não faz tanto tempo assim não, viu! – reclamou Amy.

- Vicky sabe dar beijos de mentirinha? – perguntou Katy, confusa como uma criança. – Ah, eu também quero!

- Será que todo mundo aqui pirou? – perguntou Amy, irritada.

- Katy, você também não! – New choramingou.

- Gente, relaxa. Era só uma brincadeira. – disse Katy, olhando de canto para Vicky. Nisso, a Cat sorriu e deu uma piscadela para a Bunny.

- Deixa de ser chata, Amy. – brincou Vicky. – Eu sei que você gostou do beijo que me deu na caverna de Coral. (n/a: caso não se lembre, olhe no capítulo 17-Trapaça e Vingança).

- O que? Até você, Amy? – Sam espantou-se. – Ashlee tinha razão. Todos vocês são tarados!

- Olha só quem fala. – disseram em uníssono.

Enquanto discutiam, com Amy correndo atrás de Sam para dá-lo uma surra, Bill se afastou e foi procurar por Ashlee. Até que não demorou muito para encontrá-la. Afinal, ela não conseguia correr por muito tempo. Ashlee estava sentada sobre um tronco de árvore tombado, com a cabeça sobre os joelhos.

Bill sentou-se ao seu lado e afagou seus cabelos róseos. Isso a fez se sobressaltar e Bill pôde ver as lágrimas que se formava em seus olhos.

- Bill-san... – Ashlee pôs-se a falar, mas sua voz falhou.

- Shh... Não precisa me dizer nada, Ash. – Bill colocou um dedo sobre os lábios da Sheep, silenciando-a. Depois, com a mesma mão, ele secou suas lágrimas. Bill fitou-a por um tempo e, por impulso, beijou sua testa. E antes que ela pudesse protestar, abraçou-a com força.

- B-Bill-san... – Ashlee estava vermelha da cabeça aos pés, mas retribuía o abraço. Porque eu nunca percebi que Bill-san era tão gentil? Pensou ela.

- Ashlee. – ele a soltou o suficiente para poder olhá-la nos olhos. – Não chore por causa daqueles malucos. Eles te amam, apenas tem maneiras estranhas de demonstrar isso.

- É, eu sei...

- Então, pronta pra voltar?

- Sim. – Ashlee exibiu um sorriso tímido, fazendo o Buffalo corar. Bill levantou-se primeiro e depois ajudou a Sheep a levantar-se. Eles foram caminhando lado a lado, com o braço de Bill por cima dos ombros de Ashlee.

Assim que avistaram o grupo, perceberam que tinha mais alguém com eles. Se é que podiam chamar aquilo de alguém. Tinha o tamanho de um urso, mas a aparência lembrava um cachorro. Tinha o pêlo cor de creme, mas as orelhas eram marrons. Por falar das orelhas, nelas pendiam três pares de brincos dourados. E no pescoço, ele trazia um cordão com um despertador como pingente. Apesar de usar um xale xadrez, o bicho tremia muito.

- Mas que m... – Bill começou, mas antes que pudesse continuar, o bichou se virou para ele e começou a chorar desesperadamente.

- Bill! Não fale muito alto. – disse Sam, alertando-o. – Demorou séculos para acalmá-lo!

- Mas que diabos é isso? – perguntou Bill, fazendo com que o choro do cachorro-urso ficasse mais alto.

- Bill, só pra variar, cala a boca. – disse Katy. Bill fez cara feia, mas se calou.

E depois de um tempo, o bicho se acalmou de novo.

- M-Meu nome é Scared... – disse o cachorro-urso. – E eu sou um Poppuri.

- Um o que? – perguntou Amy. – Pappuri?

- Não, sua tonta! – interveio Sam. – Ele disse Pupporu.

- Acho que ele disse Puppari... – comentou Ashlee.

O Poppuri Scared balançou a cabeça, parecendo infeliz. – Alguém me ajude...


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Notas finais do capítulo

Quem quer um Poppuri de estimação levanta a mão. O/ -q



Momento propaganda [ON]:

Queridos leitores viciados em Trickster, caso um de vocês esteja procurando uma guild, junte-se a Fangtasia, no server Fantasia.
Qualquer semelhança é pura coincidência. :x

Momento propaganda [OFF]

Cara, nunca mais eu faço isso. ><'



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