A saga de V - Immortalis escrita por Adriana Macedo


Capítulo 16
Capitulo 15


Notas iniciais do capítulo

E agora? Vinny está apaixonada? Mas será que é correspondida? Não seria melhor ficar com Robert?



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Capitulo XV

–Muito obrigado pelas roupas. – sorrio enxugando o cabelo. Estou com uma larga camisa de botões na frente e uma calça jeans que concidentemente serviu perfeitamente em mim. – De quem disse que são mesmo?

– De outra Victoria. – ele sorri sem graça e me entrega uma xicara de leite morno. – Já é quase de manha. – sento ao seu lado e bebo um pouco do leite.

– Não tem problema eu dormir aqui não é? – falo constrangida. Ele ri.

– Já disse que a casa é sua.

– É tão estranho estar aqui com você. – falo sorrindo.

– Eu já acho muito bom. – ele sorri.

– Eu posso? – aponto para seu colo.

– Claro. – ele levanta as mãos. Deixo minha xicara na mesinha do centro e pouso minha cabeça ali, confortável e segura.

– Isso é bom. – digo enquanto ele acaricia meus cabelos.

– Você disse que tem memorias de Victoria. – ele ainda mexe em meus cabelos. – Pode dizer quais?

– Lembro-me do dia do baile, do celeiro, do dia do médico, das nossas fugas, no dia em que fugimos... – eu paro fugindo da ultima lembrança.

– E qual a que você mais gostou? – ele ri, sem perceber minha súbita parada.

– Do dia do médico. - coloco involuntariamente a mão sobre minha barriga. – Sempre sonhei em ser mãe.

– Hmm. – murmura ele. É impressão minha ou ele soluçou? Nunca vou saber, estou de olhos fechados. – Você está muito cansada não é?

– Uhum. – murmuro. Ele sorri.

– Durma então... – ele continua mexendo em meu cabelo. – Durma Vinny. – e então perco a consciência.

Ouço assobios e pequenas cantorias. São pássaros, eu tenho certeza, o som é tão bom que eu fico parada alguns instantes com medo de que eu me mexa e eles se assustem e parem de cantar.

Abro os olhos lentamente, deixando-os se acostumarem com a luz forte e vibrante de ilumina toda a casa. O sol pelo visto já está a pino. Levanto e percebo que há um lençol sobre mim e um travesseiro debaixo de minha cabeça.

Caminho até o que acho ser a cozinha e vejo Robert empenhado no fogão.

– Que bom que acordou. – ele ri. – Bom dia.

– Bom dia. – sento no balcão que separa a mesa do resto da cozinha. – Que horas são?

– Umas dez. – ele sorri deligando o fogo e colocando em um prato uma enorme omelete. – Não ligo para o tempo.

– Isso tudo ai é para mim? – falo tanto constrangida como faminta.

– Acho que depois de uma longa noite merece um pouco de mimos. – ele ri e coloca sobre a mesa o prato e um pires e uma xicara.

– Não vai tomar café comigo?

– Eu acordei bem cedo e tomei logo. – ele coloca um pouco de café. – Ainda gosta de pouco leite e mais café?

– Uhum. – falo e ele coloca, tomo um pouco e estranhamente está exatamente do jeito que eu gosto. – Como sabia?

– Sei de muitas coisas sobre você. – ele ri e me da um garfo para comer a omelete.

– Tipo? – como um pouco da omelete e está deliciosa.

– Sua cor favorita. – ele ri.

– E qual é? – eu o desafio.

– Vermelho quando está de muito alegre e azul quando está mais calma.

– Nossa. Estou assustada. – ambos rimos.

– Não se assuste eu apenas sei. É inevitável. Passo tanto tempo olhando você que eu acabo sabendo.

– Você tem ido me ver frequentemente? – falo vermelha.

– Constantemente. – ele me olha admirado o que me deixa ainda mais constrangida.

– Não é perigoso?

– Não para mim. – ele ri. – Só um pouco.

– Por quê?

– Só há uma coisa que pode me matar Vinny. – ele suspira. – A arma de um anjo.

– Não acho que quero saber sobre isso. – minha pulsação acelerou rapidamente com o assunto.

– Tudo bem. – ele ri.

– O que vamos fazer hoje? – falo tomando o ultimo gole de café.

– O que quer fazer? – ele retira a louça da mesa e põe na pia.

– Não sei. Hoje é domingo. – falo sorrindo. – Não sei se quero ficar nos fundos de um cemitério. – ele ri.

– Sei de um lugar perfeito para leva-la.

– Já posso abrir os olhos? – falo meio irritada. Ele ri

– Não.

– Por que não? – falo com as mãos sobre os olhos.

– Vai estragar a surpresa.

– Hmpf.

– Chegamos. – ele para o carro. – Mas ainda não abra os olhos!

– Como vou sair?

– Eu abro a porta para você.

Espero impacientemente ele chegar até minha porta. Ele pega minha mão ajudando-me a sair e minhas sandálias – emprestadas – pisam em um solo macio. Ele coloca as mãos sobre meus olhos por trás deixando minhas mãos livres e me guiando.

– Estamos muito longe? – falo.

– Não lembrava que era tão impaciente. – ele ri. Sinto o seu cheiro e é muito bom.

– Que perfume você usa? – falo.

– O que você fez para mim. – ele responde sorrindo.

– Fiz um perfume para você?

– Sim, você mexia com ervas. – ele sorri. – Eu o usei apenas três vezes.

– Quais? – falo andando cegamente. Ele tira as mãos dos meus olhos.

– No dia em que você o fez no nosso casamento e hoje.

Olho, maravilhada para o pequeno riacho de agua azul ciano a minha frente. A grama é verde macia – o solo macio que eu havia sentido – e ao redor apenas arvores e pequenos pássaros que catam suavemente. Há uma pequena toalha xadrez estendida na relva, há muitas frutas e lanches. Um piquenique.

– É lindo. – falo quase emocionada. – Eu nunca vim aqui, mas eu sinto como se conhecesse o lugar.

– E conhece. – ele sorri. Seus olhos da cor da água. – Foi aqui que nos casamos.

Sim, onde eu me casei...

Primeiro dia da primavera, as flores exalavam seu perfume doce e magico, os peixes pareciam que iam saltar da água de tanta alegria e eu também. O dia estava nascendo e escolhemos esse momento para dizermos sim. Eu, ele e um padre que concordou unir nosso amor. Depois de muita insistência é claro.

– Prometo que quando estivermos longe faremos um casamento muito melhor e a sua altura. – ele diz ao meu ouvido.

– Eu não me importo com isso, apenas quero ser sua. – digo sorrindo, e continuamos ouvindo o padre.

Estou com o vestido do casamento de uma de minhas criadas, e até que para uma criada seu vestido é muito jeitoso. Todo de renda branca que formam flores com alguns detalhes em vermelho e azul. Sinto-me radiante. E ele veste um paletó cinza que também é emprestado, mas ainda sim ele está deslumbrante.

As flores do meu buque são brancas e vermelhas, ninguém conseguiu achar minhas flores azuis. Talvez elas nem existam.

Finalmente, os votos.

– Eu, Robert Ivan, aceito você, Victoria Halo, como minha esposa para ama-la e respeita-la, na alegria e tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença por toda a eternidade e o que vier depois. – e então ele coloca a aliança de ouro, fina e delicada onde contem nossos nomes dentro, cujo preço ele disse custar todos os salários que ele já recebeu.

Eu, Victoria Halo, aceito você, Robert Ivan, como meu esposo para ama-lo e respeita-lo, na alegria e tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença por toda a eternidade e o que vier depois.

– Pode beijar a noiva. - o padre diz exatamente no momento em que o sol chega até nós.

Ele levanta meu véu e sorri ao ver que estou chorando como uma criança ao receber o melhor presente de natal de todos os tempos. Ele pega minha mão e beija bem onde está à aliança, olhando para mim vejo o êxtase em seus olhos azuis, o sol refletindo suas lagrimas, ele se ajoelha.

– Eu te amo, e sempre vou te amar. Atravessarei o infinito por você e irei além. Nunca duvide de meu amor, farei tudo para ver seu sorriso todos os dias e ver esses seus lindos olhos verdes brilhando assim como hoje. Fique comigo para sempre Victoria. Prometa-me nunca me deixar, e me fará o homem mais feliz do mundo todos os dias. – suas lagrimas caem e ele sorri como um bebê. Ele beija minha barriga. – Nosso filho. Terá todo amor do mundo.

– Eu – estou sem voz. – Eu te amo. – Nos beijamos.

Deixamos a luz invadir nossas almas, o calor do sol aqueceu nossos corações. Tudo ao nosso redor tornava o momento magico. Os pássaros pareciam sorrir aos nossos ouvidos, o barulho da correnteza do rio era como nossa marcha nupcial. Senti-me parte daquele cenário e queria que aquele momento não acabasse nunca. O meu momento imortal.

– Vinny, você está bem? – Olho para cima e vejo Robert com os olhos alarmados olhando para mim.

– O que houve? – falo levantando.

– Você, sei lá, desmaiou do nada. E ficou falando imortal. – ele sorri.

– Por quanto tempo?

– Uns cinquenta minutos.

– E por que não me acordou? – falo envergonhada.

– Por que eu sei o que estava sonhando e eu não quis atrapalhar. – ele sorri – Além do mais, fiquei lembrando também e olhando para você. Nem vi o tempo passar.

– Hmm. – sorrio sem graça.

– E foi bom? – ele me entrega um copo com suco.

– O que? – falo bebendo, nem percebi que estava com sede.

– O sonho.

– Foi sim. – olho para o outro lado. Ele puxa levemente meu queixo em sua direção.

– Vinny, não precisa sentir vergonha. – ele sorri e beija a ponta do meu nariz.

– Tudo bem.

– Tenho uma surpresa para você.

– Outra? – ele ri e levanta.

– Espera ai que eu vou ao carro pegar.

Olho para os lados e inspiro o ar puro. Tento lembrar qual foi a ultima vez que estive assim totalmente sozinha, sem ninguém invadindo minha mente ou me forçando a fazer alguma coisa. Não consigo lembrar.

– Abra. – Robert deixa um pacote em meu colo. Abro devagar e levanto olhando melhor.

– Espero que sirva.

– É um biquíni?

– Sim.

– Vamos tomar banho no riacho? – falo. Não sei se sinto medo ou empolgação.

– Sim. – ele sorri. – Eu vou me trocar ali e você por ali. – ele aponta para uma moitinha atrás das arvores.

– Sim senhor. – eu sorrio.

– Vejo você na agua.

Amarro a canga azul na cintura cobrindo o biquíni branco que ele me deu. Estou com vergonha é claro, mas é agua e eu amo água. Eu saio do meu esconderijo em direção à água.

– A água está gelada? – falo empurrando Robert que estava em pé na beira do riacho.

Ele pula e quando submerge parece que brilha com a água.

– Por que você mesma não descobre? – ele ri e joga água em mim. Tiro a toalha e pulo.

– Está frio! – falo gritando ao submergir.

– Eu não disse que estava quente. – ele sorri. Mostro língua para ele. – Consegue segurar por algum tempo sua respiração?

– Consigo. Por quê?

– Mergulha comigo.

Respiro fundo e mergulho.

Outro mundo me espera embaixo da água, um mundo colorido e cristalino. Os peixes nadam ao nosso redor e parecem fazer carinho em nossos pés, Robert sorri para mim, eu retribuo.

Ele aponta para frente. No começo não entendo o que ele quer dizer, mas depois ele nada na frente e vejo que ele quer entrar em uma gruta. Reluto um pouco no começo, mas logo depois deixo que ele me guie segurando minha mão.

Estou começando a ficar sem ar, acho que estou meio fora de forma. Larguei as aulas de natação há alguns anos. Mas tento não pensar muito nisso, estamos chegando. Eu posso ver a luz da gruta reluzindo em Robert, que parece muito confortável com a falta de oxigênio.

Acelerei minhas pernas forçando-me a nada mais rápido, estávamos subindo a gruta e Robert ainda segurava firme minha mão sem deixar que eu ficasse para trás. A não ser a luz do sol que eu podia ver no fim da gruta, não havia nenhuma luz em nenhuma outra direção.

Ele é o primeiro a submergir, logo atrás eu o alcanço. Nenhum dos dois fala por alguns minutos. Nossa respiração ofegante é alta, olhamos um para o outro e rimos do cansaço alheio.

– Tudo bem com você? – ele pergunta. Ainda é difícil falar, apenas minha cabeça esta fora da água e minhas pernas ainda litam para me manter ali. Apenas balanço a cabeça em negativo, ele ri. – Vem. – ele vira de costas e aponta para seus ombros.

Sem hesitar, coloco meus braços sobre eles e ele segura minhas mãos em sua frente, apoio minha cabeça em suas costas e relaxo um pouco minha respiração. Ele nada para a parede da gruta.

– Suba aqui. – ele me deixa apoiada a uma parte que se pode sentar da gruta. É estreito e machuca um pouco, mas no momento estou sem opções.

Subo com esforço, primeiro apoio as palmas das minhas mãos e bato minhas pernas tomando impulso para subir, Robert empurra meus pés e com cuidado sento nas pedras.

– Obrigado. – falo respirando mais normalmente.

– Não há de que.

– Aqui é muito bonito. – falo olhando para cima.

É como um copo cheio de água. Se você olhar para cima enxerga a boca e é por onde a luza sola entra e reflete a agua, ao redor a uma pequena bainha, uma deformação de pedras que fazem uma espécie de banco natural. Tudo é marrom, menos a agua que é azul celeste. O ar é uma mistura de sal diluído com ar puro de bosque, interessante, uma vez que não há verde por aqui.

– Sim, muito bonito. – diz Robert que está ainda na agua, apenas apoia seus cotovelos nas pedras.

– Nós já viemos aqui? – pergunto.

– Não. – ele suspira. – Descobri esse lugar a pouco tempo.

– Ah. – suspiro. – Sinto como já estivesse vindo aqui.

– Bem, isto é praticamente impossível. – ele ri.

– É, deve ser. – suspiro profundamente o cheiro. – Como vamos voltar? – pergunto meio assustada.

– Do mesmo jeito que viemos. – ele ri da minha cara de decepção.

Ficamos em silencio por alguns minutos. Observamos o lugar e curtimos o silencio. O barulho da água é como uma doce melodia clássica, invade nossos ouvidos e se instala em nossa alma.

– Robert? – chamo sua atenção.

– Sim?

– Obrigado por me trazer aqui hoje. – falo sinceramente.

– Por nada. – ele sorri com seus dentes branquinhos brilhando e seus olhos da cor da agua em êxtase.

– Mas...

– Mas? – ele franze as sobrancelhas.

– Eu preciso ir. – mordo os lábios.

– Precisa? – ele repete.

– Amanha é dia de escola. – falo.

– Tem certeza que é por isso? – ele levanta as sobrancelhas.

– Sim. – suspiro. – Não sei.

– Eu levo você. – ele suspira me estendo à mão. – Vamos.

Depois de guardamos todos os alimentos e colocarmos no porta-malas do carro, fomos primeiro para casa de Robert, onde eu poderia pegar minhas coisas e depois ir para casa.

Um silêncio absoluto tomava conta do que parecia ser um lugar muito estreito, estreito até demais, que se chamava carro. Podia ouvir o coração de Robert bater mais forte a cada metro que nos aproximávamos de casa, suas mãos firmes ao volante não desviavam um segundo da estrada.

Olho pela janela, pois não aguente aquela situação. Algo dentro de mim grita dizendo que já não é mais possível viver sem Robert. Algo normal para alguém que vem por anos tentando viver um amor finalizado a força.

Quando chegamos ele sai do carro e mesmo mudo, abre a porta para mim e depois vai até o porta-malas pegar nossas coisas. Vou direto para o banheiro onde tomo um banho, demorado e quente. Lavo bem meus cabelos e tiro todo o sal que pesa tanto nele quanto em meu coração, que agora bate pesado e devagar.

Se eu pudesse me dividir em duas, penso.

Depois de arrumar minhas poucas coisas e vestir um jeans velho e um moletom, vou até a cozinha guiada por um cheiro de mel e panquecas quentinhas. Robert está sentado à mesa com uma xicara de chá, seus olhos azuis longes e frios, como dois diamantes.

Sento a mesa e sirvo um pouco de chá para mim. É de canela e está delicioso. Como em silencio, e quando estou para terminar Robert suspira alto.

– Preciso saber uma coisa. – ele diz sem olhar para mim, seus olhos fitam o chá em sua xicara, o que me deixa mais confortável sabendo que eu não aguentaria seu olhar.

– O que? – respondo.

– Ainda vou ver você? – ele então me olha nos olhos, e seus belos olhos azuis estão cheios de água, da qual ele não se importa em enxugar.

– Robert. – eu suspiro e saio da mesa. Ele me segue.

– Por favor, Vinny. Eu preciso saber. – ele segura meu ombro, eu paro é inútil continuar a fugir.

Então me viro e o beijo. Sinto suas lagrimas por entre nossos lábios. Ele abraça minha cintura com força, como se não fosse me soltar. Abraço seu pescoço, sem lutar contra isso. Afinal, alguém mais já ouviu falar de alguém que enganou a morte por um amor?

Finalmente soltamos um ao outro. Ele ainda tem as mãos em minha cintura, só que agora apenas como apoio, ainda chora, mas tem um sorriso nos lábios, o que com certeza eu tenho também.

– Isso é um sim? – ele pergunta.

– É um veremos. – eu sorrio e pego minha pequena bolsa em direção ao carro.

Reconheço a rua, as arvores e o silencio. Estamos na rua de casa. Meu coração começa a acelerar. Já anoitece e sei que Dante não vai me receber com flores e chocolates.

– Calma, Vinny. – Robert está todo sorriso.

– Não é você que vai morrer. – dou um sorriso forçado.

– Se ele ousar fazer algo contra você, você sabe onde eu moro. – ele ri.

– Se ele ousar fazer algo contra mim, eu sei me defender. – falo.

– Tudo bem então. – ele ri e diminui a velocidade, estamos quase na frente. Estou quase mudando de ideia.

– Aqui. – falo, apontando para que ele pare uma casa antes. Ele para. – Melhor que você pare aqui.

– Como quiser.

– Então. – sorrio sem graça.

– Então. – ele repete sorrindo.

– Nos vemos? – estendo minha mão. Ele ri.

– O mais breve possível. – ele puxa minha mão e me beija de novo.

Saio meio atônita do carro e caminho até em casa. Na porta respiro fundo algumas vezes, pego a chave embaixo do tapete, coloco na fechadura e giro devagar ela destranca e ainda devagar giro a maçaneta. Um processo que em dias normais eu levaria alguns segundos para fazer, eu levei cinco minutos.

Abro devagar e a porta parece ranger como uma grande porta velha e pesada e é como se toda vizinhança pudesse ouvir.

– Merda. – sussurro.

Fecho a porta e coloco as chaves do cabide. Nas pontas dos pés tento subir a escada, mas ele me espera no batente da sala de estar.

– Se você fosse um ladrão já estaria presa, ou morta. – Dante sorri só de toalha abaixo do ventre. Eu desmaio.


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Notas finais do capítulo

Dante como sempre, louco por sustos. E você o que achou?



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