Cersei secretamente sempre soube que ela amava seu irmão porque ele era o mais próximo dela mesma que podia encontrar em outra pessoa. Ele não parecia com ela agora.

Não apenas a mão que lhe faltava, mas também seu rosto sujo e cansado, ele não parecia belo, seus cabelos sequer pareciam tão dourados quanto os dela.

Ele parecia quebrado, ela estava também, mas não pelos mesmos motivos dela, não pelos filhos dela que agora estavam todos mortos. Myrcella, Tommen e Joffrey tinham tanto o sangue dele quanto o dela mas todo aquele amor que parecia consumi-la e lhe dar coragem passou direto por ele. A tristeza dele era pela ridícula mulher feia que queria ser um cavaleiro que ela mandara matar.

A tristeza dela fazia com que o rosto dela se contorcesse de raiva, que seus punhos se cerrassem e que ela gritasse “Queimem eles todos !”. O rosto dele parece passivo, fraco, miserável e derrotado, não se contorce nem mesmo quando as mãos dele avançam no pescoço dela para lhe tirar o ar e a vida.

Jaime não parecia com ela agora, talvez ele nunca tenha parecido.