Ao Seu Lado escrita por Anne


Capítulo 1
Capítulo 1 Uma reunião séria, ou não


Notas iniciais do capítulo

Oizinho! Primeira fic, gente! Se quiserem começar com criticas tudo bem, acho elas bastantes construtivas, mas se gostarem agradecerei se comentar. Estou logo postando os dois capítulos, ok? ^.^



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POV. Mônica Souza.

Mamãe havia chamado todos os meus irmãos e irmãs para a sala, deve ser mais uma reunião em família, dessas chatinhas que a mamãe fala da falta de faxina e do baixo rendimento do seu salário. Era uma noite fria de inverno e da janela do meu quarto dava para ver através do vidro a chuva cair. Minha tia havia batido na porta a poucos minutos pedindo que eu me vestisse e estivesse na sala em 5 minutos. Agasalhei-me e peguei meus óculos, senti um vento frio adentrar pela janela, e logo a fechei. Minha irmã Paty devia estar no banheiro se arrumando.

Peguei meu ursinho Teddy que estava sobre a cômoda e depositei um beijinho em sua cabeça.

– A mamãe não gosta que eu brinque com você, mas você é meu ursinho de pelúcia, desde quando eu era bebezinha, não posso te jogar fora. – O abracei com força e rapidamente andei até minha cama e o coloquei de baixo do travesseiro.

– Xiu, fica quietinho aí, eu volto já. – Fiz um aceno com a mão e me dirigi à porta.

Sorrateiramente a fechei, meu tio não gosta de barulho e deve estar dormindo. Não acho que andar na ponta dos pés iria contribuir, pois meus irmãos andam correndo pela casa toda hora. Mas verá ele tem implicância apenas comigo, mesmo.

Desci as escadas me tremendo um pouco com o frio, o corrimão estava frio até sob minhas luvas.

Quando cheguei à sala e fiquei um tanto surpresa, só estava a mamãe e a minha tia, minha avó estava na cozinha preparando algo e meu avó pondo lenha na lareira, lugar que o Papai Noel da minha infância nunca passou, ainda espero ele.

– Mamãe cadê os outros? – Perguntei incrédula me aproximando da mamãe.

– Estão vindo, querida! – A mulher respondeu ajeitando o jarro da mesa de centro.

– Ah, tá bom. – Não sou de falar muito e apenas fiquei olhando para a lareira. Meu pai não vinha, mesmo! Qual era a graça sem ele? Ele sempre animou essa família melhor do que ninguém. Ah, ele deve estar mais feliz com a outra mulher, mesmo, a Ellen. Não é uma má madrasta daquelas que eu via nos filmes da Cinderela. Ela até se sai melhor que a minha mãe, mas tem uma grande diferença, convenhamos.

Luísa Souza tem uma família desgastante e enorme, é muita responsabilidade, e tenho que ajudá-la com meus irmãos irresponsáveis, começando por Sara a jovem que vem correndo pelas escadas nesse exato momento aos berros.

– Que raiva! Mais uma reunião patética e chata, será que dessa vez vamos tomar um chazinho mais doce? Bler, agora vai ver vão me culpar de sair ontem e discutir as asneiras dos pestes e... Cadê o resto, vô? – Perguntou assim que chegou à sala para meu avô, o único que aguenta ela, talvez se ela fosse mais carinhosa com a mamãe ela fosse convidada para ir ao supermercado.

– Boa noite pra você também, Sara! – Disse minha mãe antes que meu avô respondesse, e eu permaneci quieta.

– E então, vovô? – Sara enfatizou a última palavra para provocar mamãe.

– Não repreenda minha netinha, Luísa! Você já foi jovem e sabe como é a vida de um adolescente. – Falou passivamente para mamãe sobre a menina que chamava a atenção de todos.

Esse lado compreensivo do vovô.

– A Mônica é adolescente e não age assim, pai! – Disse minha mãe ao vovô.

Sara caiu na gargalhada.

– Não me compare a ela mãe! Essa nanica é tão infantil que ainda guarda o Teddy. Hahahaha. – Sara fez cena como se quisesse cair no tapete.

Fiquei desconfiada.

– Sara, você entrou no meu quarto? – Perguntei com tom de vítima.

– Já sim, mas eu vi você com ele na mochila voltando da escola ontem. – Disse com voz acusadora com as mãos na cintura ao lado do vovô.

– Ai não! – Em rendimento bati a mão na testa.

– Não briguem, crianças! Sentem, vou ver porque os meninos não vieram ainda. – Disse meu avô subindo a escada.

– Crianças? Humpf. – Sara resmungo sentando-se de braços cruzados no sofá.

– Desculpa, vovô... – Disse baixo depois que ele saiu.

– A fresca da Patrícia deve estar se emperiquitando toda. – Disse Sara com cara de nojo. Sara sempre odiou Patrícia e eu, e por isso exigiu um quarto só dela, apesar de confessar a pouco que anda entrando no nosso.

Paty não é má pessoa, mas ela tem um jeito um pouco perfeccionista a tudo. Mas ela é muito fofa e carinhosa, principalmente por não me achar infantil em ter o Teddy.

– Ai, pessoal! Quanta presa já vou, já estou descendo. – Diz Patrícia com seus saltos estalando na escada.

E ela finalmente chegou.

– Tô pronta! – Diz sorrindo, vindo ao nosso encontro.

– Mãe, parece que a Paty se fantasiou de fantasma. – Diz ela com um sorriso sádico.

– Hã? – Perguntei baixo.

Sara dessa vez se jogou no chão rindo para valer.

– Olha pra essa cara cheia de pó, hahaha! E a espinha na testa dela? Hahahaha. – Sara nunca à de ter feito maior cena no chão assim.

Será que ela não sabe que pode se sujar desse jeito?

É, deve ser agora que minha irmã Paty abre o berreiro.

– QUE? Onde cadê, cadê? – Diz correndo de volta para o seu quarto onde tinha um espelho.

– Sara!! – Mamãe repreendeu Sara, minha tia tentava não rir de toda a comédia que a jovem puxou do pai.

– É culpa da Mônica! – Ela ainda no chão aponta para mim rindo.

Parece que essa reunião vai demorar acontecer.

– Que? Mãe você sabe que... – Iria me redimir antes que Sara tentasse me acusar de mais coisas que ela mesma fez.

– Tudo bem, Mônica... – Mamãe parecia frustrada e fechou os olhos com os pulsos fechados ao lado da cintura.

– Sara de castigo! Já para o seu quarto, agora! – Mamãe gritou.

– Ahh, que peninha! Tava até divertido. Valeu mãe, me livrou da reunião chata. – Disse subindo para o quarto e consegui ouvir um ‘’Uhu, consegui’’ dela.

– Mãe... – Falei baixo.

– Diga, Mônica. – Respondeu ainda de cabeça quente.

– Posso ir pra cozinha? – Perguntei.

– Sim, claro que pode. – Respondeu.

Pois é, minha família é mesmo agitada.

A vovó deve estar na cozinha.

Cheguei à cozinha e vi quem queria fazendo algo delicioso.

– Vovó! – Disse a abraçando.

– Oi, querida! – Disse sorrindo.

– Fazendo o que? – Perguntei curiosa.

– É surpresa, só vai saber na hora do jantar. E então como está a bagunça lá? – Ela referia-se a confusão que a Sara iria fazer.

– Vish, vovó! Sara e Paty de novo. – Disse, e ela riu.

Ouve-se um estrondo na sala.

– O que foi isso? – Ela perguntou um pouco assustada.

– Vou ver. – Disse indo para a sala.

O que mais seria? Skate e Lucas.

O mesmo havia tentado de novo passar com seu skate pelo corrimão da escada, tentou, tentou.

– Menino, você está querendo ir ao hospital de novo? – Minha mãe diz indo levantar Lucas que havia quebrado um jarro com flores.

– Luísa! Isso vai ser um prejuízo. – Diz Bárbara minha tia. Diferente de muitas tias ela não agarra minhas bochechas freneticamente.

– Você acha que não sei? Você pode limpar, por favor, Mônica? Vou ver se meu pai foi atacado lá em cima. – Diz mamãe subindo as escadas.

– Está bem. – Disse voltando a cozinha para pegar uma pá e uma vassoura.

Nem deu tempo de explicar o que aconteceu à minha avó. Quando cheguei na sala limpei a sujeira de porcelana e areia que se definia ali.

Já estou acostumada. Talvez, um dia titia resolve ajudar também ao invés de correr atrás de marido.

– Nica!! – Ouço meu apelido que não gosto.

– Ah, é você Jony! – Revirei os olhos sem dar atenção ao rapaz irritante.

– Mãe, a Nica me xingou. – Disse fazendo cena, que menino parecido com a Sara.

– Mãe eu não... – Novamente eu tentei protestar.

– Já sei, já sei! – Ela disse por que viu tudo.

Fui para a cozinha e depois de andar pra lá e pra cá terminei de jogar a sujeira no lixeiro. Guardei a pá e a vassoura.

– O que era aquele barulho, querida? – Perguntou vovó.

– Lucas, vó, Lucas! – Disse e ela logo entendeu.

– Não se machucou dessa vez? – Ela perguntou um pouco preocupada.

– Não, mas desse jarro ali não sobrou nada. – Apontei para o lixeiro.

– Haha. – Minha simpática avó apenas riu.

Fui para a sala e logo todos estavam ali, finalmente! Carlos o mais atrasado já havia chegado.

– Bom, pessoal, eu queria dizer que dessa vez as coisas são sérias. Trata-se de Mônica. – Todos me olharam assustados e eu ainda mais.

O que eu fiz?


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Notas finais do capítulo

Comentem, por favor. :D Até o próximo capítulo. :3



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