Não, Eu Não Sou Um Stalker. escrita por Débora S


Capítulo 2
Post-2 Eu a amo.


Notas iniciais do capítulo

Gente a história é narrada pelo John, como se ele tivesse postando em seu blog. Espero que gostem, e criticas são bem vindas desde que sejam construtivas :)



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Caros leitores,eu estive de cama esses dias, e por isso não pude atualizar o blog, minha cabeça está latejando e meus olhos inchados..Garanto que se me vissem na rua agora, trocariam de lado da calçada. Nunca fui de pegar infecções, na verdade sempre me gabei de ter uma saúde perfeita, porém, ao que parece todos aqueles anos de saúde acabaram, já que agora,semanalmente estou adoecido. No entanto, estou bem, e acho que ficaram curiosos sobre o final da história não é? Não! Pois não é o final, e sim o começo. Depois do dia fatídico, me peguei pensando em Clare várias vezes, na verdade, todos os dias e á todo momento. E sim, eu a vi de novo na lanchonete, mas aos olhares furiosos de Sue eu congelava, e não me atrevi a falar com ela.

Não fazia ideia do que estava acontecendo comigo, estava enlouquecendo, talvez. E assim se passaram algumas semanas, eu a observando todos os dias, tomando cuidado em manter uma distância segura. Larguei meus amigos, que já estavam furiosos por não comparecer a famosa ‘’Sexta do jogo’’ ou a ‘’Quinta-feira da pizza calabresa’’. Eventos aos quais eu nunca havia faltado, mas que agora parecia não me importar mais. Fred, meu amigo mais próximo havia entendido depois de algumas semanas, e parou de me convidar para sair, e eu o agradeço por isso, mas na verdade, sinto falta dele. Ele é magro e alto, quase dois metros de altura e usa óculos e seu cabelo é grande e cacheado, não é do tipo que tem muitos amigos, e conhecendo a boa pessoa que ele é, era agradecido por ser um dos poucos amigos dele.

Tudo o que eu conseguia pensar era em Clare, e como eu havia me apaixonado por ela em tão pouco tempo, e sem ao menos trocar uma palavra com a garota. Eu sabia agora, eu a amava, e tinha certeza disso. Já havia sentido isso uma vez, na sétima série pela Andressa, uma loira líder de torcida do colégio, e surpreendentemente foi recíproco. Terminamos pouco tempo depois, e eu não consegui ficar triste com isso, talvez porque ela havia me traído com algum garoto da classe de química dela, ou porque eu me sentia melhor sozinho. Com ela era diferente, eu não sentia a vontade de observá-la e estudá-la diariamente, eu não a admirava e na verdade, me perguntei várias vezes porque estava com ela. O que sinto por Clare é um pouco diferente, e é estranho. Eu sei.

Estava sentado no último banco redondo da lanchonete, meu local favorito, ao lado da janela e com visão privilegiada de Clare, que se sentava na primeira mesa, no canto, e nesse dia usava um vestido longo e preto, com um casaquinho cinza e em seus pés, coturnos. Seu cabelo estava solto e os óculos enormes deram um charme para o visual. Caralh... Sua beleza era estonteante. Dei outro gole no café, e tentei me concentrar no jornal, quando levantei o olhar percebi que ela havia sumido. Rolei os olhos pela lanchonete com certa aflição, até a encontrar sentada a minha frente, com os braços cruzados sobre o colo, e sorrindo timidamente.

Meu coração parou, havia ela percebido que eu estava a observando? Como será a reação dela? E Sue? Bom, não fui eu que me aproximei dela então... Não importa. Meus pensamentos estavam a mil, aquela garota que eu admirava tanto, finalmente havia tomado o primeiro passo, me sentia um tolo, estava confuso. Sempre gostei de ter tudo planejado, e agora nada estava a meu controle. Voltei minha atenção a garota em minha frente, ela ajeitou os óculos e mordeu o lábio inferior, como se tivesse pensando no que falar. Seus cachos escorriam pelos ombros... Ah! Belíssima.

- Qual seu nome? – Perguntou baixinho, colocando alguns fios de cabelo para trás da orelha, e apertando os olhos, fixando-os em mim com atenção.

- Meu nome... Bom, é... John. – Droga, eu gaguejei, pude vê-la rir de mim, e me senti um idiota.

- O que você tem aí John? – Acentuou meu nome, e apontou para a xícara na minha mão. Abaixei um pouco e deixei que ela visse o café preto, borbulhante de tão quente. – Posso? – E o pegou da minha mão, esticando os bracinhos finos e deu um pequeno gole. Ao me devolver o copo, lançou-me um olhar divertido.

- E John... – Voltou ao morder os lábios, não com a intenção de me seduzir, mais como uma mania. Mas sim, isso me seduzia totalmente. – Você quer ir até a minha casa? – Cuspiu as palavras sem rodeio algum, arregalei os olhos e por alguns segundos não esbocei nenhuma reação. Apenas a encarei, tentando entender o que ela tinha, o que a fazia diferente de todas as pessoas. Porque eu estava tão apaixonado por ela. Sorri amarelo e lembro-me de ter dito algo como. Porque não?


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