Darker Days escrita por Emanuel Felix


Capítulo 11
Capítulo 11 - Um sonho paralelo


Notas iniciais do capítulo

Olá gente. Quero dizer que estou bem desanimado para escrever pois ninguém comenta. Mesmo assim posto o capítulo, e espero muito que vocês se manifestem. Só postarei o próximo capítulo se tiver bem mais comentários. Quanto mais comentários mais pessoas podem conhecer a fic, e mais motivado eu fico sabendo do que estão gostando e do que não estão. Então, por favor, participem.



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Da cama, encaro meu celular sobre a cômoda escura, mordendo os lábios.

É madrugada, eu deveria estar dormindo. Mas tudo o que aconteceu pela manhã não me deixa pregar os olhos. Minha cabeça está vazia e cheia ao mesmo tempo. É muita coisa para pensar, muita preocupação. Brinco com os dedos sem perceber.

Fixo o meu olhar no aparelho retangular e deixo minha mente ser tomada completamente pela evasão. Vagarosamente, deixo meus pensamentos se encaixarem e mergulho nas lembranças novamente.

“Diga logo, Katherine.” disse Damon. “Isso está levando muito tempo”

“Parte dos Peregrinos, em sua grande maioria, se ofereceram em sacrifício. Em um local específico, que ninguém sabe onde, Qetsyiah sacrificou nossa amada doppelganger original. Ela usou o sangue de Amara no ritual, enquanto os Peregrinos se suicidavam”.

“Horripilante” a voz de Rebekah foi ácida.

“Com esse feitiço poderoso, mais um sacrifício com sangue e um suicídio em massa, Qetsyiah deu origem ao Outro Lado, onde Amara está presa junto com os outros sobrenaturais que já passaram dessa pra melhor. Em seguida, a bruxa vingativa prendeu Silas numa tumba e toda a história que vocês já conhecem”.

“Mas não faz sentido” Lucy exaltou-se “Se os Peregrinos voltaram é porque não conseguiram a cura. Ou seja, Qetsyiah foi a bruxa má da história e os usou”

“Eu não sei te dizer o que aconteceu depois” Katherine deu de ombros “Isso é tudo o que sei. O motivo pelo qual eles estão de volta teremos que descobrir. Pelo menos sabemos quem foram os primeiros habitantes do purgatório sobrenatural mais famoso”.

Abro os olhos numa fenda e sinto o pesar das pálpebras. O sono está chegando e nem sei há quanto tempo estou pensando. Aninho-me mais no lençol; passo o braço sobre o corpo de Damon e deixo-me levar. Preciso descansar, e pelo menos ficarei segura em meus sonhos… Ou não.

— Elena, acorde. — é um sussurro distante e quente no meu ouvido. — Elena.

Mexo a cabeça, e tiro o cabelo dos olhos antes de olhar.

Sento na cama, num impulso.

— Jeremy. Por onde esteve? — o abraço forte. É real. Eu consigo senti-lo. Consigo alisar seus cabelos curtos, passar meus dedos sobre suas bochechas.

— Estou bem. Quero que não se preocupe.

Apreciando-o, deixo meus olhos caírem para seu corpo, e encontro seu braço robusto e cheio de veias, tomado por algo, que me deixa arrepiada. Passo, delicadamente, meus dedos por sobre os símbolos.

— A tatuagem. Está crescendo novamente. Ela cresceu desde a última que te vi.

— Estou tentando me cuidar, tentando não matar vampiros. Estão me protegendo.

— Quem está te protegendo?

— Eu preciso ir, Elena. A ligação está enfraquecendo. Não temos tanto poder assim. Eu só queria vê-la novamente e dizer que está tudo bem.

— Por favor, não se vá.

Ele abre um sorriso e meu coração vibra matando as saudades.

O celular toca. É uma música barulhenta e chata que coloco como despertador.

Minhas pálpebras tremem. Abro os olhos calmamente, e encaro a claridade que atravessa as janelas. Por um momento eu tinha certeza que Jeremy estava mesmo lá, eu podia afirmar que o abracei. Eu senti seus cabelos; escutei sua voz.

— Bom dia. — um corpo se sobrepõe ao meu.

— Bom dia. — viro e dou um selinho em Damon, que me prende sob seu corpo. Ele me analisa com os olhos e parece que está me lendo, como se eu fosse um jornal.

— Aconteceu alguma coisa?

É impossível escondê-lo alguma coisa?

— Não. Não aconteceu nada. — minto nervosa. — Agora saia de cima de mim, por favor, senhor Salvatore. Hoje é dia de aula na gratificante Whitmore.

— Então tudo bem. Estamos combinadas. — falo baixo e aperto o botão vermelho do celular.

— Falando com alguém? — Damon entra no quarto com uma toalha branca enrolada na cintura, sacudindo o cabelo úmido com a mão.

Boquiaberta, e um pouco sem ar, me esforço para responder.

— Não, não é nada. Eu estava marcando com a Caroline de sairmos sabe… Compras. Nunca mais fizemos isso, com tanta coisa acontecendo. Bonnie adoraria isso — bato meu celular na palma da mão antes de joga-lo na cama.

— Compras? — Damon desenrola a toalha da cintura e a joga em cima da cama. — Você nunca gostou muito disso. — ele pega uma cueca Box preta e veste.

— Ah — gaguejo e passo os dedos, furiosamente, pelo cabelo. — Parece ser uma boa ideia para espairecer. Além do mais nunca mais tive notícias de Caroline, com… Tudo isso.

Damon já vestiu a calça e agora está terminando de vestir uma camisa branca.

— Pronto. — ele passa o braço que falta pela manga e desce o resto da blusa até a cintura — Estou pronto para leva-la.

— Só um momento. — vou para frente do espelho e checo minhas roupas. Vestido florido de alcinha, sapatilhas bege, e minha bolsa de lado… Tudo no lugar. Passo mais uma vez a escova no cabelo para certificar de que ele está bem escovado. — Pronto.

— Não está esquecendo nada?

— Ah — digo quando meus olhos encontram a cômoda. Meu celular e um caderninho, que pego na primeira gaveta.

— Pra que isso?

— Ah, isso é um caderninho de anotações. — sorrio, colocando, com pressa, os pertences na bolsa. — Sabe como é universitária. Tem que se prender a tudo o que os professores dizem, sem perder nada.

— Tudo bem. — ele franze as sobrancelhas.

Pressiono meus lábios nos dele.

— Vamos.

— Elena. — diz Stefan antes de eu abrir a porta. Viro-me. — Está tudo bem com você?

Damon para seis passos atrás de Stefan, esperando eu terminar de conversar com seu irmão. Como se eu tivesse problemas inacabados com ele, como se precisássemos resolver alguma coisa.

Vocês ainda não conversaram depois de resgatá-lo, minha consciência me lembra, e me sinto minúscula. A ponta de uma estaca de vergonha me perfura, lentamente.

— Estou — não consigo encará-lo nos olhos — E você? Sem sonhos estranhos que podem predestinar o nosso fim?

Ele ri.

— Não. Dormi bem, sem sonhos que podem predestinar o nosso fim. Tenha uma boa aula.

Agradeço com um balançar de cabeça e Damon chega atrás de mim logo em seguida.

— Bom dia. — Lucy entra na sala e se coloca ao lado de Stefan. — Elena, está tudo bem? Você não saiu ontem para procurar seu irmão. Eu realmente lamento que tudo o que aconteceu te fez ficar em casa, preocupada.

— Bom dia. — digo já com a mão na maçaneta e com uma dor no peito. Giro-a.

— Olá Elena, Damon… — Liz está na minha porta, fardada, e sua viatura está encostada na estrada, ao fundo. Ela olha para os rostos atrás de mim e arfa decepcionada. Sua expressão parece triste. O que aconteceu? Algo com Caroline?

— Olá Liz. Aconteceu alguma coisa? — pergunto intrigada.

— Leram as notícias dessa manhã? — ela levanta o jornal para que chequemos a manchete.

MAIS DE SESSENTA CORPOS SEM UM PINGO DE SANGUE SÃO ENCONTRADOS EM MYSTIC FALLS

Meus olhos caem para o início da notícia, escrita em letras menores logo abaixo.

Essa foi uma madrugada conturbada em Mystic Falls. Sessenta corpos foram encontrados sem um pingo de sangue e decapitados. Outras dez vítimas que foram feridas no pescoço, permanecem vivas, mas parecem ter esquecido o que as atacou.

Serial killer? Algum animal feroz? O que está acontecendo com a pacata Mystic Falls?

Estou sem palavras. Decapitadas. Isso faz eu me lembrar de alguém. É impossível, não consigo encará-lo, não posso. Eu sei que não foi ele. Há alguma explicação, deve haver.

— Como pode ver, algum vampiro está alastrando o terror por Mystic Falls.

Damon se aproxima e sei que ele está impaciente e preocupado.

— Xerife, não acha que pode ter sido o…?

Ela levanta uma folha grande branca com uma caricatura, e torce os lábios em lamentação.

— Stefan. — Lucy diz incrédula, logo atrás.

Liz morde os lábios antes de continuar. Sei que ela está se esforçando para as palavras saírem e que no fundo também não acredita na possibilidade. Mas ela trabalha com os fatos, é seu dever agir de acordo com eles.

— Eu também não acredito na possibilidade, Damon. Mas esse é o rosto que os atacados descreveram; todos eles. É meu dever agir de acordo com os fatos. Não posso simplesmente dizer que há vampiros em Mystic Falls. Não sei o que responder. É difícil até mesmo pra mim.

— Então…?

— Terei que levar seu irmão até a delegacia, Damon — Liz olha por sobre o ombro de Damon para Stefan e balança a cabeça — Terei que mantê-lo preso por um tempo, até que tudo fique esclarecido ou até que o verdadeiro criminoso apareça. Arrumarei uma desculpa para os crimes.

— Não fiz nada, Liz. — Stefan chega junto de mim e Damon. Sua voz é dura e confiante. — Tudo bem que acabo de sair de um cofre que passei meses preso, mas eu jamais aterrorizaria a cidade dessa forma.

— Eu sei Stefan. Eu lamento, mas terei que levá-lo para esclarecimentos. Mas o manterei numa cela especial, distante e subterrânea. Ninguém saberá

— Acha mesmo que fui eu? Se também não gosta dessa possibilidade não tem porque me prender.

— Você está certo. Mas os fatos apontam pra você. E você sabe como são vampiros. Sem querer ofendê-lo.

— Tudo bem. — sua voz é tênue. Como ele pode concordar em ir? Fique Stefan.

— Não Liz! — estico meu braço e Stefan esbarra — Stefan não fez isso! Você não o conhece?

— O conheço, Elena. Mas o vampirismo, a sede de sangue, também o conhece. Infelizmente, você querendo ou não, ele terá que me acompanhar.

— Está tudo bem, Elena. — Stefan retira, docemente, meu braço do caminho e atravessa a porta. — Vai tudo se resolver. Ficará tudo bem.

Ele olha para Damon rapidamente e se vira. Liz deixa os olhos caírem, e passando o braço em volta de Stefan, eles caminhem até a viatura, que segundos depois desaparece na estrada.

Viro-me para Damon.

— Você precisa cuidar disso. Eu vou ligar para Caroline e dizer para ela me encontrar aqui.

Meu namorado consegue apenas balançar a cabeça. Eu entendo como ele está. O que eu sinto se aproxima do sentimento que o domina.

— Eu posso ajudar. — Lucy intervém — Com algum feitiço localizador posso tentar localizar esse vampiro.

— Lucy — Damon levanta a cabeça — Silas está mesmo morto?

— É claro que está.

— Eu não sei o que está acontecendo — Damon lamenta, sua voz é molhada.

— Ei, ei — com as mãos, direciono seu rosto para o meu — Eu sei que estão sendo dias difíceis. Jeremy desaparecido, Peregrinos, agora Stefan… Mas vamos superar isso, juntos.

Abraço-o por um longo momento e me direciono para Lucy.

— Onde está Katherine?

— Aquela vadia está dormindo. Está fazendo como os humanos sedentários que ficam na cama até o meio-dia.

— Ela pelo menos podia fazer o café.

— Não sou sua empregada, queridinha — Katherine atravessa a sala com seus saltos em alarde — Não estou aqui como serviçal de ninguém.

Ela cruza os braços e trinca com os olhos para mim.

— Eu estava brincando. — digo debochadamente. — Ou não.

— Eu escutei tudo. Posso ajudar a procurar esse novo vampiro que está querendo incriminar Stefan.

Lucy arfa e dá uma gargalhada.

— Você é incapaz de defender até si mesma, como humana.

— Estou aprendendo a viver sem minhas amadas habilidades, mas não sou inteiramente inútil. — minha cópia faz uma cara feia.

— Caroline? — diz Damon olhando para frente. Sigo seu olhar e encontro o carro de Caroline desacelerando na propriedade dos Salvatore. Ela sai do carro e segue até nós.

— Eu vi as manchetes do dia, então resolvi busca-la para irmos juntas para a Whitmore. Acredito que Damon terá muito que fazer. — a loira olha para as pessoas atrás de mim. — Ai meu Deus, o que essa vadia está fazendo aqui?

— É uma longa história, Car. Eu te explico no caminho. Agora vamos. — puxo seu braço, mas me retraio imediatamente. — Ia esquecendo isso. — vou até Damon e dou-lhe um beijo demorado. — Você vai ficar bem.

Entro no carro e coloco o cinto de segurança, apressadamente.

— Vamos Car, precisamos ir até lá logo.

Caroline coloca o cinto e se vira para me observar, com um sorriso vasto.

— É uma esperança. Você está mesmo feliz, não é? Eu vim te buscar antes do combinado porque vi a notícia e imaginei o estado de Damon…

— Jeremy me deu esse endereço no sonho. — aperto a bolsa que joguei no banco, como se pudesse sentir o caderninho na mão — Ou em apenas um sonho aleatório, que seja… É uma esperança.

Arfo profundamente quando penso ter mentido para Damon, ainda mais no estado que ele se encontra. Mas é meu irmão, preciso o fazer. Damon jamais me deixaria ir até um endereço desconhecido com tantos perigos, aparentemente, me cercando.

— Não se culpe Elena. É seu irmão.

— Você tem razão. — estufo o peito e tento deixar a culpa de lado — Vamos.


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Notas finais do capítulo

Pelo que percebemos, Elena parece estar com o endereço que dará na localidade de Jeremy. Será que é mesmo verdade? Ou algo perigoso espera por ela e Caroline? Será que descobrirão que Lucy é uma dos Peregrinos? No próximo capítulo saberemos.



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