Shut Up And Drive escrita por Emanuelle Damasceno


Capítulo 4
Corra que o Audi Vem Aí


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Olha eu aqui outra vez... Desculpem a demora! Fui abatida por uma enorme nuvem de preguiça feat. procrastinação feat. falta de criatividade (não que isso que eu escrevo seja criativo, mas né...).
Demorei mas, finalmente, postei algo novo! Espero que gostem e parem de encher meu saco para postar logo outro capítulo, não sou obrigada a aturar isso, porém, amo vocês!
AHAHAAHAHHAAHAHAHAHAHAHAHAHA FUI



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Final de tarde em Boston, em um dia absurdamente tão pacato e tranquilo, causando a impressão de uma cidade simples, um ambiente simples. Apenas tal atmosfera era simples. Em contrapartida, uma residência que de simples tinha absolutamente nada. Tratava-se da suntuosa mansão de Maura Isles, sim, a poderosíssima, a influente, a loira com seios fartos e corpo escultural, que, naquela noite se embelezava para ir a uma glamurosa festa, onde apenas o supra-sumo da sociedade local tinha acesso. Era aniversário de ninguém mais, ninguém menos que o filho de Angélica.

Maura estava no centro de seu pentagrama cabalístico, a fim de possibilitar uma melhor canalização de energia magnética negativa, para chegar ao recinto propagando polêmicas, babado, confusão, gritaria, ou seja, tiro, porrada e bomba (já dizia Valesca), como de costume. Enquanto isso, no banheiro da mansão, a morena alta, bonita e sensual Jane Rizzoli com seu cabelo mais desgrenhado do que um ninho de albatroz se divertia em seu banho, pulando e exercitando seus movimentos pélvicos ao som de “He-Man”, do Trem da Alegria. Mas toda essa alegria teve seu fim, quando ela ouviu um grito estrondoso e assustador:

– JANE, DESLIGA LOGO ESSE CARALHO DE CHUVEIRO PORQUE EU NÃO SOU SÓCIA DA COMPANHIA ELÉTRICA!

Mesmo com toda a sua pose de mulher-macho, Jane temia a fúria de sua companheira, então, a morena resolveu obedecer e foi logo se aprontar. Já era 6:66 da noite, em ponto, e ambas estavam prontas para ir à festa. Não demorou e ambas já estavam a caminho da celebração, abafando à bordo de um AUDI A-666. Era tanto glamour e tanto brilho que ninguém podia mensurar o tamanho da beleza daquela cena. Ao lado do AUDI, ainda na estrada, vinham Márcia Goldschmidt e Leão Lobo, montados em uma Honda Biz roxa. Propositalmente, Maura, que estava na direção, bateu de lado na moto, em uma pancada certeira, jogando os dois para fora da estrada, caindo em uma ribanceira. Márcia (isso, eu a chamarei apenas de Márcia porque tenho preguiça de escrever ou colar o sobrenome dela toda vez), em um ato cruelmente traíra, pulou antes do carro despencar, deixando o pobre Leão Lobo rolar matagal afora.

– PELO AMOR DE JESUS CRISTO TODO PODEROSO, SENHOR DOS CÉUS E DA TERRA, REPRESENTANTE DA TOP THERM NO BRASIL, ESTOU SALVA! - Márcia clamou, já com uma feição radiante pelo fato de ter se salvado.

Mas isso era apenas o que Márcia pensava. Pelo retrovisor, Maura e Jane podiam ver o resultado do ato terrivelmente maquiavélico e, em menos de 666 segundos, Maura, então, deu marcha ré e passou com tudo por cima de Márcia. Porém, o osso da costela de Márcia acabou perfurando o pneu de Maura, que, furiosa, desceu do carro.

– Desgraçada, você fez isso de propósito. Eu sei! Você será processada em milhões, sua flopada! – Esbravejou Maura, alteradíssima.

Foi aí que a Jane soltou um grito de dentro do carro, avisando sobre a chegada dos paparazzis.

Maura, que não era boba, nem nada, usou seu cartão de crédito Ponto Frio Mastercard e decepou a língua de Márcia (porque há línguas que o dinheiro não corta, mas para todas as outras existe Mastercard). A mídia, então, já havia se posicionado e Maura Isles e Jane Rizzoli riam um risinho de lado, disfarçadamente.

O alvoroço midiático era enorme, todos querendo uma foto de um bom ângulo do acidente e, enquanto isso, Maura e Jane faziam poses esboçando sofrimento, segurando o corpo de Márcia que, ainda viva, não podia falar a verdade, apenas agonizava. Para a fúria da loira e da morena, os médicos ali presentes afirmaram com veemência que Márcia ficaria bem e, com uma língua artificial implantada, ela poderia descrever o ocorrido.

Aquilo, definitivamente, não fazia parte dos planos de Maura e Jane. Porém, munidas com a falsa solidariedade, elas se aproximaram do corpo de Márcia, abraçaram-na e, sorrateiramente, jogaram Sonrisal em sua boca, que começou a espumar. Maura e Jane, então, armaram todo um teatro e Jane se manifestou, dizendo:

– Afastem-se todos! Esta mulher está com o tinhoso no rabo. Depressa, preciso de uma estaca de madeira e um cartão de R$25 da TIM, onde se vive sem fronteiras.

Recebendo o que havia pedido, Jane crava a estaca no crânio de Márcia, enquanto Maura acalmava a todos:

– Não se preocupem, senhoras e senhores. O mal caiu por terra e todos vocês estão a salvo graças a mim e graças a Jane, que usou seus dotes de exorcismo, dos tempos em que ela morou em um bairro de latinos e africanos.

Porém, uma repórter muito astuta e intrigadíssima com a cena, indagou sobre o cartão de R$25 da TIM. Logo, Jane respondeu:

– Ué, estamos sem créditos. Preciso ligar para a empregada para lembrá-la de assar o frango e gravar Orange Is The New Black pra gente, daqui a pouco.

Após a saída da mídia rumo à cobertura da festa do rebento de Angélica, Jane a Maura desovaram o corpo de Márcia na ribanceira, visando menos trabalho com o funeral. Na direção do AUDI estava Jane, já que Maura estava com sua volumosa cabeça loira para fora, no teto solar do carro, jogando escovas Rotating Air Brush Titanium Conair da Polishop nos pedestres que ali passavam, bem como rindo sem parar.

Jane, com sua mania de pobreza, tomava muito guaraná Dolly misturado com gelatina Royal sabor framboesa, logo, aquela não era uma combinação muito boa. Peidava-se toda. A mais de 666 Km/H, Jane adentrou na festa com tudo, quebrando o portão de ferro e as pernas dos dois seguranças da casa de Angélica. A desordem se estendeu até o local da festa, tudo o que se via eram pernas para o ar e comida voando. Maura, ágil como um gato, tentou usar o freio de mão, mas ele se encontrava plugado em seu ânus. O carro bateu em cheio na mesa de Sula Miranda, que, no impacto, deu um duplo twist carpado e caiu no chão toda deformada.

Após fazerem baliza sobre o corpo de Sula Miranda e ao abrirem as portas do carro, uma enorme nuvem de purpurina, glitter e gelo seco surgiu, dando efeito de uma performance da Broadway e, então, Maura e Jane surgiram por entre as brumas. As duas presentearam o filho de Angélica com um belíssimo e exótico Dragão de Komodo, porém, ele não tinha sido alimentado até o presente momento, o que fez com que o dragão devorasse o menino em segundos.

Angélica começou a chorar copiosamente e a ficar histérica ao ver que seu filho havia sido devorado por aquela criatura sanguinária e apavorante.

– SENHOR, POR QUE MEU FILHO? POR QUE ELE? POR QUE NÃO A FILHA DE GRAZI MASSAFERA?

Porém, foi nesse exato momento que Angélica se lembrou do abastado e milionário seguro de vida de seu filho. Logo, a loira esboçava um pesar com um sorrisinho de felicidade e, ao som de “Vou de Táxi Dance Remix by DJ Marlboro”, ela começou a dançar, juntamente com Maura e Jane.

Luciano, que até então estava em seu quarto passando hidratante em seu delicado nariz, ao saber do pandemônio, tentou correr para ajudar seu filho, mas ao chegar ao salão com suas narinas ainda respingando Monange no chão, escorregou e caiu de cara, afundando seu crânio e deformando totalmente seu nariz. Em decorrência disso, o ar tornou-se mais puro naquele ambiente.

Ainda não satisfeitas com a maldade, Jane e Maura atiraram um DVD da segunda temporada de Once Upon a Time no globo luminoso que estava no centro do teto do salão, fazendo-o despencar velozmente e atingir a cabeça de Luciano, que tremia e soltava fumaça. Estava ele sendo eletrocutado.

Enquanto isso, Angélica permanecia feliz da vida, pois, além de contar com a apólice de seguro de seu filho, teria também a apólice de seguro de Luciano. Tudo isso provocava a ira e a sede de poder de Maura e Jane. Foi quando, em um momento de pura distração, Angélica se distraiu, em seguida, Maura e Jane jogaram Sazón nos olhos dela, que, descontroladamente, saiu pulando, rodando pelo salão feito o Pião da Casa Própria do Baú da Felicidade e, em seguida, pisando no rabo do dragão que ainda estava ali no salão comendo os bagaços dos balões estourados, porém, furioso, ele virou-se contra Angélica e a devorou. Segundos depois, o dragão faleceu em decorrência da ingestão de uma alta dose de descolorante, presente no cabelo de Angélica.

Tudo parecia feliz e a missão de espalhar a desordem e semear o caos parecia estar completa. Maura e Jane já estavam com as apólices em mãos quando as autoridades chegaram à festa procurando por elas. Logo, sabiam que aquilo não era coisa boa. Um dos detetives se aproximou e perguntou:

– Senhoras, a tinta encontrada na lataria da Biz roxa de Márcia bate 100% com a tinta do seu AUDI A-666. O que as senhoras podem dizer a respeito disso?

Maura e Jane permaneceram em silêncio por alguns instantes, uma olhando para a outra, tentando esconder o riso. Foi quando ouviram um grito:

– MAURA! JANE! CORRE, PORRA! FODEU-SE! SUJÔ, RALA PIPA DAÍ, MANO! ELES DESCOBRIRAM SUAS TRAMÓIA!

Era Rondo, o informante de Jane das ruas de Boston.

Jane saiu correndo rapidamente. Porém, Maura não entendeu aquele vocabulário todo, devido ao seu elevadíssimo grau de escolaridade. Aquele palavreado todo realmente não fazia parte de sua polida retórica.

– O que você disse? – Maura, com cara de confusa.

– CORRE, MAURA! HOUSTON, WE HAVE A PROBLEM! RETIRE-SE DESTE RECINTO IMEDIATAMENTE! NÓS FOMOS DESMASCARADAS!

Jane virou a mesa do buffet em cima dos detetives, que começaram a disparar tiros contra elas. Riam descaradamente, enquanto se jogavam no chão e rolavam, após Rondo ter ligado o gelo seco da festa, visando, assim, uma fuga cinematográfica digna dos filmes de Harry Potter. Jane foi a última a sair, sem esquecer-se de encher os bolsos com salgadinhos e docinhos da festa, pois, como podemos observar, ela saiu da pobreza, porém, a pobreza não saiu dela.

Maura, rapidamente, assoviou e, dos céus, veio flutuando uma carruagem de fogo providenciado por Paddy Doyle. Maura, Jane e Rondo subiram, porém, perceberam um certo excesso de peso na carruagem. Havia alguém pendurado nas rodas da jeringonça. Era Leão Lobo clamando por socorro. Jane cutucou os olhos de Leão Lobo com o espetinho de frango que ela roubou da festa, o que o fez cair, atingindo, coincidentemente, Sula Miranda.


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Notas finais do capítulo

Boa comentar, porque quero saber o que vocês acharam... Sem falsidade, por favor, porque de falso já basta o bojo do meu sutiã! HAHAHAAH Beijo!



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