O Mal Filho A Casa Torna escrita por Jessie


Capítulo 1
Nova campista, novos problemas


Notas iniciais do capítulo

Não sejam tão duros comigo, é minha primeira fic.
Espero que gostem :D



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- Oi bom dia, estamos apresentando mais um jornal na tv Hefesto. – Louise riu- De onde sai as fofocas mais fresquinhas do mundo dos olimpianos.

-Estamos aqui com a Louise que acabou de voltar de uma missão bem sucedida, - Continuei falando - palmas pra ela que ela merece.

- É serio Jess, estamos atrasadas.

E estávamos mesmo, o jantar era levado muito a serio no acampamento.

- Bom, eu sempre estou atrasada. – Brinquei com minha espada – Então vamos. Chega de jogar conversa fora por hoje.

Olhei para os campos de morango, o sol já estava se recolhendo depois de um longo dia. Eu e Louise estávamos conversando. Finalmente achei um tempo com a concorrida filha de Poseidon.

Quando falo concorrida, é concorrida mesmo. Além de acabar de voltar de uma missão, estar namorando, comendo bolinhos com Afrodite e tendo aulas de grego antigo ela ainda arranjou tempo para falar comigo.

- Viu Tristan hoje? – Perguntei aflita, deixar um filho de Afrodite solto por ai por muito tempo pode ser perigoso às vezes.

- Não vi, o que será que ele está aprontando? Amanha é a captura a bandeira, precisamos dos planos geniais dele.

Chegamos ao refeitório, fui se sentar em minha mesa e Louise na dela. Joguei metade do meu prato ao fogo como oferenda e pedi baixinho:

- Oi pai, uma missão não iria mal, e um ar condicionado nas forjas do acampamento também, faz muito calor lá... De qualquer forma obrigada.

- Olha que besteira a minha. – pensei enquanto voltava ao meu lugar na mesa – Semideuses morrendo por ai e eu pedindo ar condicionado.

Me sentei na mesa do chalé 9, o chalé conhecido pelas pessoas grandes e fortes e muito boas em forjas as coisas e andarem sujas por ai. Eu sou bem diferente de alguns dos meus irmãos grandes e fortes. Eu sou pequena, magrinha e minhas mãos parecem perfeitas para passar horas na frente do espelho arrumando cabelos lindos e cacheados, não para passar horas montando armas perfeitamente calibradas. Tenho um irmão meu pequenino e fofinho e ele anda bem sumido. Por isso os filhos de Hermes fazem bullying comigo dizendo que os deuses tinham trocado o exame de dna no olimpo e eu no mínimo deveria estar em um chalé para pessoas do meu tamanho.

Todos na mesa conversavam paralelamente e eu pensava sobre o sonho que tive.

No sonho eu estava em uma sala grande e escura. Alguém batia nas paredes desesperadamente e gritava por socorro, eu não conseguia ver quem era, mas a voz era conhecida. Eu senti uma grande vontade de ir lá ajudar quem quer que fosse, mas meus pés pareciam de chumbo. O Lugar era fechado e parecia projetado para você sentir pânico.

- Até que enfim você chegou Jessiquinha. – A voz vinha da minha esquerda e parecia de muito longe.

Só havia uma pessoa que me chamava assim, e ela era uma traidora.

- Nossa já voltou de Marte? – Emmanuele me parecia muito distante quando falou isso, parecia que estava em um mundo paralelo. – Aloo Jessica?

- Oi, oi voltei – Falei rindo, Emmanuele tinha um forte sotaque francês e isso me divertia – Estava aqui pensando no meu sonho.

- Sonhos são sempre confusos para nós – Emma falou nós com sotaque forte – Esta aqui há tanto tempo, já deveria saber disso.

Eu estava no acampamento há um ano. Sempre soube que sonhos significavam mais do que simples sonhos para os semideuses, mas até o momento não tinha tido nenhum tão aterrorizante.

- É você tem razão. – Me levantei junto com meus companheiros de chalé - Agora vamos para a fogueira cantar umas musicas e aprender como um jovem herói grego conquista uma garota.

A fogueira era nossa lembrança de como o dia poderia acabar bem. Tudo poderia ser horrível, mas a fogueira nos transmitia uma paz. Mesmo aquela musica que você com certeza não cantaria na frente dos seus amigos na fogueira você canta. Entenda uma coisa, musicas sobre atos heroicos e de como você é forte e corajoso não pega bem na roda de amigos normais. A fogueira aumentava conforme nossa animação, e hoje ela estava caidinha.

Um clima tenso pairava no ar, como se fosse uma nevoa densa. Ninguém cantava com o entusiasmo de sempre, só os filhos de Apolo.

Apolo era o deus conhecido por suas poesias e seus filhos como cantores natos na hora da fogueira. Apolo e seus filhos eram quentes, muito quentes. Eu nunca tinha visto Apolo até então, mas Louise me contou que quase desmaiou de calor quando o viu, acho que isso significa alguma coisa.

Então as musicas acabaram, os doces também e fomos para nossos chalés dormir.

Ir para minha cama no final do dia era uma das coisas que eu mais gostava fora ir ao refeitório é claro. Minha cama era equipada com algumas coisas que outros campistas dariam alguns milhões de dracmas para ter. Não que nosso chalé fosse se gabar disso, mas era de se esperar uma cama equipada com algumas coisinhas a fim de deixar sua vida mais divertida. Não que os filhos de Hefesto tivessem algum tempo para usar a TV... Os dias no Acampamento eram sempre cheios.

Deitei em minha cama esperando um sono sem sonhos, mas nem sempre temos o que queremos.

Eu estava em uma sala cheia de maquinas enormes e vi eu mexendo em uma delas.

- Conseguiu Gabbie? – Minha irmã gêmea suja de alguma coisa que parecia terra gritou – Precisamos sair daqui e rápido.

- Calma Jess – Gabbie ou quem quer que fosse estava em algum lugar longe de minha visão – Calm... ACHEI.

- Isso agora traga aqui para...

Então toda a sala começou a tremer e parecia que tudo ia cair quando algo passou voando perto de mim e caiu na outra eu que estava mexendo na maquina. Puxa isso é confuso.

- Rápido. – Disse Gabbie ao meu lado jogando algo esférico para minha irmã gêmea do sonho. – Eu quero sair viva desse lugar.

Então acordei assustada e ofegante e fui para o refeitório. Mais tarde descobri que uma nova campista havia chegado e o nome dela era Gabriela

Como não tinha nada pra fazer fui atrás de Steven, que para minha felicidade estava mostrando o acampamento para a nova campista.

- E aqui temos as forjas do acampamento. – Steven falava com sono – Muito usadas para fazer armas, se você for filha de Hefesto poderá fazer a sua.

- Então ela é indeterminada? – Falei fazendo Steven ter um sobressalto -Adoraria uma irmãzinha, Margareth tem idade para ser minha mãe e sempre esta me falando o que fazer.

- Mas que susto menina. – Ele me olhou com uma cara de repreensão – Isso não é coisa que se diga de Margareth.

- Não é você que fica com ela o dia todo. – A campista nova riu – Prefiro passar o dia todo com os filhos de Hermes.

- Então você é filha de Hefesto? – A campista me olhou com curiosidade – Você fica ai o dia todo?

- Bom, quando me amarram ai o dia todo eu fico. – Falei rindo – Como é seu nome?

- Gabriela, - No momento estávamos passando pelas quadras onde filhos de Apolo jogavam alguma coisa e Gabriela deu uma olhada significativa para eles. - mas pode me chamar de Gabbie.

- Se quer um conselho eu digo, - Encostei minha mão no ombro dela dando um sorriso – filhos de Apolo não prestam.

- Ah, o que? Não, não é nada disso que você estava pensando eu só...

- Bom meninas, acho que a conversa esta ficando perigosa de mais e vou me retirar antes que comecem a fazer uma lista dos mais gatos do acampamento.

- Até porque você nem entraria nela né Stevan? – Dei um sorriso.

- Não enche Jessica, - Steven riu - você sabe que tem garotas caindo aos meus pés.

- Mi corazón está partidoo. – Cantarolei baixinho, por sorte Steven não ouviu porque se não a coisa ia ficar seria, provavelmente eu sairia gravemente ferida.

Steven falava espanhol fluentemente e ha pouco tempo foi deixado por uma filha de Afrodite, sinceramente o que deu nela? Steven ficou mal por muito tempo e agora que ele estava superando tudo aquilo, tocar nesse assunto era quase pedir para morrer de um jeito bem penoso e detestável.

Me virei seria para Gabriela.

- Ei sabe alguma coisa? Vem tendo sonhos estranhos? – Gabbie me olhou com cara de interrogação - Se tiver me conte eles, por favor.

- Então essa coisa toda de sonhos estranhos é verdade? – Gabbie perguntou interessada – Eles são reais?

- Algumas vezes, – Sorri a reconfortando – porem na maioria das vezes eles significam alguma coisa importante.

- Você teve alguns sonhos estranhos comigo? – A expressão dela ficou seria.

- Ah nada que você tenha que se preocupar. – Agora vamos que vou te mostrar a parte mais legal do acampamento, os chalés.

Passamos pelos chalés, ate chegar no chalé de Hefesto.

- Tcharan. - Eu disse empolgada – É aqui que as pessoas boas dormem.

- Pra que tanta chaminé? – Gabbie apontou para as chaminés no teto – Tem tantos campistas assim para o Papai Noel entregar os presentes?

- Na verdade nem eu sei. – Disse rindo do comentário - Papai Noel não nos visitava desde a ultima peça de os irmãos Stoll pregaram no nosso chalé...

- Irmãos Stoll? – Gabbie falou enquanto dava uma espiada dentro do chalé de Hefesto – Eles são bem conhecidos aqui, já ouvi falar deles pelo menos umas cinco vezes.

- Reze para nunca conhecer eles. – Ri, agora estávamos nos dirigindo para os novos chalés nas pontas do U grego. – Estou falando serio.

- Que chalé é esse? – Gabbie estava olhando curiosa para o chalé de Hades.

- Um belo dia falaram que o acampamento estava meio parado e decidiram criar mais chalés. – Olhei para ela ver se ela tinha visto que eu estava brincando, pelo jeito não. – Na verdade alguns chalés antigamente não tinha aqui no acampamento, como o de Deuses menores e de Hades. Esse ai é de Hades, o poderoso senhor do submundo.

Então nesse momento Cole saia do chalé.

- Oi meninas. – Cole estava com algo que se parecia um osso gigante em tamanho família. – Sabem como é, muitos cachorros infernais para alimentar.

Então nesse exato momento meu relógio deu 4 badaladas, dei um tapa nele e ele parou.

- Hora do almoço.

- Campistas normais tem relógios que se transformam em cuco, não em despertadores.

- Se quiser faço um pra você Cole. – Disse sorrindo e coloquei os braços em volta de Gabbie e Cole. – Os bons me sigam.

- O que seria do acampamento sem suas frases de impacto Jess? – Cole disse enquanto tentava se soltar – Ei, me solte. Ainda se fosse uma filha de Afrodite...

Então aos trancos e barrancos chegamos ao refeitório onde todos estavam em uma desordem danada correndo e falando em voz alta. Uma menina passou correndo do nosso lado.

- O que está acontecendo aqui Alice?– Cole perguntou.

- Algumas coisas estranhas, umas maquinas.

- Como Festus? – Fiz a pergunta mais para mim mesmo.

- Sim porem são fortes e elas escavam o chão e de alguma forma conseguem entrar no acampamento.

Foi nesse momento que vi algo parecido com uma galinha gigante tentando entrar no acampamento pela porta da frente.


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Notas finais do capítulo

Quem será o menino desertor? muahauha -n