Gefährliches Dreieck escrita por Harley Quinn


Capítulo 9
Por Antony:




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O primeiro dia no hospital foi um caos, pelo menos eu me senti assim. Eu não estava acostumado com aquela movimentação toda, não sabia que a ala direcionada as gravidas poderia ser tão cheia durante o período noturno, havia umas mulheres meio loucas, que gritaram comigo e apertaram minha mãe com força exagerada. Eu estava com medo de todas elas, as mulheres que estavam no período inicial da gravidez eram as mais amáveis, e me pediam para ser paciente com elas. Eu tentei, juro que tentei, mas minha vontade era mandar algumas delas irem tomar naquele lugarzinho onde o sol não bate.

Fui liberado às onze da noite, rumei até a estação e descobri que o trem saia às onze e vinte, aproveitei aqueles minutos pra comprar alguma coisa pra comer, a opção mais barata e rápida foi uma maquina de salgadinhos que havia ali perto.

O trem finalmente parou na plataforma e eu entrei correndo, sentando numa bela poltrona acolchoada, onde dormi durante o percurso, cheguei em New Haven me sentindo um caco, ainda andei até o dormitório, o relógio marcava uma e cinquenta da manhã, o campus estava deserto, se não fosse por alguns malucos que estavam por lá beijando na boca e fumando uns baseados.

Cheguei ao dormitório, e Quinn estava dormindo, vestia um pijama rosa, de alças finas e shorts curtos, e estava coberta apenas por um lençol. Eu tomei um banho rápido e me joguei em minha cama.

A sensação que eu tive pela manhã, foi como se eu tivesse acabado de fechar os olhos, quando na verdade eu havia dormido por sete horas e meia, eu tomei um banho para ficar desperto, Quinn já estava de pé, concentrada em um livro.

– Bom dia!

Murmurei desanimado.

– Hey, como foi no trabalho?

– Infernal!- eu murmurei- Mulheres são loucas, Quinn, mulheres gravidas ultrapassam qualquer tipo de entendimento.

Ela revirou os olhos, sorriu e depois corou fortemente.

– Céus, pior que você tem razão, quando eu fui dar à luz tive um surto, eu gritei pra caramba, de dor e de raiva, eu tentei agredir o enfermeiro e acho que quase quebrei a mão da minha amiga... Eu estava fora de mim.

– Não creio! Você?

Perguntei desconfiando.

– Uhun!

– Você?! Que é tão calminha e centrada? Duvido!

Eu sorri, enquanto procurava uma camisa de botões pra guardar na mochila e guardava minha escova de dente na minha bolsinha de higiene pessoal.

– Vamos, ainda temos tempo de tomar café.

Quinn disse, me puxando pelo braço. Seguimos caminho até a cantina, onde eu me servi de um sanduíche bem recheado de ovos, bacon e presunto, bebi café com leite e beberiquei o café preto de Quinn.

– Está mesmo com fome.

– Uhun, eu estou...- murmurei- E também estou armazenando energia. Já que só vou me manter com o café e com o almoço.

Murmurei, enquanto devorava meu pão.

– Vamos almoçar juntos?

– Claro, te encontro aqui na cantina, vou guardar um lugar pra você na fila.

Murmurei, enquanto levantava e beijava sua testa. Segui caminho até minha sala, cheguei minutos antes do professor que começou a perguntar se arrumamos um estagio no hospital e de como estávamos nos saindo. Muitos ainda nem haviam começado a procurar, Chris, Nicole, Rebecca e eu éramos os únicos que estavam residindo, e eu era o único que estava em New York, eu acho.

As aulas passaram rápido, ainda fiquei uns minutos falando com o professor Lancaster, sobre os testes e as provas. Cheguei à cantina e fui direto pra fila. O prato dia era carne assada, tinha macarrão e uma coisa esquisita, que parecia cinza demais, eu esperei pacientemente minha vez, até que senti a mãos de Quinn em meu ombro, nos servimos da comida, e devo dizer que ela comeu da coisa cinza.

Conversamos por algum tempo, e falávamos da comida de nossas escolas.

– Nossa, tinha um dia da semana que era Tots, e uma amiga minha era louca naquilo, ela chegou a me bater uma vez, porque eu havia comprado às ultimas porções.

Ela dizia, enquanto fazia gestos com as mãos. Acabei me distraindo, vendo o movimento de seus lábios róseos e seu sorriso charmoso. Acabei roubando um beijo de Quinn, ela não se fez de rogada ao retribuir. Trocamos seis beijos, eu sei porque contei. Isso, contei mesmo! Problema? Quinn estava aumentando o saldo de beijos que dei em minha vida.

Deixei-a em seu prédio e segui ao meu. No final da aula lá estava ela, me esperando com uma sacolinha e um sorriso.

– Hey, o que temos aqui?

– Seu lanche, uhm, vamos?

Ela segurou minha mão e fomos até o ponto de ônibus.

– O sanduíche de hoje é o que? Porque aquele de ontem estava uma delicia.

– Frango, tomate e um molho de espinafre- ela fez careta- o cara disse que era bom, então eu coloquei.

Peguei a sacolinha, já abrindo um sorriso. Quinn, ficou na ponta dos pés e me deu um beijo na bochecha.

– Bom trabalho, meu defensor.

Eu sai correndo pra não me atrasar. Peguei o ônibus que me levaria à estação, aproveitei pra estudar durante a viagem de trem.

Cheguei ao hospital, troquei de roupa e já estava pronto pra ser explorado, eu estava gostando de ter essa experiência real dentro de um hospital, mas eu era completamente mais explorado que os outros, simplesmente porque não estudava em Columbia, como os outros. Eu era um estranho, vindo de Yale, pra concorrer com esses estudantes cabeças ocas.

Desde que eu comecei a estudar medicina, eu estava pronto pra ser obstetra, eu sempre quis cuidar e gravidas e ver os bebês nascendo... Não sei porque, mas sempre foi minha maior obsessão, mas trabalhar no período da noite, vendo aquelas mulheres gritando em desespero me fez ficar com medo... E seu eu não fosse bom? E seu machucasse as gravidas? Se eu não tivesse paciência? E se elas tentassem me agredir?

Doutora Grant me chamou, e lá começou minha sessão escravidão, ela simplesmente me jogou pra ala de emergência, e disse que eu ficaria por lá pelas próximas semanas. Fiquei chateado, mas não poderia reclamar.


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Notas finais do capítulo

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