Lonely Bird escrita por Neko Panda


Capítulo 1
One-Shot


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna, estou passando aqui rapidinho para deixar essa emocionante One-Shot. Espero que gostem ... ^w^



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Asako, esse é o meu nome, ou pelo menos é o que eu me lembro. Eu perdi minhas memórias e uma das poucas coisas que eu me lembro é que eu nasci com uma maldição, asas. Para muitos isso não é uma maldição e sim uma coisa bela que eles adorariam ter, mas no meu caso não é bem assim. Você saberá por quê.

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Eu sobrevoava uma pequena cidade até que eu vejo um lindo lago que se localizava em uma floresta no interior da cidade.

Eu pousei em frente ao lago e me sentei em uma pedra repousando meus pés descalços sobre a água. Quando de repente ...

– O que uma garota faz sozinha em uma floresta ??

– Q-quem é você ?! – Era um lindo jovem com belos cabelos prateados.

– Meu nome é Minoru Jun. Posso me sentar ?! – Eu apenas concordei com um aceno de cabeça. – Qual o seu nome ??

– Asako. Apenas Asako.

– Eu nunca vi você pela cidade. Você é nova por aqui ??

– Não, estou apenas de passagem.

– Hmm. E os seus pais não ficam preocupados de você vir sozinha para a floresta ?!

– Eu não tenho pais. Na verdade não tenho nenhum tipo de família.

– Como assim ?? – Ele parecia espantado.

Eu apenas dei de ombros como se aquilo não fosse nada de mais, mas na verdade eu sentia falta de ter uma família.

– Como você vive ??

– Não é nada de mais. – Ele me olhou surpreso. – Principalmente quando não se tem memórias.

– Como assim não tem memórias ?!

– Eu não tenho ora. Não me lembro de nada a não ser meu nome e se ninguém veio atrás de mim até agora é por que eu não tenho família.

– Você não se sente solitária ??

– Não. – Claro que era mentira.

– Mentira. – Ele disse em um tom um pouco alterado o que fez com que eu me assustasse. – Não tem como você viver sozinha e sem memórias e não se sentir solitária.

– O-o que ... – Ele não me deixou completar.

– Esta decidido, a partir de hoje eu serei seu amigo.

– O-o que ??

– Agora você é minha amiga.

– D-do que você esta falando ?? Você não pode sair chamando de amigo uma pessoa que você nem conhece. Eu não posso ser sua amiga.

– Por que ?? – Ele fez uma expressão triste.

– P-por que ... – E agora ?! Eu não poderia falar a verdade. – Porque nós acabamos de nos conhecer.

– Só por isso ?! Então o que você achar da gente se encontrar aqui todos os dias no mesmo horário ?!

– Eu não sei.

– Por favor. – Ele segurou minhas mãos e em seu rosto continha um enorme sorriso o que me fez corar.

– O-okay.

– Que bom. – O seu sorriso se alargou o que fez meu coração acelerar. – Então amanhã a gente se vê ??

– Sim.

– Então, até mais. – Ele se virou e foi embora correndo.

Os dias se passaram e nós nos encontrávamos todos os dias, eu sabia que ser próxima de alguém era errado, não queria que uma antiga historia se repetisse, mas ter alguém ao meu lado era tão bom. Apenas um pouco não faria mal não é !?

Era o que eu pensava.

~2 meses depois.~

Quanto mais o tempo passava mais o meu coração se acelerava. Ele estava atrasado, ele nunca havia se atrasado. Fico pensando se teria acontecido alguma coisa?!

Ultimamente eu sempre me pego pensando nele. Quando eu deixei de considerá-lo apenas um amigo ?!

– Asako-chan desculpa o atraso.

Eu me virei animada para ele, mas logo minha alegra se transformou em dor. Ele estava apoiado a arvore aparentemente exausto, ele estava pálido e aparentava estar fraco.

Eu corri em sua direção e apoiei minhas mãos em seu peito.

– Jun o que você tem ?! Não esta se sentindo bem ?!

– Não é nada de mais. Apenas acordei com um mal estar. – Ele me deu um sorriso fraco.

Não podia ser, não ainda. Tudo de novo não. Foi mais rápido do que eu esperava. Parece que já esta na hora de eu ir embora.

Ele foi andando em direção as pedras que nós costumamos ficar com um pouco de dificuldade, mas tentando disfarçar.

– Nee Asako-chan. Hoje vai ter um festival e eu quero saber se você quer ir comigo.

– U-um festival ?! E-eu não sei.

– Por favor. Vai ser divertido.

Eu não conseguia dizer não para ele.

– Okay, mas se eu começar a me sentir incomodada a gente vem embora. Okay ?!

– Okay. Agora você vem comigo. – Ele pegou minha mão e me puxou para fora da floresta.

Nós entramos em uma loja e ele foi direto falar com a atendente.

– Eu vim buscar o pacote que comprei mais cedo.

– A sim, só um estante. – Ela saiu e alguns instantes depois voltou com um embrulho. – Aqui esta senhor.

– Obrigado.

– Volte sempre.

Ele veio na minha direção e me entregou o embrulho.

– O que é isso ?!

– Abra.

– Era um lindo kimono tradicional azul.

– É lindo. Obrigada.

– Eu quero que você o use hoje à noite.

– M-mas eu não sei como vestir.

– Minha mãe te ajuda. – Ele abriu um largo sorriso.

– O-okay.

~Algumas horas depois.~

– Você esta linda.

– O-obrigada.

– Vou avisá-lo que você esta pronta.

– Okay.

Alguns minutos haviam se passado e nada do Jun ou da mãe dele aparecer.

Eu decidi ir atrás dele, mas quando eu ia abrindo a porta escuto um barulho.

– Jun eu disse que você não esta bem. – Disse ela ajudando-o a se levantar.

– Eu estou bem, já disse.

– Não, você não esta. Eu acho melhor você ficar em casa.

– Não. Eu já combinei de ir com a Asako-chan ao festival.

– Vocês podem ir ano que vem.

– Não.

Ela soltou um suspiro preocupado.

– Okay-okay, eu não vou discutir. Mas se você começar a se sentir pior você volta para casa entendeu ?!

– Entendi.

Eu me sentei na cama segurando as lagrimas, eu sabia qual era a causa daquilo, eu era a causa. Eu estava fazendo mal a ele.

– Asako-chan va ... Mos ?? – Eu olhei para ele que parecia surpreso com alguma coisa.

– O que foi ??

– Você esta ... Linda. – Eu corei com o seu comentário.

– O-obrigada. – Eu desviei o olhar.

– Vamos ??

– S-sim.

Nós fomos a todos os tipos de barracas, desde as de tiro até as de maçã do amor, até que eu decidi ir embora, eu deveria acabar com aquilo o mais rápido possível.

– Acho que já esta na hora de eu ir.

– Eu te levo.

– N-não precisa.

– Eu insisto. – Ele segurou minha mão e foi em direção a floresta.

Nós caminhávamos em silencio até que de repente o Jun para soltando um gemido de dor e cai ajoelhado.

– Jun !! Jun você esta bem ?! – Eu me ajoelhei a sua frente e segurei seu rosto entre minhas mãos.

Ele estava pálido e suava frio. Quando nossos olhares se encontraram ele depositou delicadamente sua mão no meu rosto e lentamente aproximou seu rosto do meu até selar nossos lábios em um calmo e doce beijo do qual eu sequer consegui resistir.

Durante nosso beijo senti uma lagrima escorrer pelo meu rosto e lentamente fui separando nosso beijo.

– Asako-chan, esta tudo bem ?! – Disse ele secando minha lagrima.

– Eu vou embora amanhã. – Disse me levantando rapidamente.

– O-o que ?? – Disse ele surpreso.

– Amanhã eu vou embora e eu não quero que você me procure mais.

Eu me virei e sai correndo, as lagrimas escorriam descontroladas pelo meu rosto, quando de repente ...

– Por que ?! Por que isso tão de repente ?? – Ele segurava meu braço.

– Já esta na hora de eu ir embora, não se preocupe, não causarei mais problemas a você.

Eu me soltei do seu braço e tornei a correr voltando para o “nosso” lugar na floresta, o lugar que se tornou minha casa nesses últimos tempos. Queria aproveitá-lo uma ultima vez.

***

Eu havia passado a noite em claro, queria me lembrar de cada mínimo detalhe daquele lugar. Havia decidido ir embora pouco depois do amanhecer.

De repente quando eu estava prestes a ir embora ...

– Por que ?? Por que agora ??Estava tudo bem não é ?! O que aconteceu ??

– O que esta fazendo aqui ?? – Eu olhava surpresa para ele. – Eu não disse para você não me procurar mais ?!

– Você não pode ir embora assim. Você não pode me deixar.

– Eu preciso ir, vai ser melhor para você.

– Como assim melhor para mim ?! – Ele me olhou confuso.

– Você não precisa saber.

Eu me virei para ir embora, mas de repente ele me puxa e me beija. Eu não consegui resistir a ele, eu o amava mais que tudo.

Nós nos separamos por falta de ar, mas continuamos lá envolvidos nos braços um do outro em um longo abraço.

– Eu te amo Asako-chan.

– Eu também te amo jun, mas do que a minha própria vida.

– Então não me deixe, por favor.

– Me perdoe, mas eu não posso. – Eu me soltei do seu abraço.

– Por que ??

Eu me virei de costas e abri minhas asas o que o fez ficar surpreso.

– Porque eu não Suportaria que você morresse por minha causa.

Eu sai de lá voando deixando-o com um expressão surpresa. Vocês devem estar se perguntando o que esta acontecendo. Acontece que quando eu me torno intima de alguém ela passa a morrer aos pouco e a ultima coisa que eu quero é que ele morra.

Vocês também devem estar se perguntando como eu sei disso já que eu não tenho memórias, acontece que logo após eu perder minhas memórias eu acabei indo parar em uma cidade e todas as pessoas de quem eu me tornei intima morreram lentamente e dolorosamente com uma doença que nunca descobriram.

***

Depois daquele dia eu passei a observá-lo todos os dias. Vocês devem estar se perguntando se ele não me procurou, se ele sente saudades ou raiva, a resposta é não.

Como vocês já sabem se eu me tornar intima de alguém essa pessoa morre, mas tem mais uma coisa. Se alguém descobrir sobre mim eu morro e minha alma ficara presa para sempre no mundo e minha existência é apagada da memória de todos com quem convivi.

Então desde a minha morte eu o observo a dois anos e assim passarei o resto da minha eternidade.

–----

Após aquele dia um jovem garoto com belos cabelos prateados passou a visitar todos os dias no mesmo horário um lago que se encontrava em uma floresta no interior de uma pequena cidade sem saber o porquê apenas com uma bela garota loira em sua mente sem se lembrar de onde a conhecia.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam ?? Espero que tenham gostado ... 'u'
Comentem o que acharam ...
Até a próxima minna ... Kissus kissus ... :*