Contos De Uma Louca Mente escrita por leticiaraujo


Capítulo 1
O caso Joy


Notas iniciais do capítulo

Oiê! Bem, se você quer entender como essa série funciona, recomendo que leia os avisos e notas sobre a história.

Espero que vocês gostem da história! Bolei ela bem rapidinho, e ia postar ontem (15/10/13) e já estava com o texto quase pronto, com mais de 500 palavras. Eu, com a ideia besta, decidi abrir outra tab pra pesquisar uma parada aê, e quando eu voltei para o site, a página carregou de novo, e eu perdi tudo. Eu sou muito retardada mesmo ;-;



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O suor escorria pela minha testa. Esfregava minhas mãos nos meus shorts, tentando diminuir o suor. Minhas pernas tremiam tanto que eu parecia um celular no vibracall.

- Thomas? Eu lhe fiz uma pergunta.

Senhor Jones apoiou a mão na mesa, e se curvou, ficando cara a cara comigo. Não quis encará-lo, eu não aguentaria a pressão.

Ele continuou lá, olhando para mim, mas eu continuei encarando a parede que estava à minha direita. Ele se endireitou, e caminhou até a cadeira acolchoada do outro lado da mesa que estava à minha frente. Ele se sentou, relaxou na cadeira, colocou as duas mãos na nuca e colocou os pés na mesa, quase derrubando um pote de canetas. Eu queria uma cadeira acolchoada como aquela. Sinceramente, o banquinho de madeira no qual eu estava sentado não era muito confortável, levando em conta que havia um bom tempo que eu estava ali.

Notei que os sapatos do Sr. Jones estavam um pouco sujos de lama. Provavelmente danificariam a papelada que estava debaixo deles, mas Jones não parecia se importar muito.

- Thomas? - ele deu uma pausa e se endireitou na cadeira, entrelaçou os dedos e os colocou a mão na mesa - Bem, eu tenho o dia todo.

Sr. Jones continuava me encarando, mais profundamente a cada segundo. Parecia que ia fazer um raio-x. Um raio-x da minha alma, ou talvez mais profundo ainda. Quando meu olhar encontrou o dele, me senti um tanto intimidado, como se ele pudesse ler meus pensamentos. Claro, quem não se sentiria intimidado por um policial de trinta e poucos anos com 1,90 de altura, negro e forte, de expressão carrancuda e cara de durão? Seus músculos deveriam dar duas da minha coxa. Claro, eu também era bem magro. 

Mas de acordo com o passar do tempo, eu ia perdendo o medo e ficando mais destemido, até que resolvi bater de frente com o problema.

- Thomas, você é um ótimo rapaz, muito educado e gentil, e eu confesso que não sei por que me obrigam a fazer isso, então vamos acabar logo, faça esse favor a si mesmo.

- Eu também não entendo, Senhor Jones. Pode refrescar a minha memória?

Meu tom foi um tanto desafiador, e deveria me arrepender diante dos fatos que haviam ocorrido, mas me senti confiante. A tremedeira parou e o suor diminuiu.

- Você realmente prescisa?

Senhor Jones virou a cadeira de costas para mim, e por um instante, achei que ele não queria que eu o visse chorar. Talvez eu estivesse certo, e se esse fosse o caso, a imagem que ele estava a passar ali, de um durão, evaporaria.

- Bem, estamos aqui para interrogá-lo sobre o caso Joy.

- Continue.

Soei como interessado, apesar de já saber de tudo. Apoiei o cotovelo na mesa e a bochecha na mão. Talvez estivesse passando dos limites ali, mas eu não liguei na hora.

- Joyce Willson, assasinada.

- E os detalhes?

- Thomas...!

- Qual é o problema, Senhor Jones? O senhor me prendeu nessa sala até agora, essas algemas estão bem apertadas, se o senhor quer saber, e eu acho que mereço ao menos o direito de saber sobre o caso do qual o senhor me interroga.

- Mas eu já lhe contei, Thomas.

- Eu pedi para que refrescasse minha memória.

Ele suspirou. Respirou fundo. Por dentro, eu gargalhava maléficamente, mas me forcei a manter a expressão séria. Se eu havia passado dos limites antes, agora já havia chutado o balde.

- Levou 4 facadas no estômago e foi deixada em seu leito de morte.

Percebi que ele soluçou. Estava com vontade de chorar, seus olhos pareciam um pouco avermelhados.

- Ontem, foi encontrada morta, na rua 7 do seu bairro.

Ele virou a cadeira de novo. Eu não podia acreditar. Jones Willson, chorando. Talvez a perda da filha Joy tenha sido dolorosa. Bem, assim eu espero.

A porta se abriu, uma moça loira entrou. Ela se agaixou e sussurou alguma coisa em seu ouvido. Ela o levou da sala e logo depois, dois outros policiais entraram.

- Garoto, por agora você está liberado - disse o primeiro, libertando-me das algemas - Amanhã solicitamos que você compareça ao departamento novamente, no mesmo horário. Se não vier, iremos até vocé.

Fui escoltado até a porta principal do departamento de polícia, e fui deixado livre, a partir dali. Depois de dez passos, não consegui me conter, e dei um sorriso de orelha a orelha. "Iremos até você". Ora, foda-se! Vocês não vão me achar. E agora, depois que matei a desgraçada da Joyce e destrui a vida de seu pai, aquela vadia me pagou as contas. Não se brinca com o coração de ninguém, não como aquela puta fez comigo. Bem, agora estamos quites. Espero que tenha gostado, Joyce. Te vejo no inferno.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostou? Review! Toda vez que eu tiver criatividade pra postar uma história, fiquem sabendo que se não for uma série vem pra cá.
É isso ai por agora, Senhor Jones. Coitado do camarada, até eu mesma fiquei com pena.
Lembrem-se: Reviews = mais inspiração!



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