Peeta Mellark - Jogos Vorazes escrita por Nathy


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo

Boa leitura ;)



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“Primeiro ele parabeniza os seis tributos que sobraram na arena, e anuncia que houve uma alteração nas regras, e que se houverem dois tributos do mesmo distrito que estejam vivos, e conseguirem chegar ao final podem se tornar os vitoriosos, ele explica novamente, acho que alguns ficaram confusos, mas eu entendi muito bem, esse ano dois de nós podemos vencer, e agora o que Katniss fará com essa informação.”

Apesar de eu ter gostado e até estar cogitando essa idéia eu não tenho forças para me mexer, para sair daqui e ir procurar Katniss e mesmo que eu tivesse como o faria, o que eu diria? Ela achou que eu estava do lado dos carreiristas, não sei se ela percebeu que eu só queria salva-la no momento que a mandei correr, ela podia estar tendo alucinações também e pode não se lembrar.

Bom, pelas minhas contas, já que foi dito que estamos em apenas seis tributos, só existem dois casais dos distritos, eu e Katniss do 12 e Cato e Clove do 2, fora isso tem a menina do 5 e Tresh do 11. Mas será que eu e Katniss temos chance? Será que ela vem me procurar? É com essas perguntas em minha mente que sou embalado pelo sono.

Eu estou caminhando no meio da floresta, eu não tenho rumo algum, não sei o que procurar, e não sei o que vou achar, ouço barulhos vindo de trás de mim, mas eu não ouso me virar para olhar, os passos atrás de mim começam a ficar mais alto e eu me coloco a correr, não sei o que está vindo, e prefiro não me arriscar.

Meu nome é gritado e isso me faz parar, então eu sinto que o dono dos passos me alcançaram, uma mão é colocada no meu ombro, na hora que vou me virar para saber quem é o dono dessa mão...

Eu acordo com os raios do sol no meu rosto e uma voz ao longe me chamando, parece ser a voz da Katniss, será que ela veio atrás de mim, ou será que vai me matar, abro um pouco meus olhos e tento me acostumar com a claridade, aos poucos meus olhos se adaptam a claridade, um tempo se passa e ouço passos pertos, fecho meus olhos, mas ouço a Katniss me chamando, já que faz um tempo que não a vejo e que não conversamos, vou aproveitar e brincar um pouco com ela.

Quando noto pelo barulho fraco dos seus passos que ela já está bem próxima, eu pego e digo para ela:

– Veio aqui para acabar comigo docinho? – Sei que ela não se dá bem com o Haymitch e que isso irrita ela, será que ela vai brigar comigo, quero sorrir imaginando a reação dela, mas os músculos do meu rosto estão meio doloridos de ficarem de um jeito só por tanto tempo.

– Peeta? Onde você está? – Pelo tom do seu sussurro ela está preocupada e surpresa e ao que parece está me procurando, mas parece que ela não me vê, ela me chama novamente e começa a vir perto da onde eu estou, é melhor falar algo ou ela pisa em mim.

– Não pise em mim, por favor – ao que termino de dizer isso ela para e acho que começa a me procurar e decido que é hora de abrir meus olhos, assim o faço, ela solta um suspiro, e parece bem espantada e eu não resisto e acabo sorrindo e rindo. Ela fica me analisando, vendo tudo o que eu consegui fazer com o meu corpo, ela me olha e diz:

– Feche seus olhos novamente - e assim eu faço, fecho os olhos e a boca, escondendo os meus dentes que acabei mostrando na hora em que dei risada, ouço o barulho dela ao meu lado, acredito que ela se agachou perto de mim, uns poucos minutos se passam e ela fala – Ao que parece às horas perdidas decorando bolos lhe valeram à pena. – Eu não aguento e acabo sorrindo com o “elogio” dela.

– Pois é, cobertura para bolos acaba se tornando a defesa final dos moribundos. – Eu acabo dizendo, pois sei que meu estado é grave. Ao que parece ela se espanta com o final da minha resposta, ela diz:

– Você não vai acabar morrendo – ela me diz em tom firme, como se tivesse certeza disso, eu sei que ela está falando por falar, mas eu respondo:

– Quem disse que eu não vou morrer? – Pergunto, e só agora percebo o quanto minha voz está ruim, passei muito tempo sem beber e comer.

– Eu estou afirmando isso, agora somos uma equipe, e você sabe disso. – Eu não aguento e abro o olho, será que ela está falando sério, ela vai mesmo me querer ao lado dela.

– Eu ouvi isso, foi muita bondade da sua parte achar o que restou de mim. – Ela me olha com uma expressão de que têm muitas perguntas, ela pega a garrafa dela de água e me dá um gole, para que todo esse cuidado?

– O Cato te esfaqueou? – Ela me pergunta e eu me surpreendo, como ela sabe? E porque toda essa preocupação.

– Sim, no alto da perna esquerda – eu digo, o que será que ela vai querer fazer.

– Então vamos lá para o riacho, assim você pode se lavar e eu vejo o tipo de ferimento que você tem. – Eu vejo nos olhos dela que está sendo sincera, mas já que ela está dando tanta atenção e cuidado assim, acho que vou me aproveitar um pouquinho da situação, só de ver ela meu animo voltou um pouco é incrível o efeito que ela causa em mim.

– Tá bom, mas antes abaixa aqui um pouquinho? Eu preciso te falar uma coisa – ela me olha meio desconfiada, mas ela aceita, então ela aproxima o ouvido bem perto da minha boca e então eu sussurro – Não se esqueça, somos um casal loucamente apaixonados um pelo outro, e então já que todos sabem disso, não tem problema nenhum você me beijar a hora que quiser.

Ela se afasta, meio que espantada eu acho, mas acaba rindo, bom pelo menos eu a fiz rir, e deixei um aviso, quem sabe o que pode acontecer, então ela me diz:

– Obrigada, não irei me esquecer desse fato – e então ela começa a me ajudar, e posso dizer que mesmo um curto espaço esta me matando de dor, fiquei muito tempo parado e pequenos movimentos estão me fazendo quase gritar, alguns barulhos até saem, mas é difícil segurar o grito alto que tem me vindo à boca.

As plantas e a lama que estavam ao meu redor, meio que cresceram por cima de mim, e então estou preso, mas como a dor é grande nem sei como Katniss me tira dali, sei que por segurar os gritos, as lágrimas saíram fácil, acho que Katniss não sabe mais o que fazer, e por isso me diz:

– Vou te rolar até o riacho pode ser? – Ela pergunta e eu apenas concordo, e então ela se posiciona para me empurrar, mas acho que os sons que estou emitindo a deixam sem saber o que fazer, ela me rola só uma vez, e eu fico na beira.

– Vamos mudar o plano, não vou te rolar mais, você ficará aqui e eu irei te limpando.

– Não vai mais me rolar então?

– Não, eu irei fazer uma limpeza em você aqui mesmo, fica de olho na floresta para mim enquanto eu faço isso. – Eu assinto com a cabeça e começo a observar a floresta e ela, ela parece não saber o que fazer, ou por onde começar, ela tira duas garrafas de água e um odre, ela joga ele em mim e começa a tirar a lama da minha roupa, assim que ela visualiza minha roupa ela abre minha jaqueta e a tira com cuidado, e abre a minha camisa, mas por causa dos machucados ela acaba cortando um pouco e tirando, analisando os machucados.

Não sei o que ela está pensando, mas decido ficar quietinho, pois ela é a única ajuda que me restou, ela dá um jeito de me escorar em um penedo, e assim começa a lavar meu cabelo e tirar a lama da minha pele, posso não demonstrar, mas to em sentindo bem, estar aos cuidados dela está me fazendo bem.

Ela começa a mexer onde levei as picadas das teleguiadas e eu seguro qualquer som que possa emitir, pois está doendo, mas não impedi do meu corpo estremecer. Ela aplica umas folhas nas picadas e um alívio imenso desce sobre o meu corpo, e eu acabo soltando um suspiro, ela vai lavar minha camisa e a jaqueta e depois volta e aplica um creme na minha queimadura, mas acho que ela sentiu algo mais, pois começou a mexer no kit de primeiros socorros, me entregou uns comprimidos mandando que tomasse, depois toma-los ela pergunta se estou com fome.

– Pior que não estou não, faz uns dias que não sinto fome. – Ela me estende um pouco do ganso que ela tem, mas o cheiro me embrulha o estomago e eu faço careta.

– Você tem que comer algo – ela tenta insistir

– Se eu comer vou vomitar tudo – ela insisti e me faz comer alguns pedaços de maça – Eu estou melhor Katniss, posso dormir?

– Daqui a pouco, antes eu preciso ver o estado da sua perna. – Ela tira minhas botas, as meias, e puxa a calça, mas acho que ela não estava preparada para ver o buraco na minha perna, confesso que nem eu estava, mas como eu acabei vendo antes, consegui olhar um pouco, sangue e pus estão saindo do machucado, está um nojo mesmo.

– Está bem feio não é? – Pergunto, tentando ver a reação dela.

– Um pouco – ela responde e dá de ombros – Você tinha que ver os que são levados para a minha mãe lá da mina, antes de tudo tenho que limpar bem o ferimento.

Quanto mais ela limpa, pior fica a imagem, não a culpo se estiver com nojo, até eu estou.

– Porque a gente não deixa o machucado respirar um pouco e depois...

– Depois você conserta o que falta? – Pergunto encorajando ela.

– Exatamente, mas enquanto isso, você come um pouco disso – Ela me estende uns pedaços de pêra seca e vai lavar o que resta da minha roupa, após terminar ela vem e trata a ferroada das teleguiadas e um bom tanto de pus sai, e eu consigo ver que ela está se segurando para não vomitar ou sair correndo, decido tentar fazer ela rir, eu a chamo, quando ela me olha eu digo:

– O que você acha daquele beijo agora?


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Notas finais do capítulo

Galera comentem, me ajuda a escrever, me incentiva, E também gostaria de saber uma coisa, algum de vocês já leu alguma fic onde só um deles vai para a arena? Se sim me passem o link, se não me digam :)

Beijos até o próximo, que eu tentarei fazer rápido :x



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