ANTERIORMENTE

Ela sentou na cama, colocou os cabelos atrás das orelhas ( exatamente como Beckett fazia pensou ele),respirou fundo e disse. – Papai, porque você odeia a mamãe? -Castle quase engasgou com a pergunta, ficou piscando varias vezes sem saber o que responder.

Castle coçou a cabeça e disse.- Eu...eu.. na verdade... quer dizer.... mas eu... - Ele suspirou e disse. – Alice, é complicado....

-Não, não é não! – Disse a menina cruzando os braços e encarando Castle. – Por que você não gosta dela....

-Quem falou isso para você? – Perguntou ele tentando fugir da pergunta.

-A Melany, ela disse que quando os papais e mamãe moram em casas diferentes é porque eles se odeiam.... – Melany era amiguinha de escola da Alice.

-Isso não é verdade..... – Respondeu Castle.

-Então porque você e a mamãe moram em casas separadas e ela namora o Owen..... – Perguntou amenina confusão.

Castle coçou a cabeça com o interrogatório da filha e disse. – É que as vezes nem tudo é como deveria ser....

-Por que você e a mamãe não namoram? Vocês já namoraram? – Ela insistia.

-Eu realmente não sei Ali! – Castle a chamava de “Ali” carinhosamente, ele havia colocado esse apelido nela e ele era o único que a chamava assim.

Então ela se entristeceu e disse. – Ela fez alguma coisa de ruim?

-Vem ca! – Ele disse aconchegando Alice em seus braços e falou. –Tem coisas de adultos que não valem a pena você saber agora.... basta você saber que eu não odeio sua mãe e que nós te amamos!

-Não odeia mesmo? –Ela ainda estava desconfiada.

-Não querida, sem ela eu não teria você..... –Ele fazia cafuné na cabeça da filha. –Eu só queria ter te conhecido antes e no começo eu fiquei um pouco magoado com ela por isso, mas eu realmente não a odeio!

-Então você ama ela? – Perguntou Alice agora muito sonolenta mas cheia de esperanças em sua voz.

Ele beijou a cabeça dela e disse. – Já esta tarde e a mocinha já deveria estar dormindo! – Disse se levantando da cama dela- Hora de dormir!

-Eu te amo papai! – Disse ela enquanto se ajeitava na cama e era coberta por Castle.

-Eu também querida... tenha bons sonhos! – Assim ele apagou a luz e saiu do quarto.

Ele foi para o seu quarto pensativo, revirava-se na cama pensando na conversa que tivera com sua filha, quando seu telefone tocou. –Castle! – Disse ele ao atender o aparelho.

“Sou eu Beckett... acordei você?”- Perguntou Kate receosa.

-Não, na verdade eu estou sem sono... – Confessou ele. – Mas aconteceu alguma coisa?

“Não... é só que... “ –Ela suspirou. ”É que amanhã é a festa que a policia faz para as crianças... e bem... huuumm... queria saber se eu poderia levar a Alice...”

-Você sabe que é o meu final de semana... e eu já tenho planos.

Fez-se um silencio, então ela disse. – “Tudo bem... na verdade eu não deveria ter ligado... boa noite!” – Mas antes que ele pudesse dizer alguma coisa ela desligou.

Ele ainda disse. – Kate! Kate!... – Mas já era tarde. Ele suspirou profundo, e foi tomar uma ducha para por as ideias em ordem.

De qualquer forma, Beckett teve que ir na festa, mesmo sem Alice, ela estava muito triste pela ausência da filha, até que ouviu. – MAMÃE!- Então ela se virou para encontrar a menina vindo em direção a ela.

Ao ver a filha, ela disse – Alice! – Estendendo os braços para a criança. – Você veio...- Após abraçar e beija-la, ela disse. – Espera, você veio com quem?

-Com o papai! – Disse Alice pontando para trás, onde Casttle vinha todo atrapalhado, segurando a mão de Jackson, uma bolsa de bebe e a mochila de coelhinho da Alice. Beckett teve que rir da cena adorável, quando ele se aproximou ele disse. – Eh... bem eu já tinha prometido ficar com o Jackson hoje... mas se tiver problemas, eu deixo Alice aqui e volto para busca-la mais tarde!

-Claro que não... Alice por que você e o Jackson não vão se juntar as outras crianças! – Disse Beckett a filha.

-Tudo bem mamãe.. – Respondeu Alice indo em direção ao Jackson e o puxando pela mão. – Vem Jackson, eu vou te apresentar ao Theo, ele é o filho da tia Gates.....

Quando as crianças se afastaram, Kate olhou para Castle e disse. – Obrigada....Mas você disse... – Ela estava confusa.

-Eu disse que o final de semana era meu... então tecnicamente, ela esta comigo.... – Disse Castle fingindo não se importar.

-Então, fica a vontade..... – Disse Kate a ele. Castle assentiu e foi conversar com as pessoas da festa.

A festa estava muito animada, era uma festa totalmente desenvolvida para crianças, então estava tudo muito colírio e animado, havia animadores e alguns brinquedos no salão. Kate estava distraída olhando atentamente Alice e Jackson, quando seu olhar a visitou algo que ela não gostou muito. Inicialmente, ela tentou não se importar, porém não conseguia desviar seu olhar.

-Alice e Jackson estão se divertindo muito.... - Disse uma voz masculina.

-É estão sim! – respondeu ela sem desviar seus olhos de onde Castle conversava animadamente com uma detetive.

-Ao que parece Castle também... – Disse Espósito de forma provocativa.

-Fico feliz por ele! – Disse ela sarcasticamente.

-Você não precisa mentir para mim..... – Disse Espósito pondo a mão no ombro dela.

-Não sei do que você fala!

-Não mesmo... a qual é Kate, todos vemos como você ainda olha para ele!

-Continuo sem entender, eu olho para ele como eu olho para qualquer um.... – Retrucou ela.

Mas antes que Espósito continuasse com a conversa, eles ouviram uma criança chorar e quando viram era Jackson, Castle estava um pouco afastado e provavelmente não viu, então Beckett rapidamente correu para acudir a criança.

- O que foi? – Perguntou ela amorosamente para o menino de dois anos. Ele não disse nada, apenas apontou o dedo que estava um pouco vermelho para ela. – Você machucou o dedinho foi? – Jackson acenou a cabeça que sim e voltou a chorar.

Ela delicadamente pegou a criança no colo, e disse. –Não precisa chorar, já vai passar! – Mas ele ainda chorava, agora bem menos. Então ela pegou o dedo do menino e deu um beijinho. – Melhor agora? – Ele acenou a cabeça que sim e aterrou a cabeça no pescoço dela. Como que por instinto, ela começou a se balançar com a criança no colo.

Castle estava muito entretido conversando com a detetive, quando ele “lembrou” das crianças, então fez uma varredura com o olhar e encontrou Alice brincando com algumas crianças mais velhas, porém não conseguiu avistar Jackson.

Ele já estava entrando em pânico quando, ele a viu, por um momento nada mais fazia sentido, ela segurando Jackson de forma protetora e amorosa, fez o coração dele se derreter, automaticamente ele imaginou como ela deveria ser com Alice, e se deu conta de que tinha muita perguntas sem respostas.

Porém não era o momento, então ele andou preocupado na direção dela, mas antes que ele falasse, ela fez sinal de silencio para ele e disse. – Ele acabou de dormir.... – Então ele estendeu os braços para receber a criança.

-O que aconteceu? – Perguntou Castle serenamente.

-Ele machucou o dedo, mas na verdade eu acho que ele estava com sono! – Disse ela.

Então eles ouviram. – Awwaaan.. Esse é o seu neto, ele é lindo! – Disse uma voz feminina se aproximando deles.

-Shhh.. não espalha.... –Disse Castle rindo e se voltando para a mulher que falava.

-Eu vou ver Alice! – Falou Kate secamente, porém não fez diferença pois ela praticamente foi ignorada por eles.

A festa foi muito divertida, Alice se divertiu muito, e o tempo que Jackson esteve acordado também, no final Alice ainda ficaria com Catsle, então Kate o ajudou a colocar as crianças no carro, e ele foi para casa.

Kate estava se preparando para ir dormir, quando bateram na porta. – Sim? –Disse ela vendo uma senhora que devia ter por volta dos seus 60 anos parada em sua porta.

-Desculpe incomodar, será que a senhora poderia me ajudar a abrir a porta? Minha filha viajou e eu nunca consigo usar essa chave! – Disse a idosa vizinha de Kate.

-Claro, mas pode me chamar de Kate! – Ela prontamente ajudou a senhora e voltou para o seu apartamento.

Minutos depois voltaram a bater na porta. – Kate você poderia me ajudar a encontrar o Julis? – Era Clarice, a mesma senhora de antes.

-Quanto tempo ele sumiu? – Perguntou Baeckett

-Não sei, eu entrei em casa e não acho ele! – disse a senhora aflita.

-Tudo bem, eu vou passar um alerta... quantos anos ele tem? – Perguntou Kate, agora além de detetive, falava sue coração de mãe, só de imaginar uma pobre criança perdida, seu coração tremia.

-Eu não sei, eu encontrei ele na rua... – Disse a senhora quase chorando.

Foi então que Kate se deu conta e perguntou. – Quem é Julis?

-O Meu gatinho... pobre Julis, tão indefeso.. e se ele caiu no elevador ou foi atropelado? – A senhora começou a chorar.

Kate revirou os olhos e disse. – Ele deve estar bem, no máximo em cima de uma arvore....

-MAS ELE TEM MEDO DE ALTURAAAAA... – Quase gritou a senhora.

Beckett respeitou fundo e disse. – Tudo bem, vamos procurar o Julis....

E assim elas ficaram quase uma hora a procura do maldito gato, que estava deitado confortavelmente embaixo do sofá de Clarice.

Após se despedir de Calrice, Kate voltou para sua casa e finalmente deitou em sua cama, porém cinco minuto depois a campainha tornou a tocar, ela pensou muito em ignorar, mas e se fosse algo serio, ela nunca iria se perdoar, então a contra gosto, ela foi atender a porta.

-CASTLE ! –Disse ela supressa ao vê-lo parado lá.

-Posso entrar? – Perguntou ele tímido. Então ela saiu da porta e o deixou entrar. Ele entrou olhando ao redor e perguntou. – Owen esta?

Beckett cruzou os braços e disse. – Isso não é da sua conta! Além do mais, você não deveria estar com a Alice?

-Minha mãe esta com ela... eu preciso falar com você! – Disse ele.

-Você já esta falando! – Ela estava um pouco afetada pelo comportamento de Castle na festa, na verdade, poderia se dizer até que ela estava com um pouco de ciúmes.

-Mas antes me responda, Owen esta aqui? – Disse Castle dando mais uma checada ao redor.

-Não Castle, ele esta viajando! – Disse ela.

Ele coçou a cabeça e passou a mão pelo rosto. -Ótimo.... Por que você terminou comigo? Por que você não me procurou quando descobriu que estava grávida? Por que você colocou Alice para adoção? – ele disse tudo de uma só vez.

Beckett arregalou os olhos, perdeu a cor, de todas as coisa que ela imaginava, essa era a ultima delas.