Ao Vivo em 3, 2, 1..

– Ohayo minna!! Eu sou Levy Mcgarden e este é o Xiu Xiu Channel.

– Não tem nem criatividade para inventar nomes..

– ~ignora~ Um programa único onde vamos contar histórias de outras pessoas.

– Estou com fome, você trouxe paçoca?

– ~ignora²~ Este é o Gajeel Redfox, ou Redbull-san, meu assistente.. Cof.. Inútil.. Cof.. De programa.

– Ohayo minna! Vocês por acaso tem paçoca ai? Mandem por fax, irei adorar.

– ~ignora³~ Estou lendo um livro muito legal, irei recomendar a vocês. Se chama “A Vida e as Bobagens de Garotas Nerds na Merda”, super divertido.

– Até porque as personagens têm muitas coisas em comum com você.

– Realmente, mas ainda assim é um bom livro. As histórias dessas garotas são mais legais que a minha historia de vida.

– Concordo.

– Enfim, vou ler uma historinha para vocês.

Baixinhas nunca são chamadas de bonitas, e sim de fofas

– Quem disse isso foi uma baixinha, né?

– Espere um pouco, assistente inútil, vou ler. E não me interrompa de novo!

– Okay.

Nem todas as baixinhas são azaradas, isso é fato. Eu sou baixinha e não sou azarada! Se bem que tenho 13 anos, não 15..

– O nível de azar das baixinhas aumenta quando elas vão ficando mais velhas. Espere ter quinze anos, vou querer saber o que te aconteceu.

– Posso continuar?

– Aye!

– Rum..

... tenho 13 anos, não 15 como você, mas tenho dois grandes “amigos” e os odeio (claro que não os odeio de verdade, apenas, odeio). Por isso, não reclame se você tem apenas dois amigos, aposto que eles são os melhores que alguém poderia ter.

Acho que posso me diferenciar da Levy em muitas coisas porque eu já furei aula e não gaguejo quando vou falar com os outros, mas nem sempre foi assim, eu já dependi muito do meu "capuz da invisibilidade" - aliás eu já criei um "fanfictionamente" falando - e fiquei mais conhecida por ser muito quieta. Nessa época eu tinha uma "Lucy" como amiga, e não gostava muito de Rock, eu preferia Avril Lavigne e ouutros menos pesados, ou seja, os mais leves (até eu descobrir a magia de um cara gritando no seu ouvido). Mudei de escola e passei a ser uma nova pessoa, ainda baixinha, aliás, eu sou a MAIS baixinha da sala e a Levy está certa porque ninguém lá diz que eu sou bonita, diz que eu sou fofa... Kawaii, querem apertar minhas bochechas, me levar pra casa... Um verdadeiro saco. E claro, 70% das baixinhas são irritadas e podem ser bem fortes quando querem dar uma surra em alguém - não é, Levy-san? - pois é... Eu tenho um Gajeel que fica me chamando de que? De "Baixinha". Coincidência não? Pois é, antigamente eu daria uma surra no cara, mas isso já é passado. E tem as pessoas que adoram me pegar no colo. Ser baixinha não é fácil. Ás vezes eu ainda sou meio tímida (em malditos 15%) e acabo falando merdas que não deveria ter falado. E como assim, tipo, a Levy já disse que é muito nova pra namorar, ela o que? Quinze? EU sou muita nova pra namorar (pelo menos eu me sinto), mas talvez ela se sinta também. Hoje eu tenho um Gajeel, como eu disse mais acima, é bom amigo, porém isso pode acabar logo (eu tenho que parar de fazer amizade com o sexo oposto, sempre acaba em merda pra mim, mas assim a gente descobre quem é bom). Eu não posso lhe contar a história da minha vida, porque ainda estou vivendo ela, mas esse é um resumo do que estou vivendo atualmente. Espero que quem ler, goste e se identifique.

– Sim, tya Lay, quando queremos dar uma surra em alguém nosso nível de força aumenta.

– Você chama aquilo de surra?! ~começa a rir~.. E comece a agradecer por eu ser seu amigo.

– Não estou com vontade, deixe para outro dia.

– Você ainda vai me agradecer.. E veja só, ela também tem um Gajeel. Eu estou fazendo sucesso!!

– Perai, eu faço mais sucesso que você!

– Admita, fazemos sucesso juntos..

– É verdade, somos tão fodásticos que até temos um programa de TV. ~começa a rir também~

– Hehe ~volta a pose séria~.. Mas me diga, quem é autora dessa história?

– Ela se chama Lay Silva, é uma das autoras do livro que estou lendo.

– Ela me impressionou, gostei dela.

– Hey tya Lay, tome cuidado com ele. Ele é super pervertido, principalmente com baixinhas..

– Se você está dizendo é porque já tivemos boas experiências juntos..

– Você sabe que não.

– Aham..

– ~ignora de novo~ Enfim, recebemos um tweet agora mesmo da NathaliaKamargo.

– Posso ler, baixinha?

– Claro, vou tomar um toddynho aqui.

– Então tá, prestem atenção no que vou ler.

Eu moro em uma cidade muito pequena com cerca de dois mil habitantes, em Goiás. Não é por falta de escola, mas eu estudo na cidade ao lado. Resumindo: eu vou de ônibus todo dia (meia hora de ônibus). Eu sou uma otome (feminino de Otaku), rockeira e gamer. A coisa mais marcante que aconteceu foi há um pouco mais de duas semanas. Eu estou no nono e como tradição, vamos fazer uma viagem de formatura. Fomos para Olympia (acho que é assim), o segundo único lugar em que se tem água quente natural no Brasil (a primeira é Hot Park ou Rio Quente. Muito conhecido). No park enquanto eu estou esbaldando nos tombo-águas (acho que é assim que escreve) eu descubro um garoto da minha escola que estuda numa sala ao lado da minha e que eu não conhecia (sou um pouco na minha, por isso acho que nunca o conheci). Bem, ele puxou assunto e a conversa fluiu, tínhamos tudo em comum. Ele também gostava de animes, rock e videogame e séries. Logo no almoço, alguns intrometidos da escola que foram ao passeio (os quatro nonos anos e alguns professores) já começaram a falar, zuar e etc. Eu fiquei um pouco tímida (para minha surpresa, nunca fui de ser tímida). Depois do almoço (ele pagou meu lanche, contra minha vontade, é claro), nos afastamos um pouco, eu de um lado, ele do outro. Mas as zuações nos seguiam para onde formos. Não muito tempo depois ele com a ajuda de dois colegas meus pediu para ficar comigo. Adivinha o que eu falei???

– Falou que não podiam ficar juntos porque você tinha uma irmã vaca e que tinha medo de que ela roubasse seu novo namorado??

– Cala a boca, baixinha! Aposto que ela disse: “Não tenho idade para essas coisas”.

Se você pensou "Não tenho idade, não tenho cabeça pra isso". Esta certa a resposta.

– Tá vendo, acertei!

– Bup bup.. ~mostra a língua~

Bem, depois disso foi tudo meio normal. Na segunda feira depois da viagem, como esperado, sou o centro das atenções. Saco!

– Essa é a única coisa que te diferencia da Levy. Ela não consegue ser o centro das atenções por que é baixinha.

– E quem liga??

A gente conversou, mesmo com todo mundo olhando pela janela esperando, sei lá, que nós tipo nos beijássemos no meio da sala durante o recreio (acho que ele queria isso). Na terça eu desci pela rua que ele desce da escola (as zuações continuam!!), ele pede para ficar comigo (de novo), eu digo não (de novo ) e explico por que não (de novo). Os dias passam (e as zuações continuam, parecem não ter fim!!), ele é fofo e adora falar elogios, é um pouco sério e ciumento. Mas, eu não o vejo como nada a mais que um amigo. É como se ele nascesse para ser meu irmão, não meu namorado ou sei lá. Os dias passam e eu já expliquei pra ele que eu não sei o que sinto, o que é mentira, eu sei exatamente o que sinto, só estou adiando o dia em que vou ter que machucá-lo. Quero ver se ele desencana de mim, para podermos ser amigos, naturalmente.

– Pega um guardanapo para mim, Levy.

– To ocupada tentando secar minhas próprias lágrimas..

– Sinceramente, acho que vocês, garotas, deveriam dar mais oportunidades para nós. É raro nos apaixonarmos por alguém, aproveitem!!

– E vocês garotos tem que entender que nós, mesmo que estejamos solteiras não estamos sempre disponíveis. Temos dificuldades em amar outras coisas que não sejam nosso pc e nosso vídeo game.

– Vamos conversar sobre isso então!

– Espere um momento, o pessoal de casa não precisa ficar sabendo.. Yey minna, vamos a um rápido comercial, já já a gente volta!!

...

– E você, conhece algum garoto que já sofreu de amor?? Eu só conheço garotas! Veja só a Juvia e a Lucy, tanta luta para conseguir o olhar do garoto que amam!!

– Eu sei, mas vocês nunca sabem! Garotos também são inseguros, eles não vão aparecer para você e dizer que estão afim, eles querem que você perceba!

– Somos avoadas, não vamos perceber!!

– Então esse garoto e essa garota nunca vão ficar juntos!!

– Ótimo!!

– Ótimo!!

~silêncio~

...

– ~Levy respira fundo e continua~ Yo minna, voltamos!!

– E estamos chupando bala de abacaxi, só para constar.

– ~concorda com a cabeça~ Olhem só a história dessa mocinha! Ela conta que tem um vício chamado Tablet e conta algumas de suas aventuras.

– Quem vai ler?

– Eu leio.

– Okay.

Eu literalmente sou a otome moe mais desastradamente idiota que já conheci! Minha vida se resume a uma coisa: Tablet.

Minha mãe, sempre trabalha em meio período, de 14 horas ás 19:00 ou 19:30. E meu pai trabalha dia sim e dia não. Quando eu estou sozinha, é Tablet desde que chego em casa, até as 18:00 ou 19:00. No tempinho que sobra, eu corro para fazer tudo! Isso quando meu pai não tá em casa. Quando ele tá, eu faço poucas coisas, esqueço de outras e lá vem Tablet novamente! Ah, não posso esquecer das broncas que minha mãe me dá quando não levo o Goda, meu pinscher endiabrado, na rua! Fala sério, se o dono fica em casa, o cachorro deve ficar também, né? Quimera!!

– Viu Redbull-san, cachorros não são tão legais assim..

– Por isso, eu prefiro gatos. Eles não precisam sair para passear.

– Você é um cachorro, mas não sai para passear.

– Não saio por que minha dona não gosta de sair nem de me levar para sair.

– Tá jogando uma indireta para mim??

– Imagina..

– ~soca o abdômen do companheiro de bancada~ Cala a boca e me deixa ler.

Pior, é que eu mal faço meus deveres de casa, e estudar que é bom, deixa para o dia seguinte. Sendo que uns dias desses as provas começaram e eu até fiz uma prova de redação que não entendi nada, mas fiz meu melhor! E minhas amigas, também não entenderam nada, mas se deram bem. E por que meu nome é o último da chamada? Sacanagem! Só por que mudei de turno no meio do semestre! E olha que eu só tipo, a NERD da sala! Quimera de vida né?!

– Minha parente??

– ~começa a gargalhar~ Cuidado, não seja como a Levy, ela deixa de dormir para passar a noite jogando.

– Que eu saiba, eu não jogo sozinha.

– ~silêncio~

– ~se sente vitoriosa e continua a ler~

Sempre prefiro meu mundo, minha vida e meus personagens, do que os seres inferiores que temos que conviver chamados humanos, que adoram zoar com os seres que utilizam mais o lado racional e amam ser preconceituosos.

Ah, eu sempre quis ter um amigo gay. Acho que seria muito legal, além de divertido! Já imaginou? Na hora de xingá-lo eu diria: "Seu homem!"

– ~gargalha~ Isso me lembrou o Elfman.

– É mesmo!! Mas eu acho que não preciso de um amigo gay, estou satisfeita com o Redbull-san.

– ~sorri animado~ Quer aproveitar o momento e admitir que me ama?

– Quer ler mais uma História de Nerd?

– Não mude de assunto!

– Essa é anônima.

– Ai ai..

– Vamos, leia para o pessoal de casa!

– Tá bom, vou ler. A história se chama: "Era uma vez, apenas isso”

Era uma vez uma garota que resolveu que iria se declarar para um garoto. Ela foi até ele na saída da escola e sussurrou no seu ouvido que gostava dele. Então ela, por impulso, saiu correndo para uma lanchonete ali perto (que costumava ficar cheia de gente da escola), mas viu que ali não tinha ninguém. Ela voltou à escola, e o garoto ainda estava lá. E ele parecia estar esperando alguém, pois ele estava no carro de seu pai e permanecia com a porta aberta. A menina era obrigada a ficar de frente para o garoto. Mas ela simplesmente o ignorou, e olhou para qualquer canto, menos para frente. A verdade é que ela é tímida e ficou nervosa só por dizer que gostava dele. E eles eram antigos amigos então as coisas se dificultaram ainda mais. Porém, agora ela já esqueceu o garoto, mas infelizmente eles continuam sem se falar. Pelo menos ela teve coragem de dizer o que sentia e isso já é um grande avanço!

– Será que ele gosta dela?

– Tomara que sim. Ele deve ser um daqueles meninos tímidos. Aliás, queremos muito saber o que aconteceu com essa garota e com sua vida social. Se você tiver informações, ligue para 897-98714462 e disque a opção 4.

– Mas baixinha, por que alguém perderia seu tempo ligando pra gente?

– ~telefone toca~

– ~Gajeel atende~ Moshi moshi?

– Alguém ai pediu uma pizza?

– Não, aqui ninguém pediu nad..

– Pediu sim!! Pode mandar para cá agora mesmo!!

– Okay, já está chegando.

– Ótimo! Arigatou!! ~Levy coloca o telefone no ganho e sorri~

– ~Gajeel encara com um olhar de ‘eita merda’ e começa a piscar os olhos freneticamente~

– ~olha para o companheiro e revira os olhos~ Para de dar chilique, seu bocó.

– Arg, vou ali tomar um chá.

– Vou chamar os comerciais então.

– ~Gajeel se levanta da bancada e sai para os bastidores~

– Não fiquem com tédio, dê uma alongada ai no sofá e em seguida se levante para pegar aquele pote cheio de rosquinha de goiaba que fica sempre em cima do armário da cozinha!!

...

– Aeeow, voltamos!!

– ~ Gajeel começa a gargalhar~

– O que foi, baka??

– Lê isso. ~Ele entrega o livro “A vida e as Bobagens de Garotas Nerds na Merda”~

– Okay, vou ler para o pessoal de casa.

A Odisséia da Procrastinadora

Chi, uma garota de 14 anos com não-tão-belos cabelos castanhos cor de porco-do-mato sonha em se tornar alguém.

Nessa maravilhosa edição de bolso, vamos narrar a sua vida digna de tirinhas de jornal e suas maravilhosas epopeias. Sem saber cozinhar, limpar sujeira do cachorro e fazer coisas produtivas, a nossa querida protagonista enfrenta um mar de azar ao descobrir que a sua série favorita, Sherlock, só volta com nova temporada em janeiro. Para piorar, o creme de amendoim acabou e a mesma se encontra num dilema: sair do quarto para comprar mais creme de amendoim ou hibernar até que a fucking série lance a nova temporada?

Angustiada, Chi inicia sua emocionante jornada até a cama para criar vergonha na cara e pensar mais no próprio futuro.

– ~começa a gargalhar também~ Por que a história de vida dela é mais legal que a minha??

– ~continua gargalhando~ Sei lá.. Só sei que é hilário só de imaginar..

– ~tosse e em seguida volta a pose séria~ Eu te entendo, Chi. Sei como é ter preguiça de se levantar da cama, ainda mais quando é para pegar a última paçoca do pote. Você não sabe se espera o tempo passar para a coragem pousar em você ou se rasteja de meias até a cozinha. Por isso, recomendo que você arrume um cachorro escravo, já que a escravização de humanos foi abolida faz tempo. Um cachorro está mais em conta do que um escravo, acredite.

– ~encara Levy com olhar incrédulo e em seguida olha para as câmeras~ Eu acho que a Odisseia da Procrastinadora deveria ter uma segunda temporada.

– Eu também acho!! Anh.. Acabo de receber dois emails. Ambos de The Cloudy Dreams e JShciatti.

– Quero ler um.

– Okay, lê o email da Cloudy-chan.

– Ta.

Yo! Vou contar a vocês a história da minha vida. Tenho uma amiga baixinha, pervertida e nerd, que me mete nas piores encrencas e um amigo pervertido (da hora, não?). Tenho que defender os dois sempre. Sou a mais alta e super protetora em relação á eles. Enfim, sou a "irmã mais velha" deles. E enquanto a Levy sofre por não ter peitos eu sofro por ter. Na boa, Levy-chan, quer trocar? Essas coisas ficam balançando quando eu corro além do meu amigo pervertido ficar cutucando eles com a caneta perguntando se tem silicone. Mas é claro que ele apanha depois, hehe.

– Sofrendo por ter peitos?? É tão bullyinoso ser despeitada..

– Pare de drama, que graça tem ter seios volumosos? Concordo com a Cloudy-chan, ficar correndo com essas coisas balançando deve ser um saco.

– Para de falar e continua lendo, Gajeel, quero saber o resto da história!

Outra história da minha vida... Como é bom chegar à escola ATRASADA, sua amiga baixinha te chamar, você olhar para ela e ela borrifar algum líquido estranho e suspeito na sua cara! Até agora não sei o que era aquela coisa, mas fui correndo lavar o rosto na pior das hipóteses. Da hora isso, não? Ah, meu amigo tarado tá apaixonado e tenho que aguentar ele suspirando pela pessoa, falando como ela é maravilhosa e sonhando com ela do meu lado. Mas por que eu tava do lado dele mesmo? O motivo é simples... Ele. Tinha. Paçoca. Repito: ELE TINHA PAÇOCA!!

– Outra tarada por paçoca! Você também é minha irmã perdida? O que acha de formarmos o Fã Clube da Paçoca?

– Eu apoio!

Já saí escorregando só de meias no corredor da escola e já espirrei toddynho na minha cara também..

– É por isso que o preço do toddynho aumentou, tya Cloudy! Ele deveria ser a prova de chão!!

... o chão me ama e eu amo o chão, por que não conseguimos ficar longe um do outro. Lembrar de uma coisa engraçada em um momento que não se pode rir não é legal, uma bola de basquete já voou na minha cara, já pisei em um prego e uma grade de portão já caiu em cima de mim. Bem, esse é um breve resumo da minha vida atualmente. Espero que gostem!

– Eu adorei sua história, Cloudy-chan!!

– Eu também. Me fez pensar que não é só a Levy que tem azar.

– Ela é mais azarada que eu, sinceramente. Tadinha, uma grade de portão caiu em cima dela.. Tomara que isso não aconteça comigo..

– Mas se acontecer eu tomo conta de você.

– É isso que os cachorros fazem, né?

– Talvez..

– Hum, você pega um pouco de refri pra gente nos bastidores?

– Laranja?

– Aye!

– É pra já.

~Gajeel sai do estúdio, Levy começa a ouvir Dear God~

...

– Ta aqui. Hey, por que você tá chorando??

– ~seca as lágrimas com o dorso das mãos.~ Cara, fiquei seis minutos e trinta e quatro segundos ouvindo essa música diwa. Como não chorar?

– Ai ai..

~Os dois tomam o refri juntos e Levy começa a ler~

– Bem, esse email é da JSchiatti. Vou ler para vocês.

Eu sou uma nerd, sério. Muito nerd. Tiro boas notas e sou tão desastrada quanto a Levy (Talvez não tão azarada). Gosto de livros e de música e às vezes entro em um mundo meu. Ou seja, fico em Stand By na realidade. Fico assim quando estou de fone escutando música ou assistindo animes, o resultado é que a pessoa precisa me gritar umas 700 vezes.

– Outra parente sua, Levy.

– Sou fodástica, é por isso.

– ~Faz um poker face~ Cof.. Se acha..

Sou completamente sedentária e a única coisa que faço de diferente na rotina (por enquanto) é caminhar de manhã para ver se eu perco uns quilinhos.

– Meu corpo nem um pouco desenvolvido não consegue engordar.. Triste não?

– E olha que você é super sedentária..

– Você nem pode falar nada, é mais sedentário que eu..

– Rum.. Quem é que sai engatinhando de meias para a cozinha com preguiça de levantar do chão?

– Quem é que toma banho deitado?

– Sei lá.. Não sou eu! E por acaso você anda me observando pelado??

– O QUE?? CLARO QUE NÃO, SEU PERVERTIDO!! Ah.. Então.. Quem é que dorme com o pé em cima da minha cara?

– O que isso tem a ver?

– Eu vou saber! Não é você que está contando os detalhes íntimos da minha vida?

– Detalhes íntimos?? Eu nem contei pro pessoal de casa que você já babou no meu ombro!

– Aham, como se eu fosse à sua casa só para babar! Você é um intruso na minha vida e na minha casa!!

– Vai jogar na cara agora?? É melhor você continuar lendo..

– Rum...

Amo chocolate!!!! Mas tenho intolerância à lactose, então eu não posso muito.

Muitos beijos e até mais, minna!!

– Arigatou pelo email, J-chan! Temos muitas coisas em comum, vamos marcar um dia pra gente sair e zuar no Café Cosplay. O que me diz??

– Depois você manda um email falando sua resposta, vamos adorar te responder!

– Com certeza!!

– Ah olha só, recebemos uma carta, baixinha!

– De quem será?

– Deixe-me ver.. É de uma garota, Vick Tsuki.

– Quem vai ler?

– Eu leio.

– Okay.

– ~pigarreia e começa a ler~ Yo Levy, yo Gajeel!

– Yo Vick-chan!!

– Por que você está empolgada?

– Por nada.. Eu hem, leia sossegado..

– Então tá..

Escrevi essa carta para contar a vocês como é minha vida, ou pelo menos parte dela. Eu tenho 13 anos e moro com meus pais super pirados. Somos uma família única, tenho certeza! Moramos apenas eu, meus pais e nosso cachorro (tal que eles insistem em chamar de “Irmão da Vick”. Até parece..). No entanto, não sou filha única. Perdi minha irmã antes mesmo de conhecê-la. Não gosto muito de falar sobre isso, prefiro dizer que ela é um anjinho, talvez meu anjo da guarda.. Mas, a parte boa é que tenho um monte de irmãzinhas espalhadas por ai, um chichi em Porto Alegre e uma hihi que mora perto da minha casa e me chama de pirralha. Adoro essa segunda família! Aah, não sei o que dizer sobre mim.. Ás vezes minha mente pensa muito e eu acabo ficando confusa..

– Parece a Levy..

– É, ás vezes minha mente fica confusa com tantos pensamentos.

Eu só comecei a “pensar muito” de uns tempos para cá. Eu não gostava muito de pensar (que estranho, né?), principalmente quando o assunto era futuro. Eu odiava pensar no futuro, tinha medo dele, eu acho. Mas agora eu penso nele como algo bem próximo, como uma missão que eu vou ter que cumprir. Penso também se vou conseguir viver até essa “missão” chegar. Na verdade o que importa é viver o tempo necessário para poder fazer a diferença. Tantas mentes brilhantes escondidas por ai e um mundo precisando de pessoas para trabalhar nele. O problema é que ás vezes temos medo de arriscar, de agir. O medo cega os nossos sonhos, não é mesmo? Bem, eu sou ótima em mudar de assunto..

– Eu também!!

– Vick, você é outra irmã perdida da Levy??

– Nyaaah!!

Sobre minha vida social: Adoro conversar, principalmente quando a outra pessoa também é assim. Adoro conversar com pessoas que tem a visão focada para o mesmo lugar que eu e se essa pessoa adorar ler, escrever e desenhar, vamos ser melhores amigos. Ainda tenho muito que aprender e descobrir, mundos a conquistar, paraísos do Ponchá para visitar.. E falando em Ponchá, não quero nem saber, você vai ter que me levar lá, okay Levy?? Você vai me levar, nem que eu tenha que ir amarrada na cauda do cometa Halley!! E Gajeel, os garotos são bem idiotas ás vezes, mas eu entendo, na verdade eles são tão inseguros quanto nós, garotas. Então, acho que é isso. Até mais, minna!!

– Vou te levar ao Paraíso do Ponchá, pode deixar!

– Se quiser levar sua família com a gente, não tem problema.

– É, será bem divertido!!

– Com certeza! E arigatou Vick, por entender os garotos.

– Aye!!

– Aliás baixinha, enquanto você estava lendo a carta, recebemos um tweet.

– De quem?

– Uma garota chamada Chi, aquela que escreveu a Odisseia da Procrastinadora.

– Vou ler.

"Gajeel ciumento, não tem cabimento

Parem de brigar e vão logo ficar~

Levy marota, cria vergonha, garota!

Ele te ama, mas não como nakama~

Aí tem uma conexão, parem de negar

Vocês são tão densos, mas aposto que sabem amar~

Levy, querida! Esse é pra toda vida!

Esqueçam as confusões e vão dar uma curtida~"

– Aproveite a ideia e admita que você me acha sexy!

– E o que isso tem a ver?

– Tudo! Admita que me ama e que me acha sexy! Admita, vamos!!

– Arigatou pelo email, Chi. Irei pensar nesse assunto quando for dormir. Então, acho que ficamos por aqui. Vou tomar minha dose de doces da tarde.

– Não mude de assunto, baixinha!!

– Como vou dizer que você é sexy se nunca te vi sem roupa?

– Quer ver? Eu mostro..

– Pare com isso, tem crianças na sala, seu ignorante!!

– E você vai querer ver se eu sou sexy ali nos bastidores?

– Não quero ver nada, cala a boca!!

– Minha barriga é bem definida...

– Bai, minna!!

– Meus braços são fortes e musculosos..

– Odeio músculos, prefiro encéfalos.

– Também tenho um encéfalo. Mas você vai adorar ver o tamanho do meu...

– NÃO FALA ISSO AQUI, SEU PERVERTIDO!!

– Amor por chocolates!! Tenho mais ursinhos daquele, recheados com bombons. Vai querer um?

– Eu mereço!!

– Você é muito bobagenta.

– Você que é, super pervertido.

– Mas sou sexy.

– Eu nunca disse que era.

– Nem disse que não era.

– Aaah, vamos para casa jogar. Depois discutimos isso.

– Então tá, né.

Xubi du bup