– Por que não me contou que ia sair com o Rian? - pergunta Bradley, logo que Angel coloca os pés em casa.
– Porque isso não é da sua conta. - responde ela, indo para a cozinha, com Brad a seguindo.
– Vai ficar assim para sempre?
– Vou, até você me dizer a verdade.
– Eu não... - Brad começa a responder, mas a campainha toca.
– Eu atendo. - diz Angel, indo para a porta, mas é surpreendida por 3 homens mal encarados. Pareciam ter muito dinheiro apenas olhando para o seu carro e a roupa que vestiam.
– Onde está o Bradley? - pergunta o mais baixo, do meio, já entrando na casa.
Ao ouvir voz de homens, Brad sai da cozinha e vai para a sala.
– O que vocês estão fazendo na minha casa?
– Viemos cumprir o nosso trato, já se esqueceu garoto?
– Eu já disse que estava tudo certo e que daria um jeito. Só era para vocês virem aqui semana que vem, se eu não te desse o dinheiro até a data combinada. - diz Brad, segurando o braço de Angel e a trazendo para mais próximo dele.
– Você é um garoto muito corajoso, mas já é semana que vem. Acho que você se perdeu no calendário. - responde o homem baixinho. - Onde estão seus pais?
– Eles não tem nada a ver com isso.
– Então ela vai servir. Nos de ela e tudo estará certo entre nós.
Brad fecha os olhos, cerrando os pulsos ao lado da cintura.
– Não. Ela não. Prefiro que me levem, me sequestrem e até que me matem, mas nunca deixaria ela pagar pelos meus erros, porque eu amo ela.
Eu amo ela. Essas palavras pareciam ser a salvação de Angel naquele momento. Não que os homens fossem apenas soltar ela e deixar Brad livre de seja lá o que ele fez, mas foi a primeira vez que Angel sentia a sinceridade no "eu te amo" de Brad. Antes, quando ele dizia isso, as palavras pareciam que apenas vinham de forma fácil e simples. Agora era diferente. Ele declarou que não se importava com o que acontecesse com ele enquanto ela estivesse bem.
–Brad...
– ANGEL! Se abaixa! - diz Brad pulando para cima da garota quando viu luzes brilhando fortemente lá fora e percebeu um dos homens retirando a arma, escondida em sua jaqueta de couro preta, e se jogando no chão junto com ela.
O que Angel ouviu e viu, durante o momento em que caia, foram apenas um barulho ensurdecedor de uma bala sendo disparada e luzes vermelhas e azuis para todo o lado. Quando abriu os olhos novamente, Brad estava caído sobre ela, policiais apontavam a arma para os três homens mal encarados, cacos de vidro por toda a parte e sangue. Muito sangue.
– BRAD! Brad! - grita Angel, deitando a cabeça do garoto em seu colo. Brad fora atingido pela bala no lugar de Angel. - Brad, fica acordado. Olha para mim, por favor! - diz Angel, desesperada enquanto olhava o rosto de Brad, ainda consciente.
– Angel, me perdoa. - diz Bradley Andrews, fechando seus olhos azuis, tão levemente como se estivesse caindo em um sono profundo.

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Branco. Era tudo o que Brad conseguia ver quando abriu os olhos. Estaria ele no céu?
– Eu... estou morto? - pergunta ele a si mesmo.
– Não, amor, não está. - a voz de um anjo seria a música perfeita para os ouvidos dele naquele momento, mas a voz de Angel o chamando de amor não tinha comparação a nada. Tão bela e com a musicalidade certa, Angel era seu anjo da guarda.
Brad se acostumava com a luminosidade que entrava pelas janelas abertas do hospital, quando finalmente conseguiu vê-la. Ela estava linda em um vestido branco soltinho, olhando fixamente para ele.
– Me perdoa, Angel.
– Não era isso o que eu estava esperando para ouvir. - responde ela, sempre sincera.
– O que então? - pergunta ele, abrindo um leve sorriso que, sem esforço algum, Angel consideraria o melhor sorriso dele durante todo o tempo em que estiveram juntos.
– Primeiro, eu te perdoo. Não me importo com o que você tenha feito, eu te perdoo. - começa ela, mas sendo interrompida.
– Mesmo se eu tivesse matado alguém? - Angel fica paralisada.
– Voce nunca faria isso. - responde ela, convencida de que ele estava brincando.
– Não mesmo. Não se preocupa, não matei ninguém. Apenas estava em um momento difícil há algum tempo, mas...
– Mas nada. Cala a boca e me escuta. - diz Angel, curta e grossa. - Eu te perdoo, seja lá o que voce tenha feito. Segundo, eu estou decepcionada. Estava esperando voce dizer que me ama, mas não estou brava, porque EU te amo. Isso é muito para mim. Eu te amo muito Brad. - diz ela, com lágrimas brotando em seus olhos.
– Eu também te amo muito, Angel nada santa. Te amo com todas as minhas forças. Te amo em todas as linguas. Eu, simplesmente, te amo, sem porque e sem ser necessário entender.
Angel sorria. O sorriso mais belo de todos. O momento mais feliz de sua vida e enquanto processava tudo isso, já imaginava algo em sua mente.
– Posso te perguntar algo? - diz ela.
– Claro, meu amor.
– Bradley Andrews, você aceita se casar comigo?