Apaixonada Por Um Idiota Pervertido escrita por Arisinha


Capítulo 17
Capítulo 17 - Ela é minha.


Notas iniciais do capítulo

Oláaa pessoas lindas e maravilhosas. Eu sei que demorei muuito tempo para postar o próximo capítulo e vou ser sincera: estava totalmente sem criatividade. Me desculpem pela demora, sério. Isso também me deixou bem chateada. Maas, hoje voltei do colégio mais cedo e resolvi escrever. Espero que vocês gostem e desculpem qualquer erro. Boa leitura!



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Angelina's Pov
Abri meus olhos, um pouco tonta. Como eu havia chego ali? Sente-me na cama e olhei a meu redor e lá estava ele: a razão da minha felicidade logo de manhã. Ele estava deitado, quase caindo daquele sofá desconfortável, mas mesmo assim continuava lindo, apesar de estar babando.
Peguei um cobertor e o cobri. Apesar de estar quente, sempre imagino que a pessoa pode estar passando frio, o que sempre acontece comigo. Fiquei fitando Brad, com seus cabelos bagunçados. Com toda a certeza do mundo, foi ele que me trouxe até o quarto e se não foi ele, acabo de descobrir que sou sonâmbula.
– Bom dia, Angel, a razão do meu viver. - diz Brad, abrindo seus lindos olhos e me fitando também.
– Bom dia, Bradley. - disse. Não sei o que somos agora. Meio-irmãos, amigos, namorados, ficantes?
– Nossa, está brava logo de manhã? - respondeu ele, sorrindo. E como esse sorriso me encanta. Não consigo parar de pensar nele e imagino que se algo o machucasse, me machucaria também.
– Não estou brava. É que... - parei para pensar a palavra certa a dizer. - precisamos ter uma conversa.
– Não gostei do jeito que você falou. Me deu medo. - respondeu sério, com uma ruga entre suas sombrancelhas.
– Brad, quero saber, o que você pensa sobre o que aconteceu ontem? - perguntei, receosa sobre o que ele iria responder. Não queria levar um fora. Não dele.
– Bem, eu acho que você acabou de fazer a pergunta que eu queria perguntar.
– E...? - forcei-o a continuar a resposta.
– E eu acho que não está certo fazermos isso. - a resposta não foi bem a que eu queria ouvir saindo de seus lábios. Foi como se um balde de água fria caisse sobre minha cabeça e acabasse com todas as minhas expectativas. - Não me leve a mal, Angel. Eu também queria que não fosse assim, mas eu...
– Você não pode fazer nada. - completei sua resposta.
– Isso.
– Não pode fazer nada porque é um covarde. Me usou para se satisfazer sua solidão e agora me larga. - respondi friamente.
– Não é isso...
– Está bem, Bradley. De agora em diante seremos apenas Angelina e Bradley: meio-irmãos. - disse e sai do quarto. Ele me usou para que fim? Nenhum, é claro. Fui estúpida em acreditar que ele não era quem eu pensava ser e agora eu sou a única que ficou com cara de boba.

Bradley's Pov
Como você é burro, Bradley! Não acredito que eu falei aquilo para ela! Acabou com tudo! Idiota, idiota, idiota!
– Angel, espera! - gritei com todas as minhas forças e corri atrás dela. Tinha que consertar meu erro, mas já era tarde demais. Ela já tinha se trancado dentro do banheiro e tudo o que eu ouvia eram seus soluços e seus xingamentos entre suas lágrimas.
Minhas férias estavam arruinadas por apenas um motivo: eu. Eu consegui ser a pessoa mais idiota do mundo e agora acabaria meus últimos dias de férias sem a garota que amo.
– Angel, abre a porta, por favor. - disse, batendo na porta.
– Vai embora! - gritou, entre soluços.
– Não vou até você sair.
– Desapareça daqui, agora! - gritou ela socando a porta, como se estivesse tentando me bater.
– Já estou indo, então! - disse e me sentei ao lado da porta. Não sairia dali. Tinha que conversar com ela.
Estava ali há quase 20 minutos e nada da Angel sair de lá. Até que ouvi a porta ser destrancada e ela sair, com os olhos inchados.
– Eu falei pra você sair daqui. - disse ela, friamente.
– Eu disse que não sairia até você se destrancar de lá.
– Tanto faz. - disse e subiu para o quarto.
– Angel... - comecei a dizer, no primeiro degrau da escada. - Eu quero... conversar com você.
– Não quero falar com você. - nesse momento percebi que seus olhos estavam se enchendo de lágrimas novamente e não queria que ela voltasse a chorar.
– Tudo bem. Conversamos depois então. - disse, indo me deitar no sofá.
A semana passou rápida e meu relacionamento com a Angel continuava no mesmo: nos víamos, mas não conversávamos. Tínhamos nossas refeições quietos e foi assim que a semana acabou e nossos pais voltaram.
– Como foi a semana de vocês? - perguntou Jared à Angel.
– Pergunta para o Bradley. Ele sabe melhor que eu. - disse e saiu da cozinha.
– O que aconteceu? Vocês devem ter tido briguinhas de novo. - perguntou Liza.
– Sim. Foi apenas uma briguinha.
– Vá dormir. Amanhã voltam suas aulas. Não quero que se atrasem e você terá que ajudar Angelina a se adaptar no novo colégio. - disse Jared.
– Okay. Vou dormir. Boa noite. - disse e subi para o quarto. Angel já estava deitada com os olhos fechados. Provavelmente já sabia que teríamos aula amanhã. Deitei-me no sofá, me sentindo pior que antes: ainda não tinha conseguido ter aquela conversa com Angel. Ela estava sendo a mesma Angel que era quando chegou aqui: seca e grossa. Adormeci pensando nisso, embora não tenha tido um dos meus melhores sonhos. Sonhei que a Angel estava namorando o James, ou seja, tinha perdido ela para sempre, porque os dois se amavam de verdade. Não suportava essa ideia e ela sempre me atormenta.
Acordei e coloquei uma roupa básica: calça jeans, camiseta gola v branca e minha vans preta. Desci as escadas e vi que todos já estavam tomando seus respectivos cafés da manhã.
– Bom dia. - disse, ainda sonolento.
– Bom dia. - todos responderam, inclusive Angel. Será que ela já havia mudado sua opinião sobre mim?
Comi um pedaço de torrada e tomei café. Jared nos levou para o colégio.
– Tchau, crianças. Boa aula. - disse ele e foi embora. Agora era apenas eu e Angel.
– Então... vamos ver qual vai ser sua sala? - disse, tentando ser legal com ela.
– Não precisa. Eu sei me virar sozinha. - respondeu seca e saiu. Não tinha reparado antes, mas ela estava linda. Seus cabelos estavam presos em um coque bagunçado e ela vestia uma calça jeans colada, uma blusinha solta estampada e seu velho all star. Ainda não me conformo por ter dito aquilo e presumo que ela ficará assim comigo por um bom tempo.

Angelina's Pov
Meu novo colégio é enorme. Não sei como posso descrevê-lo, mas posso afirmar que é um colégio de pessoas ricas. Só de olhar os alunos, me sinto mal, pois nunca fui uma garota que teve tudo o que queria. Tinha que trabalhar, lutar e correr atrás de tudo. Não era nada fácil, mas para essas pessoas, comprar um carro ou ter um celular de última geração era a coisa mais fácil do mundo, como respirar.
Eu estava perdida naquele imenso "presídio de dinheiro". Talvez eu devesse ter aceito a ajuda do Bradley. Não! O que eu estou pensando? Eu estou brava com ele e pretendo ficar assim por um tempo. Estava andando por um lugar que deduzi ser o refeitório, ou melhor, restaurante do colégio, quando alguém esbarrou em mim, de propósito.
– Me desculpe. - disse um garoto alto e moreno. Apenas o olhei e dei um sorriso forçado, e continuei andando, como se nada tivesse acontecido.
– Ei! - disse ele, chegando ao meu lado.
– Não percebeu que não quero conversar com você? - e realmente não queria falar com ele. Provavelmente deve ser mais um garoto popular, querendo chamar atenção.
– Nossa, desculpa. Não sabia que você não gosta de conversar. - parei de andar e me virei para ele.
– Não é que eu não goste de conversar. O problema é que não quero conversar com pessoas que fingem esbarrar em mim e começar uma conversa como se não fosse proposital. - disse séria e foi então que percebi que todos os alunos observavam nós. Voltei a andar e os olhares curiosos me perseguiam.
– Ual! Já chegou aqui causando, amiga! - uma voz masculina afeminada disse e a pessoa passou seus braços em volta do meu ombro.
– James?! - disse, ou melhor, gritei.
– Feliz natal! - disse ele sorrindo.
– Que bom que está aqui! Agora me mostre onde é a secretaria. - disse, puxando ele.
Andamos por alguns corredores, um tanto quanto confusos, até pararmos diante de uma sala, diferente de todas as outras por estar lotada de mesas, computadores e secretárias.
– Agora é com você. Não entro aí nem pagando. Beijos. - disse James rapidamente, e saiu correndo. Sejá lá o que for, essa sala deve ser o pior lugar para se entrar nesse colégio.
Apertei um interfone. Sim. Tinha um interfone para poder entrar na "secretaria".
– Sim? - ouvi uma voz arrogante do outro lado da linha.
– Oi, sou aluna nova no colégio e... - comecei a falar, mas fui interrompida antes que pudesse terminar minha explicação.
– Entre. - respondeu a mulher e ouvi um estalo de porta sendo destrancada. Entrei na sala temida por James e logo após uma mulher, usando roupas de secretária e óculos, veio falar comigo.
– Bom dia. Sou a madame Vormstrung. Secretária e diretora desse colégio. - era a mesma voz que ouvi no interfone.
– Olá. Sou Angelina Andrews. Prazer. - disse, estendendo minha mão para ela apertar, o que foi retribuído com uma expressão de nojo por parte dela.
– Desculpe, senhorita Andrews, mas não cumprimentamos as pessoas assim, neste colégio. - respondeu a mulher, não apertando minha mão. - Venha, vou mostrar-lhe o colégio.
Andamos por mais corredores esquisitos e a voz irritante da madame Vormstrung me apresentava as salas e nome dos corredores. Pois é. Os corredores tinha nomes. Paramos em frente a uma sala, de onde não se ouvia nenhum ruído.
– Esta é sua sala. - disse ela e entramos.
A sala estava lotada de alunos e todos estavam quietos olhando para o quadro negro. Não sei como conseguem prestar atenção com um notebook em sua carteira. Sim. Notebook era o caderno deles.
– Bom dia, alunos. Essa é sua nova colega de classe, Angelina Andrews. Deixarei ela a seus cuidados, professora Morgan. - disse madame Vormstrung, dirigindo-se a uma mulher baixa que usava óculos fundo de garrafa.
– Sim, senhora, madame Vormstrung. - respondeu a mulher, com os olhos baixos e voz quase num sussurro. A diretora saiu da sala e eu fiquei parada, olhando para cada aluno e então vi um garoto que me chamou a atenção. Bradley. Olhei para ele no mesmo momento que ele me olhava, com um sorriso de lado, mas um tanto assustado. Quase sorri junto, mas lembrei que não podia.
– Então, senhorita Andrews. Gostaria de se apresentar para a turma? - perguntou a mulher, que agora aumentara seu tom de voz, causando um arrepio em meu corpo.
– Ha... Ta bom. Meu nome é Angelina Andrews e tenho 17 anos. - disse calmamente, apesar de estar nervosa o bastante para ter uma crise de pânico.
– 18. Ela tem 18 anos. - Bradley disse, corrigindo meu erro.
– Como é que você sabe, cara? - perguntou um garoto moreno, que estava na cadeira ao lado de Bradley. As carteiras dessa escola eram para duas pessoas. Sim, o garoto que "esbarrou" em mim.
– Ela é minha... - começou a respoder, mas parou. Imagino que não sabia exatamente o que falar para todos. "Ela é minha meia-irmã, ao mesmo tempo que é minha ficante". Não tem como ele dizer isso.
– Sou a meia-irmã dele. - disse, um pouco nervosa por ele se intrometer. Planejava deixar esse assunto em segredo. Todos começaram a murmurar coisas que eu não conseguia ouvir.
– E essa sua meia-irmã tem namorado, Bradley? - perguntou o garoto do refeitório, olhando diretamente para mim. Sempre tinha que ter um para fazer gracinha. Percebi que Bradley o fuzilava com os olhos, como se um jato laser fosse sair de seus olhos e acabar com o garoto. Até que isso seria bom.
– Não, ela não tem. - respondi, olhando para Bradley. - E isso não é da sua conta. - complementei. Os outros alunos começaram a vaiar o garoto.
– Agora chega! Sente-se na frente do seu irmão, senhorita Andrews. - disse a professora, ligeiramente irritada com nossa discussão.
Andei até uma carteira vazia e sentei. Abrindo minha bolsa e pegando meu caderno. Não tinha providenciado um notebook ainda.
– Eu disse para a senhorita sentar-se na frente do seu irmão. - disse a professora, que me olhava confusa.
– Me desculpe. Prefiro ficar aqui. Bem longe dele. - respondi e o olhei para ver sua reação.
– Tudo bem então, mas esta carteira já está ocupada.
– Mas é para duas pessoas. - respondi.
– Mas o garoto que senta aí não gosta de pessoas. - explicou um dos alunos.
– Ei! Quem disse que eu não gosto das pessoas! - ouviu-se a voz de um garoto, muito familiar. Virei-me e vi James parado na porta, encostado na mesma. Apenas consegui sorrir, enquanto ele vinha em minha direção.
– Então está tudo certo! Agora todos se sentem e fiquem quietos! - gritou a professora, muito irritada. A sala ficou mais silenciosa, exceto pelo barulho do teclado. A professora Morgan continuou sua aula e eu acabei descobrindo que ela era professora de biologia.
"Estou feliz que esteja aqui", digitou James em seu notebook.
"Digo o mesmo", escrevi em meu caderno.
Ambos sorrimos e meu coração acelerou por um momento. Uma nova janela abriu no notebook do James.
"Fala que eu mandei um oi para sua amiguinha", foi o que pude ler.
"Fique bem longe dela", digitou James.
"Você não pode controlar o que eu irei fazer, Collin."
– Mas posso controlar o que eu vou fazer com você se você encostar um dedo nela! - vociferou James, em voz alta. Muitos alunos riram, exceto eu, James e... Bradley.
A professora Morgan, nos olhou como se tivéssemos acabado de destruir o colégio e, por sorte, o sinal bateu e conseguimos sair da sala, sem muitos problemas, exceto por uma detenção para James.
– Desculpa, James. Não queria que você se desse mal. - disse, implorando por perdão.
– Não foi sua culpa. - respondeu James, sorrindo.
– Errado. A culpa foi toda dela. - disse uma voz, não muito estranha.
– Olha aqui, garoto do refeitório. -comecei, irritada por sua intromição e pelo ocorrido na sala. - Você não tem direito algum de falar nada, seu babaca intrometido. - continuei, me aproximando um pouco demais dele.
– Wow! Calma, gatinha. - disse ele com um sorriso pervertido. Isso me lembrou a pessoa que menos queria lembrar nesse momento; Bradley. E ele apareceu justamente agora e se intrometeu na conversa.
– Olha aqui, Rian. Você é meu amigo, mas não se mete com ela não. Ela é minha.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Espero que sim. Mereço comentários né? haha Beijoos e até o próximo capítulo!



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