Chegamos na casa de Jared e Brad me ajudou a subir as escadas em seus braços, como sempre.

- Meu Deus! Que bagunça esse quarto! - gritou Brad. Sim, fui eu quem bagunçou o quarto. Quando fui procurar uma roupa deixei elas em cima da cama e jogadas pelo chão. Não só as minhas roupas, mas todas as roupas do Brad também estavam jogadas.

- Pois é! Acho que um ladrão passou por aqui! - disse tentando disfarçar.

- Também acho! Um ladrão de camisas brancas passou por aqui mesmo! - disse irônico.

- Pare de me olhar assim! Como você queria que eu deixasse seu quarto organizado com minha perna machucada?! Não tem dó de mim? - perguntei, fazendo cara de santa. Ele apenas revirou os olhos.

- Idiota. - disse ele, me pegando no colo e me colocando em cima da cama. Brad começou a arrumar o quarto, dobrando as roupas e colocando-as no cabide.

- Quer ajuda? - perguntei com pena dele.

- Não. Você está machucada, lembra? - disse fazendo referência a minha desculpa anterior. Apenas bufei.

- Ainda bem que não quer. Não ia ajudar de qualquer maneira. - falei como se não me importasse e fiz bico. Ele deu um sorriso e continuou a arrumar o quarto. Fiquei em silêncio por um bom tempo e ele ainda não havia terminado.

- Então esses são seus planos para nosso dia juntos? Que chato! - provoquei ele.

- Na verdade não. Como é que você quer diversão no meu quarto com ele bagunçado? - disse malicioso.

- Babaca!

- Eu sei que você me ama.

- Convencido.

- Ainda bem que sabe, Angel. - revirei os olhos e voltei a ficar quieta.

Eu tenho uma semana para conquistar ele. Não pode ser tão difícil assim. Tenho que colocar meu plano em prática.

- Você fica lindo com esse cabelo bagunçado e arrumando o quarto. - ele me olhou assustado e depois ficou com um sorriso bobo no rosto.

- E você fica linda com esse machucado na perna.

- Awn, você é um amor, Bradzinho. - disse com a minha melhor voz de patricinha.

- Babaca. Eu sei que isso faz parte do seu plano. - disse ele rindo.

- Estraga prazeres! - disse emburrada. Ele riu e sentou do meu lado.

- Posso ser estraga prazeres, mas sou melhor dando prazer. - disse ficando por cima de mim.

- S-sai de cima de mim, idiota! - ele sorriu e continuou na mesma posição.

- Só vou sair daqui quando você admitir que gosta de mim.

- Nem morta!

- Não necessariamente morta. Eu posso te persuadir, Angel. - a voz rouca dele fez meu corpo estremecer.

- Não pode, não. EU posso. - dei um sorriso e com esforço fiquei por cima dele.

- Melhor não mexer com fogo, Angel.

- Acho que quem deveria estar falando isso sou eu, Bradzinho. - aproximei meu rosto dele, ficando a poucos centímetros dele.

- Angel... não faça isso comigo. - implorou Brad.

- O que?

- Isso. - ele aproximou seus lábios dos meus, quase tocando-os, mas esquivei-me para trás.

- Acho que não, maninho. - disse sorrindo e saindo de cima dele. - Quando terminar de arrumar o quarto, desce e faz pipoca pra mim. - saí do quarto e deixei ele sozinho, deitado na cama totalmente paralizado.

Desci as escadas com dificuldade e deitei no sofá. Fechei meus olhos e fiquei pensando no acabou de acontecer. Estou ficando muito atrevida. Ouvi passos na escada e fingi estar dormindo.

- Já terminei de arrumar lá em cima. Quer a pipoca ainda? - disse Brad. Fiquei em silêncio. - Você está dormindo? - continuei em silêncio. A vontade rir era enorme, mas resisti. - Já que não vai me responder vou fazer pipoca só para mim. - disse ele e fiquei na mesma posição que antes. - Okay então. Já que é assim, aquela caixa de ferrero rocher que está no armário é só minha.

- Acho que não, Brad. - disse e saí correndo para a cozinha e procurei o chocolate no armário. Brad entrou rindo na cozinha.

- Você mente muito mal, Angel. - disse entre as risadas.

- Ha-ha-ha. Muito engraçado. Agora, cadê meu ferrero rocher? - disse irônica.

- Hã... no mercado?

- Babaca. - disse e voltei decepcionada para o sofá.

- Não fica triste. Eu sei de uma coisa mais interessante que chocolate.

- Ah, é? E qual é? - perguntei curiosa. Ele sorriu de canto e se aproximou do meu rosto.

- Quer mesmo saber? - sussurou.

- Não mesmo! - disse, saindo de perto dele.

- Por que você foge tanto de mim?

- Porque eu estou em uma aposta, lembra? Quem vai ganhar aqui, sou eu.

- Está errada, Angel. Como eu disse: você já perdeu.

- Então isso quer dizer que você já está apaixonado por alguém. - disse, finalmente.

- Óbvio.

- Quem é ela?

- Ninguém que você conheça.

- Então, isso é mentira. Você não ganhou ainda. - disse convencida de que ele não gostava de ninguém ainda. A campainha tocou e Brad levantou do sofá e foi abrir a porta. Quando voltou, tinha uma garota envolta por seus braços.

- Jane, essa é Angel, minha meia-irmã. Angel, esta é Jane, a garota por quem sou apaixonado. - fiquei de queixo caído. Então era verdade quando ele disse que estava apaixonado.

- Desde quando vocês namoram? - perguntei, certificando se eles não estava mentindo.

- Desde ano passado. - disseram Brad e a garota em uníssono.

- Bom, acho que nós vamos lá para cima, se você não se importa, Angel. A pipoca está no microondas. - disse Brad e subiu as escadas com Jane. Mas antes de terminar de subir o primeiro degrau ele se virou para mim.

- Ah! E traga um café na cama para nós quando for 3 horas! - sorriu e continuou subindo as escadas. O que ele disse significa que agora eu sou, oficialmente a empregada dele.