Arqueiro Vermelho - O Retorno escrita por Annie Lane


Capítulo 1
O Retorno


Notas iniciais do capítulo

Dedico essa continuação a todos vocês que acompanharam a fanfic 1...



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Laurel olha pra baixo aos gritos, escorregando feito manteiga... Ollie se estica e, apesar de não ser o “homem-borracha”, consegue alcançar a mão da Laurel a tempo, antes que ela caísse de vez em um tombo sem volta. É a lei da gravidade, quando estamos num lugar bem alto, se olharmos pro chão, é como se uma força desconhecida nos atraísse, nos chamasse pra baixo... Pura e simples gravidade!... Sem muito esforço, graças aos seus exercícios diários, Oliver puxa Laurel pro topo do telhado como quem puxa uma Barbie de brinquedo. Ela, por sua vez, o abraça forte, parecendo mais desesperada do que agradecida.

–Tá tudo bem, Laurel... Acho que o pior já passou.

–Já passou? – ela grita, soltando-se dos seus braços, enquanto uma lágrima desliza por seu rosto sem que pudesse evitar. - O Tommy... E-ele foi ferido e es-está...

–Eu sei. Não conseguiu resistir – continuou Oliver Queen esticando a mão para secar a lágrima no rosto dela com a ponta dos dedos.

–Foi minha culpa – ela baixa os olhos, sentindo-se mal com isso. - Eu devia ter ouvido você quando me alertou pra ficar longe do Glades.

Oliver olha ao redor, labaredas esfumaçantes vinham de um lado e do outro, o fogo começava a se espalhar tão depressa com o vento, que em questão de minutos iria alcançá-los. Precisava pensar em uma forma de saírem dali logo, ou apagarem o incêndio. Embora, Laurel sequer se desse conta disso:

–Ollie? Ouviu alguma coisa do que eu disse?

–Um momento – ele se abaixa, pega uma viga de ferro do chão e faz uma força tremenda para entortá-lo, sob o olhar descrente dela.

–O que está fazendo?

–Já saltou de tirolesa? - ele responde com outra pergunta, começando a ficar vermelho, já que o ferro era bem mais resistente a curva do que aparentava.

–O quê?

–É fácil, só precisa de uma corda, uma boa dose de coragem, e... Bom, acho que isso deve servir – diz ele satisfeito com o resultado de transformar o ferro em formato de U. - Segure em mim e não solte.

Sem esperar por resposta, Ollie sobe na beira do telhado e põe o ferro sobre um fio inclinado, que ia do telhado até o prédio em frente. O fio parecia forte e no momento, a única saída alternativa dali. Era isso, ou encarar as labaredas.

–Eu não vou fazer isso... Cof-cof! - ela começa a tossir, com a fumaça que o vento soprava na direção do rosto deles.

–A menos que queira virar “torrada-humana”, é melhor tentar minha ideia – ele pisca pra ela e se posiciona, pronto pra saltar.

Percebendo que o que ele dizia era verdade, Laurel sobe de encontro a ele e o abraça forte, segurando firme por trás daquele homem lindo e fechando os olhos, tremendo de medo... A sensação que veio em seguida, foi de pura adrenalina, de uma queda no escuro. Ela gritou o percurso inteiro e só parou, quando sentiu-se cair sobre Oliver em um lugar macio. Laurel abriu os olhos... Haviam caído em uma cama redonda, de finos lençóis vermelhos, num quarto vazio do prédio em frente... Um quarto pra lá de estranho, com as paredes também vermelhas, repletas de pinturas de corações enormes e cupidos... No teto tinha um espelho bem grande e na porta ao lado, uma banheira de hidromassagem... Oh! Meu Deus! Só agora Laurel lembrou: O prédio em frente era um motel!!!

–Oliver Queen! Não acredito nisso! Você me trouxe pra um motel? E de quinta categoria, diga-se de passagem!

–Eu salvei sua vida, Laurel.

–Estou confusa... Preciso sair daqui.

–Devo ligar mais tarde? - ele pergunta ao vê-la alcançar a porta aberta.

Laurel permanece parada por um instante pensativa, a mão na maçaneta, sem saber se saía ou voltava. Que indecisão! Então, virou o pescoço pra trás e declarou:

–Obrigada por salvar minha vida, mas isso que existe entre nós não pode continuar... Algo me diz que devemos dar um tempo.

Antes que ele dissesse qualquer coisa, Laurel saiu pela porta sem olhar para trás. Foi nessa hora, que o celular de Oliver tocou:

–...Oliver Queen – ele falou, ainda em transe pelo fora que acabava de levar, unido aos últimos acontecimentos.

–Oi, Ollie... Liguei pra saber como você está... E como está Laurel? - era a irmã Thea do outro lado da linha. - Falaram no noticiário que o terremoto quase destruiu todo seu bar... Eu sinto muito.

–O quê? - imediatamente ele saiu do estado de transe. - Felicity estava lá dentro!

–E Laurel está aqui... Ela acabou de chegar, tá abraçando o pai – conta Thea. - A Felicity deve estar bem... Por quê não se junta a nós?

Já correndo com o celular na mão, ele responde:

–Tenho que ter certeza de que Felicity sobreviveu.

Oliver desliga o celular e corre o mais rápido que pode alcançando as ruas. Do lado de fora do motel, no meio da multidão, ele esbarra em Roy Harper.

–Oi! Consegui! Salvei as pessoas do ônibus, eles vão ficar bem.

Nisso, passa uma ambulância e duas viaturas policiais, eles acompanham com o olhar.

–O reforço está chegando... Preciso correr pra ajudar alguém. Nos falamos depois.

–Espere! - chama Roy jogando umas chaves pra ele. - A minha moto está aqui. Se é tão urgente, pode levar.

O vigilante esticou a mão para Roy, que apertou a mão dele. Ambos souberam naquele momento, que era mais do que um simples apertão de mão entre amigos, eles souberam que isso marcava o início de uma parceria de heróis.

Oliver vestiu o capacete, pulou na moto e partiu a toda velocidade... Agora só tinha certeza de uma coisa: Precisava vê-la.

x-x-x

Encostada num carro vermelho, Felicity estava de cabeça baixa, meia chamuscada. O terremoto além de fazer desabar grande parte do telhado do bar, ainda causou um pequeno curto e um princípio de incêndio que ela mesma teve que apagar antes que a boate virasse cinzas. Ela pensava que Oliver e Laurel estavam juntos, enquanto ela estava ali, solitária e assustada... Quase não percebeu uma moto se aproximando, só notou quando já estava bem perto, freando a sua frente. Então, ela levantou, ao mesmo tempo em que o homem descia da moto e tirava o capacete... Era ele! Oliver Queen!!!

–Felicity? Está viva! - ele larga o capacete no chão para abraçá-la apertado, tão apertado quase a fez perder o ar.

–O-o-o-Oliver? O que faz aqui? Achei que... - ela o olha surpresa, começando a gaguejar.

–Precisava te ver – foi tudo o que ele disse e voltou a abraçá-la.

Continuo?


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