Swan Lake - Swan Queen escrita por Aluqah


Capítulo 2
The prince of magic


Notas iniciais do capítulo

Oie, então, está ai o segundo capitulo para vocês. Espero que gostem. Nos vemos lá embaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/426309/chapter/2

Henry dançava em volta da fogueira. Ele se sentia como um verdadeiro menino perdido, não precisava mas sair dali. Sua família não vinha mas lhe buscar. Não havia mas esperança para ele.

Ele pulava e girava junto com os outros. Peter assoprava a sua flauta sentado em uma pedra, tocando uma doce melodia que entorpecia os sentidos de todos.

- Você é um de nós agora! - Pan se juntou a eles, dançando. - Agora, Henry. - passou o braço em volta do pescoço do garoto. - Chegou o momento auge da festa.

Henry olhou para Pan com os olhos semi-cerrados.

- O que?

- A sua coroação é claro! - Peter pegou uma folha de bananeira, a enrolou, amarrou e colocou na cabeça de Henry, como uma coroa. - Você é o príncipe da magia, o coração crédulo. Você está entre o bem e o mal. Suas mães: as rainhas da luz e da escuridão. Está no seu sangue, Henry. - Então se virou para os outros meninos perdidos - VIDA LONGA AO PRÍNCIPE!

- VIVA!!

E voltaram a comemorar.Dançaram quase a noite toda, e em todo esse tempo, sem que ninguém percebesse, algo se mexia entre as árvores, rodeando, observando. Depois de longos minutos, quando Henry parou para descansar, jurou ter visto olhos negros e cintilantes, pensou ser apenas sua imaginação, mas descartou a ideia quando um vulto branco passou correndo quando Peter Pan se aproximou.

- Já cansou?

- Sim. - Respondeu confuso, ainda olhando para as árvores. - Havia algo ali. - Apontou.

Pan se aproximou das árvores com o facão na mão, mas logo em seguida se virou com um sorriso zombeteiro.

- Foi apenas sua imaginação.

Henry cruzou os braços.

- Pensei que nessa ilha a imaginação corresse solta. E, eu tenho certeza que havia algo ali. Algo grande e branco.

- Branco? - O sorriso zombeteiro de Peter desapareceu dando lugar a uma careta de preocupação e raiva, que ele logo tratou de esconder. - Por que não vai dormir um pouco? A festa já acabou. Eu e os garotos precisamos cuidar de uma coisa.

O menino deu de ombros e o outro se retirou, chamando os outros garotos perdidos para darem o jeito naquilo.

Henry não tinha a menor ideia, mas a preocupação de Pan era a única coisa que ele não sabia como lidar, que não sabia como controlar.

Henry começou a dormir, mas não durou muito tempo, pois um barulho o fez despertar de súbito. Ele olhou para todos os lados, mas nada viu, estava tão escuro que se perguntou se não estava sonhando. Percebeu que não se encontrava nenhum menino perdido ali, nenhuma tocha acesa, até a fogueira estava apagada.

Outra vez o barulho se fez presente, mas dessa vez ele escutou claramente, eram passos, passos pesados, e tinha algo batendo contra o vento, como se fosse... Como se fosse... Asas. Asas gigantes.

E foi quando ele a viu; todo aquele branco esplêndido e brilhante no meio da floresta não demorou a se destacar, fazendo o ambiente ficar mais claro como se fosse a própria luz da lua que tinha caído e ao invés de brilhar no céu, brilhava na terra. Mas Henry, em vez de ficar maravilhado, ficou tão aterrorizado que sua primeira reação foi paralisar e a segunda foi começar a tremer.

- Quem.. Quem... é você? - Gaguejou, tentando se afastar.

O bicho guinchou como se fosse uma resposta, começando a se aproximar ainda mais e só parando quando estava cara-a-cara com ele, o observando com olhos negros curiosos. Quando Henry percebeu que a coisa não faria nada contra ele, começou a olhar atentamente do rosto, até os pés.

O rosto pálido, os olhos completamente negros, a boca vermelha e carnuda, o cabelo branco que ia até a sua cintura. Seus braços e corpo eram cobertos de penas brancas gigantes, mas eram diferentes: as penas dos braços eram como se fosse asas e no fim havia seus dedos grandes e pontudos e as penas que revestiam o corpo a rodeava como se fosse um vestido longo, que não dava nem para ver os pés.

O garoto chegou a conclusão que aquele era o monstro mas lindo que já vira. Não que tivesse visto muitos monstros por ai, mas... Pelas histórias que conhecia, aquele era o mais bonito e maravilhoso de todos.

- Você é um cisne... - Ele disse e ela guinchou novamente, mostrando os dentes perfeitos e pontudos, que fizeram Henry se assustar, arregalar os olhos e se encolher.

O cisne recuou, dando alguns passos para trás, balançando a cabeça e batendo as asas no ar, isso só fez o bobo do Henry se assustar ainda mais e correr para se esconder atrás de uma raiz.

Ela olhou para ele, respirou fundo, depois olhou o céu e se sentou no chão, derrotada. Ele acompanhou seu olhar: o céu, estava amanhecendo (N/A: Aqui amanhece em Neverland! êêê!), o sol subia no horizonte, se escondendo atrás das nuvens.

Quando Henry voltou a olhar para baixo, a criatura não estava mas lá. Olhou para todos os lados, confuso. Foi só quando olhou a árvore a sua frente, que viu uma coisa muito diferente daquele cisne que tinha visto. Era uma garotinha da sua idade, com olhos verdes e cabelo loiro. Ela sorriu para ele, piscou e pressionou o dedo indicador contra os lábios, pedindo silêncio, e apontou para algo atrás dele. Ele olhou para trás e viu Peter saindo de lá com os meninos perdidos. Quando voltou a olhar para frente ela tinha sumido.

- Já acordado, amigo? - Felix perguntou se sentando em uma pedra ao lado dele.

Henry assentiu.

- Bem, que tal um jogo, então?

- Não estou com vontade. - Respondeu intrigado e confuso, e além do mas, estar acordado não significava que estava descansado.

Peter Pan levantou os braços em rendição.

- Você é que manda, vossa alteza.

[...]

Na tarde daquele mesmo dia, Henry estava sentado na beira de um lago. O acampamento havia mudado novamente, nunca passavam mais que dois dias no mesmo lugar e ele não tinha a mínima ideia do porque.

De repente escutou um assobio. Olhou para trás pensando ser Peter o chamando para mais uma de suas brincadeiras, mas estava enganado.

- Quem é você? - Perguntou se levantando e empunhando a faca que um dos meninos o deu.

- Eu acho que dessa vez eu posso falar, e não... Guinchar. - Ela riu, ignorando o fato do garoto estar segurando uma faca ameaçadoramente na sua frente.

- Você era aquele... Monstro?

- O cisne você quer dizer! - A menina pareceu ofendida. - Sim, era eu.

Henry levantou as sobrancelhas e abaixou a faca.

- Você é tipo... Você é a Wendy?

Ela fez uma careta.

- Wen.. O que?

- Wendy, a contadora de histórias, que tem dois irmãos e tudo mais.

- Ah, não. Eu não sou boa em contar histórias, sou filha única e não conheço essa Weny...

- Wendy. - Corrigiu.

- Que seja. Meu nome é Lilly e, indo direto ao assunto antes que o bobão do Peter Pan apareça, eu preciso da sua ajuda. - Ela cruzou os braços.

- Minha ajuda? Aliás, meu nome é Henry, prazer.

- Prazer. E é, eu preciso da sua ajuda, se você me ajudar, eu te ajudo a sair daqui e encontrar a sua família.

Henry olhou para o chão, triste, lutando contra as lágrimas.

- Eles não vão vir. Minha família, eles não vem.

Lilly levantou uma sobrancelha e pulou da pedra.

- Como não? Eles estão aqui em Neverland. Tem uma loira... - Ela começou a contar nos dedos. - Acho que o nome dela é Emma. Tem uma morena. Um pirata, uma mulher de cabelo bem curto e...

Os olhos de Henry ganharam um brilho indescritível.

- Por Deus! - Ele pulou para frente e segurou os ombros de Lilly. - Você os viu? Quer dizer... Falou com eles?

- Não, mas a Tinker me disse. Ela está lá com eles, estão arquitetando um plano pra tirar você daqui. Mas seria bem mais fácil se você cooperasse comigo e aceitasse minha proposta.

O garoto estava tão eufórico que Lilly teve que repetir mais duas vezes que tinha uma proposta para que ela pudesse ajudá-lo.

- Tudo bem! Eu aceito, mas me tire logo daqui! Por favor!

A menina bufou.

- Se fosse tão fácil assim, Henry. Primeiro eu tenho que falar pessoalmente com sua família. Depois tiramos você daqui, então você vai me ajudar a acabar com essa... Essa maldição.

- Maldição? - Ele perguntou, dando mais atenção a ela dessa vez. - Do cisne? Mas... ESPERA! Eu já ouvi essa história, é o lago do cisne. Tem um feiticeiro, um cisne branco, outro negro e um prin...

- Um príncipe. Isso. - Ela o encarou. - E esse príncipe é você. No livro diz: - Ela tirou um papel amassado do bolso da camisa velha e suja que já deve ter sido de um garoto, mas que lhe serve de vestido. - "Quando o príncipe da magia achar, a salvação irá encontrar". É você, Henry. Só pode ser você.

- Então, você está dizendo que... - Ele começou a andar de um lado para outro. - Que eu sou personagem da única história que não acaba em um final feliz?

- Olha, eu não estou entendendo o que você quer dizer com esse negócio de história e final feliz. Só quero que você acabe com essa maldição e fim! E se não fizer isso, esqueça a minha ajuda! - E se virou para ir embora, mas Henry segurou seu braço antes dela começar a correr.

- Tá bom! Eu acabo com essa maldição se você me ajudar.

Lilly sorriu satisfeita.

- Ótimo. Vamos ao plano: primeiramente você não pode dizer ou deixar entender para Pan ou algum dos meninos perdidos que sabe que sua família está aqui. Então, assim, nós teremos o ataque surpresa ao nosso favor.

- Tudo bem. - Ele assentiu.

- Agora, eu vou lá arquitetar um plano com eles. Não se esqueça do que deve... Quer dizer, do que não deve fazer. Temos um acordo? - Ela esticou a mão.

Henry a segurou, sorrindo.

- Fechado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, o que vocês acharam? Se gostaram comentem, se não gostaram, comentem tb! Bjs!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Swan Lake - Swan Queen" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.