- A Lucy morreu – Foi a pior frase que alguém me podia ter dito, especialmente depois do que aconteceu a ultima vez que a vi, foi uma discussão mas desta vez muito pior do que as outras.

Flashback on

-Luce tenho fome, podes cozinhar para mim?

-Não Natsu, sai da minha casa, deixa de invadir o meu apartamento

-Luce, eu gosto de estar contigo então porque não posso? – Perguntei já comendo alguma coisa do frigorífico, mais propriamente comendo um chocolate que tinha escrito “eu te amo”, como não queria que ela entregasse isso a mais ninguém que não fosse eu comi-o, era o ciúme falando mais alto

-AAAHHHHH comes-te o chocolate que fiz – E as lagrimas apareceram nos olhos da Lucy, ai assustei-me – Tive tanto trabalho, só porque queria pelo menos que essa pessoa soubesse que a amo, e tu comeste-o assim?

-Luce não te preocupes essa pessoa também te deve amar não precisas de dar-lhe chocolate – Disse isso mas na verdade é que queria que fosse para mim, pois eu sim a amava

-Tu… imaginas sequer para quem era o chocolate? Imaginas sequer o quanto eu amo essa pessoa? Imaginas o quanto dói não ser correspondida? Imaginas o que é conviveres com essa pessoa sorrindo todos os dias mesmo sabendo que essa pessoa não te ama? – Ai as lagrimas já estavam presentes e com intensidade no rosto da Lucy e eu, mais uma vez por ciúme dessa tal pessoa, exaltei-me

-Não me interessa para quem era, mas sinceramente espero que não sejas correspondida e que ames alguém que te ame

-O-O que? Não acredito no que disseste – E começou a falar mais alto, quase gritando – Tens razão, eu devia amar o Gray, o Loke ou até o Sting da Sabertooth em vez de amar-te a ti, IDIOTA – Isso sim surpreendeu-me, como assim ela preferia amar o tarado do Gray, ou o mulherengo do Loke ou até mesmo o idiota do Sting do que amar-me, calma ai, amar-me? A Lucy ama-me? O chocolate era para mim? Com esses pensamentos abri um sorriso bem visível e não percebi que a Lucy começou a chorar ainda mais – Sai, por favor vai ter com a Lisanna, gostas dela, certo? Então vai e deixa-me sozinha, eu preciso ficar sozinha, eu quero ficar sozinha

-Lisanna? Como assim a…

Mas não pude acabar a frase porque ela interrompeu-me

-Vais dizer que é mentira? Sai, se não saírem agora saiu eu – Eu fiquei no mesmo lugar, não ia deixa a Lucy sozinha neste estado, muito menos sem ela saber que eu também a amo, ouvi o som da porta a fechar-se e percebi que ela havia saído e fiquei a espera dela durante todo o dia e toda a noite, no dia seguinte como ela não tinha voltado fui para a Guilda preocupado e na esperança de encontrar lá a minha loira favorita a loira que amo. Entrei e vi que estavam todos vestidos de preto e uns a chorar e outros com cara de muita dor e sofrimento e eu perguntei estranhando aquele ambiente

-Ei, porque essas caras? Quem morreu? – Mas esperava que começassem a rir e dizer que queriam ver a minha reação, espera qual quer coisa minimamente positiva, em vez disso abaixaram a cabeça e todos recomeçaram a chorar, até Laxus e Gajeel tinhas lagrimas silenciosas a descer-lhes pela cara e então a Erza disse:

-A Lucy – Arregalei os olhos

-C-Como assim a Lucy? Podem parar, não tem piada alguma nisso – Disse seriamente não gostando nem um pouco do que tinha ouvido

-A Lucy morreu – Disse Mira, e todos choraram ainda mais, não aguentei as lagrimas saíram dos meus olhos sem que eu permitisse, então corri e percebi que o céu chorava juntamente comigo, foi a pior coisa que podia ter acontecido

Flashback off

Agora estava a frente da casa dela a chorar descontroladamente, já não tentava impedir as lagrimas de rolarem pelo meu rosto, e com todas as forças que ainda me restavam desejava, desejava que ela voltasse para mim, queria voltar a sentir o seu cheiro que me enlouquece, queria toca-la enquanto sentia um calor reconfortante na pele, tocar-lhe no cabelo enquanto sentia um faísca percorrer-me todo o corpo, queria abraça-la enquanto sentia borboletas no estomago, desejava poder dizer-lhe que a amo e beija-la, mas não podia, estava muito triste, solitário, incompleto sem ela ao meu lado, parecia que nada mais fazia sentido, então gritei, gritei com todas as forças que tinha e não tinha para que ela pudesse ouvir estivesse onde estivesse:

-LUCE AMO-TE!!! OUVIS-TE?! AMO-TE! NÃO AMO A LISANNA, AMO-TE A TI, AMO MUITO, QUERO TER-TE DE VOLTA, AMO-TE E QUERO PODER ABRAÇAR-TE PORQUE TE AMO BEIJAR-TE PORQUE TE AMO E PROVAR-TE QUE TE AMO DE VERDADE, COM TODO O MEU CORAÇÃO, CORPO, ALMA E FOGO DENTRO DE MIM AMO-TE, LUCE AMO-TE, AMO-TEEEEEE LUCYYYYYYYYYYYYYY!!!!!!

-N-Natsu? – Virei-me ao ouvir aquela voz que pensei nunca mais iria ouvir, e atrás de mim estava uma loira corada que percebi ser por causa do que gritei, corri como não pensava algum dia poder correr e abracei-a e agradeci a Mavis por poder tê-la comigo novamente

-Ouviste Lucy? – Sussurrei perto do seu ouvido – Amo-te, amo-te muito

-Natsu porque estas a chorar? – Disse ela correspondendo ao abraço

-Disseram-me lá na Guilda que tinhas morrido – E abracei-a mais forte

-Que exagerados que eles são, eu disse-lhes que voltava em 2 horas, e só porque decide dormir lá já dizem que morri?! – Disse ela inconformada, e depois abraçou-me mais forte fazendo carrinho no meu cabelo, como sempre fazia quando andava-mos de trem – Não chores, estou aqui

-Ainda bem, és a minha vida, sem ti não ia viver, amo-te! – E beijei-a, beijei a mulher que amo e a qual eu não queria perder ou separar-me dela jamais, nem por um segundo, não queria e não ia, eu não me arrependia de ter comido o chocolate que ela fez ou de tê-la beijado mas arrependia-me de não poder ter feito nada para a proteger dessa sua suposta morte, a qual eu fico imensamente feliz por ter sido um engano da Guilda. Então Lucy correspondeu ao beijo e ficamos mais próximo, se é que isso era possível, e ficamos a beijarmo-nos durante algum tempo, eu beijando a mulher que amo aqui na chuva que diminuía aos poucos, parecia que o céu tinha ficado feliz por nós e que aprovava o meu amor com a Lucy. Ela é a mulher da minha vida, a parceira deste dragão loucamente apaixonado, e agora beijando-a tenho ainda mais certezas do que antes, se a Lucy realmente tivesse morrido teria levado todo o meu coração, a minha alma e o meu fogo da vida consigo. Já não posso viver sem ela, e não quero, agora não a vou deixar, porque a amo e daria a minha vida por ela.