Vida Mais Que Complicada escrita por Clara Salvatore


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom, espero que vocês gostem.



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Minha vida é uma droga.

É essa frase que eu digo todos os dias ao acordar desde semana passada. E caso você esteja se perguntando o porquê me deixe explicar.

Lá estava eu de boa no estacionamento do supermercado, quando do nada uma mulher com uma roupa toda preta chega até mim e diz:

- Podemos conversar?

Eu claro fiquei com muito medo. Pois de acordo com minha mente muito criativa, quando alguém totalmente vestido de preto chega até você com simpatia fingida, não é nada bom.

- Humm... Eu estou ocupada. – Menti, na verdade eu só estava parada no meio do estacionamento esperando a mamãe, que voltou ao supermercado por que tinha se esquecido de comprar o molho de tomate, o que era uma total ironia já que foi exatamente para isso que nós viemos ao supermercado.

- Só vai levar um minuto. – Insistiu a mulher. O que comprova a minha teoria sobre pessoas totalmente de preto e sérias. Seja lá o que essa senhora queria comigo não era bom. – Eu sou do FBI.

Nesse momento eu gelei. Se ela esperava que com essa informação as coisas ficassem mais fáceis, ela estava totalmente enganada, eu só queria fugir o mais rápido possível dela.

Claro que se você encontrasse corpos de pessoas mortas sem nenhuma explicação e o FBI viesse atrás de você, logico que você iria querer fugir. Mais obvio que eu não o fiz, talvez ela não estivesse aqui por isso, e se eu fugisse seria o mesmo que está gritando “EU SOU CULPADA”. Por isso eu apenas olhei para ela e Disse: Legal.

Sim eu disse isso mesmo. O que eu poderia dizer? Uma agente da FBI estava ali na minha frente querendo falar comigo. E se ela me acusasse de assassinato, quando na verdade eu nem tenho culpa por achar essas pessoas mortas. Toda essa coisa de achar corpos de pessoas mortas começou quando eu tinha cinco anos, eu estava no parque com meu pai, quando de repente senti um gosto amargo na minha boca e ouvi um som distante, um som hipnotizador, e mesmo sem entender eu o segui, era meio que como se um ima estivesse me puxando, então quando eu cheguei perto do lago percebi que o som estava vindo de dentro dele, eu realmente iria entrar dentro dele se o meu pai não tivesse me puxado para seus braços, eu sentia um vazio imenso dentro de mim. E depois de muito tempo lá chorando nos braços do meu pai, ele me colocou no chão e ficou olhando para o lago e exclamou: Meu Deus! E chamou a policia havia um corpo boiando, uma garota de quinze anos, que tinha sido assassinada. O próximo corpo eu encontrei foi quando tinha treze anos, eu não disse nada a ninguém, simplesmente fui até um orelhão e liguei para policia e fugi. O terceiro corpo que eu encontrei foi há dois dias, então é obvio que eu estava com medo.

Para minha sorte a mamãe apareceu e eu corri ate ela deixando a mulher lá parada com uma cara nada feliz. E para minha sorte e felicidade ela não me seguiu.

Fui tirada dos meus devaneios com a mamãe gritando do lado de fora do meu quarto.

- Elena Gilbert, você vai se atrasar para a escola.

- Já estou acordada. – Resmunguei.

Sai da cama cambaleando até o banheiro, tomei um banho rápido, escovei os dentes, vesti uma roupa qualquer, arrumei o cabelo e fiz uma maquiagem leve. E desci para tomar café e esperar pelo Damon.

Damon é o meu melhor amigo desde que eu tinha onze anos, ele é o único que sabe sobre esse meu “dom” e por incrível que pareça ele acha que é demais, eu já tentei explicar para ele que achar pessoas mortas não é legal, mas ele parece que não me ouve e uma pequena parte de mim gosta de pensar que ele não me acha uma estranha. E fica feliz por ele não ter medo de andar com a garota que acha corpos de pessoas mortas.

Alguém buzina do lado de fora, e eu corro para beijar minha mãe porque eu sei que é o Damon.

- Pronta? – Pergunta ele sorrindo assim que eu entro no carro.

- Para a escola? Não. – Digo tentando não sorrir. Por que eu sei que tem algo mais por trás dessa pergunta, algo que ele não faz questão nenhuma de esconder, e á única coisa que ele está esperando é que eu diga sim para que ele possa dizer o que é.

- Bom, quem sabe amanhã. – Diz ele desapontado, ligando o carro e dando partida.

Chegamos ao estacionamento na escola e encontramos um grupo de garotas paradas lá, com caras de tédio que logo mudou para caras de adolescentes bobas e apaixonadas assim que notaram o carro do Damon, eu tive que me segurar para não revirar os olhos, porque o Damon estava olhando para mim com uma expressão divertida no rosto.

- O quê? - Perguntei saindo do carro.

- Nada. – Disse ele parecendo ainda mais divertido.

- Ótimo. – Disse com raiva, e logo em seguida bati a porta do carro com força. Aquela expressão divertida no seu rosto já estava me enchendo é como se ele soubesse de algo que eu não sei.

- Ei, o que eu fiz? – Disse ele. Eu olhei para ele esperando que aquela expressão tivesse abandonado seu rosto, mas para meu espanto só tinha crescido ainda mais. Quando eu estava preste a responder, Caroline aparece toda sorridente.

- Elena porque você não contou? – Perguntou Caroline.

- Bom dia, pra você também. – Falei com ironia.

- Nem vem. – Disse ela parecendo ofendida.

- Oi pra você também, Caroline. – Disse o Damon vindo para o meu lado.

- Aposto que você disse ao Damon. – Disse ela em um tom acusador.

- Disse o quê? – Perguntei.

- Sobre o seu namorado. – Disse sorrindo, e eu pude senti Damon endurecer ao meu lado.

- Namorado? – Perguntei só para confirmar se eu tinha ouvido bem.

- Sim. Um cara muito gostoso estava procurando por você, ele foi embora faz uns cincos minutos. Ele disse que vocês eram bastante próximos, e que ele realmente queria falar algo muito importante com você, ele disse que não teve tempo de falar quando vocês conversaram no supermercado ou algo do tipo, eu não lembro muito bem o que ele disse, porque eu estava ocupada demais comtemplando sua beleza. – Disse Caroline, sorrindo de orelha a orelha.

Eu meio que parei naquele momento, eu só tinha ido ao supermercado semana passada, e a única pessoa que eu encontrei lá foi á mulher que dizia ser do FBI, então com toda certeza esse cara também é do FBI. Droga!

- Ele pediu para te entregar isso. – Disse Caroline me entregando uma carta. Assim que a peguei soquei dentro da bolça seja lá o que estivesse escrito nela eu não iria ler na frente do Damon ou da Caroline.

- Você não vai abrir? – Perguntou o Damon seco, fazendo com que eu o encarasse.

- É claro que ela não vai abrir aqui. É uma carta de amor, ela não vai ler na nossa frente apesar, que depois eu vou querer saber todos os detalhes. – Disse Caroline, atraindo minha atenção novamente.

- Não é uma carta de amor. – Murmurei, para ninguém em especial. Porque eu realmente preferia que fosse.

- Bom, vejo você depois. – Disse ela saindo.

- Então o que é? – Perguntou o Damon fazendo com que eu o olhasse, porque evidentemente ele tinha ouvido o que eu disse. Ele estava com um olhar de acusação, e eu mim encolhi, eu não tinha contado a ele sobre a mulher do FBI, porque se eu tivesse metida em problema eu não iria querer ele envolvido nisso.

- Ele não é meu namorado. – Afirmei, mas ele não pareceu convencido, só me olhou com raiva. – E porque você está me olhando desse jeito?

- Você ainda pergunta?

- Eu não posso ler mentes, Damon. – Disse já irritada.

- É claro que não pode. – Disse ele parecendo ainda com mais raiva.

- Quer saber? Fique ai irritado por nem uma razão. Porque eu não fiz porcaria nenhuma para você está assim. – Falei virando as costas para ele e entrando na escola. Fui direto ao banheiro e tirei a droga da carta e fiquei branca ao ler o que tinha escrito.

NÓS FAREMOS CONTATO, E CASO VOCÊ NÃO QUEIRA FALAR CONOSCO, ACHO QUE VAI SER NOSSA OBRIGAÇÃO CONVERSAR COM SEUS PAIS SOBRE O SEU “DOM


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Notas finais do capítulo

Continuo?