Em Busca Do Amor Verdadeiro escrita por karol


Capítulo 4
Um novo amigo


Notas iniciais do capítulo

Escrevi esse capítulo hoje pela madrugada. Essa minha "mini férias" vai me ajudar a postar capítulos rapidamente. Então, estou aproveitando.

Então, aí vai mais uma parte de "Em busca do amor verdadeiro".

Talvez o nome do capítulo não seja o foca de vocês na história e se o capítulo estiver meio "ZzzzZZZzz" não me batam, ele é necessário para o enredo da história e logo logo estará mais 'hot' do que vocês imaginam. Tentem não se apressar, estou apenas mostrando os personagens a vocês (por enquanto).

Regina passou a tarde desconcentrada pensando em Emma, será que ela está sentindo a mesma coisa?
O Xerife vai aparecer e conversar com Emma, será que eles vão ser amigos?

Espero que vocês gostem.

Boa leitura. ;*




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“Ninguém pode mudar o passado. Mas o futuro pode ser diferente. E ele tinha que começar a ser em algum momento.”

Depois que Emma saiu do meu gabinete eu fiquei me perguntando o motivo dela fixar o olhar tão intensamente na minha boca, ela parecia estar em transe ou em outro mundo. Não sei o que se passou pela cabeça daquela mulher, mas ela me olhava de um jeito que por mais que tentasse fazer passar despercebido não conseguia e é meu instinto quando noto esse tipo de olhar provocá-los ainda mais. É lógico que foi proposital eu ficar de pé em frente a ela assim que notei ela analisar meu decote, só não sei a minha real intenção nisso, agi por impulso e inconsciente, mas sei que queria que ela fizesse algo.

Ela me pareceu sincera ao falar que não atrapalharia a minha vida e nem ia interferir na vida do Henry, mesmo assim eu não podia deixá-la ficar muito tempo em Storybrooke. O grande problema é que desde a primeira conversa que tive com ela quando ela levou o Henry em casa na noite passada, uma conversa ainda mais rápida que essa de hoje, eu não paro de pensar nela e eu sei que de alguma maneira essa mulher tinha interferido em algo na minha vida, hoje o dia não foi igual a ontem e toda a minha rotina tinha mudado, as coisas começaram a tomar rumos diferentes. Não sei se acho bom ou ruim só não quero perder o controle que tenho de tudo aqui em Storybrooke e de sua rotina quase imutável. Estou aqui com um propósito, um propósito que espero há vinte oito anos e não sei quanto tempo mais irá demorar, não sei quanto tempo mais irei esperar pela volta de Daniel, nem sei se o meu sentimento por ele ainda existe, mas o que me falaram é que o amor verdadeiro nunca morre

Eu estava menos insatisfeita e vazia depois que o Henry entrou na minha vida, mas eu não tinha esquecido as palavras que aquela criatura das trevas tinha me falado para que eu lançasse a maldição. Ele me falou que eu iria encontrar meu verdadeiro amor e vivê-lo neste mundo e mesmo mostrando para todos uma aparência dura e fria eu ainda esperava que isso acontecesse. O que eu não sabia era se a própria criatura lembrava-se do que ele tinha me dito ou se tinha esquecido sua identidade como todos ali em Storybrooke, lembro-me bem que ele foi a pessoa que me ajudou na adoção do Henry e deu todo apoio possível para que eu conseguisse, mas nunca tentei perguntá-lo se ele lembrava-se de algo. Saber de tudo e ficar calada durante esses anos era uma grande tortura e eu só queria que o sacrifício valesse a pena.

Meus pensamentos voltaram para Emma novamente, a cada documento que eu assinava relacionado à cidade eu me pegava pensando no jeito que ela me olhou. O olhar dela tinha uma fome e a sensação que eu tinha era que ela iria me beijar a qualquer momento, minha cabeça tentava tirar esses pensamentos e focar no trabalho, mas meu corpo falava por mim ao pensar no que poderia ter acontecido se ela tivesse tentado algo. Eu preciso parar de pensar assim, isso são apenas coisas da minha imaginação. A Srª Swan no mínimo deve ter alguém lhe esperando quando ela voltar para sua rotina. Uma mulher loira, linda, aqueles olhos era um como um feitiço que atraía e hipnotizava, por mais que eu tentasse não olhá-los. Eu preciso parar de pensar nessa mulher, principalmente de pensar do jeito que estou pensando, isso não é certo. Ela só vai passar uma semana aqui e eu só preciso fazê-la querer ir embora o mais rápido possível, mas não sei se é isso que eu realmente quero.

***

Já eram quase 6 horas da noite e eu estava no Granny’s, um copo de chopp e meus pensamentos me faziam companhia. Eu tinha chegado aqui mais ou menos às quatro da tarde e desde que sai da prefeitura meu pensamento não tinha outro foco além de Regina, sua boca, o que ela tinha pensado sobre mim e porque isso mexeu tanto comigo.

Notei que alguém tinha sentado no meu lado em um dos bancos do balcão, me virei para olhar e vi o distintivo de xerife na jaqueta preta dele. Era um homem, loiro, olhos verdes e seu olhar era aparentemente triste, vago, não sei explicar exatamente, pois isso foi o que eu notei ao simplesmente olhá-lo rapidamente.

— Ruby, o de sempre. – Ele pediu a Ruby que além te ajudar na pousada, também ajudava a Vovó como garçonete no Granny’s.

— Sim Xerife. – Ela falou se direcionando para ele. Logo se virou para mim. – E você Emma, está com esse copo de chopp desde às quatro da tarde, isso já está fervendo de tão quente.

— Na verdade eu não queria beber, Ruby. Acho que eu queria apenas pensar e talvez um gole ajudasse.

—Funcionou? Ela perguntou retirando meu copo dali e trazendo outro para mim junto com o do Xerife.

—Acho que não. – Respondi um pouco confusa.

—Sempre faço isso. – O Xerife falou se direcionando para mim com um sorriso, mas mesmo sorrindo o seu olhar parecia estar incompleto, é como se ele estivesse nunca constante procura, mas não sabe do que.

— E com você funciona? – Perguntei me virando para ele.

— Não. Na verdade, não sei por que ainda tento, talvez tenha virado apenas uma rotina tomar um copo de chopp antes de voltar para casa, ou antes, de um plantão noturno na delegacia. – Ele respondeu e logo deu um gole no liquido.

—Não entendo vocês. – Ruby falou confusa. – Preciso voltar a trabalhar antes que a Vovó venha me buscar aos berros para atender alguma mesa. – Ela saiu rindo da própria situação. O xerife também riu, ele parecia ser bem simpático.

— Então, qual o seu nome? Você é nova por aqui não é? – Ele perguntou tentando começar algum assunto, ele parecia um tanto solitário e isso eu reconhecia fácil, pois eu também era.

—Meu nome é Emma. Emma Swan. – Falei segurando meu copo de chopp. – Qual o seu? – Levei o copo até a boca e dei um gole.

— Xerife Nolan, mas me chame de David. – Ele sempre respondia com um sorriso. – Então você é a mãe biológica do filho da prefeita?

— Você também já está sabendo?

—Pois é, acho que você já notou que esse lugar é pequeno o suficiente e todos se conhecem, qualquer visitante atrai olhares curiosos que logo trocam informações.

— Notei isso assim que cheguei.

Nós conversamos por um bom tempo, bebemos em torno de três copos de chopp cada um. É claro que conversamos mais do que bebemos. Já era quase 9 da noite e eu não queria chegar tarde à pousada, queria dormir e amanhã cedo tentar ver o Henry novamente e saber algo mais sobre seu comportamento, hoje eu não tinha falado com ele depois do acontecido na prefeitura, pois eu queria realmente ficar um pouco sozinha. Me despedi do xerife que também já estava indo embora, pois tinha tido um dia longo e apesar de Storybrooke não ter muitos crimes era ruim estar sozinho nos plantões na delegacia.

Entrei no carro e fui dirigindo até a pousada. No caminho um vulto atravessou na frente do meu carro, foi tudo muito rápido eu não tenho ideia do que era, se era alguém ou algum animal, apenas freei o carro bruscamente. Eu não estava com sono, nem muito menos bêbada, três copos de chopp num período grande de tempo não ia me fazer ter alucinações. Foi tudo rápido demais e eu acabei batendo a cabeça no volante com o impacto do freio, isso fez o carro buzinar e quando eu passei a mão no meu rosto vi que ela ficou manchada de sangue. Logo percebi que alguém se aproximava do carro, mas quem estaria ali naquele momento e naquela hora da noite?

— Está tudo bem? – A pessoa se debruçou na janela do carro e tocou no meu ombro. Aquele perfume de rosas novamente. Levantei a cabeça para me certificar e é claro, era ela.

— Eu acho... Acho que sim. – Falei um pouco confusa.

— Você está sangrando. Seu supercílio está cortado. O que aconteceu? Vamos desça do carro, deixe-me ver isso. – Ela falava com um tom de voz preocupado e curioso. Eu não iria aguentar ficar próximo daquela mulher de novo.

— Não foi nada. Eu vou ficar bem... Não se... – Antes que eu terminasse de responder ela abriu a porta e me puxou pelo braço.

— Vamos até minha casa, você precisa lavar isso e ver a profundidade que está. – Eu não tinha notado que estava na rua da casa da prefeita. Fomos andando até a casa dela que estava a uns 10 metros do local. Fomos até lá em silêncio e chegando lá ela pediu que eu sentasse em uma poltrona e ela saiu da sala rapidamente, quando voltou veio com um kit primeiros socorros. Para quebrar o silêncio eu a interroguei.

— O que você estava fazendo na rua essa hora? – Ela estava limpando o corte no meu rosto.

— Só estava caminhando. Gosto de olhar o céu à noite, principalmente na semana em que a lua está ficando cheia. – Ela falava olhando apenas para o meu corte.

— Hum... Ai!! Isso arde! Para! Já está bom, chega! – Ela colocou no corte alguma coisa que ardia bastante.

— Não seja fraca Miss Swan, é apenas um medicamento caseiro para cicatrizar logo, sempre o usei quando o Henry caia e se machucava. Não vai precisar ir ao hospital, nem muito menos suturar, o corte foi pequeno. – Agora ela já estava olhando nos meus olhos ao falar, ela tinha um olhar intenso.

— Certo. Que bom. Obrigada. – Falei tentando controlar minha respiração e senti meu coração palpitar e logo tirei os olhos do olhar dela.

— Bem acho que logo estará bem. – Ela se afastou e ficou em pé procurando algo na caixa dos primeiros socorros. – Agora me diga. O que aconteceu?

— Vi um vulto passar na frente do carro, achei que fosse uma pessoa ou um animal. Então freei para não causa um acidente. – Falei ainda sentada, enquanto ela abria a embalagem de um band-aid para colocar no corte. – Não lembro muito bem, mas acho que o vulto foi para biblioteca ou naquela direção.

— Hum... Unhum... – Ela resmungou concentrada em colocar o band-aid no meu machucado. Lá estava ela novamente com o rosto muito próximo do meu e eu novamente estava hipnotizada pela sua boca. Notei que ela já tinha terminado e também ficou em silêncio olhando para mim, mas não era o silêncio como a tarde na prefeitura, dessa vez era diferente. Ela retribuiu o meu olhar e eu senti a respiração dela ficar mais intensa, nossos rostos estavam quase colados e nossas bocas quase se tocando. Eu senti ela se aproximar um pouco mais e aquela sensação de frio no estômago tomou conta de mim novamente, eu podia ouvir meu coração de tão acelerado que ele estava. – Me desculpe... – Ela se afastou de mim bruscamente, se recompondo e ficando em pé novamente. – Melhor você ir Miss Swan. – Suspirei.

— Sim. Eu vou, já está tarde. – Também fiquei de pé. Ela caminhou em silêncio até a porta.

— Obrigada pelo curativo.

— Não a de que. Tente não se machucar outra vez. – Ela falou fria e seca como da primeira vez que nos vimos.

— Tentarei. E antes que você saiba por alguém, amanhã irei ver o Henry.

— Espero que não quebre nosso combinado, Miss Swan. – Ela falou erguendo uma das sobrancelhas.

— Não combinamos nada, mas não se preocupe, eu não vou prejudicar ninguém.

— Ok. Boa noite.

— Boa noite.

Voltei para o carro e fiquei lá parada por um tempo tentando colocar meus pensamentos em ordem, quando olhei para o retrovisor notei que a luz de uma janela na casa da prefeita estava acesa e se minha imaginação não estiver me enganando, ela estava me observando. Ela também sentia a mesma coisa que eu estava sentindo? Notei a sua respiração descompassar quando nos olhamos naqueles segundos onde parecia que o tempo tinha parado, além disso, ela se aproximou de mim e quase me beijou. Essa mulher é um mistério e tudo nela chama minha atenção, preciso sair daqui o mais rápido! Tentarei adiantar minha partida para amanhã à tarde assim que falar com o Henry.


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Notas finais do capítulo

Eai, o que acharam?

Yeah, David é o Xerife. hahaha Isso ficou bom?

O vulto, o encontro inesperado com Regina, a prefeita na rua aquela hora, será que tudo foi por acaso? Vocês acreditam em destino? hahaha

Emma está querendo ir embora, isso é triste. Será que ela vai fugir do que está começando a sentir? Será que ela pode fugir?

Enfim, veremos no próximo capítulo.
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