A História de Uma Semideusa - Crios escrita por Rebeca R


Capítulo 11
Fugimos da Prisão


Notas iniciais do capítulo

Esse está menos que os outros, porque eu queria terminar com um suspense, mas espero que gostem! ;)



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Eu fui primeiro. Coloquei o boné e fiquei invisível, só tinha uma coisa que ainda era visível em mim, o meu broche de espada.

– Ih! Você vai ter que tirar isso dai. – disse Julius.

– Sempre volta para minha blusa. – retruquei. – Impossível tirar.

– Os guardas não vão se importar com um broche flutuante. – afirmou Holl.

Eu não tinha tanta certeza disso, mas teríamos que tentar. Virei à esquina e entrei no corredor com Julius na minha frente. Os guardas nem prestaram atenção nele, muito menos em mim. Atravessamos o corredor em silencio, chegamos do outro lado tranquilamente. Ali tinha uma porta de ferro trancada com um enorme cadeado, não tinha como eu passar por ela. Virei-me para Julius.

– Como abriremos isso? – sussurrei.

– Usando a chave! – ele respondeu.

– Que chave?

– Está presa no cinto do primeiro guarda.

– Você pode ir buscar?

– Eles podem até não se importar com a minha passagem, mas se eu tentar pegar as chaves eles não vão gostar muito.

– Por que não disse isso antes?

Ele balançou os ombros e eu bufei. Fantasma estupido pensei Bem que ele podia fazer o serviço completo! Voltei para o corredor e os guardas pareceram não notar o broche brilhante. Caminhei até o guarda que ficava logo depois da esquina e olhei no seu cinto. Havia uma chave grossa, de ferro, pendurada nele. Eu me aproximei pelo lado e segurei a chave, esta ficou invisível também. Pelo menos isso pensei. Puxei a chave do gancho, o gigante grunhiu, mas não fez nenhum movimento. Eu atravessei o corredor até a porta e coloquei a chave na fechadura. Girei bem devagar e quando a porta se abriu eu rapidamente me esgueirei para dentro, nesse meio tempo, tirei o boné e dei-o para Julius.

Eu estava em frente a uma escada que subia em caracol até um quadradinho de luz lá em cima. Eu me sentei no primeiro degrau, a fim de esperar Holl, mas no instante em que eu toquei nela, a escada começou a se desfazer. Com um salto eu subi para o próximo degrau, mas este também começou a virar fumaça. Comecei a subir a escada, quanto mais alto eu chegava, mais rápido a escada se desfazia. Quando eu cheguei ao topo, ela começou a se refazer, um espiral descendo até a porta de ferro.

De lá, saiu Holl. Ele olhou para os lados, me procurando. Eu tinha que dar um jeito de fazer ele me ver, sem fazer barulho. Peguei o meu broche e joguei lá em baixo. Ele foi caindo, caindo... E PLIM! O barulho chamou a atenção de Holl, que olhou para cima, não sei se ele me viu acenando, mas eu acenei freneticamente. Ele pegou meu broche do chão (graças aos deuses) e começou a subir a escada. Está foi se desfazendo atrás dele, como na minha vez. Holl era rápido e estava sempre a três degraus na frente da fumaceira. Quando ele chegou ao topo, se jogou no chão na minha frente.

– Escadinha... – ele ofegou. – Complicada... Hehe

Eu dei um sorrisão e o ajudei a se levantar. O mapa dizia que devíamos seguir pelo corredor que daríamos no salão. A porta do outro lado do salão era a nossa entrada, porém, ao chegarmos ao salão avistamos cinco gigantes hiperbóreos, um em cada entrada.

– Ou, ou... – eu murmurei.

– Como vamos passar por eles? – indagou Holl.

– Não sei. Eu poderia distrai-los enquanto você sai...

– Nem pensar! EU os distraio enquanto VOCÊ passa!

– Vamos juntos, ok?

– Mas como?

Passei os olhos pelo salão. Era circular e no meio tinha um pedestal. Só então eu notei a nevoa branca que circulava pelo salão, ela passou por nós algumas vezes, expelindo um vento frio... Parecia...

– Um ar condicionado móvel. – sussurrou Holl.

– Podemos nos esconder nele. – sugeri.

– Boa ideia! Você vai à frente!

– Eu fui à frente da ultima, agora é sua vez.

– Se você insiste...

A nevoa passou por nós de novo, dessa vez Holl entrou dentro dela e sumiu. Ele deu a volta ao salão e quando passou em frente à porta que deveríamos seguir, ele se jogou lá. Com seu impacto a porta se abriu e ele foi puxado por um redemoinho de areia negra. O guarda da porta foi junto. Os outros guardas nem pareceram perceber o que havia acontecido bem na frente deles. A nevoa continuou a rodar pelo salão.

Quando ela passou por mim de novo, eu me joguei dentro dela. Era uma sensação estranha. Fazia frio, muito frio. Meus pés não tocavam o chão, mas mesmo assim eu me movia rapidamente pelo salão. Era como estar dentro de um algodão doce congelado. Quando passei pela porta eu me joguei no furacão negro.


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Notas finais do capítulo

Review! Cadê você! Eu vim aqui só pra te ver!



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