61ª Edição: Herança Familiar, ou Não? escrita por AlexandreTHG


Capítulo 19
Capítulo 19 - Os Finalistas.


Notas iniciais do capítulo

Oi meus leitores amados!!!!!! Eu já disse o quanto amo vocês? Muito obrigado a todos que leem :D Até vocês fantasmas!!!!
Bom, estou aqui com mais um capítulo para vocês, mas antes, eu quero dar um aviso. Dia 02/01/14 (e.e) eu vou viajar e não tenho prazo para voltar. Quem sabe uma semana ou mais. Por isso, eu estou avisando vocês que vou demorar para atualizar novamente a fic ='(
Enfim, espero que gostem do cap :)



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Caio de joelhos e retiro a flecha do ombro sem olhar para a ferida, tentando ao máximo ignorar a dor. Avisto outra flecha vinda de Karina em minha direção. Rolo para o lado esquivando-me.

Trice aproveitou que Karina estava voltada para nós e tentou ceifá-la com a foice, mas Karina não é uma Carreirista boba, e desviou, batendo com o arco no rosto de Trice que cambaleou para trás.

Henri sem elas perceberem, lançou o Estrondo. A arma acertou em cheio a clavícula de Trice, que foi lançada para longe como Karina, pela onda de impacto do objeto como Henri havia dito.

Meu braço estava ardendo, a dor se espalhou pelo corpo todo e eu tive vontade de me atirar contra o chão com a mão direita no ombro e chorar, mas eu não podia fazer isso.

Trice se levantou segurando a foice com a mão esquerda, e com a direita estava pressionando aonde o Estrondo lhe acertou. Ela estava fazendo uma careta estranha, estava sentindo muita dor, mas não admitia chorar. Ela se levantou cambaleando e tentou fugir. Estava indo em direção à floresta. Era a minha chance de acabar com ela, pegar o tridente com a mão direita boa e lançá-lo. Mas eu fraquejei. Não consegui me concentrar, a dor da ferida no ombro estava insuportável; atirei o tridente em vão que se cravou em uma árvore.

Karina se levantou ainda tonta e focou o olhar em Henri que estava indo em direção ao Estrondo no chão. Ela pegou uma flecha e preparou-a.

– Henri, cuidado! – gritei. Ele olhou para ela e se jogou contra o chão para esquivar-se da flecha. Karina não poderia deixar que ele pegasse o Estrondo, portanto atirou outra flecha, que errou por pouco. Ele caiu e ela agora se voltou contra mim. Avistei-a pegar sua última flecha da aljava. Ela a preparou. Vi a morte na minha frente.

Ela disparou a flecha.

Em um movimento instintivo, agarrei a mochila com a mão direita e a lancei contra a flecha. A flecha se cravou no objeto e juntos rolaram para longe de nós.

– Que se dane. Vou acabar com vocês. – diz Karina. Ela olhou para Henri e viu perto dele o Estrondo. – E vou usar a sua arminha garotinho.

Ela foi até o Estrondo. Quando estava prestes a alcançá-lo, Henri saltou contra ela e ambos rolaram no chão para longe da arma. Eles começaram a se gladiar, ele esperto, jogando o peso contra ela e usando ao máximo o próprio corpo como arma atirando-se contra ela no chão. Ela, Carreirista treinada, usava o arco para bater nele.

Henri não aguentaria muito tempo, eu precisava fazer alguma coisa. Levantei ainda com o corpo latejando de dor queimando meus músculos. Andei até eles focado em ajudar meu amigo.

Finalmente a alguns metros deles, a dor tomou conta e caí de joelhos novamente. Olhei para eles, Henri estava sobre ela tentando acertá-la com socos, mas ela desviava facilmente.

Então, a luta acabou. Karina já estava desarmada, o arco estava jogado no chão, então ela usou as próprias unhas e fincou-as nos braços de Henri que hesitou, e depois as cravou no rosto dele. Henri cambaleou para trás e ela lhe deu um chute, fazendo-o cair de costas no chão.

– Agora você vai morrer seu gordo idiota! – Karina pegou Henri pelo colarinho e o levantou. Botou as mãos sobre seu pescoço. – Vou matá-lo de um jeito bem divertido, para a Capital me amar! Eu sou mesmo uma rainha, não é mesmo? – ela começou a passar as unhas afiadas sobre a garganta dele, perfurando-as devagar. – Vamos, diga! Eu sou uma rainha ou não?

– Si... Sim. – diz Henri, gemendo de dor. Ela começou a perfurar as unhas ao redor de seu pescoço.

Me levantei e fui cambaleando na direção deles. Tinha que ter algum jeito. Então, finalmente minha mente raciocinou.

A faca de Belatriz.

Eu ainda estou com a faca dela, no cinto. Peguei o cabo da faca e me aproximei mais deles, Karina não estava me notando.

– Isso mesmo! Eu sou uma rainha! – gritou Karina. Então ela fincou mais forte as unhas na garganta de Henri. Começou a puxá-las para baixo. Ele não aguentaria mais muito tempo. Cheguei mais perto, por trás de Karina e estendi a faca.

– Não, você não é uma rainha! Você é uma vadia! – gritei. Finquei a faca em suas costas. E com toda a minha força puxei a faca para baixo por dentro do corpo dela, para matá-la de vez.

Karina caiu, se contorcendo no chão. Henri se atirou de costas para trás e eu para frente, próximo dele. O canhão soou.

– Você está bem? – pergunto.

– Estou. – responde ele. – Ela só feriu um pouco demais ao redor do meu pescoço, só está sangrando. Não perfurou nada importante a tempo, graças a você. Obrigado. – Sorri em alívio, mas logo a expressão de dor voltou e atirei o rosto contra o chão, dessa vez deixando as lágrimas saírem. – Seu braço, seu ombro. Está muito machucado, precisamos fazer alguma coisa.

– A Trice fugiu. Vamos sair daqui. – digo, ele concordou com a cabeça. Ajudou a me levantar. Fui andando até o tridente e peguei-o com mão direita. Henri pegou o Estrondo. – A minha mochila está perdida. O lago e a sua armadilha estão do outro lado da arena. O que faremos agora?

– Eu não sei. – responde ele. – Não tem resposta lógica para o que faremos agora. Sem água, sem nada.

Nos afastamos um pouco mais. O aerodeslizador apareceu e levou o corpo de Karina. Antes disso por sorte peguei de volta a faca de Belatriz e a coloquei no cinto. A faca que salvou as nossas vidas, mesmo morta, Belatriz nos salvou.

– O que nos resta é andar, procurar alguma coisa. – digo. Ele concordou com a cabeça e começamos a andar. Peguei umas folhas de umas árvores e amarrei-as de um jeito estranho. Coloquei-as sobre o ferimento em meu ombro e prendi, estancando o sangue.

Tempo depois, o cansaço bateu forte, e a dor também. A floresta estava à mesma, coelhos e pássaros iam e vinham. Sentamos na base de uma árvore, Henri com as mãos no pescoço tentando de alguma forma aliviar a dor, as marcas das unhas de Karina ainda estavam vivas. Meu ombro estava latejando, não sei mais o que fazer.

Com a mente calma, comecei a pensar claramente. Agora restavam apenas 4 tributos. Eu, Henri, Mary e Trice. Um tributo do 4, dois do 3 e um do 10. Parece que o distrito 3 está com altas chances de ter um vencedor. Eu estou ferido, mas Trice também está; com certeza ela está ferida, e sozinha, isso de algum modo me satisfaz. Mas Mary ainda está por aí. Deve estar bem, com suas armas mortais em umas simples e pequenas nozes.

Fui despertado dos meus pensamentos com um barulho. Eu já havia ouvido este barulho antes, um patrocínio está vindo.

Dois paraquedas prateados vieram do céu e pararam aos nossos pés. Eu e Henri nos encaramos e sorrimos. Finalmente patrocinadores estão nos ajudando, e ainda melhor, nessa hora difícil. Abri um deles, tinha um pequeno frasco com um creme azul-claro. E um bilhete que li em voz alta.

“Passem bastante e melhorem – M”. É de Mags. Retirei as folhas e enchi a mão com o unguento e apliquei no ombro. Sem olhar para o ferimento. Passei por toda a região, até o cotovelo. Um alívio imenso percorreu meu corpo. Depois de não estar mais tão úmido, cobri novamente o local com folhas e dei o frasco para Henri. Ele passou no pescoço e também obteve uma expressão de alívio no rosto. Ele abriu o outro paraquedas, nele continha uma garrafa grande e fatias de pão. Além de um bilhete que Henri leu:

“Bebam e comam bastante! Recuperem as energias e sigam em frente, vocês tem cerca de 55,7% de chances de um vencer! – B e W”

Comemos metade dos pães e bebemos bastante. Com tanta vontade que esquecemos o resto. Quando olhamos de novo e estávamos satisfeitos, o pescoço dele já estava muito melhor. Retirei as folhas e minha ferida também já estava quase cicatrizada.

Recuperados, seguimos caminho. Pelos meus cálculos, já era para estar noite, mas ainda está claro. Estão manipulando o horário na arena. Pelo visto estão querendo logo um final.

Eu e Henri continuamos andando, com o tridente e o Estrondo em mãos, estávamos andando lado e lado com o monte da cornucópia. Olhamos lá para cima, conseguíamos ver a ponta do chifre lá em cima, brilhando com o laranja do por do sol. Por um momento lembrei-me de Nanda.

Depois de uma conversa, sobre como eles querem que isso acabe logo, e como a cornucópia provavelmente é o melhor lugar para esse fim. Decidimos subir até lá e encarar logo o que está por vir. Começamos a subir à costa da montanha. Finalmente quando chegamos ao topo, observamos o lugar. A terra era plana, um círculo perfeito se formava aqui, por cima do morro; e no centro, o chifre da cornucópia.

Por um momento, tudo parecia normal. Até que eu a vi. Cutuquei Henri com o cotovelo e levei o dedo indicador à boca, pedindo silêncio, e apontei para ela.

Dentro da cornucópia, Mary estava deitada mexendo em uma garrafa. Ela não nos viu. Um arremesso de uma de suas nozes e ficaríamos aos pedaços. O jeito seria acabar com ela de longe. Quando preparei o tridente e dei um passo à frente para mirar e acabar com ela, Henri me parou e apontou para o chão. Eu não notei nada, mas ele sim, e olhava surpreso.

– Ela deixou armadilhas no chão. – sussurrou ele.

– Como sabe? – perguntei.

– As linhas, na terra. Está vendo? – Eu não via nada. A terra para mim estava normal, mas ele olhava com certeza.

– Não. Tenho que acertá-la daqui, com o tridente.

– Não! – ele quase gritou. – Na posição em que ela está dificilmente você acertaria. E com um toque em falso, as bombas explodiriam.

– Vocês! – gritou Mary. Ela agora estava de pé e olhou para nós. – Henri, você está aí! Que ótimo! Venha, venha para cá comigo para eu acabar com esse garoto. Juntos nós daremos um vencedor ao distrito 3!

Por um momento, apenas observei Henri. Mary não queria matá-lo. Queria unir-se a ele para as chances de o distrito 3 terem um vencedor serem maiores. Encarei Henri, pensando em qual seria a sua decisão. Ele estava sério, observando o chão, sem expressão; pensativo. Olhei para Mary, ela estava com uma noz na mão e sorrindo. Com a vitória certa do distrito 3 em mente. Seu sorriso sínico era o mesmo que fez ao lançar a bomba em Belatriz. Aquilo me tirou do sério.

– Pare de rir, sua desgraçada! Vou acabar com você! – gritei. Meus braços estavam prontos. O tridente preparado e mirado, no coração dela. Mas antes que o lançasse, Henri pôs a mão em meu ombro.

– Espera, Alex. Por favor. – diz ele em voz alta, depois ainda encarando o chão cochichou apenas para eu ouvir: – Se você lançar, ela vai desviar e depois nos matar, não seja idiota. – Depois ele ergueu a cabeça olhando para ela e disse em voz alta novamente: – Espere aqui.

Fiquei sem reação, apenas olhando para ele. Ele começou a andar. Olhando para o chão, para as linhas que eu não identificava, ele foi andando alternando pulos e passos, até alcançar Mary no outro lado.


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Notas finais do capítulo

Infelizmente a continuação vai demorar como eu já avisei lá em cima kkkkkkkkkkkk
Agora, eu quero desejar à todos vocês FELIZ ANO NOVO!!!!!!!!!!!!!!!! MUITA SAÚDE, FELICIDADE E SUCESSO!!! :D
É isso. Até ano que vem pessoal