Meia Noite Na Árvore Forca escrita por Thais Souza, Mell Silva


Capítulo 6
5-O Fim De Um Mistério


Notas iniciais do capítulo

oi! capitulo novo e cheio e novidades! finalmente O cara aparece kk comentem please!



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Ai que dor de cabeça! Meu corpo inteiro está doendo tanto que mal consigo abrir meus olhos. Calma lá?! Onde é que eu estou? Eu estou com a sensação de que estou me movendo, mas não consigo sentir minhas pernas.

–Aaahhh!- Dou um grito assustado quando percebo que estou nos braços do garoto, aquele mesmo que aparece nos meus sonhos, que eu pensava que não era real até pouco tempo. Ou eu achava que era pouco tempo, porque sinceramente não sei quanto tempo se passou desde que cai naquele buraco.

–Ah você acordou finalmente!- Ele não só é lindo, como tem uma voz encantadora. -Não fala nada não, princesinha. Você bateu forte a cabeça e eu estou te levando para um lugar mais calmo, para eu fazer um curativo na sua perna. Eu não mordo não tá?! A propósito meu nome é Ethan, e o seu como é?- Meu Deus! Calma Amelia, isso não está acontecendo. O garoto com quem você sonhou por muito tempo não está te carregando nos braços.

Mas isso é mentira, ele é real, e bem forte por sinal. Nota mental: Não falar nada dos sonhos para ele, vai que ele pensa que sou louca?

–Amelia.- Digo com voz fraca.

–Muito bem, Amelia, estamos já chegando. Agora falta pouco, você estava desmaiada na maior parte do tempo. Perdeu a bela vista. - Ethan fala, sorrindo. Nossa ele é muito bonito mesmo, mais do que no sonho. É alto, forte, tem uma pele branquinha e o cabelo castanho meio bagunçado. O que mais me prende nele são seus olhos, tão azuis quanto os meus.

Tento falar alguma coisa, mas ele sela meus lábios com um dedo. Olho para ele meio dramática como que diz “Caramba, vou ter que ficar sem falar por muito tempo?”. Ele me responde com uma gargalhada.

–Eu já falei, tente ficar quieta agora, Amelia. Pelo que vi você gosta de falar né, princesinha?- Ethan fala de novo esse apelido, acho que apenas para me irritar, porque viu a cara estranha que fiz quando ele disse "princesinha" pela primeira vez.

Passam mais alguns minutos e chegamos a um grande lago, bem no meio da floresta. Ethan aponta para uma casinha simples construída por ali. Na verdade ela parece ser bem fortificada, é toda de cimento e está meio que disfarçada. Entramos na pequena casa, que para mim parecia mais um esconderijo, e sinto um cheiro... Agulhas de pinheiro e coisas guardadas.

–Nossa! Quem é que cuida disso aqui? Está uma bagunça!- Não pude deixar de comentar isso. Tinha roupas no chão, comida espalhada pela sala, lama na entrada... Tive vontade de recolher minhas palavras assim que saíram da minha boca. Como eu poderia falar isso da casa dele? Ethan estava me ajudando, eu não podia reclamar. Tomada por esse pensamento coloco as mãos na boca e arregalo os olhos, arrependida. Ele faz uma cara de ofendido, mas logo suaviza.

–Essa não é minha casa de verdade. Venho sozinho aqui, então me dou bem com minha bagunça.- Ele me explica, enquanto me deita no que deveria ser uma cama.-Você está bem?- Faço que sim com a cabeça, e sinto uma pontada enorme na minha perna. O garoto deve ter percebido, porque se aproximou de mim. Olhei em seus olhos, eram de uma calma tranquilizadora. Fiquei me perguntando quanto tempo eu conseguiria passar só olhando para aqueles olhos... Tão marcantes que pareciam enxergar minha alma. Cheguei a conclusão de que a resposta seria "muito tempo". Nunca me cansaria daquele olhar. Escuto um murmúrio, que me tira do delírio, acho que ele me perguntou alguma coisa.

–Hã?- Falo confusa.

–Então, o que você foi fazer na floresta? Não costumo salvar muitas garotinhas caídas em buracos!- Ele ri.- Falando nisso, é proibido. A floresta é proibida, espero que você não diga a ninguém que me encontrou aqui.- Ethan termina, com uma certa urgência.

–Eu fui comer na Mellark's Bakery, quando descobri que na verdade as pessoas desse distrito não se alimentam bem, algumas passam fome mesmo...- Me dava um embrulho no estômago só de pensar. Ele pareceu se interessar no que eu falava, porque cruzou os braços e me olhou com firmeza. -Eu me desesperei, não sou acostumada a ver isso. Senti-me mal por viver bem, enquanto outras pessoas morrem de fome. Perguntei-me o porquê da Capital deixar isso acontecer...- Ele me olhou com um jeito interrogador, me constrangeu um pouco, mas continuei. -Enfim, sai correndo, feita uma louca-garota-mimada até cair em um buraco no meio da floresta, é o que eu me lembro.- Ethan ri do meu último comentário.

–Então eu já sei que você não é daqui. Até porque nunca te vi antes, eu me lembraria de você se tivesse visto.- O sorriso dele também é muito bonito.

–Ah... Eu sou da Capital!- Acho que falei meio alegre demais, típico costume capitalesco.

–Da Capital?- Ele arregala os olhos e se afasta de mim. Parecia assustado, como se eu fosse uma espécie de mostro.

–Eu não costumo seguir a risca à moda da Capital, deve ser por isso que você não percebeu antes.- Vestido branco e azul, simples e frio demais. -E também não sou nenhuma mulher-bomba ou pacificadora! Mas porque essa cara? Algum problema com a Capital?- Okay, estamos em uma guerra, mas acho que era perceptível que eu não fazia o tipo que ia a luta.

–Nã-Não! Problema nenhum! Vamos embora daqui, princesinha.- Ele diz apressado e com um sorriso falso. -Consegue andar?- Ele pergunta, mudando de assunto.

–Acho que sim.- Digo, me levantando. Tudo que eu não queria era parece fraca e fresca. Mas não pude deixar de soltar um "ai".

–Deixa pra lá.- Disse ele, me ajudando a voltar para cama. Ele faz o curativo na minha perna e me pede parar mastigar algumas ervas amargas, que fazem a dor passar. -Vou preparar um chá pra gente, okay?- Ele diz, tirando sua jaqueta e me cobrindo com ela. Parece até que adivinhou meus pensamentos, estava muito frio. Aquela jaqueta tinha um cheiro diferente de tudo naquela casa, um cheiro de jasmim e pêssego. Mas acho que esse é o cheiro dele, não da peça de roupa. Não pude deixar de notar o seu corpo, a camiseta justa mostrava muito de seus músculos bem definidos. Nota mental: Não reparar tanto no corpo dele, o físico é incrível, mas é melhor não observar muito, ele fica intimidado.

–Okay!- Falo e olho para o lado oposto, tentando me concentrar em alguma coisa sem ser ele.

Quando ele volta com o chá e uns biscoitos, noto que seu rosto está um pouco mais aliviado, o que o deixava mais bonito. Bebo um pouco do meu chá.

–Você morar na Vila da Vitória, certo?- Acho que todas as pessoas mais ricas devem morar lá.

–Sim, me mudei hoje mesmo. E você?- Sim, sou curiosa. Não que eu vá para casa dele, óbvio.

–Eu moro na Costura, fica bem próximo da Campina. Antes não tinha ninguém lá, mas agora as pessoas têm chegado aos poucos, em geral são famílias de mineradores. E agora com o cerca da floresta mais pessoas se mudarão, já que a Campina é muito perto da cerca.- Tinha uma coisa que eu queria muito saber, queria saber como era a família dele.

Sempre tenho vontade de saber sobre as famílias dos outros, para ver se é parecida com a minha. Torci para que ele não morasse com esposa e filhos.

–Você mora com quem lá?- Solto.

–Com meus irmãos mais novos, Alice e Ewan. Meus pais faleceram em um acidente.- Ele cuida dos irmãos sozinho? Sinto-me culpada por sempre reclamar da minha vida. Seja lá como for, é muito mais difícil para ele.

–Eu... Eu sinto muito. Deve ser muito difícil para você.- Falo, desconcertada.

–Não se sinta mal, nós vivemos bem. Já passamos por momentos piores antes...- Ethan fala com simplicidade

–Eu moro com minha governanta, Emma, digo isso porque meu pai nunca está em casa. Ele parece mais uma visita quinzenal e mal-humorada. E minha mãe... Ela. Ela morreu pouco depois do meu parto. E Emma é como uma mãe para mim.- Completo.

–Sua vida também não me parece nada fácil. Viver sozinho nunca é...- O garoto fala, se aproximando de mim e segurando minhas mãos. Ai Deus! Minha vontade é de agarrá-lo agora. Meu coração está acelerado e minhas mãos suando. Um frio percorre minha coluna e um calor passa pelo meu ventre. Nunca senti algo assim antes, nem mesmo com Jack.

–Acho que eu não preciso viver sozinha...- Porque eu disse isso? Sério! Tenho grandes problemas em segurar minha língua.

–Verdade...- Eu estava quase fechando meus olhos, mas ele se afasta. Claro que ele não ia me beijar! Só uma maluca como eu para pensar isso, ninguém beija uma pessoa no momento em que a conhece. Talvez Savannah faça isso, mas não eu!

–Acho que já está na hora da princesa Amelia retornar para o castelo de onde ela veio. Deve ter muitos príncipes preocupados com você. E sua Emma também.- Acho melhor não dizer para ele que não tenho nenhum "príncipe", vai que ele acha que estou desesperada por ele?!

O que não é mentira.

–Que horas são?- Ao invés de dizer que preferia ele à qualquer príncipe, digo isso.

–Dezoito horas.- Nossa o tempo passou voando!

–Tenho que correr, prometi que estaria em casa na hora do jantar.- Falo, me levantando.

–Tudo bem, eu te acompanho.- Ethan vem na minha direção e recoloca a sua jaqueta sobre meus ombros. Eu não recuso, realmente estou com frio.

Percorremos todo o caminho em silêncio. Antes de sairmos da floresta, observamos o local em busca de pacificadores, mas não há nenhum por perto. Ele me deixa em frente ao portão da Vila da Vitória e eu devolvo seu agasalho.

–É... Obrigado por tudo. Até qualquer dia...- Desejo com todas as forças que nos reencontremos logo.

–Que tal se a gente se ver amanhã? Gostei de conversar com você e...- Eu o interrompo, afirmando e sorrindo. -Que tal no casebre da floresta? Prometo arrumar um pouquinho da bagunça! E se você puder de manhã seria ótimo, tem menos pacificadores.- Ethan termina de falar e da um sorriso lindo, que me desnorteia.

–Por mim tudo bem, até amanhã então!- E agora? Como me despedir? Acabo dando um beijo na bochecha dele e correndo para casa antes de corar. Não sei se foi coisa da minha cabeça, mas juro que escutei um sussurro de "Mal posso esperar...". Por pouco não gritei um "Eu também!".

Entro em casa e dou de cara com Emma. Sua cara não é das melhores, principalmente depois que vê meu curativo. Ela sempre foi super-protetora, e me ver com um arranhão já é motivo para me levar ao médico.

–Não precisa se preocupar Emmazinha! Estou bem, juro. Na verdade, estou ótima! Vamos jantar logo, porque estou louca para ir dormir.- Falo, com um enorme sorriso no rosto. Minha vontade era de dormir logo, para que o amanhã chegasse mais cedo. Mas é claro que eu não consegui dormir.

Eu só conseguia pensar nele, no garoto dos meus sonhos.

POV ETHAN

–Ethan, você tá me escutando?- Alice devia estar falando comigo há muito tempo, parecia um pouco irritada.

–Ô minha irmãzinha, desculpa tá? Tava aqui pensando em umas coisas...- Desde que voltei para casa estou assim, meio distante. Isso tudo por causa dela, da princesinha que conheci. Não vou negar, ela mexeu comigo, tive que me controlar para não beijá-la. Amelia é linda, corpo perfeito, meio doidinha também. Espero que amanhã ela apareça no nosso "encontro", preciso conhecê-la mais.

–Seu amigo, o Noah, esteve aqui. Disse pra você aparecer na casa dele, hoje ainda.- Ela disse, me lançando um olhar inquisidor.

–Tá certo, mais tarde passo por lá. Prometo que fico por pouco tempo, tá?! Tudo bem senhorita Alice Mandona May?- Falo, rindo da cara dela. Ela não gosta muito quando fico fora até tarde, parece que é minha mãe. Acho bonito como ela cuida de tudo e todos, mesmo só tendo 12 anos. Depois que nossos pais morreram ela amadureceu muito.

–Adiantaria se eu dissesse um não?- É verdade, não sigo muito as regras dela. -Mas eu quero saber uma coisa. Porque você tá com essa cara hein?! Parece até que viu um passarinho verde... Ou seria uma pessoa? Não vá me dizer que você voltou a Annie Davis!- Deus! Porque ela tinha que se lembrar da minha ex-namorada?

–Não. Não é nada Alice, fique tranquila. Daqui a pouco vou pra cozinha te ajudar.- Ela se vira e sai.

–Ethan!- Ewan sai do quarto correndo e me dá um abraço. Amo muito meus irmãos, os que moram comigo claro. O Ewan é carinhoso e gentil, mas precisa da nossa atenção. Foi ele quem mais sofreu com a perda de nossos pais. Quando houve o acidente ele só tinha 3 anos, agora está com 5. -Chegaram essas cartas para você, a Alice disse que são do Aaron.- Aaron! Só de escutar esse nome já sinto raiva! Ele é nosso irmão mais velho, que nos deixou para ir morar na Capital, sendo um rebelde infiltrado. Eu entendo a necessidade dele de se rebelar, eu mesmo sinto isso, mas isso não dá pra ele o direito de me deixar só com as crianças. Ele também é irmão delas! Nas cartas ele sempre diz que não nos deixou, que se lembra de nós e quando a guerra acabar vai voltar pro 12. Mas não é a mesma coisa. Ele acha que com as cartas e o dinheiro que manda, que por sinal eu não uso, são muita coisa. Eu prefiro não contar tudo para eles, não quero preocupá-los com as coisas do Aaron.

–Depois nós vemos isso, garotão.- Digo ao Ewan.

Vou pra cozinha e ajudo Alice, ela preparou o único peru que eu tinha caçado hoje. Deveria ter caçado mais, com esses pacificadores agora será mais difícil entrar na floresta, mas houve um "imprevisto". Depois que comemos eu visto meu casaco e vou em direção à casa do Noah, ele queria falar comigo e acho que é sobre a rebelião. O caminho não é longo, não dá tempo nem de pensar em nada. Se bem que eu só tenho pensado em uma coisa.

–Pode entrar, Ethan.- Noah diz e entra também. Ele estava me esperando na porta. A casa dele é pequena, menor que a minha, mas tem o básico. Tem também uma lareira, um pequeno luxo por anos de trabalho, coisa que muitas outras casas não têm. Ele mora aqui com sua esposa, Yael, e seu filho mais novo chamado Peter. O mais velho morreu na guerra, isso faz com que ele se culpe e tenha mais raiva da Capital.

–Notícias da revolta?- Falo baixo. Nunca se sabe alguém está escutando.

A Capital é tão calculista que há alguns meses atrás criou pássaros geneticamente modificados, jabberjays, para que eles escutassem nossas conversas e reproduzissem-na lá. Só que logo percebemos isso e mandamos mensagens erradas, eles nunca pensaram que os seus bichinhos fossem falhar. Mas falharam e com isso foram abandonados para morrer. Nunca mais vi nenhum.

–Nós estamos planejando uma coisa grande, vamos invadir a Capital. Não temos muitos agentes infiltrados, mas o 11 e o 13 estão conosco. Os outros que não estão rendidos estão com medo dos riscos. Mas temos que arriscar, o 13 tem um enorme arsenal de armas nucleares e o 11 tem muita gente. Ainda está em planejamento, vai demorar um pouco. Mas finalmente isso tudo vai acabar, o sistema vai cair!- Noah fala, entusiasmado, e alguém bate à porta. Peter vai atender.

–Peter você não vai acreditar!- Vejo que um menino, mais ou menos da idade de Peter, está parado na entrada da casa. Eu já o vi algumas vezes, sei que ele tem 3 irmãos e perdeu os pais na guerra. Um caso comum no 12. -Eu ganhei muita comida! Um moça que me deu. Tem pão, bolo, salgados! Tanta coisa e nada estava estragado.- Fico interessado e me aproximo.

–Como era a moça?- Pergunto.

–Ela era muito bonita, não parecia ser daqui. Tinha um cabelo loiro, pele branca, alta, magra mas não como nós. E tinha uns olhos muito parecidos com os seus.- Ele aponta para meus olhos e os mesmos se fecham envolvidos por uma névoa de lembranças.

FLASHBACKS ONN

–Aaahhh!- A garota finalmente tinha acordado. Eu estava carregando ela há quase meia hora e nada. Logo que a vi cair num buraco tive o impulso de protegê-la, eu não ia deixar uma garota desmaiada e sozinha lá né?! E além do mas ela era linda, não que isso importasse no salvamento. É melhor eu falar alguma coisa antes que pense que sou um sequestrador!

***

–Amelia.- Ela falou numa voz fraca e rouca, extremamente sexy. Do nada me deu uma vontade de envolve-la, acho que estou ficando louco! Eu nem a conheço!

***

–Eu já falei, tente ficar quieta agora, Amelia.- Continuei. -Pelo que vi você gosta de falar né, princesinha?- Falei só pra irritá-la e ela fez uma carinha emburrada de novo, tenho que admitir, ela ficava muito linda e sexy assim. Eu estava cada vez mais deslumbrado.

***

–Ah... Eu sou da Capital!- Opa!

–Da Capital?- Essa não! Afastei-me no ato. Como confiar em alguém que é de lá? Eles só querem saber de si, que se danem os distritos! Como posso me aproximar de alguém da Capital, justamente agora com essas rebeliões que eu apoio?! Da Capital? Sem chance.

***

–Com meus irmãos mais novos, Alice e Ewan. Meus pais morreram em um acidente.- Omiti a parte de Aaron, claro. Omiti também que desconfiava que esse acidente tivesse sido provocado.

***

–Sua vida também não me parece nada fácil. Viver sozinho nunca é.- Me aproximei e segurei suas mãos. Olhei em seus olhos que expressavam toda sua solidão, olhos tão misteriosos... Ela parece ser um sonho. Nunca vi ninguém tão perfeito, como se tivesse sido criada para mim. Tem todas as características que eu procurava em uma só pessoa.

E essa pessoa era ela.

–Acho que eu não preciso viver sozinha...- Isso me encoraja mais.

–Verdade...- Eu sentia que ela era a pessoa certa. Eu ia beijá-la, mas algo me despertou. Algo me avisou que eu não poderia, não deveria. Pelo menos não agora...

FLASHBACKS OFF

–Amelia.- Sussurro.

Tenho certeza que a pessoa que deu essas coisas ao garoto foi ela.

–Ah, tem mais uma coisa, Ethan.- Noah me puxa para dentro de casa. -Todos os cidadãos da Capital terão que ser mortos, condição do 13. Nenhum poderá sobreviver. Mas isso não é problema né?!- Meus joelhos fraquejavam e um nó se forma na minha garganta.

Isso é um problema sim! Eu poderia matar todas as pessoas da Capital, uma por uma. Não me fariam falta.

Menos ela.


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Notas finais do capítulo

e ai? o q acharam? no próximo tem o encontro! e mts coisas fofas, eles merecem. e beijo? será q rola? kk bjbj ate o 6