Cigarette Smoke escrita por Mary


Capítulo 24
Interlúdio


Notas iniciais do capítulo

Ei gente!
Eu estava aqui pensando e percebi que o último capítulo tem um monte de buracos! Hahaha e assim resolvi fazer esse pra tirar todas as dúvidas e deixar vocês curiosas para o próximo!


Sou muito má u.u



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– Agora você digita o nome e depois aperta enter, bem aqui.

Olho para seu rosto angelical e torço a boca. Crianças, sempre tentando ensinar o padre a rezar a missa.

– Jemy, eu sei usar o Google.

– Sabe?

– Claro que sei!

– Mas é que você disse que não usava o computador...

Dou um soco em seu ombro e ele me olha assustado. Eu posso ter ficado de castigo, mas foi por apenas um ano! Isso significa que sei, e muito bem, usar o Google!

– Babaca.

Jeremy deita na Cama das Princesas e se espreguiça; me pego olhando onde sua camiseta se levanta deixando um palmo de pele branca exposta. E é a coisa mais sexy do mundo. Cruzo as pernas em cima da poltrona e apoio o rosto nas mãos. Simplesmente não consigo tirar os olhos de seu corpo.

– Ei, meu corpo nu te agrada?

Meu rosto esquenta me denunciando. Caramba Sarah toma vergonha na cara! Jeremy se vira apoiado no braço e dá uma batidinha no colchão.

– A cama é pequena, não cabemos nós dois.

– Tudo bem, eu fico por cima.

Meus deuses! Abaixo os olhos para a tela do computador e encaro as letras coloridas do Google. Preciso de me distrair de Jeremy.

– Até suas orelhas estão vermelhas Sarah.

– Ah, é? Porque será?

– Nem imagino.

Jeremy ficou comigo o dia todo na faculdade e depois me seguiu (de moto, uma Harley preta tão legal quanto o Mark, claro, pra quem curte uma adrenalina gratuita, o que não é meu caso) até a floricultura de Maureen. Ela ficou radiante quando o viu “Uau, que garoto lindo Sarah! É seu namorado?”... Eu não soube responder esta pergunta, porque nem eu sei o que somos. Na verdade, tenho uma lista de perguntas que preciso fazer a ele e essa é uma delas. Abro o Word e digito tudo rapidamente.

– Jeremy?

– Hum?

Ele está com a camiseta erguida até os ombros e está beliscando a barriga torneada. Ai, eu não consigo respirar.

– Preciso que responda algumas perguntas.

– Ok.

– Onde você está morando?

– Na sua casa.

– Oi?

– Seu pai me deixou ficar no apartamento de vocês... Ele vem pra cá daqui dois meses, só avisando.

Certo... Espera ai! Eu é que deveria estar morando lá! Droga, eu sei que escolhi ficar aqui, mas é minha casa oras. Digito outra pergunta a fazendo logo em seguida.

– Está dormindo aonde?

– No quarto de hóspedes.

– Que curso você está fazendo?

– Teoria do cinema.

Ergo os olhos da tela do computador. Ele sorri e me manda um beijo. Ai, eu não posso resistir a isso! Fico em pé e me arrasto até a cama me sentado, com o computador no colo. Digito suas respostas enquanto Jeremy me perturba para arrumar os erros de grafia.

– Eu não sabia que você gostava de cinema.

– Bem, eu não tive muito tempo pra te falar do que eu gosto, já que você fugiu antes.

– Vai jogar na cara até quando?

– Até eu ficar velho e não conseguir mais me lembrar disso.

– E como você sabe que eu estarei por perto pra te ouvir?

– Você vai com certeza estar por perto.

– E como tem tanta certeza?

Jeremy fecha o notebook e o coloca na mesa ao lado. Depois me olha, com seu lindo sorrisinho sacana nos lábios... Isso só significa uma coisa: beijo.

– Você não vai se livrar de mim tão facilmente Sarah. Vamos envelhecer juntinhos.

Ele me puxa para baixo, me segurando contra a cama... Esse é o melhor reencontro que eu poderia querer e quando ele beija meu pescoço, agradeço silenciosamente aos seus pais pelo dia que resolveram ter um filho.

– Jemy...

Ronrono seu nome e isso o faz tremer... Que engraçado, nunca pensei que sussurrar o nome de alguém poderia ter esse efeito sobre a pessoa. Decido que vou usar isso contra ele.

– Je-re-my...

– Hm...

Ele encosta a cabeça no vão do meu pescoço e segura minha cintura fortemente. Minhas mãos encontram um jeito de adentrar sua camiseta e segundos depois a jogo no chão, como um prêmio que não me importo... Apenas quero sentir-me o mais perto dele possível. E infelizmente, meu próprio vestido não colabora.

Ergo sua cabeça a procura de sua boca que se gruda a minha faminta. Tento segurar seu cabelo, mas me lembro que não tenho mais aonde segurar e solto um palavrão baixinho, fazendo com que Jeremy erga a cabeça pra me fitar.

– Não tenho mais o que puxar.

– Eu sei... Pode segurar meu pescoço ou meus ombros.

– Não me diga onde segurar pirralho.

Mas de qualquer forma enlaço meus braços ao seu redor e o trago mais para perto. Jeremy começa a puxar meu vestido, liberando minhas pernas e logo o deixando preso na cintura. Com um rosnado estranho ele se afasta e me faz me sentar, arranca o vestido pela minha cabeça como se não fosse mais do que um empecilho para sua conquista territorial... Bem, o que na verdade é. Suas mãos seguram meu corpo, agora seminu, e as minhas próprias mãos escorregam até seu jeans, abrindo-o. Ele sorri ao chutar a calça para longe. Seguro seus ombros novamente e o beijo, lentamente, tentando guardar seu toque pelo máximo de tempo possível.

– Agora não tem ninguém para nos atrapalhar não é?

– Exatamente.

Ele desce a mão pelas minhas costas fazendo com que todos os meus pelos se arrepiem e depois sobe de encontro ao fecho do meu sutiã brigando momentaneamente até, finalmente, conseguir soltá-lo. Quando vou passar os braços pelas alças, batidas na porta. Arregalo os olhos na direção de Jeremy, que apenas faz a cara mais desalenta do mundo. Frustraram os planos do pirralho. De novo.

– Já estava começando a estranhar.

– Bem isso. Mas talvez se ficarmos bem quietinhos...

– Sarah!

E antes que eu possa responder, Zoe entra no quarto com tudo e nos pega na maior posição comprometedora: estou deitada de costas na cama, com uma perna segura ao redor de Jeremy, que está com uma mão no meu cabelo e a outra no meu sutiã. Olho para ela e tento enxergar o mesmo que está vendo. Uau, por esse ângulo Jeremy é melhor do que olhando de baixo.

– É melhor vocês se vestirem... Agora.

– Por quê?

– Precisamos fazer umas perguntinhas pro seu amigo.

Então ela fecha a porta e me deixa seminua nas mãos de um pirralho psicopata.

– É melhor nós irmos.

– Temos mesmo?

– Uhum.

Fico em pé e visto minha roupa, paro na frente do espelho arrumando meu cabelo enquanto Jeremy coloca a calça jeans e as botas. Depois enfia a camiseta toda amarrotada, a jaqueta de couro e fica ao meu lado se admirando no espelho.

– Ei.

– O que?

– Não tem nada pra arrumar.

– Ei sei, estou apenas vendo os estragos que você fez no meu rosto.

Franzo as sobrancelhas. Como assim: estrago? Eu não fiz nada! Então eu olho seu rosto e realmente, eu fiz um estrago. Sua boca está vermelha e com machucadinhos, e outras marcas vermelhas em seu pescoço (resultado dos meus abraços sedentos). Meus deuses, eu virei uma depravada sexual!

– Desculpa?

– Fazer o que né. Argh! Acho que preciso de um banho gelado.

Saímos do quarto e andamos juntos até a sala, onde encontramos as gêmeas sentadas no sofá-cama azul, ambas de braços cruzados e olhares sinistros.

– Ah, os pombinhos. Jeremy, sente-se na Sta. Mostarda e Sarah, fique o mais longe possível dele.

Há-há eu que nomeei a poltrona de Sta. Mostarda! Sou um gênio! Ok. Me arrasto até o sofá roxo de dois lugares e me jogo cruzando as pernas em seguida, claro né, já que estou de vestido e preciso aprender a me comportar como uma dama.

– Jeremy Evans, temos umas perguntinhas a fazer ao senhor.

– Sim, algumas várias perguntinhas.

Zoe e Madison tem os olhares vidrados e malvados. Sinto-me mal por Jeremy, mas tenho certeza que não é nada demais. Enganei-me.

Elas fazem uma série de perguntas:

– Quantas namoradas você já teve?

– Quantas vezes já transou?

– Você foi circuncidado?

– É adepto de qual religião?

– Que número você calça?

– Quais são suas intenções com nossa amiga?

– Porque escondeu que a mãe dele está viva?

– Você gosta dela de verdade?

– Ou é só coisa de criança?

Fico de pé num salto e me ponho entre elas e Jeremy. Cara, até eu fiquei assustada com isso.

– Já chega! Gente, que papo mais maluco é esse?

– Sarah, nós precisamos saber...

– Que tipo de pessoa ele é!

Escuto um pigarreio atrás de mim e olho para por cima do ombro. Jeremy está bem tranquilo e aconchegado no sofá. Ai droga, porque será que sinto que ele vai responder a essas perguntas?

– Tudo bem, Ninfa, vou responder suas amigas. Primeiro: tive duas namoradas. Perdi a conta. Não faço ideia do que é “circuncidado”. Não sigo nenhuma em particular. 42. As melhores possíveis, eu já disse que a amo. Não tive escolha, mas se serve de consolo eu ia contar, mas fui interrompido. Cara, quantas vezes vou ter que dizer que a amo, de verdade? E não sou criança, só apenas alguns meses mais novo que vocês.

Elas se entreolham por alguns minutos e posso ver que estão tenho uma discussão mental sobre as resposta dele. Depois, finalmente, sorriem e cantarolam:

– Você foi...

– Aprovado! Lá lá lá!

Reviro os olhos. Deuses, não basta serem gêmeas, tem que ser malucas também.

– Agradeçam a Deus por eu não ser pirada igual a vocês, porque se não Cal e Andrew nunca mais voltariam aqui.

Isso as assusta e aproveito o momento pra arrastar Jeremy pra fora de casa. O acompanho até o elevador e aperto o botão.

– Aonde vamos?

– Eu não vou a lugar algum, já você vai pra casa.

– Mas...

– Mas nada. Até amanhã pirralho.

As portas se abrem e empurro Jeremy pra dentro com uma cara engraçada de espanto. Dou-lhe um tchauzinho e volto pro apartamento.

– Isso foi ótimo, meninas.

– Sim... Mas, por favor, Ninfa, dá próxima vez tenta não fazer tanto barulho enquanto se agarram.

– É, ainda estou assustada.

Madison força um tremor, enquanto Zoe revira os olhos rindo. Dou de ombros e mandou um beijinho.

– Se vocês insistem tanto.


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Notas finais do capítulo

Para quem não sabe Interlúdio é tipo uma pausa entre dois atos, uma pequena história entre duas cenas... No caso duas cenas dramáticas, só pra tirar a tensão.

Beijinhos, até o próximo o/



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