Seeking Shelter escrita por MrsHepburn, loliveira


Capítulo 37
Novas Direções


Notas iniciais do capítulo

OIEEEEEEEE WOHOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ACABOU FHSKJHSKDJFHSKDJF eu não acredito nisso fsdkjfhsdkjfh porque eu tinha essa fic na minha cabeça desde o começo do ano e eu não consigo acreditar que tá finalmente aí para as pessoas lerem enfim isso é muito comovente pra mim fskdjfhskdjfhsdkjh OKAY ENTÃO
eu amo como eu sempre acabo fazendo amizade com alguém quando eu começo alguma fic então obrigada aos meus amiguinhos novos e aos velhos que me acompanham em todas as fics e me dão o maior apoio vocês fazem eu me sentir amada gente sério mesmo fsdkjfhskdfjh
próximo assunto: aqueles quatro dias no hospital. Vocês queriam saber o que acontecia, mas agora eu não consegui arranjar espaço na fic, então vai da imaginação de vocês a partir daqui he he he ok e podem ter certeza que não é a última vez que vocês vão ver o max e a carter (quem sabe algum dia eu escreva um pov do max?) e eu tô sempre escrevendo então qualquer coisa meu perfil tá aí gkdfjhgdfkjghd GENTE OBRIGADA OBRIGADA OBRIGADA é ISSO AÍ QUEM QUER CUPCAKES!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



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Eles ficaram com o terceiro lugar.

O que é um milagre, porque não é permitido ter vídeos nas apresentações. Mas foi o melhor terceiro lugar da história da competição. Quando a performance acabou, e eles foram para a sala outra vez, fiz questão de abraçar cada um deles, e agradecer, meio emocionada, esperando o resultado. Até o Babaca foi educado, de uma vez por todas. E foi um daqueles momentos que eu não mudaria nada na minha vida, mesmo se eu estivesse morrendo de saudade dos meus dois irmãos e meus pais, eu estava feliz, e conseguia ser feliz sem ter eles por perto.

E isso é a segurança e a certeza que eu preciso para continuar a viver, e tentar ser feliz. Eu consigo.

–Assine aqui. -A diretora Hughes aponta para o papel na minha frente. Pego a caneta do meu lado e faço minha melhor assinatura, a de gente grande.

Lembra quando Harvey disse que eu precisava de um emprego? Essa é a minha solução. Passei mais tempo do que o necessário pensando em alguma possibilidade, e descobri que eu deveria tentar uma coisa que estava na minha cabeça há um tempo.

A aula de música daquelas criancinhas, na escola do meu irmão.

A princípio, eu não achei que eles iam me contratar, porque já tem uma professora, mas por mágica do destino, aquela professora ficou grávida, então as horas de trabalho dela teriam que ser reduzidas, e eu podia não só assumir a aula de música, mas toda a parte de artes da escola. Isso é incrível.

E ainda por cima, faz com que eu me sinta mais perto de Chaz. Geralmente, no meu dia-a-dia, há várias coisas, ações, que me fazem lembrar dos meus pais, mas poucas coisas me trazem lembranças de Charlie, já que ele ficou nesse mundo por pouco tempo. E só de entrar nessa escola, eu me sinto melhor.

–O seu trabalho começa em agosto, dia vinte e sete. Vou pedir para minha secretária lhe enviar um e-mail com todas as informações.

–Tudo bem. Obrigada. -A diretora se levanta. Aperta minha mão e sorri, como se soubesse de algo que eu desconheço.

–Charlie era uma criança ótima. Cuidei dele nos meus tempos de professora.

–Oh. Hmm, obrigada. Novamente. -Ela assente, então pego minha bolsa e faço meu caminho de volta para fora.

A escola acabou, e agora eu tenho todo o verão pela frente. Vai ser... diferente. Talvez difícil, com todo esse tempo extra para pensar em mim mesma e na vida e essas coisas que eu geralmente não gosto de pensar. Eu não sei.

Não fiz nenhum plano até agora, só para não acontecer algum imprevisto e eu ficar abalada de novo. É melhor me preparar.

Na rua, procuro na minha bolsa para ver se minha chave de casa está ali e meu celular também. Pego o celular e mando uma mensagem para Harvey, Cyrus e Max, avisando que eu consegui o emprego. Nenhum deles responde tão rápido, então guardo o celular de volta.

Vou a pé para casa. Ainda é difícil andar de carro e eu gosto de andar a pé pela cidade, mais natural. Atravesso a ponte, e estou há alguns metros do parque quando alguém desacelera o carro perto de mim, e vejo que é Max antes que eu tenha um ataque do coração de medo. Ele abaixa o vidro e faz um movimento de cabeça, indicando para eu andar até o parque. Sua expressão é ansiosa, então eu fico nervosa. A última vez que estivemos nesse parque, ele terminou comigo.

Ele segue ao meu lado até eu chegar, então estaciona. Sem falar uma palavra, vamos até as balanças. Tudo bem que são para crianças e se eu fosse um pouquinho mais pesada, provavelmente deixaria cair o suporte, mas é divertido de qualquer jeito, não importa quantos anos você tenha.

–Então...

–Eu tenho uma boa notícia. -Falo, para espantar o nervosismo. Ele me olha, com a sobrancelha erguida.

–Ah, é?

–Consegui o emprego. -Sorrio. Ele sorri de volta, parando de balançar.

–Sério? Isso é incrível! Honestamente, eu achava que eles não iam deixar.

–Eu também não. Mas eu consegui!

–Wow! Que demais!

–Eu te mandei uma mensagem, você não recebeu? -Max franze o cenho, pega o celular no bolso da bermuda jeans, e vê a mensagem.

–Oh, está aqui. Eu estava dirigindo, então não deu pra ver. Ei! A gente tem que comemorar!

–Sim.

–Vamos ver quem vai mais alto? -Começamos a nos balançar, cada vez mais forte e mais alto, o vento contra nós, a briza de verão no ar. De longe, eu consigo ver algumas crianças chegando com seus pais ou babás, gritando e correndo.

–Vamos pular antes que eles queiram vir pra cá! -Max grita. Contamos até três e pulamos, caindo na areia, lado a lado. Por um segundo, eu fico deitada daquele jeito, em contato com a areia e o sol no meu rosto. Pelo tempo que o segundo dura, eu fecho os olhos e deixo a vitamina D natural fazer o seu trabalho, lembrando sempre do que a Harvey me disse. Quando as crianças estão perto o bastante para nos querer fora dali, Max se levanta e me puxa para cima. Estamos com as testas coladas, e em seguida ele me beija, segurando os dois lados da minha cabeça. Resisto a vontade de ficar na ponta dos pés, só por causa da sensação de leveza que isso me traz. As crianças gritam (daquele jeito que só crianças sabem fazer) e ele me afasta dali.

–Vire-se. -Comando e ele faz o que eu peço. Limpo a areia do seu casaco e da bermuda, reprimindo um riso.

–Sua vez. -Me viro, e ele faz a mesma coisa, demorando um século para limpar a minha calça jeans. Quando me viro para frente, começamos a rir. Não sei se é o ar do verão, da liberdade ou só a sensação de normalidade e inocência, mas eu me sinto leve de todas as formas possíveis, e não lembro de ter me sinto assim em toda minha vida.

Antes mesmo do acidente. Meus pais estavam certos, eu tinha uma alma turbulenta. E eu seria uma estrela, se continuasse naquele caminho. Talvez o acidente serviu como um chacoalho na minha vida, e talvez eles não tenham morrido em vão.

E agora que o caos passou, eu sei que não quero ser uma estrela, não da forma como eu me imaginava:a fama, as festas, o glamour. Nada disso importa mais.

–Então, você queria falar comigo ou só me achou por acaso? -Questiono, quando sentamos em um banquinho, na frente da máquina de sorvete.

–Lembra algumas semanas atrás quando eu falei que a gente tinha enviado demos para as gravadoras e mantínhamos contato com algumas bandas daqui? -Fico séria, de repente.

–Lembro. Vocês conseguiram um contrato? -A adrenalina começa a fluir, na expetativa. Mas ele balança a cabeça.

–Não. Não ainda, pelo menos. Mas...

–Mas...

–Mas eu recebi uma ligação de uma das bandas do cenário independente agora, que está ascendendo. -Aperto sua mão, olhando atentamente para sua expressão inalcançável, sem dar nenhuma pista do que vai falar em seguida.

–E...

–E eles querem que a gente faça uma turnê com eles, pelo Califórnia.

–Espera. Como banda de abertura? -Ele assente.

Meu queixo cai.

–Ai meu Deus! Espera de novo. Vocês vão ser pagos?

–Sim. Temos que pagar transporte, ou seja, temos que ir com nosso próprio carro, etc, mas eles vão nos pagar pra tocar.

–Puta merda! -Deixo escapar. Ele parece se divertir com a minha reação.

–Exato.

–Parabéns! Que loucura! -Abraço ele, forte. Mas no meio da minha onda de felicidade, vem a decepção.

Tudo bem, eu disse que não faria nenhum plano para o verão, mas... eu imaginei que Max seria uma parte dele.

–Quando vocês vão?

–Semana que vem. -Tento não demonstrar minha decepção. Ele não precisa saber disso. Apoiá-lo é o bastante.

–E por quanto tempo?

–Quatro meses.

–Nossa! E a sua mãe?

–Ela apoiou, desde que eu dê notícias todo dia.

–O seu pai?

–A mesma coisa. -Sorrio, genuinamente.

–Eu estou feliz por você.

–Ainda não terminei.

–Tem mais? -Estou chocada. É muita boa notícia para um dia só.

–É. eu falei com a banda. Eu quero que você vá junto.

–Junto com a banda? Na turnê?... Como a banda? -Não acredito que ele esteja mesmo me pedindo pra ser parte da banda, porque nem em um milhão de anos iria dar certo, mas eu não sei o que pensar pensar. Ele parece tão confuso quanto eu.

–Hm, não. Como... uma roadie.

–Você está me chamando de Fã Maluca? Isso é sério. -Faço minha melhor cara séria, mas ele sorri.

–Deixa eu colocar de uma forma mais clara: eu passei tempo demais longe de você. Eu perdi dois anos, e você pode saber muito sobre uma pessoa em dois anos. Quase tudo. Eu não vou ser idiota de abandonar você outra vez. Principalmente agora, que você está sozinha. E antes que você fale, eu não estou fazendo isso por culpa. Estou fazendo isso porque eu quero, porque quando eu tinha quinze anos e sonhava com uma oportunidade como essa, eu ficava imaginando você lá também, mesmo que na época parecesse impossível. Isso é tudo que eu sempre quis, e eu quero você lá.

–Tem certeza? Quero dizer, eu não quero apressar as coisas e eu só quero que você não se arrependa depois, se as coisas fiquem... complicadas.

–Nós namoramos por um ano. Eu conheço a sua definição de algo complicado.

–Eu só vou se você quiser mesmo.

–Eu quero muito. -Diz com convicção.

–Sério? -Ele revira os olhos, exasperado. A próxima coisa que eu vejo é ele se ajoelhando, segurando minha mão. O encaro desconfiada.

–Carter, você pode, por favor, aceitar ser minha roadie, Fã Maluca, e minha namorada? -Ele faz sua cara de inocente na última parte. Fico vermelha quando percebo que os outros pais estão nos encarando. -Por favor? Eu consigo aguentar as coisas complicadas. -Ele adiciona, agora sério. Cedo meu sorriso.

–Eu aceito. -Reviro os olhos e ele levanta, puxando minha cintura.

–Viu? Não doeu. -Dou um tapa nele, mas o abraço logo em seguida.

–Isso vai ser uma loucura.

–Você vai conhecer vários lugares legais, vai amar. -Max fala, no meu ouvido. Então se afasta, pega minha mão e vamos em direção ao carro. Logo em seguida, ele começa a falar sobre todas as paradas da turnê, as praias da Califórnia e os pontos turísticos que vou ter a chance de visitar, mas depois de um tempo, eu meio que paro de dar importância para isso. O que importa nisso tudo é que vou estar com Max, mas eu sei que a geografia disso tudo é irrelevante. Eu posso estar em qualquer lugar do mundo, posso voar até o limite do céu ou mergulhar até achar o petróleo, mas de alguma forma (e é isso que me traz uma certa calma) não importa, porque eu sei que sempre, sempre, de um jeito ou de outro, vou voltar pra casa.


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Notas finais do capítulo

fim