Gokai (fic Interativa) escrita por Emerson Souza


Capítulo 10
Capitulo 9 - Historias de um Reino nada comum.


Notas iniciais do capítulo

Yo galera, um novo capitulo para vocês, e agradeçam a uma leitora não muito comum (você sabe muito bem, mas não quero citar nomes viu? ¬¬), que me fez escrever hoje fazendo um joguinho psicologico com minha pessoa :P



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Depois daquilo tudo, como não poderíamos largar Tomio naquelas condições e nem poder ajudar mais na recuperação, fizemos o seguinte, June e Vanessa acompanharam Amaya para o castelo e eu fiquei para esperar Tomio acordar.

A principio June relutou, mas a convenci dizendo que se ela ficasse Tomio poderia ficar preocupado demais com ela lá sozinha cuidando dele, e que também havia a possibilidade de alguém entrar no local, por isso a pessoa mais indicada para isso seria eu, apesar de ainda não estar totalmente recuperado.

Vanessa não queria ir sozinha e por isso pedi para levar June, e ela não ficaria por que precisava falar algo com Isabela. Resultado, eu fiquei para “cuidar” de Tomio, já que não fazia parte de nenhum grupo diplomático, e poderia proteger o local se precisasse.

Aproximadamente 3h depois Tomio acordou desorientado e ainda não tinha uma boa condição, expliquei o que aconteceu depois dele ter desmaiado e tentei acalma-lo, mas ele queria ir para junto de June.

– Calma cara, ela está segura, se acalme primeiro, se preocupe em seu estado, você apanhou feio lá fora não? – Falei tentando amenizar a atmosfera do local.

– Cala a boca, eram 6 contra 1, nem o senhor “matador de Garurus” sairia inteiro. – Falou Tomio mostrando um sorriso. – Agradeço por terem cuidado da June depois de tudo, sei que não é da conta de vocês, porem mesmo assim vocês me ajudaram, fico grato por isso.

– Vocês são bem próximos não? – Perguntei. – Sei que serei repreendido, mas vamos, vamos lá para onde elas estão. – Falei estendendo a mão.

Sai da casa e levei Tomio no caminho no qual haviam me mostrado para chegar ao castelo, era um caminho estreito que levava a uma montanha, aparentemente o castelo havia sido talhado em uma montanha oca, quase um vulcão adormecido.

Chegando lá, os guardas deixaram-nos entrar quando mencionei o nome de Isabela e Amaya, entramos e algo realmente estranho aconteceu, tive a mesma sensação de quando eu havia me encontrado com aquela figura estranha no Reino dos Humanos.

– Tomio vai indo na frente que tenho que ver uma coisa. – Ele pareceu hesitar, mas ao ver minha expressão decidiu ir. E eu fui para uma sala próxima à entrada.

Quando eu entrei era uma biblioteca grande, com vários estandes e apenas dois assentos, aparentemente não era muito acolhedora, e uma fonte no centro, o pior se encontrava na fonte, como eu suspeitava lá estava a figura translucida novamente, como se fosse uma visão estando lá e ao mesmo tempo não. E ela não pareceu me notar até eu chegar perto o suficiente.

– Vejo que nos encontramos de novo, dessa vez em um lugar com mais histórico. – Disse para mim, mas sem desviar o olhar de um livro que encarava na estante.

– Histórico? Tem algo a ver com isso? – Perguntei pegando o livro que ele encarava e observando o titulo e reparando que eram registros de uma pessoa. – “O Começo do Reino” hãn? Deste reino se não me engano.

– Exatamente, bem esperto, Criança. – Falei com um olhar admirado. – Esses são os registros do primeiro Rei. Se quiser entender um pouco mais sobre este lugar e até mesmo um pouco dos seus antepassados leia, se tem coragem.

– Antepassados?!? – Falei surpreso. – Não me diga que isso tem alguma relação comigo. Não está querendo insinuar que...

– Acalme-se primeiro e leia, se após isso tiver alguma pergunta ficarei feliz em responder. – Disse ele.

Sem mais opções e com as mãos tremendo por causa de suas palavras comecei a folear o livro e vi varias informações: o nome do primeiro rei era “Aegaeon” que a principio vivia no reino dos humanos, mas um trecho me roubou a atenção.

“Em duas semanas será a minha coroação, me tornarei Rei deste reino, meu irmão, Yohan, não está muito satisfeito com isso, mas sinto que não posso ajuda-lo. Mas pressinto que ele planeja algo, sempre muito astuto e determinado, tenho medo de que ele faça algo que possa se arrepender profundamente.” (...)

“Não acredito que ele fez isso, meu próprio irmão me transformou nesta aberração, um mago poderoso como ele mesmo que fosse um experimento, usar seu próprio irmão? E tudo como desculpa para usurpar o trono. Amanhã ele tentara me executar como uma forma de redenção, mas irei fugir, irei sobreviver e um dia eu estarei frente a frente com ele novamente.”

Então fechei o livro guardei no lugar do qual o havia retirado e me virei para encará-lo.

– Então o Trono do Reino dos humanos foi usurpado, mas o que isso tem haver comigo? – Perguntei.

– Após tudo o que leu, ele veio para este vulcão e começou, com a ajuda de alguns híbridos e mestiços que ele encontrou no caminho, a construir este castelo e a fundar este reino. – Explicou o homem. – Mas digamos que assim com essa historia, a sua começou com o trono sendo novamente usurpado. Ou será que se esqueceu das palavras de Gerome quando o encontrou na reunião?

Gerome, o homem que disse que o trono foi usurpado e matou o rei tomando o trono para si, como se fosse algo simples e fácil. Como poderia esquecer este dia?

– Lembro, mas por que tudo isso? E quem é você? – Perguntei intrigado. – Por que sabe tanto sobre isso?

– Não foi este nosso trato, mas lhe direi meu nome. – Disse o homem se postando ereto como um nobre. – Sou Azeroth, o lich. Sou aquele que irá erradicar este mundo e começar tudo do zero. Sou quem trará a paz para este mundo, ninguém mais e ninguém menos.

– Lich? Erradicará o mundo? Sinto muito, mas não é algo que eu possa acreditar facilmente, matar pessoas inocentes, destruir vilas e jogar o mundo no caos e desespero, um bom jeito de se tornar um idiota. – Falei exasperadamente liberando minha raiva.

– Sei como se sente criança, mas quando finalmente descobrir a verdade sobre seu passado, se juntará a mim, e até este momento estarei esperando. – Disse o homem no momento em que a porta se abriu e vi Tod na porta.

– Venha... Va-Vamos, todos esperando na salão. – Disse Tod, sua pronuncia estava bem melhor e eu fiquei contento com isso, mas eu estava preocupado com o Homem, Azeroth como ele se apresentou, mas quando me virei ele já não estava mais lá.

E quando fiquei um tempo encarando a fonte onde ele deveria estar perto Tod veio e puxou minha mão para segui-la. Mas ficou me encarando, aparentemente estava pálido e desnorteado com tudo, mas não queria preocupar ninguém.

– Vamos, não se preocupe, estou bem, mostre o caminho. – Falei tentando sorrir, e então ela sorriu de volta.

Tod me guiou até o grande salão do castelo onde estavam todos, June, Tomio, Sue, Isabela, Vanessa e Amaya, sentados em uma mesa longa e na cabeceira um homem musculoso, cabelos curtos e uma cicatriz que ia da sobrancelha direita descendo em linha reta até a bochecha, com roupas de couro de animais, e um tapa olho cobrindo a marca no olho direito.

– Enfim, o ultimo convidado. – Anunciou ele. – Sente-se, fique a vontade e sirva-se.

– Obrigado majestade, mas antes de tudo, posso lhe perguntar algo? – Sabia que não era a melhor hora, mas eu precisava ter uma confirmação sobre aquela historia. – Você é descendente de Aegaeon?

O rei pareceu surpreso com a pergunta e logo mostrou uma expressão fechada e pensativa que logo suavizou e enfim ele respondeu.

– Sim, meu nome é Gran, e vejo que passou em minha biblioteca correto? Poucos são os corajosos que vão até lá. – Falou em tom firme. – Contudo isso não é algo que eu recomendaria para você, espero que nunca se repita.

– Desculpe vossa majestade, minha curiosidade falou mais alto. – Falei aliviado porem ainda mais certo de que algo nesse mundo estava errado. – Isso não irá se repetir, apenas algo que me chamou a atenção.

Após isso me sentei para apreciar o jantar, um farto jantar apesar das condições gerais do reino, o que me surpreendeu muito.

– Está certo essa comida toda no estado em que se encontram? – Disse Isabela. – Não tem problema nenhum usar toda essa fartura hoje?

– Não se preocupe menina, raramente temos convidados, tenho que dar uma boa recepção para quem vem e quem ajuda meus cidadãos. – Disse o Rei tentando ser simpático. – Tomio e June me contaram sobre o ato heroico de Ren, fico honrado com alguem como você se sentando nesta mesa.

– Não fiz nada de mais senhor, apenas tentei ajudar pessoas que estavam em perigo. Não consigo evitar é por instinto. – Falei.

– Este sim é o verdadeiro discípulo de Tohma, mesmo antigamente ele agia da mesma forma. Como ele está? – Perguntou o Rei alegre se lembrando do passado.

– Como sabe sobre mim? E sinto informar, mas ele está morto. – Disse sem hesitação.

– Morto... Então os boatos são verdadeiros, os demônios, sua antiga vila, até sobre a morte do Rei dos Humanos não é? – Falou o rei. – E você provavelmente não se lembra, mas nos encontramos a alguns anos atrás, você era muito pequeno quando fui visita-lo.

– Desculpe majestade, mas como sabe sobre isso tudo? – Perguntou Vanessa, e eu ficando feliz por alguém intervir nessa conversa.

– Os boatos correm Vanessa, mais rápido do que se imagina, e eu tenho alguns contatos em todas as partes do mundo, sou uma pessoa bastante informada. – Explicou o Rei. – E se até sobre os demônios for correto, então só temos uma opção.

– Uma opção? Qual seria? – Disse Amaya surpresa.

Com essas palavras do Rei, todos no salão ficaram inquietos, e o rei preso em seus pensamentos nem sequer notou que o ar começava a ficar mais tenso.

– Temos três pessoas que tem afinidade com magia aqui, é mais que o suficiente. – Disse o Rei se levantando e pela primeira vez percebi aspectos de tigre na parte inferior do seu corpo. – Sigam-me, irei mandar dois de vocês para o reino dos Dragões Rúnicos daqui. Se não se importarem é claro. E quando chegarem procurem o ancião e perguntem se a hora de se usar as Armas da profecia finalmente chegou.


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Notas finais do capítulo

Só pra lembrar, estando bom ou não, a culpa deste capitulo é dessa pessoa que citei logo antes, qualquer coisa se resolvam com ela ^^ então até a proxima.