P.O.V.

Quando abri a porta do quarto da Hanna ela desmaiou, entrei em pânico.

– Hanna, acorda Hanna! – fui correndo até ela – BIAAAAAA VEM AQUI ME AJUDARR! – eu gritava a empregada, Bia, pra ela me ajudar a colocar a Hanna na cama.

– O que aconteceu Miley – ela chegou no quarto – Ai meu Deus o que aconteceu aqui? Ah a Hanna desmaiou, ai meu Deus o que eu faço!

– Calma Bia – tentei me acalma e acalma-la porque ela tava mais pirada do que eu, se minha amiga não estivesse desmaiada eu com certeza estaria rindo agora – Me ajuda aqui, vamos coloca-la na cama.

– Ok.

Ela me ajudou e nós deitamos Hanna na cama.

– O que vamos fazer? Devo ligar pros pais dela?

– Melhor não, eles estão em um jantar de trabalho, é melhor não atrapalhar – tentei pensar – Vai arrumando essa bagunça, por favor, Bia, entanto isso eu tento acorda-la.

Ela apenas assentiu e começou seu trabalho.

Enquanto Bia dava uma arrumada no quarto eu tentava acordar minha amiga, mas nada. Então tive uma ideia.

– Bia – ela me olhou – Tem vodca?

– Tem sim, mas o que você vai fazer co... – não a deixei terminar, fui correndo na cozinha procurar o que queria.

Havia uma garrafa aberta na geladeira, então peguei, enchi um copo até a metade e voltei pro quarto.

Hanna ainda estava desacordada, então me sentei do seu lado e aproximei a bebida forte perto do seu nariz, ela respirou o cheiro por alguns segundos e começou a abrir os olhos.

– Eu sou um gênio – disse enquanto ajudava Hanna a se levantar.

– Oi Miley – ela me abraçou e começou a chorar – Ai amiga...

– Calma, para de chorar – ela me soltou e eu sequei as lagrimas que ainda caiam.

– Vou deixa-las sozinhas – Bia já tinha terminado de arrumar o quarto.

– Obrigada Bia – digo sorrindo amigavelmente enquanto ela saia do quarto. – Tome isso Hanna, vai te ajudar.

Entreguei-lhe o copo e ela deu um gole pequeno fazendo careta.

– Vodca Miley? – ela me entregou o copo e começou a rir – só você mesmo né.

– Me ajuda quando eu estou assim – peguei o copo da sua mão e bebi o que restou no copo – Viu, já estou melhor.

Ela sorriu, mas ela parou imediatamente, assim que lembrou porque estava daquele jeito.

– Aquele canalha... – a tristeza virou raiva – Ele me traia Miley, bem debaixo do meu nariz, e eu nunca percebi!

– Se acalma e me explica – eu me sentei do seu lado.

Ela me contou tudo, desde o telefona até a briga com o canalha do Josh. Vez ou outra ela começava a chorar, mas logo parava.

– Ele não merece nenhuma lagrima minha – ela dizia.

– Não mesmo, ai eu vou matar ele!

– Não vai não – ela sorriu – Eu vou esquecê-lo, não quero mais saber dele, não mesmo, pra falar a verdade não quero mais saber de amor, chega!

– Ei, você vai desistir assim?

– Vou, com certeza vou, o que eu sofri hoje eu não quero sofrer nunca mais, e eu só vou ter certeza de que nunca vou ser traída de novo se eu não arrumar outro namorado, se eu não me apaixonar... – ela suspirou – Mas e a festa, o Jack...

– Outro canalha, sabe Hanna, eu nunca tinha percebido, mas eu sou uma verdadeira vadia!

– Não diz isso...

– Sou sim, fala sério, se eu contar quantos meninos eu já fiquei, não vai dar o tanto de meninos que você vai ficar na sua vida toda!

–Não exagera Miley, sinceramente, eu não te acho vadia – a olhei com deboche – É sério, eu te admiro, você aproveita a vida sabe, não se prende a um cara só, não pensa em se apaixonar, por isso nunca vai passar pelo o que eu passei aqui, hoje.

– Mas eu vou parar com isso – ela me olhou assustada.

– Como assim?

– Hoje, na festa, o Jack me disse umas coisas que me fizeram perceber sabe, que assim não da pra continuar, eu preciso encontrar alguém que eu goste e que goste de mim... Eu fiquei muito mal com o que ele disse, sabe, nossa já chega!

– E eu to pensando ao contrario! – sorri para que ela continuasse – Eu vou é aproveitar, nada de me apaixonar ou me prender a alguém!

– Nossa eu tive uma ideia! – saltei da cama. – Nós estamos trocando de lugar, percebeu?

Ela pensou um pouco e logo sorriu.

– É verdade... podemos fazer um pacto – ela se levantou e limpou o rosto.

– Eu vou atrás da pessoa certa – estendi minha mão.

– E eu, vou atrás da pessoa errada! – ele segurou minha mão.

Nos abraçamos.

– Acha que vai dar certo? – ela perguntou se deitando na cama.

– Não sei – em deitei do seu lado – Mas o que custa tentar?

– Está certa... Ei, quer dormir aqui?

– Eu quero, perai, vou mandar mensagem pra minha mãe – peguei meu celular e mandei a mensagem.

– A minha mãe já deixou – Hanna já tinha mandando a mensagem – Amanhã a gente passa na sua casa pra você se trocar, ai nós vamos pra faculdade.

– Minha mãe também deixou – li a mensagem – A e ela te mandou um beijo.

– Ah manda um beijo pra Tia Emma e diz que eu amo ela!

– Ok, mandei.

Hanna foi tomar um banho, pra ver se tirava os vestígios daquela confusão, e quando ela voltou, pegou um pijama pra mim e eu fui tomar banho também.

A água morna caia sobre minha cabeça e me fazia pensar em tudo isso, na festa, na Hanna desmaia, nesse pacto que fizemos, e no Taylor...

Taylor? Porque eu pensei no Taylor? Ai, deixa pra lá.

Terminei o banho e fomos assitir um filme até pegarmos no sono.