Depois Da Esperança escrita por karinalovebooks2013


Capítulo 1
Capítulo 1




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O amor que sinto por meus filhos é maior do que eu, ainda me pergunto como vivi sem eles, e porque o sentimento de não tê-los durou tanto. Peeta é um ótimo pai, sempre brincando e correndo com eles pela casa.

Ainda me lembro de a primeira vez que segurei a menina, depois de um parto considerado rápido segundo minha mãe, peguei-a em meus braços, tão frágil, tão indefesa, incrivelmente linda, um turbilhão de sentimentos tomaram conta de mim, como explicar um amor tão puro, e incondicionalmente grande por um ser tão pequenininho?

Peeta não saiu do meu lado me dando força, como sempre faz. Não pude deixar de notar o brilho em seus olhos segurando a sua filha tão desejada em seus braços fortes, a protegendo e a beijando. A cena mais linda que já presenciei, e como que por um momento o mundo para e parece que nada de ruim tivesse acontecido, até que volto à realidade com choro suave de um bebezinho precisando totalmente de mim. Peeta me entrega ela, ainda meio desajeitada, a encaixo em meus braços desejando nunca solta-la.

Minha mãe que veio da capital para fazer meu parto cuida de mim e de minha filha por um mês. Sua expressão quando me viu gravida, quando chegou a minha casa foi maravilhosa, ela parecia feliz, não somente por eu estar gravida, mas também pelo seu trabalho na capital. Trouxe com ela muitos presentes, que não tive vontade de abrir no primeiro momento, Peeta percebeu minha falta de palavras, agradeceu pelo os presentes e os guardou. Eu estava feliz por ver minha mãe, ela estava tão tratada e presente ao mundo, como há muito tempo que não tinha a visto assim. Parece estar se dando bem na capital, como dizia às cartas que me enviava constantemente, mas que custava a acreditar.

Também me orgulho pelo o meu amor por Peeta, que crescia a cada dia mais e mais desde que ele veio para minha casa depois que voltou da capital nos dias depois da guerra, tornando necessário senti-lo todos os dias.

Ele é incrivelmente maravilhoso, amoroso, é tudo que uma mulher poderia querer, mas ele e meu, e quando me abraça e beija, me entrego totalmente a ele. Sinto-me viva e feliz por tê-lo perto de mim, por chama-lo de marido e de ter feito a escolha certa, Sempre soube que era ele, mas naqueles tempos não queria ter o luxo de me apaixonar, mas mesmo assim Peeta tomou conta do meu coração.

O lance com gale foi apenas amizade, paixonite, atração não sei, o que sei é que quando nos beijávamos apenas ele beijava de volta, e eu não sentia nada, nem sequer um arrepio. Eu costumo rir quando lembro, ainda assim em meio a tanta confusão tive meus momentos adolescente, rápido, mas tive.

Minha vida esta normal aqui nos 12, a cada dia o 12 é construído aos poucos, Ruas largas, fabricas, escolas, substituindo as ruinas por uma cidade desconhecida que chega nova, sei que é seguro e a paz reina, mas ainda não consigo esquecer o que aconteceu aqui, e nem quero. Ainda tenho pesadelos menores e, mas rápido do que antes , mas quando acontece, procuro Peeta ao meu lado e sou mais uma vez salva por seus braços confortantes e tão necessários para mim.

O meu segundo filho veio rápido, uns quatro anos depois da minha primeira filha. Queria dar mais uma alegria para Peeta, coisa que às vezes imagino que não consigo dar. Ele ficou incrivelmente feliz com a chegada do segundo filho, agora um menino tão lindo e amado como a menina.

Peeta é lindo, meus filhos são lindos, minha família é linda. Nunca me imaginei neste futuro. Às vezes penso que não os mereço. Peeta e Haymitch diz que sou uma boa mãe, eu não nego, dou amor, carinho, atenção, brinco, e canto para eles, sou uma mãe boba, e coruja, enfim me esforço, dou meu melhor a educa-los bem.

Vendo meus filhos brincar na frente de casa, Haymith aparece e se joga perto deles, eles sobem em cima de Haymith fazendo cocegas nele, num momento eu ri-o, no outro penso em como haymith deve estar bêbado e fedido, sei que não posso separa-los, pois meus filhos foram a melhor coisa que aconteceu nas nossas vidas ate na de Haymith.

As crianças chamam Hamithy de vo, eu não gosto disso, o avo deles está morto, e ele é insubstituível, sempre será. Nas nossas conversas dirijo hamithy como tio o mais próximo de familiaridade que consegui chegar, mas sei que não vai adiantar.

Então eu apenas ignoro, mas penso como meu pai seria como avo, meus olhos enchem de lagrimas, mas são só sentimentos que luto todos os dias no momento me desespero cadê Peeta?

Olho no relógio, ainda falta 1 hora longa para Peeta chegar de sua padaria, então penso em ir encontrar com ele, o ver, o sentir. Arrumo as crianças e partimos numa caminhada de uns 10 minutos, no lugar onde ficava a antiga padaria de seus pais agora reformada, mas com a vitrine e sabor dos produtos o mesmo.

Peeta fica animado quando nos vê, as crianças pulam nele e ele abaixa para recebê-los, dou um beijo nele, e digo que estávamos com saudade. Peeta me responde feliz e com um sorriso lindo no rosto:

_Que ótimo, vamos tomar café juntos!

Eu arrumo uma mesa e Peeta traz o melhor bolo da vitrine, comemos e voltamos para casa, às crianças na frente correndo e sorrindo, e eu e Peeta atrás abraçados e vigiando nossos filhos e os orientandos.

Com os passos ainda meio tortos por ter recentemente aprendido a andar, nosso bebe menino caiu, corro desesperada, o pegando-o e desejando estar no lugar dele, para ele não sentir dor.

Algo me encanta e chama muito atenção, minha filha que ia à frente, volta e com olhos preocupados assopra o machucado, é como que por uns instantes vejo Prim nela, com seus olhos azuis preocupados e mãos ligeiras tentando acalmar seu irmãozinho.

Peeta pega ela no colo e vamos para casa rapidamente, quando chego analiso melhor o machucado, lavo, passo uma pomadinha, e o mimo no meu colo ate pegar no sono. Ponho-o em seu quarto, e depois vou para o meu chorar por prim.

Peeta sente minha falta na casa e vai direto por quarto já sabendo o que vai encontrar. Ele esta com nossa menininha nos braços, que hoje me fez pensar se ela seguira os passos de sua tia Prim. e de sua avó. Meu coração esta apertado, mas alivia com os abraços de Peeta e ela, deixando-me no meio, eu a abraço de volta e sinto a minha patinha, a minha flor a minha doce prim. Quando eu escuto um sussurro no meu ouvido:

-Eu te amo mamãe

-Eu também te amo filha!

Então acabamos adormecendo, nós duas. Levanto calmamente para não acorda-la. Dou um beijo nela, e a observo dormir por alguns minutos, depois vou ao quarto do bebe que ainda dorme beijo-o e vou atrás de Peeta, eu o acho na cozinha fazendo o jantar, o observo um pouco, ele me vê e diz:

-Hey, você acordou, estou preparando o jantar, as crianças estão...

E eu o calo com um beijo longo e quente e...

Aos poucos estou aprendendo a viver novamente, aprendo a ser mãe, esposa, lutando todos os dias comigo mesmo com minhas memorias ruins. E tornando quem não queria ser, mas quem devo ser.

Fim

DE: Karina Alencar


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