As Cores Do Outono escrita por SakuraHimeT


Capítulo 23
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Olá! Nao chorem.. eu sei finalmente, o final desta fanfic, que durou praticamente a estação do Outono, aqui em Portugal eheheheh Espero que tenham gostado da historia, e especial da minha escrita, porque perto do natal sairá um oneshot novamente de SS!
Espero que gostem do epilogo e que relaxe a vossa tensão do capitulo final! ;) Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/425443/chapter/23

O sol entrava pela janela do meu quarto. Levantei-me devagar da minha cama, sorridente. Ouvia a tia no andar de baixo da preparar o pequeno almoço assim como o doce cheirinho do café que entrava pelo meu quarto. Mesmo de pijama, desci até à cozinha com Kero ao colo.

–Estás pesado, hein?- brinquei com ele.

Já se tinham passado dois anos, desde que fora para ali. Estava a viver com a tia lá em casa.

De vez em quando o papá e o Touya iam lá nos visitar ou passar o Natal. Entrei para a faculdade, mas não segui os estudos. Trabalhava no mercado com a Maki. Ajudava também o Yukito. Agora eramos quase os melhores amigos. Sem contar com Tomoyo, claro.Ela morria de saudades minhas e este Natal viria cá ao campo passar as férias conosco. Estava tão feliz. Mesmo feliz.

–Ora minha querida, ele está adulto!- gargalhou a Maki, servindo-me o café.Larguei Kero para o chão. Estava lindo e gordo! Beberiquei o café.

–Não vais hoje para o mercado?- perguntou a tia.

–Não. Vou dar uma volta.- comentei baixinho.

–Faz dois anos, nao é?

–Sim...

A tia seguiu viagem novamente no seu chervolet para o centro. Eu fiquei em casa com o gato. Mudei de roupa , depois de um bom banho e voltei a descer para a cozinha.

Faziam dois anos... que conheci Syaoran. Foi nesta altura, no inicio do Outono.

Oh Outono...

O ar gélido conhecido, brincava com os meus fios ruivos. Sentia o nariz gelado enquanto andava sozinha pela floresta. As árvores lindas, amarelas, castanhas, vermelhas. O tão conhecido rio estava calmo,nele refletia os raios do sol da manhã.

Desci uma ligeira inclinação e estava novamente na berma do rio. Mais à frente avistei-o.

Sorri.

Aproximei-me do grande carvalho, vivo e lindissimo. Cheio de cores e alegria.

E sentei-me no baloiço.

O baloiço que fiz, com uma tábua de madeira para o acento e umas cordas que a tia tinha no celeiro.

Fi-lo sozinha. Era meu, somente meu.

Respirei fundo e balançei o meu corpo. Para a frente e para trás. Abri os braços e deixei-me guiar até ao céu azul. As folhas caíam ao meu redor como uma benção ou um pressentimento.

O meu coraçao palpitava de maneira diferente, como se me avisasse que alguma coisa boa estava prestes acontecer.

Mas o quê?

Cada vez que me sentia sozinha ou com aquela tão conhecida saudade, ia para ali. Para o meu lugar.

Estava tão distraída abraçar o céu, que de repente parei o baloiço com um impulso saíndo do peito. Toquei no meu coração, levantei a cabeça e olhei para o meu lado esquerdo.

E fiquei sem sentir o chão e tudo o que estava à minha volta.

Conhecia aquele casaco preto. Conhecia aquelas calças, aquelas botas cremes, aquelas mãos segurando o copo térmico do café. Aquele cachecol. Conhecia aqueles cabelos rebeldes como chocolate, as sombracelhas grossas, os lábios doces como mel e os olhos..

..aqueles lindos olhos caramelizados.

–Syaoran...

Não houveram mais palavras, nem acções. Nada mais importava.

Levantei-me e corri para os seus braços, jogando-me sobre ele em lágrimas.

Diz-me que isto nao é real.Gritava para dentro.

Ele apertou-me a cintura e procurou os meus lábios com desespero. Não nos queriamos separar depois de passarmos uns minutos unidos. Minutos? Dois anos!Eu chorava e ele limpava-me as lagrimas emocionado.

Como podera? Como?

Dois anos...

Afastei-me dele e observei-o. Estava lindo. Mais maduro.

–Syaoran...- sussurei ainda emocionada.Toquei-lhe a face com as pontas dos meus dedos.

É real!

Ele sorriu e vi uma lagrima no canto do seu olho.

–Sakura..

Oh aquele sorriso. Meu deus.

–Mas.. como? Porque?- depois tudo pareceu que caiu sobre mim.

Afastei-me dele devagar, mas sem o largar.Precisava de respostas para as minhas perguntas desde que ele foi embora.

Caramba, foram dois anos.

–Tu foste embora...- sussurei ainda com as lagrimas caindo.

–Sakura.. perdoa-me. Eu não tive outra hipotese..- ele empalideceu quando começou a falar. -Ouve, eu sei que precisas de saber o que aconteceu. Eu sinto-me péssimo depois disto.

Eu olhava para ele. Aqueles lindos olhos que sonhava todas as noites.

Ele olhou para o baloiço.

–Fizeste-o..

–Sim..

Ele sorriu e puxou-me para lá. Sentou-se nele comigo ao colo.

–Os anciões... eles vieram-me buscar, Sakura.- falou rouco.

–O que?- perguntei surpresa.

–No dia em que foste embora... Wei falou comigo. Eles vinham-me buscar para regressar a Hong Kong.

Sim, eu lembro-me desse dia como se fosse hoje.

–Meiling fugiu daqui e foi para lá. Ela contou tudo sobre nós e que supostamente ainda estavamos noivos. No entanto eu já desconfiava, mas tinha medo de te dizer. E para te proteger eu...- calou-se.

–Mandaste-me ir com Yukito. Tu querias que eu fosse embora, Syaoran..- continuei. Ele assentiu, nervoso.

–Foi para te proteger. Eu já saiba, aliás, nós já sabiamos que isto mais cedo ou mais tarde acontecia, Sakura. Nós discutimos e tudo.- escondeu o seu rosto na curva do meu pescoço e inspirou. Eu arrepiei-me com aquele contacto.

Oh Syaoran..

–Não durou um dia, assim que foste embora, eles chegaram.

–E magoaram-te?- perguntei com a boca seca. Sim, esse era o meu medo.

–Não. Mas levaram-me para lá.

–E o que fizeste? O que te fizeram?

Estava a tremer. Ele não podia ter casado com Meiling, podia? Olhei rapidamente para a sua mão. Não tinha nenhuma aliança.

–O meu pai não estava bem e faleceu, Sakura.

Oh meu deus!

–Faltava poucos dias para que eu casasse com ela. Eu confessei tudo o que tinha-se passado. A verdade sobre Theru, a minha mãe ajudou-me a escapar e nós...

Prendi a respiração.

–Tu falaste sobre mim...?-corei.

–Sim.

Oh!

–As coisas não andaram bem. Shang estava doente e eu andava a resolver contractos e assinar papeladas com acordos da familia.- revirou os olhos, chateando-se pela lembrança.- Depois ele faleceu e todos os cargos ficaram para mim.

Oh merda.

–Agora és...

–Sim. Agora sou o lider da familia Li. E acabei com todos eles, Sakura. Um por um.

Os seus olhos ficaram frios e encaravam o rio à nossa frente.

–Isso quer dizer que... não há mais anciões?- o meu coraçao voltara aquecer-me o peito.

–Sim, flor. Não há mais nenhum desses filhos da mãe entre nós. Acabou.

–Nem casamentos arranjados..?

–Não.. Acabou tudo Sakura.- falou determinado.

–Mas foram dois anos..- choraminguei.

–Dois anos de sofrimento.- acrescentou.

–Para ambos...- sussurei.

–Sim...

Ficamos mais uns minutos abraçados no baloiço. Ele repousou a cabeça no meu peito e eu descançei a minha cabeça em cima da dele.

Syaoran agora era o lider. Isso queria dizer muita coisa. Mesmo sem anciões, ainda tinha os negocios da familia.

–E nós..?- quebrei o silêncio, corada. Ainda estariamos juntos?

–Nós?

–Sim... como soubeste que estava aqui? E... quando chegaste?

Ele sorriu.

–Cheguei há quatro dias atrás. Maki contou-me que estavas a viver aqui com ela.

Raios, a tia sabia que ele voltara! Que mulher!

–E seguiste-me até aqui.- olhei-o de lado, contento um sorriso.

–Não. Foi o destino que me guiou.

Oh!

–Mas então isso quer dizer que vais voltar?

–Eu já voltei Sakura.

–Mas...

Ele levantou-se comigo ao colo e rodopiou-me pelo ar, levantando algumas folhas secas do chão.

–Syaoran!- gritei, rindo muito alto, agarrada a ele com medo de cair. Depois pousou-me no chão e tocamos as pontas dos nossos narizes.

–Eu voltei... estou aqui, não estou?

–Para sempre?- perguntei.

Ele levantou uma sombracelha.

–Tu queres para sempre?

–Sim.. é o que eu mais quero.

–Então, queres viver aqui comigo,só nós os dois, para todo o sempre?- perguntou apertando-me a cintura .

Eu levantei as pontas dos meus pés, quase para lhe beijar.

–Viver contigo..?

– Sakura.. tu queres...

Oh meu deus, ele por acaso estava a pedir-me em....

–SIM! Oh meu deus.. Sim Sim! É tudo o que eu quero!

–A sério?- arregalou os olhos surpreso.

–Sim, Syaoran!

Ele sorriu e puxou-me para me beijar.

–Eu amo-te.

–Eu também.

E ficamos os dois, recém-noivos, num lugar onde nos conhecemos. Num lugar onde tudo começou. Num lugar onde eram florestas encantadas, casas escondidas com eras cor de rosa, cavalos de principes e princesas, bailes de halloween mágicos, passados assombrosos, casamentos arranjados e desarranjados.

Num lugar onde construimos memórias tristes e alegres, num lugar onde descobrimos este amor.

Um amor que era diferente de todos os outros. Era quente como o amarelo das lareiras, saboroso e dourado como o doce mel do chá, laranja como o lindo pôr- do- sol, cinzento como os dias escuros que tivemos,branco como a geada sobre os arbrustos nas madrugadas, caramelo como os olhos ele , verde menta como os meus, e encarnado como o bater dos nossos coraçoes num só.

Porque o nosso amor era como todas As Cores do Outono.

Fim


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tcharan!! Fim! Pronto façam a festa de casamento já! 8D Vivam os noivos! Aahahah, espero que tenham gostado! Para quem quizer continuar acompanhar as minhas futuras historias, aqui vai um mini-trailer da proxima fanfic!

"Uma jovem sozinha pela neve. Um relogio que tocou as horas da noite. O café que estava para fechar. Um rapaz lindo e amável que aqueceu o seu coração.E um amor que nasceu à meia-noite da véspera de Natal. Vêm aí, Desejos Natalicios.
Por, Sakura Hime* "

Um beijo para todos os meus leitores e espero voltar a ver-vos em breve! **



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Cores Do Outono" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.