Hiatus - Soma escrita por Amanda Barros


Capítulo 6
Quinto Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Namastê!

Foram tantas coisas essa semana. Vejo vocês lá embaixo.
Capítulo, fanfic e o que mais a Laura quiser, será dedicado a ela. Só mais uma vez Laurinha, amei a recomendação! Obrigada.
Boa leitura!



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Algo naquele homem a atraia. Isso Lakshmi não podia negar. Ele também lhe dava um arrepio na espinha e isso a colocava cautelosa. Ficou satisfeita quando ele voltou ao escritório com o pai e o irmão dela. Esme e Alice a ajudaram a abrir as malas. Pareciam encantadas com as coisas que ela havia trazido.

Longe de estar concentrada nas conversas. Tudo o que queria é falar com a sua melhor amiga. No entanto, as Cullen pareciam longe de querê–la sozinha. Durante toda a tarde falaram sobre compras, entidades sócias que a família mantinha e pontos turísticos da cidade. Não que, a cidade toda não fosse um ponto turístico e disso Lakshmi sabia. Entretanto, elas eram divertidas e simpáticas, por isso a indiana esforçou–se durante o jantar para ser agradável e atenta ao papo.

Seu irmão lhe sorria, mas algo nos olhos dele estava errado. Parecia apreensivo. Durante toda a refeição foi assim. Ao fim, ele e os outros homens, com exceção de Jasper que foi dar um passeio no jardim com Alice, trancaram–se no escritório. Esme falava sobre o hospital do câncer que ajudava e Lakshmi sugeria visitá–lo com ela, quando as portas do escritório se abriram com estrondo.

– Isso é errado, Indiana! – Edward saiu de lá furioso arrastando as palavras e indo em direção a ela com o dedo em riste –Você não devia pressionar ele. Se você esta louca para fisgar algum endinheirado, case–se, mas deixe o Lagan em paz!

Lakshmi parou boquiaberta com aquela reação. Seus olhos desciam dos olhos dele que soltavam faíscas até o dedo dele na cara dela. Por longos segundos, tudo parecia imóvel. Em seu peito, um aperto surgiu e crescia a cada palavra proferida.

– Edward! – murmurou a mãe dele parecendo tão chocada quanto ela. Logo, o pai dele o puxava pelos ombros para longe dela. Mas não foi suficiente para abrandá–la.

– Baguan Kelie! O que está dizendo firanghi? Do que me acusa? – Perguntou saindo do estupor.

– Laks, ignore, por favor. Sim?

– Ignorar? Ele vem como se fosse um búfalo bravo em minha direção e eu tenho que ignorar? Não! Exijo saber, exatamente, do que sou acusada. Chalô Edward, diga!

– O que esta acontecendo aqui? – perguntou Jasper abraçado com Alice na porta do jardim

– Lagan vai casar...

– Parabéns Lagan! – interrompeu Alice indo abraçar o indiano. Ela parecia ser a unia que não compreendia o seu entorno. Estava feliz quando todos estavam apreensivos com a troca de olhares quase assassino.

– Não tem nada de parabéns Alice. Ele esta sendo coagido a se casar...

– Coagido? Você engravidou a moça? –Lagan sorriu para a menina em seus braços e negou com a cabeça –Ufa! Então o que está acontecendo?

– É o que quero saber já que seu irmão colocou o dedo na minha cara. Por Ganesha, tenho vontade de quebrá–lo!

– Você não ousaria... Se você...

– Se eu não conhecesse a sua mãe, se não tivesse visto com meus próprios olhos o quanto ela é doce e dedicada, acharia que ela não lhe deu educação, mas acho que você é que não lhe deu ouvidos e agora age com um búfalo.

– Laks, Edward esta bêbado. Ele não quis ofende–la. Foi impulsivo.

– Nahin, não o defenda! Dada sempre me disse que um homem deve arcar com as conseqüências não importa seu estado. Anda Edward, me diz por que me acusa. –desafiou–o e um espécime de alegria surgiu quando ele se desvencilhou do pai. Caminhou até ficar parado em frente a ela alguns bons 10 cm dela.

– Por que Lagan só vai casar para que você se case. Isso é ridículo! Lagan casar só para que a irmãzinha mimada dele se case. Parece uma peça Shakespeariana. –ele falava pausadamente como se quisesse que cada palavra a machucasse. Pobre coitado. Ao compreender a indignação dele, tudo o que conseguiu fazer foi rir. Gargalhou se sentando no sofá e o olhando incrédula.

– Essa é acusação? Pois...

– Você é...

– Bus! Agora eu vou falar. Sua indignação é vazia. Você pode não entender, mas nós temos tradições que devem ser seguidas. Lagan estudou aqui, mas continua sendo um Uddhar. Somos hindus e seguimos as leis de nossa religião. Casamento é uma delas e Lagan enrolou mais do que devia e me prejudica.

– Viu? Esta sendo mesquinha. Esta pensando apenas em si, Srta. Uddhar e infringindo um sofrimento terrível ao seu irmão, mas você não se importa, não?

– Sofrimento? Lagan devia agradecer a todo o panteão de deuses hindus por arrumar uma esposa. Todo o mercado comenta o desrespeito dele para com a família. Volto a reiterar, sua indignação é sem fundamento. Diga a ele Lagan!

– Edward, é melhor você dormir e, quando estiver sóbrio, nós conversamos

– Você esta enrolando Lagan. Se ele pode me acusar ébrio, também pode ouvir explicações desse jeito deplorável

– Deplorável? –ele perguntou mais indignado

– Chega! Pro seu quarto agora Edward. Desculpe a falta de educação do meu filho Lakshmi. Isso não se repetirá, garanto.

Carlisle com apenas o olhar chamou Jasper para ajudá–lo a carregar Edward para o quarto no terceiro andar. Alice e Esme estavam chocadas e tristes demais pelo comportamento do homem para falar algo e se retiraram. Os irmãos se encararam. Um culpado e o outro irado.

– O que aconteceu aqui?

– Vamos até o meu quarto –o seguiu até o quarto. Deitou–se na cama ao lado dele como faziam em Jaipur. Apesar de estar brava com o americano, não conseguia sentir do irmão. Pensando com clareza, chegou à conclusão de que, possivelmente, o álcool distorceu as palavras de Lagan na mente de Edward

– Eu não devia ter brigado com ele. Foi idiota discutir com um bêbado.

– Eu fui o idiota, não você. Eu devia ter impedido ele ou esperado outro momento para contar

– Concordo. Ele pensa tão mal de mim. Se ao menos ele soubesse que eu adoraria adiar meu casamento indefinidamente

– Quer é? Posso arrumar uma desculpa, sabe –Lakshmi levantou num pulo e prostrou–se na lateral da cama com as mãos na cintura e uma carranca no belo rosto

– Não ouse recusar Anusha! –Lagan gargalhou da atitude protetora dela e a puxou para a cama lhe fazendo cócegas –Para! Para!

– Você me desculpa Iadala? –ela acenou afirmativamente lhe beijando a face –E desculpa o Edward?

– Se ele se arrastar por todo a 5ª avenida me pedindo perdão, posso pensar em desculpá–lo

– Que vingativa, que tal por toda a casa?

– Central Park e nada menos –Lagan gargalhou, mas a aconchegou nos braços. Logo dormia, Lakshmi desvencilhou–se dos braços dele constatando que já passava da meia–noite.

Andou pé ante pé para o terceiro andar. Na porta do seu quarto parou. A porta do outro quarto abriu e revelou o bêbado do melhor amigo do seu irmão parado com aquele olhar que a desconsertava.

Era tão quente, embora estivesse anuviado pela bebida.

– Posso ajudá–lo?

– Moças bonitas sempre podem –ele murmurou cambaleando até ela. Lakshmi deu passo atrás e tentou fechar a porta. Ele foi mais rápido a agarrando pelos braços.

– Você se arrependerá se fizer algo comigo. Meus irmãos lhe matarão! –ele sorriu com escárnio e se endireitou

– Não estou tão bêbado assim. Conheço meu amigo, mas resisti ao máximo que pude –a puxou para si grudando os lábios no dela com brutalidade. Como sonhado, eles eram macios. De repente, lhe ocorreu que beijar com urgência lábios tão macios era um crime, então, diminuiu o ritmo. Saboreou o toque de lábio contra lábio. Ficou contente por ela não rejeitá–lo. Pelo contrário, pequenos gemidos e murmúrios eram ouvidos dos dois.

– É como eu esperava. Deliciosa. –murmurou contra os lábios dela

Voltou a junta–los descendo uma das mãos para a cintura desnuda dela e outra para a sua nuca. Com os braços livres ela envolveu o pescoço dele. Timidamente, a ponta da língua dela se insinuou no lábio inferior dele. Ele sorriu arrogante reconhecendo que ela tinha alguma experiência. Levou a própria língua até a dela as entrelaçou e a colou mais ao seu corpo.

As mãos dela corriam da nuca para os ombros dele. Sua mente estava preenchida apenas com o desejo. Agora ela reconhecia isso. Durante todo o dia sentiu–se incomodada com os olhares dele e agora sabia. Era desejo. Almejou aquilo que tinham agora e nem sabia direito o que era. Só havia beijado um garoto quando tinha apenas 14 anos.

Depois do que pareceram horas, Edward afastou a boca da dela. Sorriu confiante ainda a tendo, em seus braços, atônita. Apertou a cintura dela nua, entre o top e a saia, e a puxou mais para si.

– Melhor me soltar agora –ele quem ficou atônito agora. Analisou as faces rosadas dela e ergueu seu rosto para constatar os lábios inchados e vermelhos. O que o surpreendeu foi os olhos frios dela –Por favor, me solte

– Claro –a soltou e se virou para voltar para seu quarto. Talvez, ainda tivesse uma garrafa de qualquer coisa em seu esconderijo. Seria uma boa companhia para uma noite tão solitária. Praguejou por tê–la beijado –Boa noite Srta Uddhar

Ao ver a porta dele fechar num baque surdo murmurou para si mesma o quanto era irônica que ele desejasse boa noite quando a ultima coisa que faria seria dormir depois dele ter sido beijada daquela forma.


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Notas finais do capítulo

Mereço comentários?

Como expliquei no grupo, passei alguns dias com o meu pai e ele é avesso a tecnologias. A parte boa é que fiz de tudo no Rio, desde visitar o Cristo e museus até andar de paraglider. Meu pai é loucão, mas não teve lágrimas que o convencesse a me deixar escrever ou seguir as minhas rotinas madrugais. Ou seja, dormir durante o dia e ficar acordada de madrugada. Eu estava com saudade do cinza e do CO2 de São Paulo.
Também senti saudade de vocês! Da Lakshmi e do Edward!
Só quando voltei é que soube sobre o Nyah e, coincidentemente, finalizei o capítulo quando consegui, enfim, acessar a minha conta. Sorte? Quem sabe.
Entre no grupo: https://www.facebook.com/groups/498794223550585/
Beijos! Namastê!



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