Finais Felizes Na Ecomoda. escrita por Liz Bennet


Capítulo 60
Capitulo 60: O casamento de Marcela e Michel


Notas iniciais do capítulo

Betty volta a escrever em seu diário, Sandra despreza Wilson e o dia do casamento de Marcela finalmente chega.



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Eu nunca me perguntei o que aconteceria se um dia o meu maior sonho se tornasse realidade, talvez porque eu não acreditasse que isso poderia acontecer. Até o dia que encontrei o Seu Armando, ele era como um super héroi, sempre me defendendo de ventos e tempestades, sempre me apoiando, confiando em mim e no meu trabalho. Mas ele era para mim como um sonho impossível e muito distante da realidade, afinal quem eu era senão a sua horrenda assistente? Então que peça o destino nos pregou, eu voltei a acreditar no amor e ele passou a conhecer o amor. Foram tantos desenganos e erros, tantas feridas e cicatrizes em nós dois mas por fim o amor venceu e hoje escrevo neste diário não como uma mulher usada, traída e enganada mas como uma mulher que ama e é amada plenamente. É um novo começo para nós dois e eu sei que lindos dias quentes de verão nos esperam.

– Betty querida você vai se atrasar! Falou dona Júlia chamando a filha para tomar logo o café da manhã.

– Estou indo mamãe! Betty respondeu, fechando o diário.

Na mesa do café da manhã o lugar de Armando já estava pronto e ele sempre com um belo sorriso ao ver a mulher da sua vida descendo as escadas.

– Bom dia meu amor! Armando cumprimentou dando um educado beijo em sua bochecha.

– Bom dia minha vida! Betty respondeu abraçando Armando ternamente.

– Vamos tomar logo esse café e correr para a Ecomoda sim, não é porque a empresa está fora de perigo que vamos tratá-la com negligência! Como o seu pai reagiu, doutor Mendonza ao saber que a Ecomoda já quitou quase todas as suas dívidas? Seu Hermes perguntou comendo um pedaço de pão.

– Ele e minha mãe estão muito contentes, estão planejando vir mês que vem para o casamento da Marcela. Armando respondeu.

– Então a dona Marcela vai mesmo se casar com o francês? Dona Júlia perguntou curiosa.

– Mas é claro que sim dona Júlia, acha que a Marci deixaria aquele partidão dando sopa por aí? Pois não senhora! Patricia respondeu gargalhando.

Na casa de Marcela todos os preparativos para o casamento tinham sido providenciados nos mínimos detalhes por Isabelle, o vestido de Marcela desenhado por Hugo, presente que ele fez questão de dar, um novo modelo mais condizente com o casamento na praia que Michel e Marcela fariam em Cartagena. Catalina e Jean Baptist, um amigo de infância de Michel seriam os padrinhos do francês e Patricia e Hugo os padrinhos de Marcela, o casamento seria neste final de semana, com direito a uma lua de mel no Brasil, casa oferecida de bom grado pelo namorado de Patricia, Alberto. Para Marcela tudo era lindo e colorido, destacando sempre a cor azul, a cor dos olhos de Michel que ela torcia para o bebê herdar. O apartamento antes sempre vazio pela ausência de Armando, era agora totalmente preenchido pelo noivo, pelos sogros e pelos amigos. Era uma nova vida, uma nova realidade com tudo finalmente se encaixando em seu devido lugar. A Marcela amarga e ciumenta era uma personalidade que parecia nunca ter existido, deve ser assim quando encontramos o verdadeiro amor, Hugo certa vez comentou. E ele estava certo, havia em Marcela uma ternura, uma flexibilidade, uma paciência vindos tanto do seu interior quanto do seu estado de gravidez, a barriguinha começava a despontar o que ela amava mas também se preocupava, não queria casar gorda, isso para ela era vital. Por tanto o casamento foi adiantado e no sábado eles se uniriam em matrimonio.

Na ecomoda uma enfadada porém paciente secretária observava seu chefe sorrindo, caloroso com os demais funcionários como se ele fosse assim um homem bom e gentil, mas Jamille era muito mais ardilosa do que Daniel, e ela estava disposta a vencer, sabia que ele estava aprontando algo, e algo ruim pois ele estava sempre de cochichos ao telefone com Calderón . E cochichos com Mario sempre são maus negócios. Ela dava seu cordial bom dia, estava sempre atenta ao chefe, como uma gatinha manhosa que espera pacientemente o seu dono chegar da rua. As vezes mordia o lábio inferior com força, até sentir o gosto do sangue ao notar Mariana e Daniel disfarçando sua paixonite. Não que ela tivesse raiva da paixão de Mariana, mas odiava a ingenuidade da recepcionista, como ela não conseguia perceber que para ele, ela era apenas um caso?

Mariana porém não via, nem ouvia nada além das batidas do seu próprio coração. Ela estava feliz demais para perceber qualquer coisa além do sorriso de Daniel. Estava muito difícil disfarçar para o quartel o seu sentimento mas ela sabia que no dia em que o quartel descobrisse o romance dela acabaria, e ela desejava mais do que tudo continuar vivendo aquele sonho. Não que ela esperasse algo do futuro, para ela o presente já bastava. Aura Maria e Fred por fim fizeram as pazes mas apesar de Aura Maria querer aproveitar o casamento da Valência e também realizar o seu, Fred dizia que não tinha condições financeiras para tal. Vez ou outra Wilson insistia para que ele e Sandra repetissem mais uma vez a dança no barzinho, mas ela friamente o repelia.

– Adoro a sua estatura Wilson, mas não somos feitos um para o outro. Dançamos uma vez e só! Sandra dizia tão friamente que Inesita era obrigada a aconselhá-la a não brincar com a sorte.

Sandra não via sorte, e apesar de estar solteira tinha lá suas exigências. E por nada no mundo, ela perderia as suas convicções.

Finalmente o sábado chegou cheio de beleza e encanto, um dia ensolarado como nenhum outro. O mar estava sossegado como um pacífico observador do matrimônio.

Betty estava linda com seu vestido tomara que caia de organza num tom lilás azulado ao lado de seu noivo Armando, Patricia como madrinha em um longo tafetá vermelho, destoou um pouco do tema havaiano e ela não foi a única pois Hugo também fora elegantíssimo de terno roxo quase azul petróleo. Mas todos os olhos se voltavam para a bela que dava o seu primeiro passo rumo ao altar. Uma marcha nupcial ao som de violinos anunciava a entrada da noiva mais radiante de Cartagena, num lindo vestido de renda segurando um buquê de gérberas caminhava Marcela Valencia sendo guiada por Daniel.

Foi como um flash, um vislumbre, ela não estavam mais na praia e sim num cartório e em vez do simpático Michel, era Armando quem a esperava um tanto enfadado. Daniel a conduzia dizendo-lhe que ainda dava tempo de desistir da loucura de se casar com o Mendonza. Ela ficou lívida e se segurou no braço do irmão com força. Estavam então na praia e o rosto apreensivo de Michel a encarava temendo que ela passasse mal estar.

– Você está bem Marcela? Daniel perguntou preocupado.

Ela estava com medo de responder, mas então seus olhos encontraram os de Michel e ela sorriu. Deixando para trás todo um passado negro e desesperançoso ela respondeu que nunca esteve melhor. Às cinco da tarde ela já era oficialmente a senhora Marcela Donell e dançava com seu esposo primavera antecipada. A canção que embalou o início do seu romance com o lindo francês. E então o final da música finalmente fez sentido para ela...

Flores, mosaico de cores
Erros, cicatrizam melhor hoje em mim.

O Sol se punha no horizonte daquele paraíso azul mas para Marcela e Michel o dia acabava de amanhecer.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora meninas, mas desejo de coração que vocês amem ler como eu amei escrever.
A música que eu me inspirei para ser o tema de Marcela com Michel é Primavera Anticipada da Laura Pausini com James Blunt

http://letras.mus.br/laura-pausini/1377995/