A Bailarina Branca escrita por Gabii


Capítulo 3
Capítulo­ II - Promessas quebradas


Notas iniciais do capítulo

~~> Desculpe a absurda demora, espero que gostem desse capitulo feito com amor e muito carinho, agora tenho um presente especial para vocês. Mas apenas no próximo capitulo eu explico.
Bjks e espero que comentem e gostem :33 Boa leitura.



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" As pessoas não tem ideia das promessas que estão fazendo, até o momento em que as fazem. - Hazel Grace"

Eu vivi a minha vida toda vendo as pessoas indo embora, me deixando, mas jurando que um dia eles voltariam, poucos voltaram....

Algumas pessoas hoje perguntam : - Mas como você vive com isso, não sente raiva delas?

Ai como eu sentia muita raiva, lembro que aquilo me consumia as noites e eu desejava que alguns dele tivessem a vida mais infeliz do mundo, mas depois de um tempo o ressentimento foi sumindo e eu apenas sentia pena.... porque eles tinham perdido...convenhamos, uma pessoa maravilhosa.

Lucius: " Seu pai e sua mãe quebraram muitas promessas?"

Meu Deus, como quebraram, todos os dias eles quebravam alguma promessa e eu não me importava, eu achava que meus pais nunca me deixariam e aquilo para mim era o suficiente.

Depois de algum tempo eu e meu pai conseguimos nos acostumar a viver com minha tia, é claro que a filha dela me incomodou muito....ela por ser doente era mimada e isso me deixava muito brava, quer dizer....ao longo da minha vida encontrei várias pessoas mimadas, mas de alguma maneira elas sempre me deixavam irritadas, por que eu as invejava, por seus pais se importarem tanto com elas e meus pais estarem se afundando em seus próprios mundos.

Então cinco dias por semana eu acordava antes que todo o meu bairro, me arrumava e ia para o Centro Recreativo, antes de o relógio dar doze badaladas, eu pegava um ônibus e ia para casa de minha babá Sheila, que era uma vaca que conseguia se equilibrar em duas patas, e depois ia para a Escola, que porventura era na frente da casa da megera.

Digo que tudo o que Sheila fazia para mim era ruim, eu a detestava tanto quanto sua filha Carmem, que era um bezerro que conseguia se equilibrar em duas patas.

Era como se conviver com elas fosse uma vingança, como se o mundo estivesse dizendo que eu deveria ser uma boa garota, me comportar, mas eu não fiz isso, aos poucos a rebeldia e a incompreensão tomaram conta de mim e eu queria que todos me explicassem, porque minha mãe estava diferente, porque meu pai não ficava comigo nos finais de semana.

Eu me sentia perdida, as noites pareciam cada vez mais longas e escuras, meu pai quando achava que eu estava dormindo já estava lá fora, para ir para outra festa, para encontrar outras mulheres e eu queria poder dormir de verdade e quando eu acordasse ver ele ali ao meu lado, jurar que tudo aquilo fora só um daqueles sonhos horríveis. Ninguém me ajudou, ninguém disse que tudo melhoraria....

A única pergunta que ficava em minha mente, era o porquê de todos estarem me abandonando, a frase : " Deus nunca vai lhe dar mais do que pode suportar" não fazia a porcaria de feito nenhum. Eu não conseguia suportar aquilo, meus músculos, meu coração, minha mente, meu pensamento....todos queriam cair em desgraça e eu estava deixando.

************************* xxx **********************

– Você está bem? - Lucius perguntou a Evangeline, parecendo preocupado. Evangeline respirava com enorme dificuldade, era nesses momentos em que seu coração disparava de emoção, que seus pensamentos se embaralhavam e ela sabia que o seu próprio fim estava próximo.

Ela aceitou o copo de água que Lucius pegou com o dono do aranha - céu e o tomou bem devagar, ela estava com medo do que poderia ter acontecido com ela naquele momento.

Lucius sentia a mesma coisa, ela estava muito pálida em sua opinião e ele podia ver em seus olhos vidrados e marejados que aquilo lhe afetara muito.

Evangeline disse que outro dias eles continuavam, isso pareceu aliviar Lucius.

– Eu ligo para você, e daí combinamos o lugar. - ela falou calmamente, abraçando a si mesma...como vazia desde que se conhecia por gente.

Então ela simplesmente desapareceu na luz escura do pequeno e nojento bairro e deixou Lucius intrigado, com anotações e esboços que parecia tanto com si mesmo.

Ela parecia ter pensado muito antes de vir lhe dizer, ele não vira receio nela. Ela realmente queria aquilo e ele se sentia grato por isso, ela não lhe fez perguntas sobre o seu trabalho e isso parecia o reconhecimento para o que ele sentia que fazia de melhor. E ele não via a hora de continuar o que eles começaram, uma história que talvez mudasse o mundo.


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Notas finais do capítulo

~~>> O próximo capítulo é muito grande, desculpem pra quem não gosta de ler capítulo assim. Comentem, beijos *----*